O dia 11 de fevereiro é o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. Os dados na figura a seguir mostram a a importância do evento por conta do número ínfimo de mulheres pretas e pardas (negras) na pós graduação, conforme o último Censo da Educação Superior:
Vamos além da Organização das Nacões Unidas (ONU) quando afirma que ciência e igualdade de gêneros são vitais para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e reivindicamos também igualdade racial, bem como de classe.
Por esta razão, em parceria com a Liga Acadêmica de Enfermagem em em Saúde da População Negra (Laespne UFRJ), o Fórum Permanente em Saúde das Populações Vulneráveis celebra neste evento o Dia Internacional das Mulheres e Meninas Negras na Ciência de Enfermagem.
Cabe ressaltar que a luta por equidade de gênero e de raça na ciência também inclui a luta por justiça reprodutiva, paradigma interseccional que emerge das experiências de mulheres e meninas negras que vivenciam um conjunto complexo de opressões e hierarquias reprodutivas e de maternagem ou em decorrência do papel de cuidadoras familiares.
Em direção à equidade de gênero, de raça e também de classe na ciência, é preciso dar visibilidade às enfermeiras e suas contribuições à ciência. O ano de 2020 celebrou os 200 anos de Florence Nightingale, estatística e fundadora/estruturadora da profissão de enfermeira(o), cujo trabalho excepcional como cientista de dados e bioestatística permanece invisibilizado até hoje.
IMG: O Diagrama da Rosa - criado por Florence Nightingale.
O sexismo e a misoginia tiraram de nós, enfermeiras(os), um dos principais legados de Florence Nightingale: a ciência dos dados aplicada à saúde coletiva, à estatística clínica, à defensoria em saúde da população, entre outras aplicações.
Saiba mais sobre este lado invisibilizado de Florence e da profissão de enfermeira(o) em
Pasternak, N. Florence Nightingale, pioneira da ciência na saúde. Instituto Questão de Ciência. São Paulo, março, 2020. Disponível em https://www.revistaquestaodeciencia.com.br/artigo/2020/03/06/florence-nightingale-pioneira-da-ciencia-na-saude
Participe do evento e nos ajude a re-construir a história da profissão, bem como a identificar as demandas atuais para seu desenvolvimento científico e tecnológico necessário ao encontro clínico terapêutico e isento de vieses sexistas e racistas.
Agumas das mulheres negras que moldam ou moldaram a ciência de enfermagem no Brasil (a memória é sempre injusta e traiçoeira...)
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Iraci dos Santos | Izabel dos Santos | Cleonice Vicente Ribeiro | Rosalda Paim |
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Valmira dos Santos | Alaerte Leandro Martins | Berenice Assumpção Kikuchi | Sugira um nome |
Como podemos reverter a tendência de invisibilização?
Como podemos incentivar que mais mulheres, jovens e meninas negras tornem-se cientistas? Cientistas de Enfermagem?
Não podemos perder mais tempo, o tempo da ação é agora! Participe!
Assista aqui:
Como citar:
Cruz, ICF da (org.). Mulheres e Meninas Negras na Ciência. Fórum Permanente em Saúde das Populações Vulneráveis/UFF. Niterói (Rio de Janeiro/Brasil), 11/02/2021. Disponível em https://youtu.be/nK0qVa8RoEg