A IX Semana de Letras da UESB – Campus de Jequié - traz este ano como tema: “letras.com – conhecimentos interconectados”, cujo propósito principal é discutir a necessidade de se pensar, hoje, como as diversas áreas de conhecimentos científicos devem estabelecer entre si um diálogo produtivo no sentido de contribuir para a formação do Profissional de Letras, que se encontra inserido no contexto das demandas da era digital. Neste sentido, o evento constitui-se como um momento oportuno para as discussões acerca do ensino e da aprendizagem da leitura, da escrita, questões de oralidade, hipertextos, hiperlinks, e tantas outras temáticas, conectadas às novas tecnologias. A IX Semana de Letras acontecerá na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Campus de Jequié, nos dias 05, 06 e 07 de novembro de 2019. Serão três dias com Conferências, Mesas Redondas, Simpósios Temáticos, Comunicações Orais, Minicursos e Intervenções Culturais, nos quais questões linguísticas correlacionadas à realidade social e educacional, pensadas no contexto das inserções tecnológicas, serão socializadas e aprofundadas, a fim de promover a troca e aquisição de novos conhecimentos tão necessários aos profissionais da educação, em um momento em que o ensino precisa ser repensado no sentido de tomar pra si o desafio de caminhar lado a lado com as inovações tecnológicas. A IX Semana de Letras da UESB conta, em sua 9ª edição, com a organização da AEL (Área de Estudos Linguísticos) e colaboração das demais áreas de conhecimentos do Curso de Letras, como também com a colaboração de discentes e docentes envolvidos no processo de formação profissional dos estudantes de Letras.
IX SEMANA DE LETRAS DA UESB
INSCRIÇÕES PARA OS MINICURSOS E OFICINAS
VALOR SIMBÓLICO: 1 kg de alimento não perecível que será doado à uma instituição de Jequié e/ou 5,00 reais, que deverão ser entregues aos monitores dos minicursos e oficinas, durante a realização destas atividades.
As inscrições serão feitas pelo email: ixsemanadeletrasuesb@gmail.com
CADA PARTICIPANTE PODERÁ SE INSCREVER EM SOMENTE 1 ATIVIDADE.
CADA ATIVIDADE POSSUI ENTRE 15 e 20 VAGAS, QUE SERÃO PREENCHIDAS MEDIANTE A ORDEM DE RECEBIMENTO DOS EMAILS.
MINICURSO 1 - NOTURNO Dias: 05 (3ª Feira) e 06/11 (4ª Feira) Fake news: a desinformação como estratégia de manipulação Profa. Esp. Joana Angélica Marques Sampaio Resumo: O avanço tecnológico opera profundas transformações no mundo da comunicação, no entanto, a visibilidade oferecida pelas novas mídias, bem como a velocidade de propagação das notícias, abriram espaço não só para uma maior interatividade comunicativa, como também propiciaram o cenário para a criação e reprodução das Fake News. Acredita-se que esse espaço e visibilidade conferidos pelas mídias sociais tenham despertado uma espécie de obsessão pelo furo jornalístico, no qual vale tudo para ser o primeiro a noticiar algo, até mesmo mentir. Inaugura-se assim, a crise da informação, estabelecida não pela falta de material, mas por seu excesso, pois com o "bombardeio" de notícias que circulam todos os dias livremente pela rede mundial de computadores, tem sido comum a perde de objetividade e da fidelidade dos fatos, itens primordiais na divulgação de conteúdo informativo, comprometendo intencionalmente o direito básico à informação. Informação é poder, e compreender a pós-verdade e o alcance da fake news é de importância tanto para a grande mídia quanto para o público, em geral, os quais devem estar preparados para lidar com os fenômenos da “hipercomunicação”. Sendo assim, são necessários mais estudos envolvendo o tema, principalmente no que tange à identificação de sites que divulgam e difundem as falsas verdades bem como os interesses por trás deles. É necessário também um estudo aprofundado de como o fenômeno pós-verdade se comporta no tempo, para que seja possível monitorar sua expansão ou retração e com isso saber se essa situação tende a passar como outras ou se veio para ficar. É esse desafio que o minicurso: Fake news: a desinformação como estratégia de manipulação pretende discutir. |
