XXXVII Semana de História da Universidade Federal de Juiz de Fora

XXXVII Semana de História da Universidade Federal de Juiz de Fora

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De 8 a 12 de novembro Todos os dias das 08h00 às 22h00
Evento online Transmissão via Doity Play Você receberá o link de transmissão próximo ao evento.

Sobre o Evento

Ao nos debruçarmos sobre importantes momentos políticos e culturais, uma frase sempre é repetida, como um mantra para a eternização: “A história irá julgá-los!”.
Do Brasil ao mundo contemporâneo, não são poucos as discursos que invocam um olhar clássico da História, relacionado com o mito da musa Clio, que julga os culpados e proclama os heróis do tempo.
Nós, como historiadores, precisamos refletir: Qual o nosso papel nessa demanda? E, talvez mais importante, poderemos contar com os tribunais da História? É um dos nossos ofícios ocupar o lugar da antigas lendas e tecer uma narrativa entre os vitoriosos e derrotados?
Esse é o local sob o qual se dirige o olhar da 37ª edição da Semana de História da Universidade Federal de Juiz de Fora, em um convite para refletirmos sobre a escrita e os alcances da história em um cenário de negacionismos e retrocessos.

Estas são as indagações que estarão presentes na 37ª Semana de História da Universidade Federal de Juiz de Fora, realizada desde 1979. Neste ano, tem como tema "Os tribunais da História: Alcances e limites das narrativas no tempo". O evento é composto por diversas atividades acadêmicas, durante os dias 08 a 12 de Novembro, como oficinas, minicurso, atividades culturais e mesas de debate.

Devido à situação em que vivemos, a Comissão Organizadora optou por manter o evento, em modalidade on-line, visando preservar a saúde das centenas de pessoas que anualmente o compõem. Dessa forma, todas as atividades serão transmitidas pela Doity Play. Ao realizar a sua inscrição, você resecerá uma chave de transmissão única e pessoal. Use-a para acessar as nossas atividades!

Fiquem ligados nas mídias sociais da Semana de História para mais informações!

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Palestrantes

  • Alexandre de Sá Avelar
  • Ana Maria Ferreira da Costa Monteiro
  • André Barbosa Fraga
  • Andre Luiz da Silva Lima
  • Arthur Lima de Avila
  • Bruna Sales
  • Bruno de Andrea Roma
  • Circe Maria Fernandes Bittencourt
  • Cláudia Maria Ribeiro Viscardi
  • Daise Silva dos Santos
  • Daniel Pinha Silva
  • Fábio Francisco Feltrin de Souza
  • Fabio Vieira Guerra
  • Felipe Goebel
  • Harian Pires Braga
  • Humberto Sérgio Costa Lima
  • Ícaro Assini S. Silva
  • Janaina de Paula do Espírito Santo
  • João Carlos Escosteguy Filho
  • Juciene Ricarte Apolinário
  • Larissa Christine Ferreira
  • Liane Maria Bertucci
  • Marcelo Santos de Abreu
  • Marta Gouveia de Oliveira Rovai
  • Mateus Leri
  • Mayra Coan Lago
  • Natália Medice Faria
  • P.H Santos (Raphael PH Santos)
  • Rosana Maria dos Santos
  • Rodrigo Medina Zagni
  • Shayenne Schneider Silva
  • Sônia Maria de Meneses Silva
  • Tathianni Cristini da Silva
  • Valéria Marques Lobo
  • Vitória Maria

Programação

14h00 - Fabio Vieira Guerra, Janaina de Paula do Espírito Santo, P.H Santos (Raphael PH Santos) HISTORIADORES, AVANTE!: A HISTÓRIA NA CULTURA POP. Mesa-redonda
Local: Historiadores, avante!: A história na cultura pop

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Em seu livro “Tempos Fraturados: cultura e sociedade no século XX”, Eric Hobsbawn aborda a dimensão globalizante da cultura e também a dimensão econômica do “negócio da cultura”. Nos últimos 13 anos (data de lançamento de “Homem de Ferro”) o crescimento do universo cinematográfico da Marvel com super-heróis impactou diretamente na sociedade. O “MCU” (Marvel Cinematographic Universe) revolucionou em diversos aspectos a cultura pop e é sem dúvida um dos negócios mais lucrativos da atualidade. Porém, personagens do universo já existem a décadas e representam por vezes ideias políticas que devem ser problematizadas e historicizadas. Um exemplo extremamente popular é o Capitão América, que na capa de sua primeira revista em quadrinho, deferia um soco na face do líder nazista Adolf Hitler.

