CONGRESSO DE SAÚDE PÚBLICA E FORMAÇÃO HUMANA: Comemoração do centenário da SOBRAHSP

CONGRESSO DE SAÚDE PÚBLICA E FORMAÇÃO HUMANA: Comemoração do centenário da SOBRAHSP

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De 3 a 5 de agosto Todos os dias das 09h00 às 13h00

Sobre o Evento

INSCRIÇÕES ABERTAS!

EVENTO PRESENCIAL, COM EMISSÃO DE CERTIFICADOS

Venham se inscrever no Congresso de “Saúde Pública e Formação Humana”. Organizado pelo LABACIENCIAS e Rede de Saúde Coletiva UFF, em homenagem ao Centenário da Sociedade Brasileira de Higiene e Saúde Pública (SOBRAHSP), o Congresso será presencial, gratuito para estudantes, e ocorrerá no Novo IACS e no Instituto de Biologia, Bloco M, Campus do Gragoatá, no período de 3 a 5 de agosto do corrente ano. O Congresso estará estruturado em quatro eixos principais - Saúde e Educação, Saúde e Meio Ambiente, Saúde Indígena e Doenças Negligenciadas. Estes eixos se entrelaçam pelo lema da OMS para 2023, Saúde para Todos, e, no âmbito nacional, pela defesa intransigente e incondicional do SUS. O Congresso privilegiará as Rodas de Conversas Reflexivas, favorecendo o diálogo entre os coordenadores das mesmas e o público em geral, especialmente os estudantes e os profissionais de saúde do município de Niterói e municípios adjacentes. No âmbito das homenagens, será outorgado Medalhas Comemoratívas Oswaldo Cruz e Carlos Chagas, de Honra ao Mérito, para pessoas e Instituições que se dedicaram em prol da grande causa da Saúde e da Educação em Saúde. Um centro de informações do Congresso está sendo montado no Reserva Cultural, onde funcionava a Livraria Books. O Congresso conta com o apoio da Universidade Federal Fluminense, através do Gabinete do Reitor, das Pró-Reitorias Acadêmicas e da Fundação Euclides da Cunha; da Prefeitura municipal de Niterói, através da Secretária Municipal de Saúde, do Ministério da Saúde, através do Departamento de Ciência e Tecnologia; do Instituto Vital Brazil, da Associação Brasileira de Diversidade e Inclusão (ABDIn) e das Agências FINEP, FAPERJ e CNPq.

Certificado: será emitido por meio eletrônico!

Palestrantes

  • Alexander Turra
  • Alexandra Anastacio Monteiro Silva (1972-2023) in memoriam
  • Alexandre Otavio Chieppe
  • Antonio Joaquim Werneck de Castro
  • Alcindo Antônio Ferla
  • Aluisio Gomes da Silva Junior
  • Ana Cristina Vieira Cabral
  • Anamaria Schneider
  • Analice Pinto Braga
  • Ana Estela Haddad
  • Ana Luce Girão Soares de Lima
  • Ana Maria Caetano Faria
  • Ana Teresa Derraik Barbosa
  • Andréa Silvestre
  • Ana Maria Machado
  • Andrea Regina de Souza Baptista
  • Andreia Pereira Escudeiro
  • Antonio Claudio Lucas da Nóbrega
  • Axel Schmidt Grael
  • Beatriz Guitton
  • Carlos Fidelis da Ponte
  • Carlos Frederico Campelo de Albuquerque e Melo
  • Carolina N. Spiegel
  • Celina Maria Turchi Martelli
  • Celso Pansera
  • Claudio Serfaty
  • Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro
  • Cristina Carrazzone
  • Dagmar de Mello e Silva
  • Daniel Biasetto
  • David Soeiro Barbosa
  • Dayse Nogueira Monassa
  • Diana Negrão Cavalcanti
  • Edson Pereira Silva
  • Eduardo Passos
  • Elizabeth Rodrigues de Oliveira Pereira 
  • Érico Teixeira Vital Brazil
  • Emerson Elias Merhy
  • Enéas Rangel Teixeira
  • Esteban Walter Gonzalez Clua
  • Felipe Tavares
  • Fleury Johnson.
  • Francisco José D´Angelo Pinto
  • Gerlinde Agate Brasil Teixeira
  • Genilton José Vieira
  • Eliane Clara Opoxina
  • Izabel Christina Nunes de Palmer Paixão
  • Jandira Feghali
  • Jarbas Barbosa
  • Jerson Lima
  • João Paulo Machado
  • João Paulo Lima Barreto
  • José Gomes Temporão 
  • José Raymundo Martins Romêo (1930-2022) in memoriam
  • Josefa de Oliveira Silva
  • José Alexandre Menezes da Silva
  • Josy Maria de Pinho da Silva
  • Junior Hekurari Yanomami
  • Leonardo Giordano
  • Leila Gatti Sobreiro
  • Lileia Diotaiuti
  • Luciano Andrade Moreira
  • Luciana Vanni Gatti
  • Luís Roberto Barroso
  • Luiz Antonio Botelho Andrade
  • Luiz Carlos Froes Garcia
  • Luiz Henrique Eloy Amado
  • Luiz Santini
  • Marcia Maria e Silva
  • Maria dos Remédios Freitas Carvalho Branco
  • Maria do Carmo Leal
  • Márcia Corrêa e Castro
  • Marcos de Carvalho Candau
  • Maria Fernanda Souza Costa
  • Mariangela Carneiro
  • Mário Ronconi
  • Mauricio Afonso Vericimo
  • Maurineia Vasconcelos
  • Nelson Monteiro Vaz
  • Paulo Gadelha
  • Patrícia Araujo
  • Pedro Albajar Vinãs
  • Paulo Sérgio Lacerda Beirão
  • Pedro Luiz Tauil
  • Priscilla Palhano
  • Raphael Barreto da Conceição Barbosa
  • Raymundo Nery Stelling Júnior
  • Renata Egger
  • Renato Janine Ribeiro
  • Ricardo Magnus Osório Galvão
  • Rivaldo Venâncio
  • Roberto Medronho
  • Rodrigo Neves
  • Rômulo Paes de Sousa
  • Rosana Onocko
  • Sérgio Bezz
  • Sidenia Alves Sidrião de Alencar Mendes
  • Simone Martins Rembold
  • Solange Regina de Oliveira
  • Sonia Guajajara
  • Socorro Gross Galiano
  • Tainá de Paula
  • Túlio Franco
  • Vera Saboia
  • Waldenir de Bragança
  • Wilson Oliveira Junior
  • Wanderley de Souza Carvalho

Programação

09h15 - Ana Maria Caetano Faria, Analice Pinto Braga, Anamaria Schneider, Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, Axel Schmidt Grael, Celina Maria Turchi Martelli, Celso Pansera, Dayse Nogueira Monassa, Érico Teixeira Vital Brazil, Francisco José D´Angelo Pinto, Genilton José Vieira, Jerson Lima, Josefa de Oliveira Silva, José Gomes Temporão , Lileia Diotaiuti, Luiz Antonio Botelho Andrade, Luiz Carlos Froes Garcia, Luís Roberto Barroso, Marcos de Carvalho Candau, Maria dos Remédios Freitas Carvalho Branco, Paulo Gadelha, Paulo Sérgio Lacerda Beirão, Pedro Albajar Vinãs, Raymundo Nery Stelling Júnior, Roberto Medronho, Rodrigo Neves, Rosana Onocko, Sonia Guajajara, Wanderley de Souza Carvalho Abertura Cultural / Oficial Abertura
Abertura Cultural / Oficial
Local: Sala Nelson Pereira dos Santos

Mesa de Abertura

Reitor da Universidade Federal Fluminense - Prof. Antonio Claudio Lucas da Nóbrega

Prefeito de Niterói - Axel Schmidt Agrael

Secretário Municipal de Saúde de Niterói - Ana Schineider

Secretário Municipal de Saúde de Maricá - Solange Regina de Oliveira

Representante da Organização Mundial da Saúde - Dr. Pedro Albajar

Coordenador do Congresso - Prof. Luiz Antonio Botelho Andrade

14h00 - João Paulo Lima Barreto, Túlio Franco Decolonialidade e Saúde Coletiva: Corpo-natureza como unidade cósmica para pensar o cuidado. Roda de Conversa
Decolonialidade e Saúde Coletiva: Corpo-natureza como unidade cósmica para pensar o cuidado.
Local: Tenda - IACS

Pesquisador-mediador: João Paulo Lima Barreto e Túlio Franco

Na direção de uma reconexão entre natureza e humanos, tomamos como referência a ideia de corpo, presente no pensamento do povo Tukano, um dos povos da Região do Alto Rio Negro, extremo norte do Brasil, e descrito na obra do antropólogo indígena João Paulo Barreto. No pensamento do povo Tukano o corpo é a síntese de elementos da natureza, ou seja, eles o constituem, operando a ideia de humano-natureza, e não apenas um ser humano pertencente à natureza. A ideia radical, que aqui adotamos, é pensar o humano como natureza. O pensamento ancestral ameríndio nos fornece linhas para pensar as práticas de cuidado, incorporando todos os viventes, que não mais se distinguem entre humanos e não humanos, porque há uma humanidade presente em todos os seres. Este conjunto de ideias nos remetem à característica transdisciplinar da saúde coletiva, e a necessária incorporação do pensamento ancestral ameríndio como mais um dos referenciais teóricos que devem orientar o campo.