MINICURSO 2 - NOTURNO Dias: 05 (3ª Feira) e 06/11 (4ª Feira) Autoria em textos multissemióticos: os nudes, um exemplo Profa. Esp. Hildacy da Silva Mota Dias Resumo: Estamos inseridos num mundo cibernético, em que há interação tecnológica entre sociedade e cultura. Os textos multissemióticos estão cada vez mais em voga e por conta disso, nós, leitores, somos desafiados, a cada dia, a repensarmos os sentidos dos textos que circulam nas redes sociais. De acordo com Ribeiro (2015), o poder semiótico está em como devemos lidar com o signo, manejar linguagens e produzir sentidos. "O poder de produzir e disseminar sentidos" como é dito por KRESS (2003, p.17) e citado por Ribeiro. E esse poder tem aumentado com a ajuda das tecnologias digitais. Desse modo, para Ribeiro, a escrita contemporânea é um processo histórico no qual estamos inseridos. Enquanto parte autora, também utilizamos máquinas e outras maneiras produtoras, tanto de textos, quanto de gêneros. A exemplo desses gêneros e, como gênero deste estudo, o Nude, tanto em sua acepção dicionarizada, quanto na não dicionarizada, compreende uma forma ilícita de exposição de vidas privadas. Desta forma, a produção textual multissemiótica – Nude, viola direitos, é ato ilegal, que pode exigir do poder jurídico ação no sentido do ofensor pagar indenizações. Este tema será desdobrado neste minicurso, amparando-se em pressupostos teóricos diversos, como: REZENDE (2008), PALFREY (2011), RIBEIRO (2015, 2016), LÉVY (2000), o Código Civil Brasileiro CC - Lei 10406/02 e Lei Carolina Dieckmann nº 12.737/2012. Palavras-chave: Autoria;Textos multissemióticos; Nudes. |
MINICURSO 3 - NOTURNO Dias: 05 (3ª Feira) e 06/11 (4ª Feira) English Pronunciation for Brazilians – Constrasting the sounds of Standart American English (SAE) and Brazilian Portuguese (BP) Prof. Dr. André Luiz Faria Resumo: O objetivo deste minicurso é contrastar e treinar sons vocálicos e consonantais do inglês padrão norte-americano (SAE) e do português brasileiro (BP), no sentido de conscientizar os brasileiros que trabalham com a língua inglesa acerca de suas diferenças e semelhanças. Embora o minicurso esteja focado em uma das diversas variedades do inglês, a concepção de inglês como Língua Franca fundamentará as discussões do encontro. Para melhor proveito das abordagens empreendidas durante o minicurso, conhecimentos gerais da língua inglesa em nível intermediário, bem como do alfabeto fonético internacional (IPA) são recomendados. |
MINICURSO 4 - NOTURNO Dias: 05 (3ª Feira) e 06/11 (4ª Feira) Crítica Feminista: A Mulher e a Literatura Gabriela Machado Silveira (Mestranda PPGCEL/UESB) Resumo: Este minicurso se destina a discentes de graduação que desejam iniciar suas pesquisas na área dos estudos de gênero, mais especificamente na linha da crítica feminista, observando o segmento como uma possibilidade acadêmica de estudos na literatura. Pretende-se adentrar em discussões que percorram conteúdos como, por exemplo, de que maneira são realizadas pesquisas acadêmicas no curso de letras sobre a crítica feminista, o lugar da mulher na literatura, como o sujeito pesquisador do assunto se percebe no atuar acadêmico e pessoal, perceber como vem sendo tratada a figura feminina ao longo da literatura brasileira, qual lugar que a esta foi reservado na dita literatura universal. A necessidade de um minicurso com esta temática está pautada no fato de que é percebido grande interesse por parte dos estudantes do curso de Letras a respeito dos estudos que observam a figura feminina, principalmente na área da literatura brasileira, permitindo, desta maneira, que os mesmos entendam como ocorre a iniciação científica de pesquisadores à linha em questão. O minicurso deverá ser desenvolvido através de exposições orais a respeito do tema, bem como de discussões e compartilhamento de referenciais teórico-literários que abordam o tema. Por fim, a proposta, após concluída, deverá permitir ao graduando uma orientação satisfatória a respeito da linha de pesquisa da crítica feminista, bem como compreender como são pensados os trabalham com este objetivo. |
MINICURSO 5 – MATUTINO Dias: 06 (4ª Feira) e 07/11 (5ª Feira) Colaborando em/na Rede Profa. Dra. Socorro Aparecida Cabral Pereira Resumo: Este minicurso tem como objetivo discutir e promover o contato dos discentes com as novas tecnologias voltadas para a colaboração em/na Rede, partindo do princípio das exigências cada vez mais presentes nas demandas do ensino nas escolas das Redes públicas e privadas. |
