A Mobilização traz como eixo de diálogo a saúde integral em todas as etapas do ciclo de vida. Garantir que crianças, jovens, adultos (as) e idosos (as) tenham o acesso adequado à saúde, é colaborar em especial para redução dos altos índices de mortes entre a população negra.
A finalidade deste evento é apresentar a reivindicação pela criação de uma área técnica para a gestão da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra - PNSIPN.
Neste sentido, o Comitê Saúde População Negra RJ criou este abaixo-assinado para pressionar às candidaturas do executivo e legislativo municipal RJ 2021-2024 e ao eleitorado:
O Comitê Técnico de Saúde da População Negra (CTSPN) do Município Rio de Janeiro, instituído pela Resolução nº 1298 de 10 de setembro de 2007 aponta as iniquidades em saúde da população negra em nossa cidade e requisita a criação de área técnica de saúde da população negra, ligada ao gabinete da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), bem como programa de trabalho e recursos financeiros para desenvolver ações estratégicas visando a implantação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, no sentido de combater às iniquidades na atenção à saúde de pessoas pretas e pardas, as quais representam 51,3% da população carioca, segundo dados do IBGE (2010).
Neste sentido, prezades parceires nas ações e políticas em prol da saúde da população negra, o CTSPN-SMS-RJ pede o seu apoio e comprometimento à esta iniciativa. Esta carta não é só do CTSPN, mas também das entidades de movimentos sociais que igualmente reivindicam a criação de uma área técnica de saúde da população negra nas esferas de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). Tornamos a carta pública para assim convidarmos a todos, todas e todes que queiram somar a este movimento para assinarem conosco esta carta, e pressionar o poder público para a sua efetivação.
O CTSPN atua na Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro para a implantação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) que completou uma década. Contudo, embora haja atualmente um bom preenchimento da variável raça/cor, ainda é incipiente e descontínua sua utilização na análise, planejamento e tomada de decisões nas políticas e ações de saúde, assim como no investimento de recursos que atualmente é inexistente.
Esse fato pode ser comprovado por meio da análise dos indicadores com desagregação dos dados por raça/cor no município. Verifica-se que o impacto das ações não atinge a população negra de forma equânime. Dos óbitos infantis, a maioria (55,9%) é da população negra; a razão elevada de mortalidade materna, em 2018, para as mulheres pardas foi de 61,8 e para as pretas 143,6, enquanto a de brancas é de 37,4; são as mulheres pretas que também têm menor acesso a consultas de pré-natal, apenas 75,9% fizeram sete consultas ou mais, 76,9% para mulheres pardas, enquanto 87% das mulheres brancas fizeram sete consultas ou mais (2017). No que se refere à mortalidade por causas externas, entre as três principais causas de morte, a maior taxa incide principalmente nos homens negros (80,3%) três vezes mais se comparado aos brancos (19,7%), as mortes por homicídios são mais que o dobro, 30% na população branca e 70% para negros[1].
Desta forma, os indicadores refletem as desigualdades de acesso e assistência da população negra e revelam a falta de compromisso pela gestão, que não considera as iniquidades na atenção à saúde desta população em seus documentos, bem como, a falta de metas específicas que respondam às necessidades de saúde o que denuncia a ausência de ação, estratégia e direcionamento de recursos relacionadas à redução das iniquidades na atenção à saúde da população negra em nossa cidade. Uma instância de gestão da PNSIPN é necessária para que a implementação da política se efetive pela equidade em saúde.
[1] Dados apresentados pela Superintendência de Vigilância em Saúde da SMS/RJ ao CTSPN-RJ em 20/06/2018 e 22/05/2019.
Se você ainda não assinou o manifesto pela área técnica, assine agora. Aqui, no link da petição:http://chng.it/z2p6SNrGbx
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Área Técnica em Saúde da População Negra Painel
Encerramento Encerramento
O evento será gravado integralmente e o credenciamento será feito por meio de formulário online durante o evento.
Por favor, apareça mais cedo! Chegue a tempo. Crie um lembrete na sua agenda.
Uma sugestão:
- Desligue seu áudio e vídeo antes de entrar na reunião. Por mais adorável que seja ver seu rosto, o vídeo ocupa muita largura de banda, então pode tornar sua conexão instável. Porém, se sua conexão for forte e o vídeo estiver funcionando bem, vá em frente - ser capaz de ver nossos rostos é uma parte importante da comunicação durante esses tempos estressantes.