14h00 - Claudio Serfaty A desnutrição e os impactos no desenvolvimento do cérebro e na educação. Roda de Conversa
A desnutrição e os impactos no desenvolvimento do cérebro e na educação.
Local: IACS - Tenda

Pesquisador-mediador: Claudio Serfaty

A desnutrição global e a fome, induzida pela desigualdade social são tragédias evitáveis que comprometem o desenvolvimento humano, principalmente quando as vítimas são crianças. A fome, e suas consequências são visíveis por apresentarem um quadro desolador conhecido por todos e que exigem atitudes drásticas e imediatas do poder público. No entanto, existem carências nutricionais que não se apresentam a olhos vistos. São formas ocultas de desnutrição que comprometem o desenvolvimento cerebral nos primeiros anos de vida, comprometendo o desenvolvimento cognitivo, impactando a educação e o pleno desenvolvimento do potencial individual de crianças. Estamos falando das carências nutricionais de nutrientes essenciais, que só podem ser adquiridos pela alimentação e que se instalam sem alterações de ganho de peso ou de marcas visíveis de desnutrição. Podemos citar o triptofano – um aminoácido necessário à síntese de serotonina e que está presente em maiores quantidades em proteínas de origem animal e em menor quantidade em proteínas de alguns vegetais. Os déficits nutricionais de triptofano diminuem a síntese de serotonina e impactam a plasticidade cerebral comprometendo o que temos de mais precioso no cérebro: a capacidade de aprender e reaprender com as experiências. Também abordaremos a carência nutricional de outro nutriente essencial, os ácidos graxos ômega-3, nutriente adquirido principalmente pela dieta rica em frutos do mar, nozes e castanhas. Esta forma de desnutrição cursa com aumento da neuroinflamação cerebral e é agravada substancialmente pelo consumo de alimentos ultraprocessados. As consequências da neuroinflamação durante a gestação e na primeira infância podem resultar em atraso no desenvolvimento cognitivo, com impactos na escolarização e constitui um fator de risco para distúrbios do desenvolvimento como o autismo. Como as fontes nutricionais de triptofano e ácidos graxos ômega 3 são de alto custo, se torna imperativa a discussão deste tema em uma época em que a ciência deve contribuir para a reconstrução de políticas públicas visando o bem estar social. Para se preparar para discutir o tema da Roda, segue um ebook gratuito do autor: [19:34, 21.6.2023] Claudio Serfaty: https://cienciaparaeducacao.org/blog/2022/07/11/livro-explora-os-periodos-criticos-do-desenvolvimento-cerebral/

14h00 - Esteban Walter Gonzalez Clua O uso de metaversos para Medicina e Saúde Roda de Conversa
Local: IACS - Sala 1

A realidade virtual é uma nova tecnologia, capaz de criar ambientes imersivos e realistas. O conceito de metaverso e mundos virtuais utiliza tecnologias de Realidade Virtual para criar cenários e situações de interação homem-computador com um elevado grau de proximidade em relação ao mundo real, permitindo extrapolar e visualizar informações impossíveis de serem vistas em situações reais. O uso destas tecnologias em Saúde e Medicina é bastante promissor e permite criar novas maneiras de clinicar e realizar tratamentos. Nesta roda serão explorados os potenciais que o Metaverso e a Realidade Virtual trazem para esta área. Também serão apresentados exemplos de aplicações em desenvolvimento.

14h00 - Emerson Elias Merhy Movimento Social e Reforma Sanitária e Psiquiátrica: outras memórias Roda de Conversa
Movimento Social e Reforma Sanitária e Psiquiátrica: outras memórias
Local: IACS - Tenda 3

Pesquisador-mediador: Emerson Elias Merhy

Muito da reforma sanitária e a criação do SUS começou muito antes, quando muitos grupos sociais se organizavam para lutar e defender seus direitos diante de uma sociedade radicalmente desigual e injusta. Nos anos 60 e 70, do século passado, vários movimentos sociais se mobilizaram para lutar pelo direito a uma vida mais digna e pelos direitos que lhe garantiriam isso. Dentre estes movimentos destaco os movimentos sociais urbanos que em várias partes do Brasil experimentaram a construção de ações coletivas e democráticas junto aos muitos e variados serviços de saúde. Destaco entre estes o Movimento de Saúde da Zona Leste de São Paulo, que experimentava o controle social muito antes da própria Reforma Sanitária e o SUS existirem. Outras memórias precisam emergir neste momento chave que temos que reconquistar o direito a saúde como bem público e não privado, no Brasil.

14h00 - Diana Negrão Cavalcanti Os desafios de acesso e seguimento do autista adolescente e adulto severo à Saúde Integral Roda de Conversa
Os desafios de acesso e seguimento do autista adolescente e adulto severo à Saúde Integral
Local: IACS - Tenda 4

Pesquisaora-mediadora: Diana Negrão Cavalcanti

O transtorno do Espectro do Autismo é definido como um disturbio do neurodesenvolvimento, altamente heterogêneo, portanto, afeta o individuo em todas as fases de sua vida. Como este indivíduo é mais sensível, as interpretações de suas condições orgânicas muitas vezes fazem com que doenças comuns sejam negligenciadas em sistemas de saúde. Entender a sintomatologia e atender aos indivíduos de forma integral, principalmente quando estes indivíduos crescem, é a proposta desta discussão. Iremos abordar desde os tramites para o acesso as investigações clínicas até a otimização dos processos dentro do sistema de saúde, que muitas vezes não possibilitam aos cuidadores e aos próprios autistas serem atendidos em suas particularidades.

14h00 - Maria do Carmo Leal Saúde Sexual e Reprodutiva no SUS: anticoncepção, gestação, aborto, parto e nascimento. Roda de Conversa
Saúde Sexual e Reprodutiva no SUS: anticoncepção, gestação, aborto, parto e nascimento.
Local: IACS - Tenda 5

Pesquisadora-mediadora: Maria do Carmo Leal

Grande parte das ações da Atenção Primária em Saúde é dedicada à Saúde da Mulher e da Criança, dado o grande contingente populacional desse grupo e ao uso intensivo dos serviços de saúde na infância e na idade reprodutiva da mulher. Os indicadores de saúde sexual e reprodutiva são muito utilizados como indicadores que avaliam as condições de vida, saúde e bem-estar social de populações. No Brasil, esforços têm sido feitos, por meio de programas e ações, para a melhoria desses indicadores, mas, os resultados estão aquém do desejado. Nessa roda de conversa vamos abordar os avanços e entraves ao progresso das condições de saúde reprodutiva das mulheres e dos indicadores de adoecimento e mortalidade de crianças.

14h00 - Patrícia Araujo Novas tecnologias para tratamento de rejeitos de garimpos contendo mercúrio Roda de Conversa
Novas tecnologias para tratamento de rejeitos de garimpos contendo mercúrio
Local: IACS - Tenda 6

Pesquisadora-mediadora: Patrícia Araújo

A extração de ouro de garimpo é um problema secular que afeta tanto o meio ambiente quanto a saúde humana. O processo de amalgamação, que utiliza o mercúrio para extração do ouro, é seguido da queima do composto formado (decomposição térmica). Nesse método ocorrem emanações de vapores de mercúrio para o meio ambiente com consequente contaminação dos distintos compartimentos ambientais (i.e., água, solo e ar) em proporções desastrosas. A exposição a esses vapores compromete seriamente a saúde humana. Diante desse cenário, podemos afirmar que não há forma segura de se lidar com esse elemento. A maneira com que os garimpeiros extraem o ouro é a mesma, desde os anos de 1500 e nenhuma modificação foi realizada desde então. O acúmulo dos rejeitos contendo mercúrio também é um desafio e requer soluções imediatas, visto que esse metal promove contaminação ambiental persistente nos lugares onde se encontra. O Centro de Tecnologia Mineral desenvolve, desde a década de 80, diversos trabalhos em áreas de garimpo, incluindo instrumental para proteção dos garimpeiros, como retortas. Atualmente está em processo de aprimoramento uma nova tecnologia para o tratamento de resíduos. Trata-se de um dispositivo que se encarrega da remoção do mercúrio contido nos rejeitos utilizando placas de cobre eletro revestidas em prata, que remove não somente o mercúrio contido, como também o ouro residual presente, fato que estimula o investimento nesse tipo de tratamento. Da mesma forma, desenvolveu recentemente um curso direcionado exclusivamente para garimpeiros: “Da geologia ao metal”. Por essas iniciativas, o grupo de estudos recebeu o reconhecimento como parceiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – UNEP. Nessa roda de conversa, esperamos dividir nossas experiências sobre esse assunto e, assim, trocar informações com alunos, pesquisadores e a sociedade em geral, que aguarda por iniciativas sobre a temática em questão.

14h00 - Luciana Vanni Gatti O papel da Natureza e suas florestas na manutenção de nossa condição de vida e saúde. Roda de Conversa
Local: IACS - Tenda 11

Pesquisadora-mediadora: Luciana Vanni Gatti

Como nosso atual modelo de produção de alimentos e nossa alimentação estão comprometendo nossa sobrevivência no planeta e nossa saúde. Este modelo de Brasil fazenda do planeta, com monoculturas extensivas, cheias de veneno, exige um desmatamento, cada vez maior, acelerando as mudanças climáticas, os eventos extremos e comprometendo nossa condição de vida e saúde.

14h00 - Luiz Santini A pré-história do SUS Roda de Conversa
A pré-história do SUS
Local: IACS - Tenda

Pesquisador-mediador: Luiz Santini

Nada acontece "por acaso mas por história". Se isto é assim, o o surgimento do SUS tem uma história e, a rigor, uma pré-história, que vale a pena ser contada e ressaltada. Há uma percepção entre as pessoas da saúde pública de que o SUS é produto da 8° Conferência Nacional de Saúde. Essa é uma visão ahistórica, na medida em que, desde o século XIX mas sobretudo a partir do Século XX, diversos movimentos de cientistas, acadêmicos e políticos construíram o que foram as bases dessa grande conquista da sociedade brasileira - O SUS. A proposta desta mesa é contar essa história como uma forma de suscitar o debate e a reflexão para, nos embates políticos, defender esta grande Conquista da nossa Sociedade.

14h00 - Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro, Pedro Luiz Tauil Desafios para o controle da Malária no Brasil Roda de Conversa
Desafios para o controle da Malária no Brasil
Local: IACS - Tenda

Pesquisador-mediador: Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro e Pedro Luiz Tauil

A Malária ainda é um doença muito importante no Brasil e no mundo. Essa Roda de Conversa visa discutir a epidemiologia e os desafios para o controle da doença no Brasil. Muitos casos e óbitos são ainda registrados, principalmente na África, Ásia e América Latina. Os óbitos são mais frequentes entre crianças e gestantes. No Brasil, mais de 90% dos casos ocorrem na Região Amazônica, principalmente em áreas rurais com população vulnerável, vivendo em condições precárias de habitação e trabalho. Com a degradação ambiental provocada pelo garimpo ilegal em terras indígenas, o surto de malária se tornou um grave problema de saúde pública, especialmente para os povos originários.

14h00 - Aluisio Gomes da Silva Junior Atenção Primária à Saúde como local de formação profissional e educação permanente: desafios e experiências Roda de Conversa
Atenção Primária à Saúde como local de formação profissional e educação permanente: desafios e experiências
Local: IACS Tenda

Pesquisador-mediador: Aluisio Gomes da Silva Junior


A concepção do Sistema Único de Saúde como ordenador da formação dos profissionais no setor vem produzindo experiências de articulação entre os serviços de saúde e as instituições universitárias. A Atenção Primária à Saúde com sua complexidade de problemas, variedade de abordagens tecnológicas e atuação no território vem se destacando como espaço privilegiado desta formação. A roda visa apresentar e debater algumas destas experiências e refletir sobre os desafios ético-políticos e tecnológicos na perspectiva de formação na rede de saúde.

