Quando surge um nó, desaparece uma fragilidade. Ou então algo deixa de estar rompido ou se emaranha. Esta era uma assertiva até há pouco tempo, irrefutável. Quem discordaria que foi unindo esforços que a humanidade se construiu enquanto ser coletivo? Mas hoje, frente aos desafios de uma pandemia, os valores destes nós são repensados. A solução imediata que se afigura é o recolhimento e o desfazer dos laços, colocando em suspenso os pressupostos de como e em que base reconstruir novas conexões.
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O I Congresso Internacional Nós dá início a um convite interdisciplinar: construído a partir de temas que permitem várias aproximações relacionadas a manifestações e práticas culturais - Antropologia, Arquitetura e Urbanismo, Geografia, Turismo, Filosofia, Psicologia, Artes -, afeito à amplitude das trocas possíveis quando a rede de nós se forma através de outros canais - a literatura, o cinema, a música, o teatro e as mídias digitais – e questionando-se sobre os novos paradigmas que afloram quando o mundo se conecta sem o deslocamento físico, ele convoca pesquisadores, nesta sua primeira edição, à refletir sobre um afluxo de experiências bastante especial: os patrimônios em silêncio.