Oficina Ginga

Contraperformance como estratégia contracolonial

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Sexta, 13 de setembro de 2024 Das 14:00 às 17:30

Sobre o Evento

A oficina estabelece uma confluência interdisciplinar entre a capoeira, o fazer teatral e as reflexões sobre contraperformance que interseccionam raça, classe e gênero em um movimento espiralar contracolonial. A oficina é uma encruzilhada que promove a expansão da percepção de corpos e mentes através da prática do Corpo Mangangá como formação de um corpo ágil, incorporado por movimentos da capoeira e sua teatralidade, se propondo a provocar uma ginga contraperformática.

Wês J. Alves desenvolve a oficina "Corpo Mangangá" a partir das investigações no teatro e na capoeira angola. Nela ele explora a teatralidade intrínseca à capoeira em uma aula dividida em três etapas: inicialmente, ensinando os fundamentos da capoeira angola; em seguida, propõem-se jogos teatrais; e, por fim, ocorre a integração dos elementos. Dessa fusão, surge o Corpo Mangangá, um corpo ágil, que incorpora os movimentos da capoeira e toda a sua teatralidade, a qual é desenvolvida ao longo dos exercícios. A busca por pelo corpo que revele suas expressões e o que este corpo performa no dia a dia.

Rayanne Mendes apresenta em conjunto a reflexão dos corpos negros localizados em contextos de tecnologias coloniais que interseccionam gênero, classe e raça, necessitam compreender o performar como uma encruzilhada. De tal modo, o encruzilhamento das reflexões de autores como Nêgo Bispo (2023), Anibal Quijano (1992), Leda Maria Martins (2021) e Beatriz Nascimento (2018) permitem a compreensão de corpos negros que performariam a partir de uma resistência autônoma e coletiva, a imagem do que nomeia como contraperformance. Assim, contraperformar está como uma repetição da ação dos corpos que transgridem os padrões impostos. Está no movimento de aquilombamento como posição de resistência contra hegemônica, onde o corpo é político e carrega consigo a ancestralidade daqueles que vieram antes.

Desta forma, é na confluência da expansão de perspectivas de corpos e mentes pela ginga teatral da capoeira de Wês J. Alves, com a proposta de contraperformance cunhada por Rayanne Mendes, que a Oficina Ginga busca trasnfluir para atingir outros lugares de potência acadêmica e comunitária, em um processo de aquilombamento que atravessa os limites institucionais e se faz real nos corpos atravessados pela vivência.

Ministrantes:
Wês J Alves
Mestrando em Artes Cênicas (Ppgac | UFMA), pesquisando sobre a corporeidade e as matrizes que existem dentro da capoeira, e manifestações populares, para o fazer teatral, desenvolvendo uma metodologia com foco em treinamento para atuação. Capoeirista desde os 14 anos de idade, hoje treina e estuda angola na ACAPUS. Especializando em atuação pelo NAE.
Chico do Boizinho Incantado.
Graduado em Licenciatura em Teatro.

Rayanne Mendes
Mestranda em Cultura e Sociedade (Pgcult | UFMA), pesquisando sobre comunidades tradicionais quilombolas e questões de gênero nos grupos de estudo GAEP - UFMA e Aquilombamente - UFMA;
Especialista em Administração e Planejamento de Programas e Projetos Sociais (IESF);
Bacharel em Serviço Social (UFMA).

A oficina é proposta pela Linha de Pesquisa 2 – Interseccionalidade de raça, gênero e classe na produção de conhecimento acadêmico-científico do grupo de estudos Aquilombamente-UFMA, sob a coordenação de: Sunshine Casto - Mestranda em Cultura e Sociedade - PGCult-UFMA; Turismológa e Artista Visual; Pesquisadora de Museologia e Decolonialidade

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Local

Museus de Artes Visuais , 65010-480, Rua Portugal, Centro, São Luís, Maranhão
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Organizador

AQUILOMBAMENTE.UFMA

Grupo de estudos étnico-raciais vinculado ao Programa de Pós-graduação em Cultura e Sociedade da Universidade Federal do Maranhão