SIMPÓSIOS
Horários de Apresentações de Trabalhos dos Simpósios - https://doity.com.br/simposiocga2021/blog/comunicacoes-individuais
1. ARQUIVO E EPISTOLOGRAFIA: UNIVERSO LITERÁRIO
Link da Transmissão: https://meet.google.com/xod-ezha-gjk
Coordenadores:
Profª Lanna Caroline Almeida (UFPI)
Prof° Lueldo Teixeira Bezerra (Centro Universitário Maurício de Nassau/PI)
Profª Raimunda Celestina Mendes da Silva (UESPI-PI/NEMA)
Este simpósio lança seu olhar sobre a epistolografia em sua relação com o arquivo literário, a fim de agregar discussões que tomem a materialidade significante naquilo que se marca e se escamoteia nos traços da língua. Propõe-se, com as comunicações, analisar e discutir estudos comprometidos com a criação de obras, na perspectiva da crítica literária e da crítica genética, observando-se as três teses para construir o espaço teórico próprio da Crítica Genética, pontuadas por Grésillon (2007), em Elementos de Crítica Genética, a saber: promover uma nova estética literária: a da produção (ou da criação); permitir uma nova história literária: das práticas de escritura; e abrir um novo espaço científico: o da produção escrita em geral. Refletir sobre o estudo das cartas no arquivo literário nos dá a ler os diversos caminhos pelos quais uma missiva passa no espaço/campo/universo literário, dentre os quais: guardar a elaboração do texto literário; e, mostrar as impressões, confidências de um autor que não é visto pelo leitor, tornando-o mais íntimo. Os relatos subsidiarão a reflexão crítica sobre os processos de criação dos missivistas, para que se visualize o motivo e os interesses. Este estudo ampliará suas fortunas críticas, pois as missivas oferecem uma base metodológica para as pesquisas na área dos estudos literários e culturais. Abrir-se-á a discussão no intuito de pensar o arquivo e a carta na relação com a história dos sujeitos que os textualizam ao tempo em que se deixam atravessar pela história da língua que os constituem. Partindo desse pressuposto, busca-se também no simpósio provocar diálogo, intercâmbio, com outros domínios teóricos para compreendermos como o Arquivo e as cartas/missivas são lidos fora e dentro dos estudos da Crítica Genética, uma vez que, tanto fora quanto dentro desse domínio, a história e a língua se entrelaçam com o literário no processo de criação, que se materializam nos documentos de processo. Nesse ponto, pretende-se lançar um gesto de debruçamento também sobre os arquivos pessoais e literários dos escritores que, nos moldes de Pierre Nora (1993), constituem um “lugar de memória”, em que se armazenam não só a vida, como também a biografia de outros, a movimentação social, cultural e literária de um determinado momento e diversas obras de gêneros variados.
Palavas-chave: Arquivos. Crítica genética. Epistolografia. Crítica literária.
2. PROCESSOS CRIATIVOS E PRÁXIS INTERDISCIPLINARES EM ARTES VISUAIS, MÚSICA E CINEMA
Link da Transmissão: https://meet.google.com/azi-bwms-woo
Coordenador:
Prof°. Aparecido José Cirillo (UFES)
A materialidade dos documentos de processo está diretamente relacionada com a práxis do autor/artista. As práticas contemporâneas determinam processos e produtos que levam ao limite tanto o conceito de obra quanto o de documento de processo, imprimindo novas materialidades que desafiam os estudos genéticos. Neste simpósio serão apresentadas pesquisas em ARTES VISUAIS, MÚSICA e CINEMA, relacionadas aos estudos dos processos criativos com foco nas diferentes materialidades dos documentos de processo, visando ampliar os estudos genéticos da criação em ARTES.
Palavras-chave: Processo de criação. Materialidade. Artes. Música. Cinema.