14h00 - Carolina N. Spiegel Jogos e Educação em Saúde Roda de Conversa
Local: IACS Tendas

Pesquisadores-mediadores: Carolina N. Spiegel (PQ)1,2,3, Rafaela Vieira Bruno3, Tânia Zaverucha do Valle4 e Carla C.M. Ribeiro1,3,5
1Programa de Pós-Graduação em Ensino em Biociências e Saúde IOC/Fiocruz, 2Grupo de Pesquisa em Ciências e Educação Lúdica, Instituto de Biologia, Universidade Federal Fluminense, 3Laboratório de Biologia Molecular de Insetos (LABIMI), IOC/Fiocruz, 4Laboratório de Protozoologia, IOC/Fiocruz 5Colégio Estadual Natividade Patrício Antunes da Seeduc-RJ.


Os jogos são importantes elementos da cultura e fazem parte da história da humanidade. Dessa forma, pensar em jogos na Educação em Saúde é possibilitar vivências com diferentes realidades, promoção do diálogo, além de ter o potencial da motivação e prazer através da experimentação. Porém, as concepções de saúde apresentadas nos jogos sobre saúde podem ser muito heterogêneas, além de existirem uma grande diversidade de tipos de jogos (digitais, analógicos e narrativos) e mecânicas. Nesta roda de conversa, serão abordadas tanto as experiências no desenvolvimento e avaliação de jogos de tabuleiro sobre temas de saúde como também sua utilização em contextos escolares e análise das concepções em saúde que estão por trás dos jogos.

14h00 - Renata Egger O quarto de Bianca Apresentação Artística
O quarto de Bianca
Local: Anfiteatro - IACS - Campus Gragoatá

O quarto de Bianca é uma peça teatral, escrita e dirigida por Rafael Cal. Esta produção dá sequência à investigação iniciada com o primeiro espetáculo da Interferência Teatral, “As pessoas felizes não têm histórias pra contar”, de 2005. São diversas as formas de se relacionar afetivamente e de estruturar uma família. Encontros e desencontros da vida amorosa no século XXI influenciam nas relações familiares tradicionais. Partindo da ideia da desconstrução, tanto do espaço quanto da família, para discutir a fragilidade das relações pessoais e seus desdobramentos, o quarto de Bianca propõe a reflexão de cada ser humano sobre si, sobre suas relações, sobre sua condição, sobre seu tempo, sobre sua contemporaneidade. Para além de trazer à luz a questão da saúde mental da mulher de maneira sensível. Bianca é uma pessoa comum, dessas que se vê por aí. Tem quase trinta anos, uma mala e sapatos sem salto. Gosta de chocolates, bala de leite e rivotril. De vez em quando curte água mineral sem gás, creme antienvelhecimento e só toma banho a cada três dias. Estudou direito, filosofia, história e biologia marinha. Largou todas. Largou tudo. Pensa quase todos os dias nas coisas que fez e, mais ainda, nas que não fez. Bianca é a filha mais velha que volta a casa onde cresceu. Observando o cenário de sua infância, Bianca reconta suas histórias, lembra de passagens da infância, de detalhes da casa e de episódios com a mãe, alterando os caminhos percorridos e construindo suas próprias novas verdades.

14h00 - Alexander Turra Lixo no mar: um problema e um sintoma da entropia do sistema socioecológico Roda de Conversa
Local: Tenda IACS

Pesquisador-mediador: Alexandre Turra

O que Dengue, Zika e Chikungunha têm a ver com lixo no mar? À princípio, muito pouco. Mas, na realidade, a relação é muito grande, em especial nos países tropicais do Sul Global. Nessa roda de conversa abordaremos a questão do lixo no mar de forma sistêmica e crítica, revelando suas raízes na pobreza e no racismo ambiental. Essas reflexões ajudarão a estruturar um posicionamento estruturante e articulado do ponto de vista dessa região pouco desenvolvida do planeta, contribuindo para romper o discurso tecnocrático hegemônico do Norte Global e para fortalecer a identidade regional, o entendimento do problemas e os caminhos para sua solução em alinhamento com a conjuntura socioeconômica e ambiental e os valores desses povos.

14h00 - Ana Luce Girão Soares de Lima Oswaldo Cruz, cientista e político Roda de Conversa
Oswaldo Cruz, cientista e político
Local: IACS Tenda

Pesquisador-mediador: Ana Luce Girão

Ao longo de sua trajetória profissional, uma das principais preocupações de Oswaldo Cruz foi a construção de uma rede de relações tanto no campo científico quanto no campo político. Sua primeira experiência na saúde pública se deu em 1894 quando, junto a dois professores da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, Francisco Fajardo e Eduardo Chapot-Prévost, atuou no combate à epidemia de cólera que atingira a cidade de São Paulo e se espalhava pelo Vale do Paraíba. Nesta ocasião travou o primeiro contato com Adolpho Lutz, então diretor do Instituto Bacteriológico de São Paulo, iniciando uma intensa troca científica. Durante sua especialização em microbiologia no Instituto Pasteur de Paris, entre 1897 e 1898, quando foi orientado por Émile Roux, teve como professores Elie Metchnikoff e Alexandre Besredka. Atuou também no Laboratório de Toxicologia de Paris, e lá teve como orientadores Jules Ogier e Charles Vibert. Ao retornar ao Brasil, manteve intensa correspondência com esses cientistas, que representavam a primeira geração formada por Pasteur. Em 1899 atuou no combate á peste bubônica que atingiu,naquele ano, o porto de Santos, mais uma vez ao lado de Adolpho Lutz, Emílio Ribas, diretor do Serviço Sanitário de São Paulo e Vital Brazil, que seria designado como primeiro diretor do Instituto Butantan. A correspondência com esses personagens revela um profícuo debate sobre políticas de saúde para o Brasil, envolve controvérsias científicas e descobertas de novas espécies de vetores de doenças. No campo da medicina tropical, seu principal interlocutor foi Ronald Ross (Prêmio Nobel de Medicina – 1902) para quem enviou o artigo “The Sanitation of malária em Central and Southern Brazil, publicado em 1911. Na arena política é possível perceber como Oswaldo Cruz se movimentava quando esteve à frente da Diretoria Geral de Saúde Pública, entre 1903 e 1906, buscando se articular com autoridades locais, como Pereira Passos, prefeito do Rio de Janeiro entre 1902 e 1906, Rodrigues Alves, presidente do Brasil no mesmo período e Afonso Pena, que o sucedeu. Ainda neste período esteve nos Estados Unidos onde, assessorado por Joaquim Nabuco, então embaixador brasileiro naquele país, encontrou-se com o presidente Theodore Roosevelt. Nesta ocasião buscou assegurar ao presidente que o porto e a cidade do Rio de Janeiro encontravam-se livres da febre amarela, e que o comércio entre os dois países poderia ser normalizado. A correspondência de Oswaldo Cruz, que se encontra em seu arquivo pessoal, sob a guarda da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, nos revela as estratégias adotadas por este cientista para construção de uma complexa rede de relações científicas e políticas que lhe permitiram atuar no desenvolvimento da pesquisa científica vinculada aos principais problemas sanitários do país e, simultaneamente, trabalhar pela implantação de políticas de saúde pública voltadas para a resolução destas questões. Esta Roda de Conversa pretende ampliar esta historia e o legado de Oswaldo Cruz para o nosso país.

14h00 - Andrea Regina de Souza Baptista Infecções fúngicas relevantes em Saúde Pública: is this “The Last of Us”? Roda de Conversa
Local: IACS Tenda

Coordenadora: Andrea Regina de Souza Baptista

Partiremos de uma provocação que surgiu em recente série norte-americana baseada em famoso “game” e das notícias recentes na mídia, como o surto da micose pela levedura oportunista Candida auris e do “fungo negro” Mucor, para discutir a crescente importância dos agentes etiológicos do Reino Fungi como protagonistas de doenças preocupantes, tanto no cenário hospitalar como no comunitário. Em uma segunda etapa, focaremos na esporotricose, uma zoonose hiperendêmica causada por fungo dimórfico do gênero Sporothrix, que teve início na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro em meados da década de 1990 e, atualmente, acomete pacientes no continente europeu. A integração entre os eixos ambiente – homem - animal, assim como o papel da parceria entre a Universidade e o poder público, e de seus atores, serão discutidos no contexto do enfrentamento dessa micose. Serão apresentadas as experiências do projeto de pesquisa e extensão “Ações Integradas de Prevenção e Controle da Esporotricose”, parceria entre a UFF e a Prefeitura Municipal de Niterói, Rio de Janeiro.

14h00 - Ana Teresa Derraik Barbosa Como tratamos nossas mulheres e o que isso diz a nosso respeito - A lei, a saúde e os indicadores de desenvolvimento social. Roda de Conversa
 Como tratamos nossas mulheres e o que isso diz a nosso respeito - A lei, a saúde e os indicadores de desenvolvimento social.
Local: IACS-Tenda

Coordenadora: Ana Teresa Derraik
Esta Roda é uma proposta da Organização Social "Nosso Instituto", fundada por Ana Derrik e Erica Tucherman, que promove acesso a direitos sexuais e reprodutivos a mulheres em condição de vulnerabilidade social. Apesar da legislação brasileira não contemplar as questões pertinentes aos direitos sexuais e reprodutivos em sua integridade, muitas demandas, ainda que de forma parcial, já são amparadas pela Lei, no entanto, grande parte da população desconhece o que já é direito garantido. Acredito que prestaríamos um grande serviço à sociedade se divulgássemos quais são as situações que já dispõe da cobertura da Lei, esmiuçando as intempéries cotidianas que poderiam ser facilmente resolvidas se os trâmites legais fossem seguidos. Como exemplo, é possível citar a morte de uma menina de 13 anos em consequência a um aborto realizado em condição clandestina, após ter tido relações sexuais com um rapaz de 20 anos. Essa menina tinha direito ao aborto legal. A falta de informação a matou. Será que as mulheres vítimas de estupro que se sentem ameaçadas por parceiros violentos sabem que o acesso ao aborto legal por estupro dispensa o boletim de ocorrência, que a palavra dela basta? Será que os profissionais da saúde saber lidar com as questões de violência?

