Transzine-se: laboratório de fanzines 2022 - Turma 1

Transzine-se: laboratório de fanzines 2022 - Turma 1

Por pessoas trans e para pessoas trans!

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De 21 a 29 de maio Todos os dias das 08h00 às 18h00

Sobre o Evento

Transzine-se: laboratório de fanzines. É um espaço para experimentar a criação, expressão e invenção (de si, de outres, do mundo) através das zines! Por pessoas trans, para pessoas trans*. Proposto por Diana Salu, o curso explora as possibilidades das zines em 6 módulos com diferentes oficineires. Ao final, cada participante terá uma publicação autoral e os trabalhos produzidos serão digitalizados e disponibilizados na zineteca virtual do projeto.

A segunda edição acontecerá de forma presencial com duas turmas em Brasília – DF. A primeira turma será nos dias 21, 22, 28 e 29 de Maio no Mercado Sul. com Âmbar Moura, Diana Salu, Ernesto Nunes, Pietra Sousa e Yná Kabe Rodríguez

As vagas são limitadas, haverá seleção de participantes caso as inscrições ultrapassem a quantidade de vagas. Só tem um campo pra nome no formulário, podem preencher com nome social, não iremos solicitar nome de batismo de ninguém!

* As inscrições são exclusivas para pessoas trans (travestis, transgêneres, transexuais, transmasculines, não-bináries, agêneres e outres que se identifiquem dentro do guarda-chuva "trans"

** Todos os dados pessoas coletados por meio do formulário de inscrições são confidenciais, não serão compartilhados e tem por finalidade auxiliar no processo de seleção de inscrites além de mapear perfil de interessades no projeto para auxiliar em futuras edições.

MÓDULO 1 - dia 21.05 sábado, 09h

Diana Salu

Transferir-se: a xérox é uma máquina de multiplicar

Durante este encontro veremos alguns formatos e tipos de fanzines, experimentando o exercício da cópia, da multiplicação. Criar e copiar, então copiar a cópia e trocar e intervir e voltar a copiar. Processos de transferência para o papel e de umes para outres, embaralhando autorias e descobrindo o que a intervenção e a cópia podem trazer de novo para o processo autoral. Nos misturar coletivamente e através dessa mistura descobrir outros caminhos de subjetividade.

MÓDULO 2 - dia 21, sábado, 14h

Pietra Sousa

(des) Encante-se através da Boca

Se entre a oralidade e a escrita estamos, podemos então reinventar mundos ou até construí-los do zero.

A oficina é pensada para edificar os diversos mundos dos sonhos e das memórias, em palavras paridas no mundo. É importante, pois, ressaltar a etimologia do termo da autora, a “oralitura” conserva em si seu valor de “letra”, literatura. Portanto, é entendida como “rasura da linguagem, alteração significante, constitutiva da alteridade dos sujeitos, das culturas e de suas representações simbólicas.’ (MARTINS, 2001, p. 83).

MÓDULO 3 - dia 22, domingo, 09h

Ernesto Nunes

Nomear-se: ficções e narrativas de existência

Experimentar e brincar com as narrativas do “Eu”, entendendo o nome como território de afirmação da subjetividade, de resistência e plasticidade. Refletindo sobre a potência de se nomear, sobre a ficção em torno das narrativas cisgêneras de nomeação, as possibilidades de invenção de si e do mundo a partir do próprio nome.

MÓDULO 4 - 22.05, domingo, 14h

Âmbar Moura

Zine-se: experimentações para narrativas de si

A oficina propõe encarar a zine, enquanto parte de quem a produz; a construção subjetiva sobre o material, a bricolagem, a escrita. Pode-se dizer que é uma proposta performática sobre o suporte, onde o que se concretiza em zine é resultado de um processo que é anterior, de presença em execução e contínuo em seus desdobramento, de rastros deixados como fragmento simbólico desta pessoa e a suas narrativa.

MÓDULO 5 - dia 28.05, sábado, 09h

Yná Kabe Rodríguez

Imprimir-se

Partindo de uma aproximação do corpo com a máquina, a oficina Imprimir-se propõe usar as ferramentas de produção gráfica (zine) como ferramentas de investigação das subjetividades e vivências de um corpo trans na sociedade. Iremos conversar sobre o processo de impressão, tanto técnica e conceitualmente, experimentando problemas e soluções gráficas, não necessariamente nessa ordem, em busca de aproximar a experiência da página com a experiência do corpo trans.

zine = trans {página = corpo (conceito [diagramação*transgênero])}

MÓDULO 6 - dia 28.05, sábado, 14h

Diana Salu

Reunir-se e montar-se: como é o corpo da zine?

A oficina irá focar nas escolhas de projeto gráfico das publicações de cada participante. A partir de uma curadoria do que foi desenvolvido nas outras oficinas, cada participante irá trabalhar em fechar a sua publicação final, pensando nas escolhas de materiais, formatos, elementos visuais, textuais bem como a coesão, a narrativa e o corpo da zine como um todo. Em um ambiente de troca, iremos conversar sobre os resultados e o processo geral, observando o que mudou, o que se manteve e quais foram as escolhas tomadas no percurso.

SARAU TRANSZINE-SE - dia 29.05, domingo, 14h

Equipe transzine-se, participantes e convidades

Encerrando a primeira turma, acontece no último dia o Sarau Transzine-se, aberto a todes! O Sarau é um espaço para troca e venda das zines criadas durante o laboratório, leituras de textos, apresentações de participantes e convidades, conversa e celebração e festa!

A programação completa do sarau será atualizada em breve.

Local

Mercado Sul - Taguatinga, DF - 70297-400, St. B Sul QSB 13 , Taguatinga Sul, Brasília, Distrito Federal,
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Organizador

Transzine-se

“Transzine-se: laboratório de fanzines” é uma iniciativa nova. Idealizada inicialmente em 2018, aconteceu pela primeira vez dentro do projeto Territórios Culturais. A proposta é simples: reunir pessoas trans para conviver, trocar e criar juntes tendo a zine, ou fanzine, como plataforma, metodologia, ponto de partida, processo e também produto.

Chama-se laboratório porque é este espaço de experimentação guiada, mediada, observada. Divide-se em módulos, cada qual com uma pessoa trans como propositora-mediadora do processo criativo a ser vivido pela turma. Como tema comum entre cada laboratório está a zine e a centralidade da troca entre pessoas trans. São oficinas de zines, mas não só. Através das propostas vividas a cada encontro, da criação e corporificação de materiais impressos e do compartilhamento de processos e resultados, cada participante – e também mediadores – vão descobrindo e explorando suas vozes próprias, suas vontades e capacidades criativas e comunicativas e coletivamente uma rede vai se tecendo. A rede é orgânica, fluída. Entre uma edição e outra pontos dela se desfazem, outros se apertam, alguns se afrouxam. Mas ainda que fina e sutil, ela permanece.