19h00 - Daniel Pinha Silva, Alexandre de Sá Avelar, Marta Gouveia de Oliveira Rovai O PASSADO ESCONDIDO: OS NEGACIONISMOS E SEUS PERIGOS. Mesa-redonda
Local: O passado escondido: Os negacionismos e seus perigos.

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A primeira mesa da semana de história tem por base analisar o discurso negacionista, entender como ele é introduzido na sociedade, apropriado e reproduzido com certos objetivos políticos, além de discutir como ele vem se estabelecendo no espaço público. Enquanto esses discursos se apresentam cada vez mais, surge a necessidade de discutir a História Pública enquanto campo de atuação do Historiador.

08h00 SIMPÓSIOS TEMÁTICOS Simpósio Temático

Apresentação de Simpósios Temáticos.

Acesse a programação completa e instruções para acesso em: https://www.ufjf.br/semanadehistoria/2021/10/27/apresentacoes-em-simposio-tematico-e-comunicacoes-livres/

14h00 - Harian Pires Braga ESPORTE E IDENTIDADE NACIONAL - UMA INTRODUÇÃO HISTÓRICA EM SALA DE AULA Minicurso

O minicurso aborda as relações entre o esporte e o processo de construção de identidade nacional no Brasil. Esse processo desenvolveu-se ao longo do século XX, abarcando muitas vezes noções identitárias para além do campo esportivo. Mais do que um discurso homogêneo, temos em voga um embate na busca do que é a síntese do “ser brasileiro/a”, passando por discussões de “raça”, de “gênero” e de pertencimento. Os embates por esse discurso identitários podem ser pensados em sala de aula, como forma de tornar mais inteligível temáticas da história do Brasil ao longo do século XX e XXI. Assim, soma-se à introdução do debate acadêmico, a articulação com o ensino de história.

1º Bloco

Apresentação da temática e alguns dos conceitos chaves para o trabalho (esporte, identidade e nação);

Principais temas de pesquisa e como é a produção acadêmica.

2º Bloco
Articulação do mundo acadêmico com a sala de aula.
Exemplos de atividades possíveis em sala de aula.

14h00 - Bruno de Andrea Roma FOTOGRAFIA, DOCUMENTO E ARQUIVO: O OLHO DO ESTADO Minicurso
Palavras-chave Fotografia; Documento Fotográfico; Estado; Arquivo; Cultura Visual
Resumo

Fotografia, documento e arquivo: o olho do Estado.

Durante o século XIX, simultaneamente à apresentação da fotografia para a sociedade e ao desenvolvimento da arquivística como a conhecemos, por todo o mundo Estados passam a se capilarizar em complexas redes de controle, individualizando sujeitos e vigiando seus corpos. O filósofo francês Michel Foucault chama essa rede de "microfísica do poder" e aos mecanismos que a compõe de "tecnologia do poder". Podemos considerar a fotografia e o arquivo como aparatos dessa tecnologia, representativos do "poder de saber" do Estado. O dispositivo fotográfico ganha estatuto de verdade e marca irreversivelmente a experiência visual da sociedade. Em função da dispersão dos acervos legados por esse processo no Brasil, nem sempre é viável compreendermos com clareza seu desenvolvimento.

Este minicurso tem por objetivo discutir o pioneirismo do Estado na utilização da fotografia como registro e representação, e a importância dessa produção documental para a construção da memória pública no Brasil. No primeiro bloco trataremos da "primeira vida" da fotografia, os primórdios de sua utilização pelo Estado e seu estatuto de veracidade. No segundo bloco, trataremos do seu ciclo documental, ou seja, como foram preservados esses documentos fotográficos no Brasil e qual a influência desse processo para o debate historiográfico em temas delicados como a segurança e saúde públicas.