3. GÊNESE TEXTUAL E MANUSCRITO ESCOLAR: ESTUDOS RECENTES
Link da Transmissão: https://meet.google.com/ghs-yodd-mzc
Coordenador:
Prof°. Eduardo Calil (UFAL) Pesquisador (CNPq)
Laboratório do Manuscrito Escolar (LAME)
Inaugurada pelo pioneiro trabalho da pesquisadora francesa Claudine Fabre, a Genética Textual resgatou da "lata do lixo" os rascunhos e cópias feitos por alunos em sala de aula. No Brasil, seus estudos influenciaram diferentes pesquisadores e contribuíram para nossa compreensão sobre a gênese textual, a autoria e a criatividade em manuscritos escolares. Este simpósio tem por objetivo reunir e discutir investigações recentes dedicadas a compreender aspectos cognitivos, linguísticos, culturais, curriculares e/ou didáticos que possam interferir no processo de escritura e no ensino de língua escrita. Pretendemos com isso, ampliar nosso entendimento das relações entre o aluno escrevente e o manuscrito construído (ou em construção) sob as coerções próprias da sala de aula.
Palavras-chave: Manuscrito escolar. Criatividade. Autoria. Atividade metalinguística. Rasura.
4. LEITURA LITERÁRIA, PRÁTICAS LEITORAS E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: NARRATIVAS E FRUIÇÃO ESTÉTICA
Link da Transmissão: https://meet.google.com/wwi-pbzx-rvg
Coordenadoras:
Profª. Rosângela Pereira de Sousa (UESPI)
Profª. Maria do Amparo Ferro (UFPI)
O ato de ler integra a vida das pessoas desde tempos remotos por sua natureza estética. A leitura literária constitui-se em produtora de conhecimento, pois discute verdades sobre a natureza humana, proporcionando o desenvolvimento das sociedades como mecanismo de difusão da cultura escrita enquanto veículo da promoção e consolidação da formação do leitor. Assim, as práticas leitoras impulsionadas pelo texto literário, configuram-se em experiências diferentes para cada indivíduo, numa perspectiva teórica que articula a leitura da palavra à leitura do mundo, que implica num processo de apropriação, no sentido de se fazer algo com aquilo que se recebe, ou seja, a partir do contato com novos conhecimentos, introduzi-los às vivências cotidianas. No contexto da formação de professores, a leitura literária alicerça os meandros dessa formação como base pedagógica que impulsiona o crescimento volitivo, motivações, interesses culturais, profissionais a frequência de leitura. Nesse sentido, este simpósio temático objetiva fomentar o debate no entorno da leitura literária e a constituição do leitor, as práticas leitoras de professores, história de vida e formação docente, narrativas autobiográficas de professores, envitando construir diálogos entre espaços acadêmicos diversos.
Palavras-chave: Leitura literária. Práticas leitoras. Formação de professores. Narrativas autobiográficas. Histórias de vida. Fruição estética.
5. GÊNESE, EDIÇÃO E PRODUÇÃO DE AUTORIAS NO ENCALÇO DA CRÍTICA
Link da Transmissão: https://meet.google.com/zuj-ouia-nyq
Coordenadoras:
Profª. Assunção de Maria Sousa e Silva (UESPI/UFPI)
Profª. Raffaella Fernandez (UFRJ/PACC)
Este simpósio propõe reunir pesquisadores e pesquisadoras que investigam manuscritos, datiloscritos e documentos relativos à produção literária dos sujeitos/as que mobilizam autorias da diferença em contexto das produções textuais em língua portuguesa e espanhola. Será um momento de debate quanto ao trabalho com acervos físicos e/ou virtuais, assim como sobre literaturas cujos autores/as estão fora do eixo hegemônico. Do mesmo modo, haverá espaço de análise sobre produções críticas que levantam os fatos históricos, fatos do cotidiano e documentos utilizados na construção do projeto literário de determinado autor/a, como ilustra a obra Papéis da Prisão – Apontamentos, Diário, Correspondência (1962-1971), organizada por Margarida Calafate Ribeiro, Mónica V. Silva e Roberto Vecchi, que focaliza os escritos de Luandino Vieira. Por outra via, também serão aceitas discussões e reflexões, a partir da perspectiva epistemológica decolonial (Mignolo), que evidencie o ato criativo como forma de suplantar a colonialidade de poder (Quijano) e que tragam novas formas de intervenção estéticas, a exemplo das produções de autores/as negros/as e indígenas brasileiros/as. Autoras que, inclusive, escrevam criticamente nos países da América do Sul e África, franqueando visões descolonizadoras que confluem para pensar a partir da perspectiva feminista decolonial (Lugones). Partimos do pressuposto de que as produções literárias são patrimônios imateriais, evidenciando outras cosmovisões como forma de pensar e criar no mundo, este simpósio pretende contribuir para o fortalecimento dos estudos críticos que prezem pela pluralidade e a interdisciplinaridade, estabelecendo relação entre as perspectivas de análise evocadas acima, aliadas à crítica genética (Grésillon) e à crítica textual.