MINICURSO 6 – MATUTINO Dias: 06 (4ª Feira) e 07/11 (5ª Feira) Maxuel Jesus dos Santos (Discente do C. de Letras/UESB) Texto e ensino: mediação entre teoria e prática Resumo: Na educação, sobretudo no ensino médio, a produção textual ocupa um espaço muito importante. Apesar disso, a didatização e aplicação do conhecimento textual ainda enfrenta uma série de entraves. Pensando nessa problemática, esse minicurso parte do princípio de que todo falante de uma língua possui a capacidade de desenvolver uma boa competência textual. Dessa forma, propomos discutir essa problemática e apresentar, com base em noções textuais e nas teorias acerca do ensino de língua, caminhos para uma prática efetiva nas disciplinas de produção textual, capazes de desenvolver a competência textual dos discentes. |
OFICINA 1 - MATUTINO Dias: 06 (4ª Feira) e 07/11 (5ª Feira) Papo Lírico: Contar para viver e viver para contar Profa. Ms. Valéria Mota Lessa Resumo: A oficina “Viver para contar e contar para viver”, a ser desenvolvida no período de 27/09 a 13/12/2019, no Centro Juvenil de Ciências e Cultura de Jequié. É uma atividade promovida pelo Projeto de Extensão Papo Lírico (DCHL/UESB), em parceria com a equipe do CJCC-Jqe que objetiva promover a leitura de contos e a conversa sobre modos de concebê-los, entendê-los e construi-los e/ou, a partir dessas discussões, criar outros contos ou textos em outras linguagens. Desse modo, a oficina é um espaço de criação seja pela leitura, seja pelo fazer dela resultante, de modo a desenvolver a dimensão imaginativa, criativa, crítica e expressiva do público alvo, constituído por estudantes de Licenciatura em Letras e do ensino médio da rede estadual da Bahia, e contribuir para o incremento da literatura baiana, para a formação de professores na área de Letras e de estudantes do ensino médio da rede estadual do Estado da Bahia. O título da oficina é uma alusão a Viver para contar [Vivir para contarla, 2002], o nome com que Gabriel Garcia Marquez (1927-2014), profícuo escritor colombiano, batizou sua autobiografia literária que traz como epígrafe: “A vida não é a que a gente viveu, e sim a que a gente recorda, e como recorda para contá-la.” O nome da oficina “Contar para viver e viver para contar” quer traduzir também o modo de ser e de fazer vivo o Papo Lírico, programa de Extensão da Área de Estudos Literários do Departamento de Ciências Humanas e Letras-DCHL da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-UESB que foi criado em 2002. A atividade objetiva abrir um espaço para a leitura de contos e a conversa sobre modos de concebê-los, entendê-los e construi-los e/ou, a partir dessas discussões, criar outros contos e/ou textos em outras linguagens. Desse modo, a oficina é um espaço de criação seja pela leitura, seja pelo fazer dela resultante, de modo a desenvolver a dimensão imaginativa, criativa, crítica e expressiva do público alvo. As oficinas de conto discutem sobre o processo criativo e sua realização, tendo em vista o desenvolvimento da literatura baiana e a formação de licenciandos em Letras. |
OFICINA 2 - MATUTINO Dias: 06 (4ª Feira) e 07/11 (5ª Feira) LIBRAS – NÍVEL BÁSICO Alexsandro Nascimento (Discente do C. de Letras) Resumo: Esta oficina tem como objetivo proporcionar aos estudantes de graduação, e comunidade externa da UESB, uma noção inicial da Língua Brasileira de Sinais – Libras, língua da comunidade surda brasileira. A Libras foi reconhecida no Brasil pela Lei 10.436/02 e pelo Decreto 5626/05, o que garante ao surdo o direito de usar sua língua. É uma língua natural como qualquer língua oral, porém de modalidade diferente, ou seja, modalidade visual espacial. Apenar de seu reconhecimento desde 2002 e da obrigatoriedade de sua inserção como disciplina nas licenciaturas, ainda permanece desconhecida pela maioria da comunidade do Brasil. Dessa forma, esta oficina abordará noções básica da Libras e sua importância para os surdos, bem como a necessidade de a comunidade brasileira ouvinte aprender e usar uma língua que também é utilizada em nosso território. A necessidade de aprender Libras ultrapassa os muros da escola, visto que o surdo não está inserido apenas no contexto educacional, mas em uma sociedade de direitos e deveres que ele, como cidadão, precisa participar. |
OFICINA 3. VESPERTINO Esta oficina tem como público alvo funcionários da instituição e, portanto, não está aberta para inscrições. |