Um lembrete importante:
- Além de fechar o microfone ao entrar na reunião, por favor, mantenha-o fechado quando outra pessoa estiver falando. Ainda que entendamos que é da natureza humana intervir e fazer ruídos de apoio (ou não), isso, no ambiente de videoconferência, pode interromper o fluxo do(a) palestrante.
Minimize distrações, ou seja, você deve observar o que está acontecendo no seu ambiente para não compartilhar imagens e sons ou desagradáveis ou fora de contexto.
Vamos usar o "chat" ou o recurso de mensagem instantânea para recolher as perguntas. Então, por favor, prepare seus pontos de discussão com antecedência, copie e cole no chat, indicando seu nome e instituição. Você também pode usar o recurso de mensagem instantânea para comentar algo enquanto a outra pessoa está falando. Isso significa que você não está interrompendo e pode retornar ao comentário mais tarde.
Contudo, se você quiser ou precisar falar, se inscreva antes, "levantando a mão". O Jitsy tem uma facilidade para fazer isso - você encontrará uma "mãozinha" ao lado do ícone do "chat". A sua fala quando autorizada terá controle rigoroso do tempo com 2 minutos. O Jitsy permite à Comissão Organizadora fechar o microfone do(a) participante.
Se você estiver falando sobre um documento, por exemplo, compartilhe sua tela e você poderá realmente colaborar de perto e conversar sobre o que está lendo ou olhando.
Para garantir que esse seja um ambiente seguro, amigável e que cumpra sua função, colocamos aqui algumas orientações e alertas com relação à interação de todas(os) nós por aqui:
Observe o tempo de fala e preste atenção às outras pessoas
Mantenha as discussões dentro do tema do evento
Evite discussões de temas relacionados a partidos políticos, religião e outros que possam levar a conflito
Evite ter longas discussões particulares no chat, nesses casos, envie mensagem privada
Mantenha o ambiente agradável, respeitoso e seguro. Não será aceita linguagem desrespeitosa.
Caso vá responder ou interagir com alguém que tem uma dúvida, faça-o respeitosamente. Todas as dúvidas são legítimas e cada pessoa tem sua própria jornada de aprendizado.
Não serão aceitas discussões de caráter sexual ou uso de linguagem imprópria. Os pontos a seguir não serão tolerados e poderão levar a banimento:
- Engajar qualquer tipo de atividade ilegal ou publicar mensagens que incentivem atividades desse tipo – incluídas, mas não restritas a, atividades relacionadas a pirataria, contrabando, violência, entre outros;
- Utilização de linguagem ofensiva, bem como discurso de ódio, mensagens racistas, machistas, xenófobas ou discriminatórias de qualquer natureza;
- Assédio moral ou sexual. Qualquer tipo de desrespeito a outros participantes.
Se você presenciar ou se sentir alvo de qualquer comportamento desrespeitoso ou inapropriado, entre em contato com a organização do evento ou com o CTSPN-SMS-RJ e denuncie. Uma vez que você ler e interagir no evento você já está de acordo com essas regras!
Assim, teremos um evento bastante significativo e, mesmo remotamente, teremos uma reunião tanto interativa quanto produtiva.
Bom evento!!!
Por favor, descreva abaixo a razão da sua denúncia.
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro - Secretaria Municipal de Saúde
E-mail: comitemunicipalsaudepopnegra@gmail.com
Facebook:https://www.facebook.com/comitepopnegrasmarj/
Instagram:@comitepopnegra
Twitter: @comitepopnegra
Atualmente é Pós-Doutoranda no Programa Internacional de Pós-Doutorado (IPP), do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), em São Paulo, onde desenvolve pesquisa sobre os nexos entre racialização de migrantes internacionais e acesso à Estratégia Saúde da Família (ESF), onde integra o AFRO - Núcleo de Pesquisa e Formação em Raça, Gênero e Justiça Racial. Doutora em Sociologia (2019) pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde desenvolveu pesquisa de tese sobre o processo de implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra – PNSIPN -, em distintas burocracias locais do SUS, no município do Rio de Janeiro.
Doutora em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (1998) com a tese Racismo e Saúde, referência para a elaboração da PNSIPN. Foi Chefe de Gabinete da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR. Fez parte da equipe do Fundo das Nações Unidas para a Mulher – UNIFEM Brasil e Cone Sul, atual ONU Mulheres. Atuou como Pesquisadora Bolsista Colaboradora do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada – IPEA, na área de políticas de igualdade racial, e como Assessora Regional para Diversidade Cultural e Saúde na Organização Panamericana de Saúde no escritório regional em Washington/EUA.