14h00 - Marcia Maria e Silva Biodança e Formação Humana: Reflexões sobre a integração do estudante à vida universitária Roda de Conversa
Biodança e Formação Humana: Reflexões sobre a integração do estudante à vida universitária
Local: IACS Tenda

Pesquisadora-mediadora: Marcia Maria e Silva

Durante a pandemia, várias foram as iniciativas de acolhimento e inclusão dos estudantes em situação de ensino remoto. Em meio às evidências de sofrimento psíquico e consequente aumento das dificuldades diante das exigências e dos desafios da vida acadêmica, as universidades lidaram com o drama que se mostrou na realidade diária de muitos. Iniciativas de interação social virtual para fins de ensino objetivaram o redimensionamento das orientações didático-pedagógicas. Os problemas de adequação das práticas de ensino, nesse período, no entanto, têm raízes que não se restringem a esse período e nem aos desafios técnicos para o sucesso das atividades mediadas por tecnologias digitais. Considerando que a universidade prima pelo “desenvolvimento científico, tecnológico, humano, social e ambiental e interage com a sociedade para com ela promover o bem-estar humano e social, em um processo de inter-relação harmônica em que ambas se beneficiam”. Assim, esta roda propõe uma conversa sobre as contribuições da biodança (uma das Práticas Integrativas Complementares em Saúde, reconhecida pelo SUS) , entendida como "um sistema de desenvolvimento humano, renovação orgânica, integração afetiva e reaprendizagem das funções originárias de vida" Nesse âmbito, são abordados os princípios biocêntricos de educação que ancoram reflexões sobre os saberes necessários à educação humanizada, dialógica, integrativa, alinhada a uma perspectiva de vida concebida como a “poética do encontro humano”.

09h30 - Ana Maria Machado, Daniel Biasetto, Junior Hekurari Yanomami, Luiz Henrique Eloy Amado, Luís Roberto Barroso, Sonia Guajajara Saúde Indígena: da metáfora à conquista de direitos pelo protagonismo indígena; Mesa Temática
Saúde Indígena: da metáfora à conquista de direitos pelo protagonismo indígena;
Local: Sala Nelson Pereira dos Santos

A mesa irá pautar, a partir da tragédia vivenciada pela Etnia Yanomami, de várias dimensões - médica, ambiental, jurídica, ética, histórica, intecultural e antropológica - que se entrelaçam no grande desafio que é a garantia da Saúde dos povos originários. A Mesa será composta pela Mininistra dos Povos Indígenas - Sonia Guajajara - pelo Secretário do MPI, representantes indígenas de várias etnias, Jurista do STF, Ministro Barroso. Esta discussão é complexa pois envolve relações interculturais, fricção interétnica, demarcação de terras, estabelecimento de políticas públicas de estado e a valorização de epistemologias decoloniais, com a formação de profissionais da área de saúde oriundos e/ou comprometidos com a grande causa indígena. Torna-se necessário agora, com o debate sobre a saúde, ressaltar o protagonismo indígena, inclusive no plano jurídico, com as ações como a ADPF 709 que denunciou, Supremo Tribunal Federal, a omissão do Governo Bolsonaro no combate à pandemia e cobrou providências quanto ao risco de genocídio de diversas etnias. Vale destacar aqui a discussão de vanguarda sobre o conceito de ecocídio, nova tipificação de crime contra o planeta e, por consequência, contra toda a humanidade. Nesta perspectiva, as questões sociais se entrelaçam com os problemas ambientais exigindo uma nova consciência ecológica.

10h00 Implementação do Método Wolbachia no Brasil: uma visão dos gestores municipais da saúde Roda de Conversa
Implementação do Método Wolbachia no Brasil: uma visão dos gestores municipais da saúde
Local: Tenda

Coordenador: Luciano Andrade Moreira - FIOCRUZ Minas
Partindo da pergunta "É possível combater a dengue, Zika e chikungunya com o próprio mosquito Aedes aegypti? A Roda pretende abordar a tecnologia de introduzir a bactéria Wolfachia no mosquito Aedes aegypti como estratégia de controle biológico da população dos mosquitos transmissores e, com isto, de algumas arboviroses no Brasil. Será apresentado o caso Niterói e outras experiências bem sucedidas em outros municípios.

10h00 Apresentação artística: Planejamento Familiar – A Solução Brasileira, de João Bethencourt, uma releitura! Apresentação Artística
Apresentação artística: Planejamento Familiar – A Solução Brasileira, de João Bethencourt, uma releitura!
Local: IACS - Tenda

Sinopse: Trata-se de uma sátira que retrata a vida de um humilde casal que não consegue fazer um planejamento familiar; a esposa, Conceição, católica fervorosa, não quer tomar a pílula porque o padre diz ser pecado; o marido, Zebedeu, um matuto robusto, resolve matar o padre, por acreditar que ele é o culpado do casal ter 22 filhos e ela estar grávida do 23º. Esta Peça Teatral, intitulada "Planejamento Familiar – A Solução Brasileira" é de autoria de João Bethencourt.

O Grupo Teatral, formado Cris Cabral, Danilo Botelho e Fernão Zobaran, os artistas trazem uma releitura para brindar os Congressistas de Saúde Pública e por acreditar que o Teatro é uma forma lúdica de educação e da formação humana.

11h15 - Wilson Oliveira Junior Assistência integral a pessoa com doença de Chagas: Uma proposta para o cuidar Roda de Conversa
Assistência integral a pessoa com doença de Chagas: Uma proposta para o cuidar
Local: IACS - Tenda

Pesquisador-mediador: Wilson Oliveira Júnior

Debater sobre a necessidade da Atenção Integral a Pessoa com Doença de Chagas atendendo as diretrizes do SUS, no que se refere a Atenção Primária, Secundária e Terciária, Multidisciplinar, Descentralizada e com visão Biopsicossocial. Pretende-se discutir isto a partir da experiencia acumulada de mais 30 anos na Casa de Chagas de Pernambuco.

11h15 - Alcindo Antônio Ferla, Carlos Fidelis da Ponte Formação e trabalho em saúde em contextos de complexidade: o que a pandemia de Covid-19 nos ensinou? Roda de Conversa
Formação e trabalho em saúde em contextos de complexidade: o que a pandemia de Covid-19 nos ensinou?
Local: IACS - tenda

Pesquisadora-mediador: Alcindo Ferla e Carlos Fidelis

A formação de trabalhadores e a gestão do trabalho na saúde são atribuições constitucionais do Sistema Único de Saúde (SUS), que as executa por meio de políticas públicas e alianças com órgãos governamentais e não governamentais. O tema do desenvolvimento do trabalho, que emerge do encontro entre a educação e a saúde no cotidiano do SUS, envolve metodologias, práticas e o intercâmbio de iniciativas. A roda de conversas é voltada a pessoas e instituições públicas e privadas de gestão da saúde e de formação técnica, de graduação e pós-graduação, com interesse no compartilhamento de reflexões a partir das diretrizes legais e das aprendizagens produzidas no contexto da pandemia de covid-19. Para ativar a roda, serão convidadas pessoas da Associação Rede Unida, do Conselho Nacional de Saúde, dos ministérios da saúde e da educação e de redes de estudantes e movimentos sociais.

11h15 - João Paulo Machado Roda do Veneno: Indo além do Agro é POP (poluentes orgânicos persistentes) Roda de Conversa
Roda do Veneno: Indo além do Agro é POP (poluentes orgânicos persistentes)
Local: IACS - Tenda

Pesquisador-mediador: João Paulo Machado

O uso no Brasil do DDT ao longo da segunda metade do século XX. HCH, Pó-de-Broca Cidade dos Meninos. Quando o Ministério de Educação e Saúde produziu organoclorados: Aspectos históricos e as consequências ambientais e sobre a saúde do trabalhador. A dimensão atual do problema dos agrotóxicos em nosso país. A falta de conhecimento e de sinal de internet atrapalhando a reunificação dos conceitos de produtividade no campo. Estudos Amazônicos sobre Mercúrio, Piretróides e Organoclorados. O apoio do Instituto de Biofisica Carlos Chagas Filho na configuração da saúde ambiental contemporânea. Inteligência Artificial x Burrice Natural do Homo “Sapiens “.

11h15 - Leila Gatti Sobreiro Panorama das Ações de Extensão voltadas à saúde pela Universidade Federal Fluminense. Roda de Conversa
Panorama das Ações de Extensão voltadas à saúde pela Universidade Federal Fluminense.
Local: IACS - Tenda

Pesquisadora-mediadora: Leila Gatti Sobreiro

A política nacional de extensão universitária reforça o compromisso de que as universidades, a partir da extensão, sejam instrumentos de mudança social em direção à justiça, à solidariedade e à democracia. A extensão universitária viabiliza a relação transformadora entre a universidade e a sociedade, em via de mão dupla, estimulando o senso crítico, esclarecendo e gerando autonomia. A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão pode e deve ser realizada de forma bastante natural na universidade. Práticas de extensão favorecem a aproximação dos estudantes da realidade social, atuando fortemente na sua formação humanística. Dados obtidos em ações de extensão frequentemente são temas de pesquisas, gerando resultados que se revertem em novas ações de extensão. Todo esse conhecimento pode ser compartilhado em sala de aula, ampliando a troca de experiências para todos os discentes, através da curricularização da extensão. A Universidade Federal Fluminense tem um papel fundamental nas ações de extensão em nível municipal, estadual e nacional. Alguns exemplos serão compartilhados como temas de reflexão e discutidos na Roda de Conversa, motivando ações futuras.

11h15 - Vera Saboia Universidades promotoras da saúde: estudar e bem viver. Roda de Conversa
Universidades promotoras da saúde: estudar e bem viver.
Local: IACS - Tenda

Pesquisadora-mediadora: Vera Saboia

A Rede Iberoamericana de Universidades Promotoras da Saúde (RiUPS) e a Rede Brasileira de Universidades Promotoras da Saúde (ReBRAUPS) apresentam-se como uma das respostas aos desafios atuais no ensino superior. Na oportunidade desta Roda de Conversa Reflexiva, serão apresentadas iniciativas desenvolvidas em duas universidades brasileiras, quais sejam: UFF e UFRJ. A primeira (UFF) - pertence a RiUPS e a segunda (UFRJ) pertence a ReBRAUPS. As referidas Redes possuem ações voltadas para a Promoção da Saúde física e mental da comunidade universitária, com o desafio maior de incentivar a criação de Políticas de Promoção da Saúde. A Roda abordará conceitos e a experiência acumulada nos últimos anos destas Redes, tanto com à comunidade interna, quanto com seu entorno.