14h00 - Cláudia Maria Ribeiro Viscardi EXPERIÊNCIAS DEMOCRÁTICAS BRASILEIRAS: ENTRE A CONSOLIDAÇÃO E AS CRISES Minicurso
Local: Minicurso - Experiências democráticas brasileiras

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16h30 - Rosana Maria dos Santos AS LUTAS E RESISTÊNCIAS HISTÓRICAS DOS NEGROS NOS LIVROS DIDÁTICOS Minicurso
Palavras-chave Palavras – chave: Livros didáticos, cultura afro-brasileira, lei 10.639, Programa Nacional do Livro Didático

Resumo

O minicurso tem por objetivo analisar como os livros didáticos de história do PNLD 2021 estão problematizando os conteúdos da cultura e história afro-brasileira, tendo em vista as leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008, que tornaram obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileira. Ambas as leis foram um passo importante para as políticas públicas educacionais, uma vez que se propõem a praticar uma educação descolonizante, e buscam reparar décadas de ausência de narrativas negras nos currículos escolares. Assim, os instrumentos normativos citados anteriormente, tentam reparar um débito histórico em torno do protagonismo dos negros no Brasil. Precisamos de uma educação não discriminatória e que proporcione a presença do negro não apenas na escola, mas que possa ser capaz de inserir sua cultura e estima dentro dos conteúdos escolares, para que assim a sociedade, e principalmente as futuras gerações, possam ter o conhecimento da importância do negro para a construção da identidade nacional. Na atualidade, o povo negro precisa criar espaços de resistência, de afeto, de comunhão, distinto daqueles utilizados pelos brancos. Permeada por uma sutiliza desumana, convivemos ainda hoje, com o racismo em nosso país. De um racismo expresso na Constituição de 1834, que impedia os negros de acessar a escola, passamos ao segregacionismo moderno, não necessariamente expresso na lei, mas aceito moralmente por uma parte significativa da sociedade. A responsabilidade histórica de equalizar as atrocidades cometidas contra a cultura afro-brasileira convoca os futuros professores/as a pensar numa proposta pedagógica subversiva, isto é, que rompa com a suposta justificativa do preconceito e exclusão do negro. Nesse sentido, o minicurso se propõe analisar como à cultura afro-brasileira está sendo ensinada através dos livros didáticos de história - PNLD 2021.

16h30 - Tathianni Cristini da Silva INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS E TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE ACERVOS EM SUPORTE PAPEL Minicurso

O minicurso de "Introdução aos métodos e técnicas de preservação e conservação de acervos em suporte papel" tem por objetivo o desenvolvimento de competências relativas ao estado de conservação de acervos em papel e o desenvolvimento de ações preventivas junto a acervos.

Material necessário para aula prática:

1 fotografia

1 pincel de cerdas macias

1 lápis 6B

1 borracha branca

Álcool para higienização do espaço de trabalho e objetos

Tecido tipo “perfex”

1 régua

1 estilete

1 folha de papel branco com 200mg de gramatura

Algodão

1 ralador

1 prato

16h30 - Bruna Sales OFICINA DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS Oficina

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19h00 - Liane Maria Bertucci, Andre Luiz da Silva Lima, Humberto Sérgio Costa Lima ENTRE A VIDA E A MORTE: AÇÕES E OMISSÕES EM ENFRENTAMENTOS ÀS CRISES SANITÁRIAS NO BRASIL. Mesa-redonda

.Embora o direito à saúde esteja garantido em lei a todos os brasileiros, é consensual o fato de que muitas pessoas ainda têm sido negativamente afetadas e se encontram à mercê de más condições e difícil acesso a saúde de qualidade. Isso porque, ao contrário do que muitos acreditam, a temática da história da saúde não está isolada das influências e impactos das efervescências, desigualdades socioeconômicas, políticas e históricas de cada tempo e contexto das pessoas e sociedades no tempo. Eis diante de nós um grande desafio que se estende desde a conquista da América com a invasão dos portugueses no século XVI às inquietações e demandas do século XXI. O encontro e confronto entre os saberes ancestrais, tradicionais, populares, religiosos, espirituais e científicos atravessados pelas demandas de vida e luta contra a morte por enfermidade vivida e sentida em cada geração: localizada em seu tempo e espaço.

08h00 SIMPÓSIOS TEMÁTICOS Simpósio Temático

Apresentação de Simpósios Temáticos.