Palavras-chave: Edição Crítica. Publicação. Autoria da Diferença. Documentos. Manuscritos. Datiloscritos.
6. CRÍTICA GENÉTICA E TRADUÇÃO: O PROCESSO E A EDIÇÃO
Link da Transmissão: https://meet.google.com/rcp-cjpo-how
Coordenadores:
Prof°. Sergio Romanelli (UFSC)
Profª. Christiane Stallaert (Antwerpen Universiteit) Bélgica
O objetivo deste simpósio é discutir acerca das experiências diversificadas do pesquisador que lida com manuscritos de tradução: o acesso aos arquivos, o contato com as instituições, a seleção, a transcrição dos manuscritos, o foco da análise dos mesmos e suas edições genéticas. Nem sempre os tradutores guardaram seus rascunhos ou documentos de processo e nem sempre, quando havia, foi dada a devida importância a esse objeto de estudo (Durand-Bogaert, 2014). Porém, quando o letrado possui certo prestígio para um país, uma busca nos seus arquivos pode revelar a existência de importantes manuscritos de traduções inacabadas ou inéditas. É o caso do Imperador do Brasil, Dom Pedro II. Os pesquisadores desses arquivos imperiais apresentam aqui os diversos interesses linguísticos e tradutórios do Imperador, que através dessa incansável atividade intelectual e criativa quis representar um Brasil diferente para a sua época. Traduções do sânscrito, do espanhol, do italiano e seu conhecimento do francês para traduzir e ser traduzido são alguns dos temas que entrarão em diálogo. Com ênfase no processo, Adriano Mafra fala sobre a edição crítico-genética dos manuscritos do Imperador da sua tradução de Hitopadesa, publicada em 2020, em coautoria com Romanelli e Stallaert e Romeu Daros, comenta sobre sua edição, também publicada em 2020, das traduções de Dom Pedro II de versos de Dante Alighieri. Luíza Mazzola aborda a francofilia do Imperador num processo múltiplo: como poeta e tradutor do francês e sendo traduzido para o francês, por intermédio de amizades literárias da época. Ana Sackl nos apresenta uma tradução do espanhol de um poema épico de Don Alonso de Ercilla, La Araucana, realizado pelo Imperador. Para além dos estudos de arquivos de tradução do Imperador, esse simpósio conta ainda com uma reflexão sobre o aporte da Crítica Genética em favor de uma conquista da visibilidade do tradutor. Através de consultas nos arquivos de Jean Lescure, poeta francês que traduziu poemas de Giuseppe Ungaretti, Rúbia Nara de Souza apresenta os limites e as fragilidades de um tradutor que colabora estreitamente com o autor.
Palavras-chave: Crítica Genética. Arquivos de tradução. Estudos Descritivos da Tradução, Poesia traduzida. Dom Pedro II.
7. CRÍTICA DE PROCESSO E REFLEXÕES SOBRE O FAZER PROFISSIONAL
Link da Transmissão: https://meet.google.com/pft-casa-ydh
Coordenadoras:
Profª. Edina Regina Pugas Panichi
Profª. Livia Sprizão de Oliveira (UEL)
Resumo: Neste simpósio, vamos debater processos de criação textual - individuais ou coletivos - no fazer profissional de áreas que estão fora do espectro artístico. No universo jurídico, no jornalismo, na publicidade e no ensino, as premissas do gênero textual não excluem escolhas estilísticas nem os protocolos formais determinam a condução do movimento criador. Sob a ótica da Crítica Genética, queremos refletir sobre a presença da subjetividade em ofícios que aparentemente a limitam. Discutiremos a escritura de reportagens, sentenças judiciais, campanhas publicitárias e o próprio ensino da escrita. Observaremos, sobretudo, a seleção lexical, considerando o poder evocatório das palavras.