11h15 - Izabel Christina Nunes de Palmer Paixão As pandemias virais que afetaram o mundo e futuros desafios Roda de Conversa
Local: IACS Tenda

Pesquisadoras-mediadoras: Izabel Paixão, Caroline Barros, Claudio Cirne.

Pandemia é a disseminação de uma doença infectocontagiosa, por vários países e continentes, afetando um número substancial de indivíduos. A varíola, por exemplo, causada pelo Orthopoxvirus, com sintomas parecidos com os da gripe normal - febre e dores no corpo - acrescidos de vômitos e úlceras cutâneas, provocou várias pandemias ao longo da história, com milhões de vítimas fatais. Foi somente no século XVIII que essa doença começou a ser controlada com a invenção do método denominado vacinação. No século XX, mais precisamente na década de 80, a varíola foi considerada erradicada, pela OMS. A gripe espanhola provocou uma pandemia em 1918 e matou de 50 a 100 milhões de pessoas em todo o Mundo. No Brasil, ela se espalhou por todo o país, promovendo grandes impactos nos maiores centros urbanos. Uma pandemia mais recente – a Aids - causada pelo vírus HIV, foi registrada no Brasil em 1982. A Aids matou cerca de 25 milhões de pessoas e estava presente em outras 40 milhões, até 2016. O mundo enfrentou a pandemia do H1N1, uma variação do vírus influenza, mas felizmente ela pode ser evitada por campanhas de vacinação. Iniciada em Wuhan, na China, em 2019, a pandemia causada pelo novo Coronavírus se espalhaou rapidamente pelo mundo. Embora ela tenha baixa letalidade, sua virulência é bastante alta, infectando milhões de pessoas em todo mundo. No Brasil, a Covid 19 provocou a morte de mais de 700 mil pessoas. Outras doenças como o Ebola, Zika, Dengue e Chikungunya estão sendo estudadas profundamente pela comunidade científica pois elas podem sair fora de controle e se espalhar como uma pandemia. Esta Roda de Conversa pretende contar, em mais detalhes, as histórias de algumas destas pandemias mas, sobretudo, relatar o trabalho de pesquisa realizada na UFF, pelos coordenadores desta Roda. Haja vistas a explosão da população humana, com mais de 8 bilhãoes de pessoas na atualidade, a intensa destruição de habitats silvestres, a existencia de milhares de tipos de virus passíveis de serem transbordados para o ser humano, a OMS já se prepara para novas pandemias. Este é também um dos objetivo desta Roda, refletir sobre estes possíveis desafios futuros.

11h15 - Maurineia Vasconcelos Ferramentas para intervir na dinâmica da transmissão da hanseníase no Brasil: debate sobre a política de vigilância e rastreamento de contatos. Roda de Conversa
Ferramentas para intervir na dinâmica da transmissão da hanseníase no Brasil: debate sobre a política de vigilância e rastreamento de contatos.
Local: IACS - Tendas

Pesquisadores-mediadores: Aymee Rocha (Coordenadora do Programa PEP++, NHR Brasil); Faustino Pinto (Coordenador Nacional do Morhan); Ana Rita Cardoso (Consultora da NHR Brasil)

A hanseníase é uma doença negligenciada que afeta mais de 200mil pessoas a cada ano em 120 países diferentes. Com evolução crônica, lenta e progressiva, constitui-se uma doença transmissível, cujas incapacidades frequentemente estão relacionadas ao diagnóstico e tratamento tardios. A hanseníase é parte importante na agenda internacional, estando inserida no objetivo 3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas1, que visa promover o bem-estar e uma vida saudável, com a meta proposta de combater as epidemias de aids, tuberculose, malária e outras doenças transmissíveis e tropicais negligenciadas, até 2030. A hanseníase também está incluída entre as 21 doenças tropicais negligenciadas definidas como prioritárias pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que recomenda ações de enfrentamento que incorporam prevenção, vigilância e tratamento dos casos, além da reabilitação física, geração de renda e enfrentamento ao estigma e da discriminação2. Quando comparada a outras doenças infecciosas, consolida-se como a mais incapacitante. Em 2021. na região das Américas, houve 19.826 (14,1%) casos notificados; desses, 18.318 (92,4%) ocorreram no Brasil. Nesse contexto, o Brasil ocupa o segundo lugar entre os países com maior número de casos no mundo, seguido da Indonésia. Índia, Brasil e Indonésia são os países que mais reportaram casos novos, correspondendo a 74,5% do total global (OMS, 2022). O país é caracterizado pela alta carga da doença, ocupando o segundo lugar no mundo em número de casos. O objetivo desta roda de conversa é discutir a atual política de vigilância e rastreamento de contatos e a necessidade de novas ferramentas para intervir na dinâmica de transmissão da doença. A rede de transmissão da hanseníase mantém-se, essencialmente, em populações negligenciadas4 e uma das principais estratégias que segue sendo recomendação da OMS, para reduzir a transmissão, é o exame de contatos de casos novos diagnosticados, visando a identificação precoce de casos; bem como a imunoprofilaxia com a vacina BCG e a quimioprofilaxia (ainda não utilizada no Brasil), além do monitoramento dos contatos por 5 anos. No entanto, não existem pesquisas relativas ao custo-efetividade desta última estratégia de seguimento de contatos na hanseníase, nem há um sistema de registro desse monitoramento anual para sustentação da recomendação oficial vigente5. Trata-se, portanto, de um problema complexo, que envolve questões gerenciais, operacionais e logísticas que, combinando essas situações, torna-se desafiadora a quebra de cadeias de transmissão e a consequente redução de casos novos da doença.

11h15 - Carlos Frederico Campelo de Albuquerque e Melo Estratégia e Gestão Integrada das Arboviroses. Onde estamos?  Roda de Conversa
Estratégia e Gestão Integrada das Arboviroses. Onde estamos? 
Local: IACS -Tendas

Pesquisador-mediador: Carlos Frederico Campelo de Albuquerque e Melo (Carlois)

Após as epidemias de Dengue superarem 1.000.000 de casos, a introdução do Chikungunya e a Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional decorrente da Síndrome Congênita do Zika, os países das Américas aprovam na 55° reunião do Conselho Diretor da Organização Pan-Americana da Saúde a Estratégia de Gestão Integrada das Arboviroses como marco de enfrentamento as arboviroses. Essa Roda de Conversa visa discutir as quatro linhas estratégicas desta Resolução: Promover um enfoque integrado para a prevenção e controle das arboviroses; Fortalecer a capacidade dos serviços de saúde para o diagnóstico diferencial e manejo clínico das arboviroses; Avaliar e fortalecer da capacidade dos países para a vigilância e controle integrado dos vetores; Estabelecer e fortalecer a capacidade técnica da Rede de Laboratórios de Diagnóstico de Arbovírus na Região das Américas (RELDA).

11h15 - Dagmar de Mello e Silva Valorização do trabalho de mães cuidadoras de filhos com deficiência permanente – convite para a construção de um novo direito. Roda de Conversa
Valorização do trabalho de mães cuidadoras de filhos com deficiência permanente – convite para a construção de um novo direito.
Local: IACS - Tenda

Pesquisadora-mediadora: Dagmar Mello Silva

Cuidar de um filho com deficiência permanente é uma prova de amor incondicional mas, ao mesmo tempo, extremamente desgastante do ponto de vista físico-corporal, econômico e emocional. Estas condicionantes se agigantam ao limite quando se trata de mães da classe trabalhadora, muitas vezes abandonadas pelo marido ou companheiro. Estas mães enfrentam dificuldades para se manterem em empregos regulares devido às necessidades especiais de seus filhos, incluindo ai a busca e a garantia dos cuidados em saúde. A necessidade de atendimento médico frequente, terapias, acompanhamento escolar e cuidados adicionais, para com os filhos, limita as suas opções de trabalho. Muitas postergam sua entrada no mercado de trabalho, o que repercute numa idade muito avançada para aposentadoria. Mães de baixa renda, muitas vezes, sequer conseguem se inserir no mercado de trabalho diante da impossibilidade de opções para deixarem seus filhos aos cuidados de algum profissional. Reduzir o tempo de aposentadoria ou subsidiar o pagamento previdenciário daquelas que sequer podem ingressar no mercado de trabalho, seria, ao nosso ver, a construção de um novo direito trabalhista. Assim, a conversa proposta por esta Roda é um convite para refletir sobre esta questão e, quiçá, criar uma frente de onda, ou movimento social, para a criação de um novo direito.

11h15 A experiência da Sala de Situação de Saúde em Niterói. Roda de Conversa
A experiência da Sala de Situação de Saúde em Niterói.
Local: IACS Tenda

Mediadores: Josy Maria de Pinho da Silva, Ciane dos Santos Rodrigues, Beatriz Fikota de Sá Paixão, Gitonam Lucas Tavares Honorato, Larissa da Silva Machado, Laís Leonardo Fiebig, Luis Carlos Torres Guillen, Lucas Nascimento Ferreira Lopes, Saville Maria Coutinho Borges de Almeida.

A Sala de Situação de Saúde é um instrumento de inteligência em saúde, multiprofissional e multidisciplinar, que busca articular, através de uma abordagem crítica, a análise de dados, cenários e situações de saúde da população para permitir tomadas de decisão com base em evidências. Em 2021, na cidade de Niterói, a partir do convênio com a Organização Pan-Americana de Saúde/Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS), demos início à experiência de implantação desse instrumento para o município. Hoje, em 2023, já consolidado enquanto um equipamento estratégico da rede de saúde municipal, registramos os desafios e possibilidades para a saúde pública na cidade ao longo dessa trajetória. Esta roda busca compartilhar essa experiência com os mais diversos setores (academia, sociedade civil, profissionais e gestores, e representantes políticos e de outras unidades da federação), com o objetivo de discutir a importância do instrumento para o fortalecimento da saúde pública no âmbito do SUS e garantia do direito à saúde.

11h15 - Felipe Tavares Epidemiologia e Iniqüídades em Saúde entre os Povos Indígenas no Brasil Roda de Conversa
Epidemiologia e Iniqüídades em Saúde entre os Povos Indígenas no Brasil
Local: IACS Tenda

Pesquisador-mediador: Felipe Tavares

Epidemiologia e Iniqüidades em Saúde entre os Povos Indígenas no Brasil

A roda de conversa "Epidemiologia e Iniquidades em Saúde entre os Povos Indígenas no Brasil" tem como objetivo central abordar as disparidades em saúde enfrentadas pelos povos indígenas no país. Durante o evento, serão discutidos diversos aspectos relacionados à epidemiologia e às desigualdades em saúde nessa população. Iniciaremos com uma apresentação sobre o panorama atual sobre a saúde dos povos indígenas no Brasil, apresentando definições de epidemiologia e iniquidades em saúde, discutindo os desafios enfrentados pelos povos indígenas em termos de saúde, considerando as diferentes questões culturais, sociais e históricas que impactam suas condições de vida e acesso aos serviços de saúde.

