Os recentes avanços tecnológicos e a necessidade de novas funções geraram uma grande demanda por novos materiais. Materiais bem estabelecidos, como metais, cerâmicas ou plásticos, não atendem a todos os requisitos tecnológicos para diversas novas aplicações [1]. Hoje em dia, a maioria dos novos produtos são projetados para ter múltiplas funções e atuar de forma inteligente [1]. Nesse sentido, os materiais híbridos orgânico-inorgânicos têm se tornado uma das principais tendências da pesquisa científica em diversas áreas, da Química à Engenharia. Esses compostos representam uma abordagem criativa para a preparação de novos materiais para interesse acadêmico ou para uso industrial. Além disso, eles exibem propriedades aprimoradas para aplicações que exigem materiais funcionais avançados [2,3]. As propriedades físicas, mecânicas e químicas de um composto híbrido podem ser adaptadas alterando sua composição ou gerenciando a interface gerada. Isso leva a um controle tecnológico, atendendo aos requisitos de máxima usabilidade e compatibilidade ambiental. As aplicações versáteis de materiais híbridos orgânico-inorgânicos decorrem da combinação das características do componente orgânico (plasticidade, flexibilidade, condutividade, absortividade e reatividade) com a funcionalidade dos constituintes inorgânicos (inércia, resistência térmica, química e mecânica; e estrutura morfológica). Na verdade, a interface desenvolvida entre os componentes orgânicos e inorgânicos gera propriedades multifuncionais distintas. Além disso, o sinergismo entre os domínios inorgânicos e orgânicos supera suas características individuais [1].O uso de compósitos híbridos aumentou a pesquisa em materiais funcionais avançados. Os híbridos podem ser preparados por diferentes metodologias e podem ser aplicados em setores como catalisadores automotivos, cosméticos, tinturas, fibras, produtos anticorrosivos, materiais para imagens médicas e medicamentos anticâncer. Nesta apresentação será feita uma abordagem sobre os materiais híbridos orgânico-inorgânicos e seu uso pelo grupo de pesquisa Sol-gel da Universidade de Franca, especialmente frente ao seu emprego como catalisadores biomiméticos de enzimas como o citocromo P450.