Palavras-chave: Crítica Genética. Seleção lexical, Estilística.
8. ARQUIVÍSTICA LITERÁRIA, CRÍTICA TEXTUAL E GENÉTICA: DO PRÉ-TEXTO AO PÓS-TEXTO
Link da Transmissão: https://meet.google.com/whp-mvoz-mxb
Coordenadoras:
Profª. Rosa Borges dos Santos (UFBA)
Profª. Mabel Meira Mota (UFBA)
O simpósio tem como objetivo propor interfaces de diálogo entre a Arquivística Literária (OLIVEIRA, 2012) e as Críticas Textual e Genética. Contempla pesquisas voltadas para a organização ou estudo de acervos pessoais de escritores e suas contribuições para a proposição de modelos editoriais. Assim, a partir dos arquivos, merecem destaques os documentos pré-textuais, dentre os quais destacam-se os esboços, esquemas, rascunhos, cadernos e cadernetas de anotações, notas avulsas, fichas de leitura, cartas e bilhetes, que apontam para a produção literária em “gestação” e para a dimensão privada da escrita; e os documentos pós-textuais, como as edições, as dedicatórias, as críticas acadêmicas e jornalísticas, os formulários de revisão editorial, recibos, convites, anúncios, flyers, programas, palestras e entrevistas, que apontam para o processo de transmissão, circulação e recepção dos textos literários, assim como para a gestão do processo de produção literária, no âmbito da dimensão pública da escrita. O simpósio se propõe, portanto, a discutir acervos, processo de criação e edição a partir de uma ampla variedade de documentos produzidos e acumulados por escritores em decorrência da atuação literária.
Palavras-chave: Arquivística literária. Crítica Textual. Crítica Genética.
9. ENTRE HISTÓRIA E SOCIOLOGIA: FONTES, MÉTODOS E PROCESSOS CRIATIVOS
Link da Transmissão: https://meet.google.com/cjt-dbms-pzc
Coordenadoras:
Ana Cristina Meneses de Sousa (UESPI)
Paula Guerra (Universidade do Porto) Portugal
Esse simpósio tem como objetivo principal refletir sobre os vários percursos intelectuais e de pesquisa que se aliam entre os campos da História e da Sociologia. A intenção é socializar pesquisas e escritas a partir das relações com as fontes, os métodos e o processo criativo. Nesse sentido, serão aceitos trabalhos que pensam a relação do fazer da pesquisa a partir da relação com a crítica e a publicação, analisando as fontes e os métodos por meio das distintas linguagens e suportes (impressos, orais, arquivísticos, seriados, subjetivos, artísticos, biográficos, autobiográficos, autoficção etc.). A ideia é cartografar a construção do processo criativo que se articula entre a pesquisa e a escrita, mostrando os nós que fabricam o rendado da produção do conhecimento nas ciências humanas. O cerne deste simpósio assenta num princípio heurístico primordial: o de demonstrar de que forma as manifestações artísticas – neste caso as publicações independentes e/singulares – constituem, elas próprias, matéria e objeto de intervenção social, demarcando um espaço próprio, definido e específico na denúncia e revelação de problemáticas sociais e na afirmação de um devir histórico.
Palavras-chave: História. Sociologia. Fontes. Métodos. Processos Criativos.