11h15 - Sérgio Bezz Alguns desafios da Reforma Psiquiátrica: Acolhimento à crise; o lugar da internação na RAPS; função da arte no tratamento em saúde mental. Roda de Conversa
Local: IACS Tenda

Pesquisador-mediador: Sérgio Bezz

As transformações sofridas na assistência psiquiátrica pública brasileira são notáveis provocadas pelo movimento da Reforma Psiquiátrica, iniciado na década de 1970. Trata-se de uma aposta ética em dar um lugar à existência da loucura como expressão do humano, e também à discursividade própria do psicótico, ao mesmo tempo em que se valoriza sua condição de cidadão, re-centralizando o tratamento em saúde mental para o âmbito comunitário - a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Qual deverá ser nesse novo tempo da saúde mental o lugar do acolhimento à crise, ao surto? Qual o papel dos CAPS nesse novo contexto? Como propor uma internação, quando absolutamente necessária, sem abrir mão de conquistas fundamentais da reforma psiquiátrica brasileira? Qual poderá ser a função da arte como suporte à vida individual e participação na vida social dos pacientes acolhidos na RAPS? Essas são algumas questões que pretendemos discutir, tendo como pano de fundo a experiência de Niterói-RJ.

Ao final a roda de conversa será sorteado do livro recém lançado de Sérgio Bezz “Psicanálise e Psiquiatria: Entrevistas de Pacientes na Transmissão e no Ensino”.

11h15 Compreensão e enfrentamento da Condição Pós-COVID-19 Roda de Conversa
Compreensão e enfrentamento da Condição Pós-COVID-19
Local: IACS - Tenda

Coordenadores: Jocemir Ronaldo Lugon, Simone Martins Rembold, Marco Antonio de Araújo

Descrição:

A Condição Pós-COVID-19, ou Covid longa, acomete 10 a 20% das pessoas infectadas, impactando na saúde e qualidade de vida da população. Serão abordados os principais sintomas e sistemas acometidos, além das discussões de dados preliminares advindos da pesquisa multiprofissional desenvolvida no HUAP.

11h15 Desafios da vacinação: do passado ao presente. Roda de Conversa
Local: IACS - Tenda

Coordenadores: Maria Fernanda Costa e Claudia Lamarca Vitral

Esta roda de conversa pretende discutir o histórico da vacinação, desde sua criação por Edward Jenner em 1796 até as novas tecnologias atuis utilizadas nas vacinas contra o SARS-CoV2. Discutiremos as inovações tecnológicas, campanhas de vacinação, políticas públicas de vacinação e os movimentos anti-vacinação.

14h00 - Andreia Pereira Escudeiro Vítimas de agravo traumático a saúde. Como prestar o primeiro atendimento.  Roda de Conversa
Local: IACS tenda

Coordenadora: Andreia Pereira Escudeiro

O Trauma continua sendo uma das principais causas de óbito e lesões irreversíveis no ambiente pré hospitalar. O número de lesões traumáticas decorrentes de violência de transito, domiciliar, contra os idosos e outras minorias, quando somados, ultrapassam o número de vidas perdidas por doenças cardiovasculares. A proposta desta discussão é minimizar a morbimortalidade por causas externas, através do reconhecimento dos agravos à saúde, conhecimento de técnicas de atendimento pré hospitalar de emergência. Será realizado exercício simulado quando serão evidenciadas as técnicas de suporte básico a vida.

14h00 Saberes em movimento: Compartilhando experiências de educação em saúde Roda de Conversa
Saberes em movimento: Compartilhando experiências de educação em saúde
Local: IACS Tenda

Coordenação: Profª Sidênia Alves Sidrião de Alencar Mendes, Enéas Rangel Teixeira e Andrezza da Silva Medeiros

A Roda pretende pautar os saberes plurais e dialógicos em constante movimento na saúde coletiva. No ambito desta proposta, discutiremos os seguintes tópicos: Interfaces do cuidado em saúde. O cuidado interprofissional. Temas emergentes em saúde coletiva. Interação entre saberes científicos e populares. Complementaridade entre promoção e prevenção da saúde. Vivências em atividades de grupo

14h00 Produção Cultural e Promoção da Saúde: a experiência do município de Niterói. Roda de Conversa
Produção Cultural e Promoção da Saúde: a experiência do município de Niterói.
Local: IACS - Tenda

Coordenadores: Julia Pacheco, Anamaria Schneider e Leonardo Giordano

No espaço dialógico da Roda de Conversa Reflexiva, convidamos a todos, a todas e a todes para mergulhar em uma temática que transcende as fronteiras entre as áreas de conhecimento e se revela como uma poderosa força transformadora: a conexão e o sinergismo entre Saúde e Cultura. Há de se ressaltar, neste diálogo fecundo, que a Cultura não se restringe ao espetáculo, nem a espetacularização da vida e que, do mesmo modo, a Saúde não significa, somente, a ausência de doenças. O pacto pela vida saudável passa pelos direitos humanos e pela cidadania plena. Em meio a um cenário em constante evolução, torna-se imprescindível compreender como essas duas áreas se entrelaçam e influenciam uma à outra para o bem-estar individual e coletivo. Com destaque para as experiências enriquecedoras de Niterói, cidade que tem trilhado caminhos inovadores na intersecção entre Cultura e Saúde, estamos propondo um diálogo interdisciplinar e intercultural com vistas à construção de um mundo onde Saúde e Cultura caminham lado a lado, respeitando a diversidade funcional e cultural, em prol da inclusão social.

14h00 - Raphael Barreto da Conceição Barbosa Como prevenir a Obesidade infantojuvenil? Desafios e perspectivas Atividade Prática
Como prevenir a Obesidade infantojuvenil? Desafios e perspectivas
Local: Tenda IACS

Coordenadores:

Raphael Barreto da Conceição Barbosa – Gerente Projetos Instituto Desiderata; Ana Carolina Rocha Oliveira – Analista de Saúde Instituto Desiderata; Maria Angélica Duarte – Subsecretária de Gestão de Redes
Paola Console – Assessora Técnica

Descrição

Essa roda de conversa descreve uma ação inovadora para controle de obesidade em Niterói, fruto de ama parceria entre a SMS e o Instituto Desiderata, afirmando o potencial de atuação reunindo organização civil e poder publico. A obesidade infantojuvenil é resultado de uma série complexa de fatores individuais e ambientais que atuam em múltiplos contextos: familiar, comunitário, escolar, social e político. A prevalência de obesidade tem aumentado de maneira epidêmica entre crianças e adolescentes nas últimas quatro décadas. Em Niterói a situação é preocupante, onde, em 2021, de acordo com dados do Ministério da Saúde (MS), 37% das crianças e adolescentes estavam com excesso de peso, superando as médias nacional e estadual. A urgência desse tema ganhou prioridade no Município, com a inclusão de metas para a contenção da obesidade infantojuvenil no Plano Municipal de Saúde e no Plano Municipal para a Primeira Infância, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). De acordo com a Estratégia PROTEJA do MS, as ações mais efetivas para deter o avanço da obesidade infantil e preveni-la são: organização de ações na Atenção Primária à Saúde, promoção de ambientes alimentares saudáveis, promoção de ambientes promotores da atividade física, promoção da saúde nas escolas e campanhas de comunicação em saúde. Desde 2021, o Instituto Desiderata, em parceria com a SMS, vem desenvolvendo um conjunto de ações integradas com o objetivo de prevenir a obesidade e promover infâncias mais saudáveis em Niterói.

14h15 - Edson Pereira Silva Onda Cultural: Por um metabolismo sociedade-natureza mais saudável Roda de Conversa
Onda Cultural: Por um metabolismo sociedade-natureza mais saudável
Local: IACS- Tenda 7

Pesquisador-mediador: Edson Pereira Silva

Onda Cultural é um movimento do Laboratório de Genética Marinha e Evolução-UFF que busca trazer para o público, especialmente aquele das escolas públicas, a compreensão da influência do oceano na sociedade e da sociedade sobre o oceano. Reconhecendo a relação complexa e particular que os diversos segmentos da população mantêm com o ambiente marinho, o Onda trabalha com a noção de Cultura Oceânica na perspectiva de que a sociedade se utiliza dos recursos naturais para produção de bens de consumo por meio do trabalho e que essa ação transforma a natureza. Esta relação sociedade-natureza é chamada de metabolismo social e acontece desde que gente é gente, mas não sempre da mesma forma. No modo de produção em que vivemos no presente, a extração de recursos da natureza está condicionada aos interesses do mercado e não as necessidades humanas, o que coloca a natureza sob estresse. Esse estado de coisas, uma relação de produção submetida ao lucro, gera uma contradição entre a forma atual de organização da sociedade e a natureza. Assim, quando se fala de problemas ecológicos, o que se está dizendo é que existe uma relação sociedade-natureza (metabolismo social) que é disfuncional (falha metabólica) e causa doença (crise ecológica). No caso do ambiente marinho, essa falha metabólica se manifesta, por exemplo, na poluição do oceano por excesso de nutrientes advindos da agricultura cada vez mais marcada pela utilização de agrotóxicos, pesticidas e fertilizantes químicos e, também, pelas toneladas de plásticos e microplásticos, todos eles relacionados, mais recentemente, com a indução de certas doenças, entre elas as neoplasias. Nessa roda de conversa, estaremos levando esta Onda de discussão para tentar entender o que seria um metabolismo sociedade-natureza mais saudável.

14h15 - Cristina Carrazzone Associativismo como forte ferramenta de busca de cidadania ativa e participativa, busca de direitos dentro dos preceitos do SUS e ampliação da voz das pessoas afetadas junto as esferas política, sanitária e científica. Roda de Conversa
 Associativismo como forte ferramenta de busca de cidadania ativa e participativa, busca de direitos dentro dos preceitos do SUS e ampliação da voz das pessoas afetadas junto as esferas política, sanitária e científica.
Local: IACS Tenda 10

Pesquisadora-mediadora: Cristina Carrazzone

A Roda pretende socializar a experiência da Coordenadora no incentivo ao associativismo como forte ferramenta de busca de cidadania ativa e participativa, busca de direitos dentro dos preceitos do SUS e ampliação da voz das pessoas afetadas junto as esferas política, sanitária e científica.