Acesse a programação completa e instruções para acesso em: https://www.ufjf.br/semanadehistoria/2021/10/27/apresentacoes-em-simposio-tematico-e-comunicacoes-livres/

14h00 - Rosana Maria dos Santos AS LUTAS E RESISTÊNCIAS HISTÓRICAS DOS NEGROS NOS LIVROS DIDÁTICOS Minicurso
Palavras-chave Palavras – chave: Livros didáticos, cultura afro-brasileira, lei 10.639, Programa Nacional do Livro Didático

Resumo

O minicurso tem por objetivo analisar como os livros didáticos de história do PNLD 2021 estão problematizando os conteúdos da cultura e história afro-brasileira, tendo em vista as leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008, que tornaram obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileira. Ambas as leis foram um passo importante para as políticas públicas educacionais, uma vez que se propõem a praticar uma educação descolonizante, e buscam reparar décadas de ausência de narrativas negras nos currículos escolares. Assim, os instrumentos normativos citados anteriormente, tentam reparar um débito histórico em torno do protagonismo dos negros no Brasil. Precisamos de uma educação não discriminatória e que proporcione a presença do negro não apenas na escola, mas que possa ser capaz de inserir sua cultura e estima dentro dos conteúdos escolares, para que assim a sociedade, e principalmente as futuras gerações, possam ter o conhecimento da importância do negro para a construção da identidade nacional. Na atualidade, o povo negro precisa criar espaços de resistência, de afeto, de comunhão, distinto daqueles utilizados pelos brancos. Permeada por uma sutiliza desumana, convivemos ainda hoje, com o racismo em nosso país. De um racismo expresso na Constituição de 1834, que impedia os negros de acessar a escola, passamos ao segregacionismo moderno, não necessariamente expresso na lei, mas aceito moralmente por uma parte significativa da sociedade. A responsabilidade histórica de equalizar as atrocidades cometidas contra a cultura afro-brasileira convoca os futuros professores/as a pensar numa proposta pedagógica subversiva, isto é, que rompa com a suposta justificativa do preconceito e exclusão do negro. Nesse sentido, o minicurso se propõe analisar como à cultura afro-brasileira está sendo ensinada através dos livros didáticos de história - PNLD 2021.

14h00 - Tathianni Cristini da Silva INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS E TÉCNICAS DE PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE ACERVOS EM SUPORTE PAPEL Minicurso

O minicurso de "Introdução aos métodos e técnicas de preservação e conservação de acervos em suporte papel" tem por objetivo o desenvolvimento de competências relativas ao estado de conservação de acervos em papel e o desenvolvimento de ações preventivas junto a acervos.

Material necessário para aula prática:

1 fotografia

1 pincel de cerdas macias

1 lápis 6B

1 borracha branca

Álcool para higienização do espaço de trabalho e objetos

Tecido tipo “perfex”

1 régua

1 estilete

1 folha de papel branco com 200mg de gramatura

Algodão

1 ralador

1 prato

14h00 - Bruna Sales OFICINA DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS Oficina

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16h30 - Harian Pires Braga ESPORTE E IDENTIDADE NACIONAL - UMA INTRODUÇÃO HISTÓRICA EM SALA DE AULA Minicurso

O minicurso aborda as relações entre o esporte e o processo de construção de identidade nacional no Brasil. Esse processo desenvolveu-se ao longo do século XX, abarcando muitas vezes noções identitárias para além do campo esportivo. Mais do que um discurso homogêneo, temos em voga um embate na busca do que é a síntese do “ser brasileiro/a”, passando por discussões de “raça”, de “gênero” e de pertencimento. Os embates por esse discurso identitários podem ser pensados em sala de aula, como forma de tornar mais inteligível temáticas da história do Brasil ao longo do século XX e XXI. Assim, soma-se à introdução do debate acadêmico, a articulação com o ensino de história.

1º Bloco

Apresentação da temática e alguns dos conceitos chaves para o trabalho (esporte, identidade e nação);

Principais temas de pesquisa e como é a produção acadêmica.

2º Bloco
Articulação do mundo acadêmico com a sala de aula.
Exemplos de atividades possíveis em sala de aula.

16h30 - Bruno de Andrea Roma FOTOGRAFIA, DOCUMENTO E ARQUIVO: O OLHO DO ESTADO Minicurso
Palavras-chave Fotografia; Documento Fotográfico; Estado; Arquivo; Cultura Visual
Resumo

Fotografia, documento e arquivo: o olho do Estado.

