Trata-se de uma comunicação sobre a prática psicológica no campo da saúde. A intenção é trazer à luz uma discussão crítica sobre o saber-prático de psicólogos diante da manifestação do sofrimento humano no contexto da atenção clínica. Nesse propósito, recorre-se ao diálogo com os indicativos formais heideggerianos na visa de pôr em reflexão dimensões da ação clínica refratária a teorização explicativa. O objetivo é ofertar subsídios à clínica de psicólogos em contexto sanitário a partir de uma discussão amparada na fenomenologia hermenêutica que se empresta como horizonte compreensivo à descrição dos humores relacionados ao exercício clínico. Desse modo, recua-se a tendência de naturalizar e objetivar fenômenos humanos para a formulação de modelos explicativos, como se vê na elaboração diagnóstica, previamente validada em práticas voltadas para a promoção da saúde. O intuito é de vislumbrar possibilidades compreensivas para o que se encontra na vigência de um fazer clínico, resistente a tematização explicativa, pondo em tensão o saber de conhecimento decorrente da ciência psicológica e o saber de experiência relacionado a sabedoria de quem realiza a atenção. Espera-se que as considerações trazidas possam subsidiar atuações de psicólogos, inspirados na Perspectiva Fenomenológica Existencial, servindo como meio de problematizar a prática psicológica em âmbitos de saúde.

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