O paciente vítima de trauma torácico e que necessita ser submetido à drenagem fechada de tórax é atendido por uma equipe multidisciplinar composta por cirurgiões, enfermeiros, técnicos em enfermagem e fisioterapeutas. Os pacientes submetidos à drenagem pleural são preferencialmente internados em apartamentos ou enfermarias. Setores como politrauma e observação cirúrgica são locais em que há grande número de pessoas circulando, o que pode propiciar aumento da contaminação e subsequente infecção desses pacientes. Na enfermaria, eles ficam aos cuidados da equipe de enfermagem, responsável pela troca de curativos, pela aferição dos débitos do dreno, pela troca de selo d’água e pelo acompanhamento da evolução do paciente.O dreno de tórax deve ser tubular, multifenestrado no terço distal (para facilitar a drenagem e dificultar a obstrução), siliconizado (para dificultar a aderência de coágulos), de material transparente e da mesma espessura do restante do sistema. É marcado com linha de material radiopaco que percorre o dreno em sua extensão, interrompido pela última fenestração. De plástico transparente, o frasco coletor é graduado para permitir as aferições da quantidade de líquido drenado. No seu interior, um tubo rígido deve ser mergulhado em 2 cm de soro fisiológico para produzir o selo d’água e fazer uma válvula unidirecional que permita a saída apenas de secreções e de ar e impeça o retorno ao interior do tórax. Os curativos devem ser feitos de acordo com a rotina da equipe de enfermagem de cada unidade, com intervalo médio de 24 horas. Durante a realização do curativo, ao menor sinal de anormalidades, o enfermeiro deve estar atento. Esses sinais de alerta são: vazamento pela ferida do dreno, sinais de infecção da ferida, ferida do dreno alargada, orifício do dreno no nível da pele e fios de fixação frouxos. Após a inserção do dreno ficar atento a trocas do sistema de drenagem, realização de curativos, aferição do débito drenado e atenção no transporte do paciente.