Durante o século XIX, simultaneamente à apresentação da fotografia para a sociedade e ao desenvolvimento da arquivística como a conhecemos, por todo o mundo Estados passam a se capilarizar em complexas redes de controle, individualizando sujeitos e vigiando seus corpos. O filósofo francês Michel Foucault chama essa rede de "microfísica do poder" e aos mecanismos que a compõe de "tecnologia do poder". Podemos considerar a fotografia e o arquivo como aparatos dessa tecnologia, representativos do "poder de saber" do Estado. O dispositivo fotográfico ganha estatuto de verdade e marca irreversivelmente a experiência visual da sociedade. Em função da dispersão dos acervos legados por esse processo no Brasil, nem sempre é viável compreendermos com clareza seu desenvolvimento.

Este minicurso tem por objetivo discutir o pioneirismo do Estado na utilização da fotografia como registro e representação, e a importância dessa produção documental para a construção da memória pública no Brasil. No primeiro bloco trataremos da "primeira vida" da fotografia, os primórdios de sua utilização pelo Estado e seu estatuto de veracidade. No segundo bloco, trataremos do seu ciclo documental, ou seja, como foram preservados esses documentos fotográficos no Brasil e qual a influência desse processo para o debate historiográfico em temas delicados como a segurança e saúde públicas.

16h30 - Cláudia Maria Ribeiro Viscardi EXPERIÊNCIAS DEMOCRÁTICAS BRASILEIRAS: ENTRE A CONSOLIDAÇÃO E AS CRISES Minicurso
Local: Minicurso - Experiências democráticas brasileiras

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19h00 - Ana Maria Ferreira da Costa Monteiro, Circe Maria Fernandes Bittencourt, João Carlos Escosteguy Filho ENSINAR; APRENDER; EXCLUIR; RESISTIR: QUEM É O JUIZ NO ENSINO DE HISTÓRIA? Mesa-redonda

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A importância do ensino de história e o papel do historiador na docência e na pesquisa têm sido pauta de reflexões e discussões a décadas no Brasil. O ensino dessa disciplina sofre grande intervenção dos mais altos níveis políticos. Por isso, pensar no ensino é considerar a aprendizagem do aluno e para além disso, é fornecer meios de se ter um pensamento crítico e reflexivo sobre o que é ensinado. O papel do professor de história não é somente educacional, mas também político e ideológico. Devido a isso, é imprescindível a discussão sobre o currículo do ensino de história e suas nuances, bem como o papel das redes sociais na divulgação e popularização de conhecimentos homogêneos objetivando verdades prontas. Afinal, quem é o juiz no ensino de história?

08h00 SIMPÓSIOS TEMÁTICOS Simpósio Temático

Apresentação de Simpósios Temáticos.

Acesse a programação completa e instruções para acesso em: https://www.ufjf.br/semanadehistoria/2021/10/27/apresentacoes-em-simposio-tematico-e-comunicacoes-livres/

14h00 - Daise Silva dos Santos, Shayenne Schneider Silva MUITO ALÉM DAS TRAVESSIAS: OLHARES SOBRE VIAGENS E VIAJANTES NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO Minicurso
Palavras-chave Viagens Pedagógicas; Sujeitos Viajantes; Circulação de Ideias; Escritas de Viagem; História da Educação.
Resumo

Apresentar possibilidades de estudo sobre viagens e viajantes envolvidos em projetos educativos, entre o século XIX e o século XX, é o propósito deste minicurso. Nos últimos anos, multiplicaram-se esses estudos no campo da História da Educação a partir da compreensão de que as viagens foram largamente utilizadas nesse período como estratégias para circulação de ideias, métodos e modelos pedagógicos (MIGNOT e GONDRA, 2007). Está organizado em dois momentos: Um primeiro no qual apresentaremos à temática, buscando caracterizá-la, expondo alguns estudos e a maneira como operaram, destacando sujeitos, temporalidades, fontes e referenciais empregados de maneira mais recorrentes; e um segundo em que faremos uma exposição das pesquisas realizadas pelas proponentes, buscando instigar os participantes a observarem e problematizarem as fontes trazidas (cartas e crônicas), tendo em vista suas especificidades e condições de produção.