14h15 - Analice Pinto Braga Aí tem história: o percurso do médico, Marcolino Candau - de Niterói à “Dr. Do Mundo” e sua condução à frente da OMS em meio à Guerra Fria. Roda de Conversa
Aí tem história: o percurso do médico, Marcolino Candau - de Niterói à “Dr. Do Mundo” e sua condução à frente da OMS em meio à Guerra Fria.
Local: IACS Tenda

Pesquisadora-mediadora: Analice Pinto Braga

Nesta roda de conversa mergulharemos brevemente na trajetória de Marcolino Candau e suas contribuições para a construção da autoridade sanitária da Organização Mundial de Saúde e para a construção de importantes ações em saúde, no campo da pesquisa, da estruturação dos serviços de saúde nacionais e na formação profissional e técnica, para citar alguns. Junte-se a nós para explorarmos diferentes aspectos desta trajetória e refletir sobre como a dedicação de um médico de Niterói, estudante da Faculdade de Medicina – que hoje é parte da UFF – pôde transcender fronteiras, provocando transformações no cenário internacional em saúde, cujos reflexos são vistos ainda hoje. Por meio dessa análise inspiradora da figura de Marcolino Candau, desafiaremos os participantes a repensarem seus próprios papéis como pesquisadores, encorajando-os a buscar o conhecimento, a perseguir suas paixões e a se engajar em discussões relevantes para o avanço científico.

14h15 - David Soeiro Barbosa, Mariangela Carneiro Saúde única e controle de zoonoses. Roda de Conversa
Saúde única e controle de zoonoses.
Local: IACS - Tenda

Pesquisadores-mediadores: David Soeiro e Mariangela Carneiro

A roda de conversa busca debater os conceitos, práticas e a articulação entre os diferentes profissionais no âmbito da saúde única (humana, animal, plantas e ambiental) e o controle de zoonoses no Brasil. Propõe-se a discutir importantes desafios para a saúde pública no tema relacionados ao controle de doenças zoonóticas no país, como as leishmanioses, esporotricose, febre amarela, raiva, dentre outras.

14h15 - Eduardo Passos Participação na produção de conhecimento e cuidado - a aposta da Gestão Autônoma da Medicação. Roda de Conversa
Participação na produção de conhecimento e cuidado - a aposta da Gestão Autônoma da Medicação.
Local: IACS - Tenda

Pesquisador-mediador: Eduardo Passos

A abordagem enatista de produção de conhecimento e cuidado oferece uma diretriz clínico-política fecunda para o campo da atenção psicossocial. A experiência com a loucura coloca o desafio de pensarmos o cuidado inseparável dos processos de produção de autonomia e protagonismo. A estratégia da Gestão Autônoma da Medicação foi adaptada à realidade brasileira em 2009, permitindo efeitos significativos no campo da saúde mental.

14h15 - Andréa Silvestre IntegraChagas Brasil e CuidaChagas - para bem cuidar é preciso integrar. Roda de Conversa
IntegraChagas Brasil e CuidaChagas - para bem cuidar é preciso integrar.
Local: IACS - Tenda

Pesquisadora-mediadora: Andréa Silvestre

A doença de Chagas, nome dado em homenagem ao seu descobridor – o pesquisador brasileiro Carlos Chagas, é uma doença parasitária, resultante da infecção pelo protozoário Trypanosoma cruzi, tendo como vetor várias espécies do gênero Triatoma – conhecidos regionalmente como barbeiros, chupões ou chupanças. A forma mais importante de transmissão da doença de Chagas ainda é a vetorial (seja pela contaminação das fezes do barbeiro infectado na lesão resultante da picada) ou, ainda, pela contaminação oral, durante o consumo de frutas não higienizadas, especialmente o açaí. Para além da transmissão vetorial, as transmissões transfusionais (transfusão de sangue contaminado) e congênita (da mãe para o feto) têm grande importância epidemiológica. Do ponto de vista sociopolítico, a doença de Chagas se enquadra no rol das doenças negligenciadas, com alta incidência em populações socialmente excluídas, tanto no Brasil, quanto em outros países da América Latina. Haja vistas que enfrentamento das doenças negligenciadas exige abordagens integradas e ações multissetoriais, a proposta desta Roda é socializar a experiencia acumulada por dois grandes Projetos financiados pelo Ministério da Saúde e coordenados pela FIOCRUZ – IntegraChagasBrasil e CuidaChagas. Daremos ênfase aos desafios sobre diagnóstico, ampliação do acesso e tratamento da doença de Chagas no âmbito da atenção primária integrada à vigilância em saúde, especialmente no Brasil.

14h15 Navegar é preciso, mas viver, também é preciso: A relação acerca dos portos e a difusão de doenças numa perspectiva de historiador Roda de Conversa
Navegar é preciso, mas viver, também é preciso: A relação acerca dos portos e a difusão de doenças numa perspectiva de historiador
Local: IACS - Tenda

Coordenador: Cézar Honorato

Antes de mais nada é fundamental refletir acerca da relação entre a movimentação portuária e a difusão de doenças no atual momento no qual acabamos de sair de uma pandemia do COVID e com a perspectiva de que novas pandemias estão cada vez mais presente entre nós. Neste sentido, devemos perguntar: qual o papel do aumento da movimentação mundial de navios na propagação de doenças?

Se considerarmos que o Porto da cidade do Rio de Janeiro, quarto maior do Brasil apenas, que movimentou somente em 2021 3.170 embarcações e que a movimentação mundial de carga foi de 10.985 milhões de toneladas, podemos perceber a importância do que estamos falando. Sem contar que o número de migrantes internacionais alcançou a marca de 244 milhões em 2015 – um aumento de 41% em relação ao ano 2000, segundo a ONU. A movimentação de navios e pessoas não é nova na História. Contudo, com a formação dos Impérios Coloniais passamos a ter uma movimentação cada vez maior de populações entre continentes, especialmente com o tráfico de escravizados africanos para as Américas. Já na virada do século XIX para o XX presenciamos uma grande migração de asiáticos, especialmente chineses, e europeus – com destaque para italianos, portugueses e espanhóis - para as Américas, num processo que veio aumentando ao longo do século XX, atingindo ao seu final e no século atual, a grande imigração legal ou clandestina, de africanos, asiáticos e latino-americanos para a Europa e Estados Unidos. Grandes movimentações populacionais permanentes de imigrantes ou transitórias, como no caso de turistas e tripulação das embarcações, possibilitam a transmissão de doenças e o surgimento de pandemias. Se na Idade Média e início da Moderna a peste bubônica era que mais ameaçava vindo do mar, embora não fosse a única doença, epidemia e pandemia, podemos observar que já na contemporaneidade - do século XIX em diante - com o aumento exponencial de movimentação comercial e populacional entre os continentes, tal fato se amplifica. Observemos o caso das epidemias de febre amarela, varíola ou mesmo a peste bubônica tanto em Santos, coimo no Rio de Janeiro e nos demais portos do Brasil desde o final do século XIX ou da gripe espanhola (1918-1919), considerada como uma das maiores pandemias até então conhecidas no mundo, sem contar com a recente pandemia do COVID-19. Concluindo, ainda temos poucos estudos sobre a relação entre a movimentação portuária e a difusão de novas doenças em todo o mundo através dos portos realizado por historiadores em conjunto com biólogos e biomédicos.

14h15 - Renato Janine Ribeiro Por que a coisa pública vale tão pouco no Brasil? Roda de Conversa
Por que a coisa pública vale tão pouco no Brasil?
Local: IACS - Tenda

Pesquisador-mediador: Renato Ribeiro Janine

Por que no meio universitário, quando defendemos o ensino público e gratuito, falamos apenas da gratuidade, jamais discutimos o que é o seu sentido propriamente público? Por que achamos correto ser gratuita a formação de futuros profissionais que pretendem, mais que tudo, ganhar dinheiro, privatizar suas vidas? Como podemos fortalecer o sentido da palavra público na saúde, na educação, na vida social? É preciso dar – no Brasil, país de tanto patrimonialismo – força à preocupação com o bem comum, com a res publica. O que isso significará em termos de saúde pública, educação pública, universidade pública?

14h15 - José Alexandre Menezes da Silva Formação e fortalecimento de lideranças entre pessoas afetadas por doenças tropicais negligenciadas no Brasil. Roda de Conversa
Formação e fortalecimento de lideranças entre pessoas afetadas por doenças tropicais negligenciadas no Brasil.
Local: IACS -Tenda

Pesquisadores-mediadores: Hellen Xavier Oliveira (Gestora de Projetos NHR Brasil); Maurinéia Roseno (Liderança do Morhan) e Alexandre Menezes (NHR Brasil)

A limitação, ou mesmo a omissão de direitos humanos e sociais tem se tornado, globalmente, um grande e cada vez mais complexo desafio em diferentes contextos e cenários, demandando maior mobilização e articulação da sociedade junto a governos, além de participação social e empoderamento de movimentos sociais organizados. No Brasil, ao longo dos anos, observam-se desafios para o cumprimento dos preceitos constitucionais no que se remete ao direito à saúde pública universal de qualidade, além de compromissos internacionais em diferentes áreas que também impactam a saúde de nosso povo, e cujo impacto foi ainda mais acentuado em meio à pandemia pelo novo coronavírus em 2019 (COVID-19). O rápido crescimento da pobreza e da extrema pobreza amplia condições de determinação social para a ocorrência de doenças negligenciadas ou a piora da situação das pessoas já acometidas por estas condições crônicas, fazendo-se necessária a defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), com ênfase, particularmente, na atenção primária à saúde (APS). Nesse contexto, notoriamente ao longo dos últimos anos houve precarização das respostas às doenças infecciosas e o agravamento de doenças específicas, como hanseníase, doença de Chagas, leishmanioses, esquistossomose, dentre outras, particularmente aquelas vinculadas a territórios e populações negligenciados. Os desafios também se observam na efetivação dos direitos humanos, com crescentes movimentos conservadores, no âmbito político e na sociedade, para excluí-los, censurá-los e torná-los divisíveis, afetando contundentemente as ações voltadas para as minorias e populações em situação de maior vulnerabilidade. Isto reforça a necessidade de fortalecimento do protagonismo de lideranças e movimentos. Este processo demanda uma ampla articulação democrática de movimentos e organizações sociais, associações de pessoas acometidas por diferentes doenças, juntamente com universidades, fundações e institutos de pesquisa, estudantes, profissionais de saúde e cidadãos e cidadãs apoiadores(as). As pessoas que vivenciam essas doenças estão cada vez mais apartadas dos direitos conquistados pela sociedade brasileira, sendo necessário recompor a capacidade de incidência política dos movimentos de saúde em prol das políticas públicas e fortalecimento do sistema público, em um contexto de fragilização e desarticulação.