10. ARQUIVOS: CONSTRUÇÕES, ARRANJOS E (DES)MONTAGENS MEMORIALÍSTICAS
Link da Transmissão: https://meet.google.com/tyh-kvpp-nkd
Coordenadores:
Prof. Douglas De Sousa (UEMA)
Prof. Emanoel Cesar Pires de Assis (UEMA)
Prof. Henrique Borralho (UEMA)
Profa. Silvana Maria Pantoja dos Santos (UEMA/UESPI)
O arquivo é um espaço onde tudo se guarda, aquilo que se lembrar como também o que se quer esquecer: “É melhor você guardar isso.”; “guarde para não esquecer”; “mande para o arquivo morto”; “vamos arquivar essa história” –muitos e comuns são esses tipos de frases populares que ouvimos. Mas, afinal, o que guarda um arquivo? O que se intenta esquecer ou é possível se reter? Seja para esquecer ou para recordar tudo vai para o arquivo. Operando, portanto, o arquivo como depositário da memória morta, supostamente obliterada e posteriormente acionada para vir a público. Desse modo, este simpósio propõe um diálogo com práticas arquivistas, literárias e não literárias, naquilo que Derrida (2001) denomina de mal de arquivo, relevantes para a formação da memória social. “Mal de arquivo evoca sem dúvida um sintoma, um sofrimento, uma paixão: o arquivo do mal; mas também aquilo que arruína, desvia e destrói o próprio princípio do arquivo, a saber, o mal radical” (DERRIDA, 2001, p. 09). O arquivo, com sua capacidade de concentrar informações, desdobra-se e desestabiliza o próprio saber, semelhante ao trabalho psíquico que não só processa informações, mas também se mostra em forma de simulacro, esquivando-se muitas vezes daquilo que não se pode, não se quer ou não se deve revelar. Quanto a esse último, lembremos o negacionismo da tortura e de assassinatos de civis por parte de governos ditatoriais. Acolhemos também trabalhos de caráter biográfico e autobiográfico, arquivos digitais, diários, confissões e análises de textos ou arquivos de variadas fontes que pensem essa ideia do que “guarda um arquivo” e, mais do que isso, o perigo ou o fortúnio do que revela um arquivo.
Palavras-chave: Arquivos antigos e modernos. Pensar o arquivo. Arquivos literários e não literários. Arquivo como fonte. Arquivo e memória.
11. “QUANDO AGORA FOI OUTRORA?”: NOVAS LEITURAS DO TEXTO OSMANIANO A PARTIR DE INCURSÕES EM ARQUIVOS
Link da Transmissão: https://meet.google.com/hxx-qorq-cqe
Coordenadores:
Elizabeth Hazin (UnB)
Maria Aracy Bonfim (UFMA)
Cacio José Ferreira (UFAM)
Quem quer que observe as páginas de um livro jamais pode supor o quanto é lento, doloroso, o processo que, antecedendo-o, dá-lhe forma. Entretanto, esse lento processo de maturação da ideia que gera um livro pode – em muitos casos – ser surpreendido através do rastreamento de anotações e rascunhos. Analisar manuscritos para chegar à compreensão de como um determinado texto é produzido, para aclarar a trajetória seguida pelo escritor, enfim, para tentar percorrer esse labirinto que é a obra, eis o objetivo daqueles que mergulharam nos arquivos que guardam o acervo do escritor pernambucano Osman Lins (Vitória de Santo Antão, 1924- São Paulo, 1978), depositados na Fundação Casa de Rui Barbosa e no Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo. Tais arquivos abrigam toda sorte de documentos: partindo de meras anotações em cadernetas até versões manuscritas de obras publicadas, o pesquisador pode ver ainda a vasta correspondência (com amigos, parentes, escritores, editores e tradutores), recortes de jornal, material fotográfico, artigos de revistas recolhidos pelo autor para utilização futura, material de viagem (folhetos, publicações de museus, cadernetas de notas) e ainda o que restou de sua biblioteca pessoal. O propósito que enforma esse simpósio é o de receber propostas que demonstrem como a abordagem crítica desse material permitiu ao pesquisador seguir passo a passo o percurso realizado por Lins, bem como captar significados até então mantidos em estado de latência, trazendo à tona elementos que levem à compreensão mais aprofundada da obra literária osmaniana. Serão aqui acolhidos: 1) trabalhos que mostrem - através da análise das páginas de rascunhos - o movimento mesmo da escritura e o jogo das escolhas exercido pelo autor; 2) trabalhos que apontem aspectos intertextuais partindo da análise de marcações e notas em livros de sua biblioteca; 3) trabalhos que - lançando mão de qualquer documento de seus arquivos - possam mostrar as razões do texto e a ampliação do campo de referências do autor, deixando claras sua intenção formadora e sua organização consciente.
Palavras-chave: Osman Lins. Arquivos Literários. Gênese Textual. Literatura e Intertextualidade.
ANTES DE SUBMETER O SEU TRABALHO, LEIA AS NORMAS DE SUBMISSÃO.