14h00 - Felipe Goebel MODA NA PERSPECTIVA DA HISTÓRIA SOCIAL: PANORAMA CONCEITUAL NOS ESTUDOS HISTÓRICOS Minicurso
Palavras-chave Moda; História Social da Moda; Teoria e metodologia da História.
Resumo

O minicurso pretende um mapeamento das teorias de estudos históricos cujo objeto é a moda. Dos “historicistas” do século XIX, passaremos pela reformulação do campo, com a introdução da sociologia de Georg Simmel, da semiologia de Roland Barthes e pela Nouvelle Histoire, que expandiu a semiótica e os estudos sobre as mentalidades; chegando na História Cultural, com a contribuição das práticas e representações na pesquisa histórica. Em diálogo com outras áreas das ciências humanas, como a sociologia e a linguística, a moda, como prática cultural e fenômeno de costumes, passou por diversas reformulações de abordagem teórico-metodológicas. A História da Moda deixou de ser encarada apenas como descrição dos hábitos de vestimenta do passado, tornando-se por fim objeto amplo, capaz, como afirma Daniel Roche e Pierre Bourdieu, de revelar diversas construções sociais, além dos sentidos, materiais e simbólicos, das práticas de vestimenta e apresentação que organizam comportamentos individuais e o habitus dos grupos sociais. Ao realizar um panorama dos estudos sobre a moda esperamos contribuir para o entendimento da moda e como esta é atualmente abordado pelos estudiosos do tema.

14h00 - Mateus Leri VISIBILIDADE NEGRA E LGBT NA MÍDIA Oficina

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14h00 - Ícaro Assini S. Silva, Larissa Christine Ferreira, Natália Medice Faria, Valéria Marques Lobo ELES NÃO USAM BLACK-TIE (1981): A LUTA DE CLASSES PELAS LENTES DO CINEMA Exposição de Cinema

“Eles Não Usam Black-Tie” (1981) é um longa-metragem brasileiro dirigido por Leon Hirszman, baseado na peça homônima de Gianfrancesco Guarnieri. O enredo do filme acompanha a família de Otávio, um operário metalúrgico e militante sindical. Diante da eclosão de movimentos grevistas, Otávio se vê em meio a conflitos políticos, sociais e também pessoais, uma vez que seu filho mais velho, Tião, preocupado com seu casamento e seu emprego, começa a questionar a legitimidade da greve. O filme suscita importantes reflexões a respeito da ação coletiva dos trabalhadores, mas também de suas experiências em diferentes espaços de sociabilidade.

16h30 - André Barbosa Fraga, Mayra Coan Lago CARTAS AO PRESIDENTE VARGAS: AS APROPRIAÇÕES CULTURAIS GOVERNAMENTAIS E DAS PESSOAS COMUNS Minicurso
Palavras-chave Estado Novo; Getúlio Vargas; pessoas comuns; cartas
Resumo


O minicurso tem como objetivo apresentar aos participantes e analisar com eles um conjunto documental riquíssimo e de extrema importância para se compreender não apenas as produções político-culturais desenvolvidos pelo primeiro governo Vargas (1930-1945), mas principalmente a recepção da população a elas: as milhares de cartas enviadas ao presidente da República por diferentes grupos ou indivíduos da sociedade. Elas atualmente estão depositadas no Arquivo Nacional, mais especificamente no fundo Gabinete Civil da Presidência da República. Tais missivas originalmente haviam sido recebidas pela Secretaria da Presidência da República (SPR). Tal órgão, instituído em 1930 e diretamente vinculado a Vargas, era responsável por toda a correspondência endereçada ao chefe de Estado, das classes mais abastadas às mais humildes. Transformava as cartas em processos administrativos, enviava-os aos órgãos estatais que pudessem dar um parecer sobre o caso e, em seguida, mandava uma resposta ao remetente, atendendo ou não à demanda requerida.

Cronograma:

Primeiro dia (11/11)

Apresentaremos um panorama sobre as transformações políticas, econômicas e culturais ocorridas ao longo dos quinze anos em que Getúlio Vargas ocupou o cargo de presidente da República. Sendo assim, pretende-se familiarizar os cursistas com os principais projetos estatais desenvolvidos no período e as diretrizes do Estado Novo.