14h15 - Rivaldo Venâncio Desafios atuais para o controle das arboviroses urbanas no Brasil Roda de Conversa
Desafios atuais para o controle das arboviroses urbanas no Brasil
Local: IACS Tenda

Pesquisador-responsável: Rivaldo Venâncio

Nas últimas quadro décadas, a ocorrência da dengue vem sendo registrada de forma contínua no Brasil. Em 2022, foram notificados aproximadamente 1.500.000 casos de dengue (um milhão e quinhentos mil casos!). Neste ano de 2023, até o momento já foram registrados mais de 1.100.000 casos de dengue (um milhão e cem mil casos); a chikungunya também segue ampliando a sua área de transmissão, com cerca de 90.000 (noventa mil) casos notificados. Embora com números reduzidos em relação aos momentos de maior circulação, a zika continua uma preocupação para a saúde pública brasileira. Os dados acima demonstram de forma inequívoca que as estratégias de controle do vetor, empregadas de forma contínua durante os últimos quarenta anos, não alcançaram seus objetivos. Nessa Roda de Conversa pretendemos estimular a reflexão sobre as diversas estratégias de controle de vetores de arboviroses urbanas, empregadas desde a introdução do vírus dengue no Rio de Janeiro, em 1985/1986. Iremos considerar as tradicionais estratégias de controle de vetor, como o uso de larvicidas residuais químicos, assim como as novas tecnologias de controle, como a utilização da bactéria Wolbachia. Temos convicção de que o debate franco, transparente e objetivo, respeitando as opiniões opostas, contribuirá para o diagnóstico dos desafios atuais, bem como para a formulação de propostas inovadoras, capazes de reduzir de forma sustentada a ocorrência das arboviroses urbanas no Brasil.

14h15 - Marcia Maria e Silva Oficina de Biodanza Workshop
Oficina de Biodanza
Local: IACS -Tenda

Mediação: Andréa Zattar e Márcia Maria e Silva

Biodanza é um sistema vivencial que combina música, movimento, emoção, canto e a dinâmica em grupo para desenvolver os potenciais humanos. Foi criado na década de 60 pelo antropólogo chileno Rolando Toro Araneda, e tem sido construído e aperfeiçoado durante os últimos 60 anos. Inspirada nas descobertas da neurociência e das ciências humanas, a Biodanza é um convite à expressão dos potenciais humanos e um caminho para reaprender a arte de viver plena e profundamente. Através da experiência do corpo, da emoção e da troca com o outro, facilita uma sensibilização profunda em relação a si mesmo, à humanidade e ao mundo que nos compreende. Atualmente, é um sistema testado e reconhecido mundialmente, com atuação em diversos tipos de projetos como grupos regulares, ação social em instituições (escolas, prisões, hospitais, centros de saúde, empresas) e clínicas. O êxito dos efeitos pedagógicos, terapêuticos e sociais tem se refletido na crescente procura pela Biodanza e sua recente inclusão no Ministério da Saúde, sendo uma das 29 PICS - Práticas Integrativas e Complementares em Saúde. Biodanza é, portanto, um sistema preventivo, profilático que atua sobre a parte sã do sujeito. Acreditamos que onde a vida se instala não existe espaço para a patologia.

14h15 - Priscilla Palhano O Complexo Industrial da Saúde e seu papel no acesso à medicamentos para a população brasileira, via SUS - Formas de atuação, desafios e perspectivas. Roda de Conversa
O Complexo Industrial da Saúde e seu papel no acesso à medicamentos para a população brasileira, via SUS -  Formas de atuação, desafios e perspectivas.
Local: IACS-Tendas

Pesquisadora-mediadora: Priscilla Palhano

A discussão sobre o Complexo Industrial da Saúde (CIS) e o acesso a medicamentos pela população brasileira é de extrema importância, pois aborda questões fundamentais para a saúde pública do país. O CIS desempenha um papel crucial na produção, pesquisa e desenvolvimento de medicamentos, bem como na garantia de seu acesso equitativo e sustentável. Compreender as formas de atuação do CIS é essencial para promover o fortalecimento do setor e superar os desafios enfrentados. A produção nacional de medicamentos é essencial para garantir a disponibilidade e o abastecimento contínuo de produtos farmacêuticos, reduzindo a dependência de importações. Além disso, a pesquisa e o desenvolvimento de medicamentos são fundamentais para atender às demandas terapêuticas da população e promover avanços no tratamento de doenças. No entanto, o CIS enfrenta diversos desafios. Custos elevados de produção, complexidade regulatória, inovação tecnológica e cadeia de suprimentos são apenas alguns dos obstáculos enfrentados pelo setor. Além disso, a promoção do acesso equitativo a medicamentos é um desafio constante, principalmente no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS). É necessário promover políticas públicas efetivas, parcerias estratégicas e investimentos em infraestrutura para superar esses desafios e garantir o acesso a medicamentos de qualidade para a população brasileira. Essa discussão pode gerar insights e propostas que contribuam para aprimorar o sistema de saúde e promover melhores condições de vida para a população. Aproveitaremos para sortear no final da discussão 10 exemplares digitais dos E-books: Mercado Público de Medicamentos no Brasil” e “ Guia Estratégico para Gestores Públicos”.

14h15 - Lileia Diotaiuti Entomologia médica no SUS: uma carreira atrativa? Roda de Conversa
Local: Tenda IACS

Pesquisadora-mediadora: Lileia Diotaiuti

A Roda de Conversa abordará temas que promovam a reflexão sobre a formação e perspectivas profissionais para especialistas em entomologia médica: estímulos à observação e estudo dos insetos no ensino básico e médio; aprimoramento da informação e contato com insetos nos cursos de graduação e pós-graduação; o universo dos insetos vetores de patógenos de importância veterinária e médica; espaços profissionais do especialista em entomologia médica (cargos, funções, salários, apoio para infraestrutura, etc) e perspectivas.

14h15 - Tainá de Paula Promoção da Saúde, Meio Ambiente e Mudanças Climáticas Roda de Conversa
Local: IACS - Tenda

Pesquisadora-mediadora: Tainá de Paula

As mudanças climáticas promoverão aumento da frequência e da intensidade de eventos extremos, como chuvas, secas, furacões e deslizamentos de terra. Seja como consequência desses eventos, seja como consequência do aumento da temperatura média do planeta, também aumentarão as doenças. Doenças cardiovasculares, relacionadas ao calor, arboviroses e de veiculação hídrica são algumas que podemos citar. Analisar o impacto das mudanças climáticas na saúde da população humana deve levar em conta outras vulnerabilidades sociais, de modo a enfrentar ao mesmo tempo as injustiças sociais e as climáticas. Ainda, olhas para a crise climática sob o prisma da promoção da saúde pode gerar outras perspectivas sobre adaptação, de modo a impactar infraestruturas urbanas não só com soluções de engenharia verde, mas também na expansão e qualificação da rede de equipamentos públicos de saúde.

14h15 Saúde indígena no município de Maricá: Território, memória e pertencimento, uma articulação temporal entre urbano e a ancestralidade. Roda de Conversa
Local: Tenda

Coordenadores: Luana Duarte Rodrigues, Rosane de Oliveira das Neves, Vânia Lopes, Yuri Silveira

Esta Roda pretende articular saberes, fazeres e dizeres ancestrais indígenas com a medicina moderna preconizada pelo SUS e também configurar o presente com a população dos Guarani MBYÁ situados em Maricá.

Saúde, Ciência e Democracia

     

Às16h30 - Arena de Debate - IACS - Campus Gragoatá
09h00 - Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, Celso Pansera, Jerson Lima, Ricardo Magnus Osório Galvão Saúde, Ciência e Soberania Nacional: o papel das agências de financiamento Mesa Temática
Local: Sala Nelson Pereira dos Santos

Mesa temática para discutir as relações entre Saúde, Ciência e Soberania Nacional e o importante papel das agências de financiamento. Entre os debatedores estão o Reitor da Universidade Federal Fluminense - Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, o Presidente do CNPq - Ricardo Galvão - o Presidente da FINEP - Celso Pansera - e o Presidente da FAPERJ - Jerson Lima. A mesa será moderada pela Pró-reitora de Pos-graduação, Pesquisa e Inovação da UFF - Monica Saverdro.

11h15 Encerramento Encerramento
Local: Sala Nelson Pereira dos Santos

O encerramento ocorrerá na Sala Nelson Pereira dos Santos, das 11:15 às 12:30 horas, na seguencia da mesa temática intitulada Saúde, Ciência e Soberania Nacional (9 às 11 horas). Farão parte da Mesa o Reitor da Universidade Federal Fluminense - Antonio Cláudio Lucas da Nóbrega - o Prefeito de Niterói - Sr. Axel Grael - e o Coordenador do Congresso - Luiz Antonio Botelho Andrade. Logo após uma breve apresentação cultural e os agradecimentos institucionais, ocorrerá a entrega das Medalhas Carlos Chagas e Oswaldo Cruz de honra ao Mérito.

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Local

Reserva Cultural e Novo IACS, UFF, no Campus do Gragoatá, 24020-007, Avenida Visconde do Rio Branco, Centro, Niterói, Rio de Janeiro
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Organizador

Luiz Andrade (Secretário Executivo da SOBRAHSP

Luiz Antonio Botelho de Andrade, Graduado em Biologia, mestrado em Bioquímica e Imunologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1983), Doutorado em Immunobiologie – Universite de Paris VI (Pierre et Marie Curie) (1990), Prof. associado IV da Universidade Federal Fluminense. Coordenador do Laboratório de Audiovisual Científico da UFF (labaciencias.com), vem trabalhando na produção de filmes e materiais educativos, numa perspetiva inclusiva, para contemplar as pessoas cegas, de baixa visão e a comunidade surda. Membro do Doutorado em Ciências, Tecnologia e Inclusão (PGCTIn-UFF). Membro do Curso de Mestrado Profissional em Diversidade e Inclusão (CMPDI-UFF), Presidente da Associação Internacional de Interculturalidade, Inclusão e Inovação Pedagógica, Presidente da Associação Brasileira de Diversidade e Inclusão, Associado da Sociedade Brasileira de Higiene e Saúde Pública. Contato: labauff@yahoo.com.br.