Segundo dia (12/11)

Faremos uma dinâmica prática com a turma para compreenderem como as cartas são fontes privilegiadas para acessarmos a recepção da população a esse projeto governamental. Para isso, entregaremos aos participantes cópias de cartas endereçadas a Vargas. Eles analisarão as missivas obtidas, procurando compreender, entre outros aspectos, de que estado a carta foi remetida, nome e profissão do remetente, de que maneira o missivista se refere a Getúlio Vargas, como o presidente é descrito/caracterizado ao longo da carta, qual é a motivação da missiva, se há a incorporação de algum elemento do discurso/da ideologia do regime para fortalecer o pedido apresentado ao chefe de Estado e qual é a resposta (solução) do governo para a demanda inserida na carta. Em seguida, os cursistas compartilharão entre eles as impressões sobre os casos presentes nas missivas lidas.

16h30 - Vitória Maria HISTÓRIA DO FUNK NO BRASIL Minicurso

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19h00 - Fábio Francisco Feltrin de Souza, Juciene Ricarte Apolinário, Rodrigo Medina Zagni A MORTE COMO POLÍTICA: OS GENOCÍDIOS E SUAS FERIDAS HISTÓRICAS. Mesa-redonda

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A mesa de política da XXXVII Semana de História pretende discutir o fenômeno dos genocídios, como se apresentaram de diversas formas ao longo da história e quais marcas deixaram na atualidade. É a partir dessas inquietações que procuramos debater as feridas históricas deixadas por esses dois eventos e como os descendentes das vítimas desses genocídios encaram o passado presente em questão. A discussão parte justamente do impulso de rememorar o trauma destas vítimas e responsabilizar os culpados pelos genocídios, mas também os que ajudam a manter em vigor valores e ordens sociais que continuam a oprimir tais grupos.

08h00 SIMPÓSIOS TEMÁTICOS Simpósio Temático

Apresentação de Simpósios Temáticos.

Acesse a programação completa e instruções para acesso em: https://www.ufjf.br/semanadehistoria/2021/10/27/apresentacoes-em-simposio-tematico-e-comunicacoes-livres/

14h00 - André Barbosa Fraga, Mayra Coan Lago CARTAS AO PRESIDENTE VARGAS: AS APROPRIAÇÕES CULTURAIS GOVERNAMENTAIS E DAS PESSOAS COMUNS Minicurso
Palavras-chave Estado Novo; Getúlio Vargas; pessoas comuns; cartas
Resumo


O minicurso tem como objetivo apresentar aos participantes e analisar com eles um conjunto documental riquíssimo e de extrema importância para se compreender não apenas as produções político-culturais desenvolvidos pelo primeiro governo Vargas (1930-1945), mas principalmente a recepção da população a elas: as milhares de cartas enviadas ao presidente da República por diferentes grupos ou indivíduos da sociedade. Elas atualmente estão depositadas no Arquivo Nacional, mais especificamente no fundo Gabinete Civil da Presidência da República. Tais missivas originalmente haviam sido recebidas pela Secretaria da Presidência da República (SPR). Tal órgão, instituído em 1930 e diretamente vinculado a Vargas, era responsável por toda a correspondência endereçada ao chefe de Estado, das classes mais abastadas às mais humildes. Transformava as cartas em processos administrativos, enviava-os aos órgãos estatais que pudessem dar um parecer sobre o caso e, em seguida, mandava uma resposta ao remetente, atendendo ou não à demanda requerida.

Cronograma:

Primeiro dia (11/11)

Apresentaremos um panorama sobre as transformações políticas, econômicas e culturais ocorridas ao longo dos quinze anos em que Getúlio Vargas ocupou o cargo de presidente da República. Sendo assim, pretende-se familiarizar os cursistas com os principais projetos estatais desenvolvidos no período e as diretrizes do Estado Novo.

Segundo dia (12/11)

Faremos uma dinâmica prática com a turma para compreenderem como as cartas são fontes privilegiadas para acessarmos a recepção da população a esse projeto governamental. Para isso, entregaremos aos participantes cópias de cartas endereçadas a Vargas. Eles analisarão as missivas obtidas, procurando compreender, entre outros aspectos, de que estado a carta foi remetida, nome e profissão do remetente, de que maneira o missivista se refere a Getúlio Vargas, como o presidente é descrito/caracterizado ao longo da carta, qual é a motivação da missiva, se há a incorporação de algum elemento do discurso/da ideologia do regime para fortalecer o pedido apresentado ao chefe de Estado e qual é a resposta (solução) do governo para a demanda inserida na carta. Em seguida, os cursistas compartilharão entre eles as impressões sobre os casos presentes nas missivas lidas.

14h00 - Vitória Maria HISTÓRIA DO FUNK NO BRASIL Minicurso

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16h30 - Daise Silva dos Santos, Shayenne Schneider Silva MUITO ALÉM DAS TRAVESSIAS: OLHARES SOBRE VIAGENS E VIAJANTES NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO Minicurso
Palavras-chave Viagens Pedagógicas; Sujeitos Viajantes; Circulação de Ideias; Escritas de Viagem; História da Educação.
Resumo

Apresentar possibilidades de estudo sobre viagens e viajantes envolvidos em projetos educativos, entre o século XIX e o século XX, é o propósito deste minicurso. Nos últimos anos, multiplicaram-se esses estudos no campo da História da Educação a partir da compreensão de que as viagens foram largamente utilizadas nesse período como estratégias para circulação de ideias, métodos e modelos pedagógicos (MIGNOT e GONDRA, 2007). Está organizado em dois momentos: Um primeiro no qual apresentaremos à temática, buscando caracterizá-la, expondo alguns estudos e a maneira como operaram, destacando sujeitos, temporalidades, fontes e referenciais empregados de maneira mais recorrentes; e um segundo em que faremos uma exposição das pesquisas realizadas pelas proponentes, buscando instigar os participantes a observarem e problematizarem as fontes trazidas (cartas e crônicas), tendo em vista suas especificidades e condições de produção.

16h30 - Felipe Goebel MODA NA PERSPECTIVA DA HISTÓRIA SOCIAL: PANORAMA CONCEITUAL NOS ESTUDOS HISTÓRICOS Minicurso
Palavras-chave Moda; História Social da Moda; Teoria e metodologia da História.
Resumo

O minicurso pretende um mapeamento das teorias de estudos históricos cujo objeto é a moda. Dos “historicistas” do século XIX, passaremos pela reformulação do campo, com a introdução da sociologia de Georg Simmel, da semiologia de Roland Barthes e pela Nouvelle Histoire, que expandiu a semiótica e os estudos sobre as mentalidades; chegando na História Cultural, com a contribuição das práticas e representações na pesquisa histórica. Em diálogo com outras áreas das ciências humanas, como a sociologia e a linguística, a moda, como prática cultural e fenômeno de costumes, passou por diversas reformulações de abordagem teórico-metodológicas. A História da Moda deixou de ser encarada apenas como descrição dos hábitos de vestimenta do passado, tornando-se por fim objeto amplo, capaz, como afirma Daniel Roche e Pierre Bourdieu, de revelar diversas construções sociais, além dos sentidos, materiais e simbólicos, das práticas de vestimenta e apresentação que organizam comportamentos individuais e o habitus dos grupos sociais. Ao realizar um panorama dos estudos sobre a moda esperamos contribuir para o entendimento da moda e como esta é atualmente abordado pelos estudiosos do tema.

16h30 - Mateus Leri VISIBILIDADE NEGRA E LGBT NA MÍDIA Oficina

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19h00 - Arthur Lima de Avila, Marcelo Santos de Abreu, Sônia Maria de Meneses Silva PODEMOS CONTAR COM OS TRIBUNAIS DA HISTÓRIA? OS USOS POLÍTICOS DO PASSADO E SUAS QUESTÕES. Mesa-redonda

.Essa mesa de historiografia terá como debate principal os usos do passado como uma arma política. Nesse sentido, em tempos de pós-verdade, em que a sociedade brasileira se baseia em crenças pessoais para explicar a História, torna-se necessário que os historiadores tenham espaço para refutar ideias errôneas e contrárias às pesquisas. Por conseguinte, os tribunais da história realmente existem? Debater sobre essa pergunta e confrontá-la é necessário, uma vez que ‘’Todos nós seremos julgados pela História’’, frase dita pela ex-presidenta Dilma Rousseff durante o seu processo de Impeachment. Logo, a História assume o seu papel de explicar o presente através do passado, ao mesmo tempo em que nós historiadores temos a função de nos posicionarmos perante aos fatos históricos.

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Organizador

Comissão Organizadora da Semana de História

A Comissão Organizadora da Semana de História é constituída pelos alunos da Graduação e Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Juiz de Fora, totalmente independente e autônoma sobre a sua organização.