V COLÓQUIO INTERNACIONAL DE LITERATURA E GÊNERO /  II COLÓQUIO NACIONAL DE IMPRENSA FEMININA

V COLÓQUIO INTERNACIONAL DE LITERATURA E GÊNERO / II COLÓQUIO NACIONAL DE IMPRENSA FEMININA

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De 1 a 3 de outubro Todos os dias das 08h00 às 22h00
Evento online Transmissão via Doity Play Você receberá o link de transmissão próximo ao evento.

Sobre o Evento

Atenção os trabalhos completos para os anais podem serem enviados até dia 19/11/2020 para o e-mail Icilg.uespi.@gmail.com

ANAIS

LANÇAMENTO DE LIVRO

PROGRAMAÇÃO GERAL

INFORMAÇÕES IMPORTANTES PARA QUEM IRÁ APRESEENTAR TRABALHO, PALESTRANTES E MODERADORES: CLIQUE ABAIXO.
APRESENTADORES DE TRABALHO

COMISSÃO CIENTÍFICA

PALESTRANTES E MESA REDONDA

MODELO DE SLIDE - BAIXE E EDITE, NÃO EDITE ONLINE


Os Colóquios em questão acontecerão na modalidade on-line, nos dias 01, 02 e 03 de outubro de 2020, cujo propósito é estabelecer um diálogo entre os saberes regionais, nacionais e internacionais através da investigação científica e da interdisciplinaridade com as áreas afins, além de promover um debate, sob a ótica da pluralidade, do respeito às diferenças, no que tange as relações entre literatura e questões de gênero. Almeja-se, então, a troca de experiências através da transmissão de conhecimentos e de conteúdos nas áreas de literatura, história, cultura, gênero, como também a divulgação de nomes de escritoras que circulam em periódicos brasileiros, luso afro-brasileiro e latino-americano.

A proposta é uma iniciativa do grupo de pesquisa centrado nos estudos de Literatura e gênero, vinculado ao Mestrado em Letras da UESPI, e voltado para a divulgação da produção científica sobre A Mulher na Literatura, junto à comunidade acadêmica desta IES, de outras instituições de ensino superior de outros Estados e de docentes e discentes do Ensino Básico.

Por se tratar de um evento de âmbito Internacional e pela sua contribuição aos estudos de gênero, o V COLÓQUIO INTERNACIONAL DE LITERATURA E GÊNERO, cria novas perspectivas para o Mestrado em Letras da UESPI (Literatura, Memória e Cultura). O evento propõe, sobretudo, o intercâmbio do diálogo científico, pedagógico e cultural entre a comunidade acadêmica, professores e pesquisadores de diferentes regiões do Brasil, e de outros países como Portugal, França, Moçambique, Argentina, Chile, dentre outros.

Apesar da crise de saúde pública decorrente da pandemia causada pela COVID 19, que interrompeu a realização de eventos presenciais, manteremos a periodicidade do nosso evento sendo esta edição realizada no formato online. Para tanto, utilizaremos a plataforma DOITY, página: https://doity.com.br/v-icilg, com algumas atividades transmitidas também pelo GOOGLE MEET e FACEBOOK. Nesta edição, contamos com os apoios da CAPES, através da Universidade Federal do Ceará (UFC), pesquisadores do CLEPUL (Universidade de Lisboa) Pró-reitorias de Ensino, Pesquisa, Extensão, e Avan Guard Editora.

Nesse sentido, a finalidade do evento é promover a discussão sobre a pesquisa, a extensão e o ensino nas áreas de Literatura, História, Cultura e Gênero, bem como o fomento e a divulgação da produção científica junto à comunidade acadêmica das IES, aos pesquisadores de outras instituições de Ensino Superior e aos docentes do Ensino Básico.

EIXOS TEMÁTICOS

  • Relações de gênero na literatura lusófona;

  • Literatura feminina afro-latina;

  • Literatura e imprensa luso-afro-brasileira;

  • Questões de gênero na literatura portuguesa;

  • Questões de gênero na literatura brasileira;

  • Questões de gênero nas literaturas ibéricas e decolonislismo;

  • Questões de gênero nas literaturas africanas de língua portuguesa;

  • Colonialidade e descolonialidade nas literaturas contemporâneas;

  • A representação de gênero pela autoria masculina e pela autoria feminina;

  • O corpo na literatura e nas artes contemporâneas;

  • Gênero e literatura no discurso publicitário;

  • Mulher e literatura no contexto de guerra;

  • Literatura gênero e distopias;

  • Literatura queer e as relações de gênero;

  • O feminismo na literatura: entre afirmação, sugestão e crítica

  • Relações de gênero na literatura do mundo antigo;

  • Corporeidades e resistências nas literaturas de autoria feminina;

  • Literatura feminismo negro e questões de gênero;

Circular

Ficha de Lançamento de Livros

Visite o Evento Anterior: https://icilg.uespi.br/

Palestrantes

  • Inês Pedrosa
  • Teolinda Gersão
  • Paulina Chiziane
  • Ana Mafalda Leite
  • Cristiane Sobral
  • Cidinha da Silva
  • ANNABELA RITA
  • ISABEL LOUSADA
  • MARIA ARAÚJO DA SILVA
  • SUSANA CELLA
  • RITA CIOTTA NEVES
  • ALGEMIRA DE MACEDO MENDES
  • MARIA EUNICE MOREIRA
  • Cecil Jeanine Albert Zinani
  • ALEXANDRA SANTOS PINHEIRO
  • NORMA DIANA HAMILTON
  • DANIEL CASTELLO BRANCO CIARLINI
  • POLLIANNA DE F. S. FREIRE
  • SÁVIO ROBERTO FONSÊCA DE FREITAS
  • MÔNICA MARIA FEITOSA BRAGA GENTIL
  • FABIO MARIO DA SILVA
  • RAFAELLA ANDREA FERNANDEZ
  • MONA LISA BEZERRA TEIXEIRA
  • KARINE DA ROCHA OLIVEIRA
  • ELIANE A. GALVÃO R. FERREIRA
  • MARIA DE FÁTIMA BATISTA COSTA
  • SUSANA DE CASTRO
  • IARA BARROCA
  • ELIANE S. D. DEBUS
  • DIÓGENES BUENOS AIRES DE CARVALHO
  • DOUGLAS DE SOUSA
  • MARIA SUELY DE O.LOPES
  • Profa. Dra. Luciana Borges
  • Rosilda Alves Bezerra
  • Tânia Maria de Araújo Lima
  • Maria Anória de Jesus Oliveira
  • Socorro Lira
  • Hirondina Joshua

Programação

08h00 1 - PRESENÇA DAS MULHERES NA IMPRENSA: DOS PRIMÓRDIOS À ATUALIDADE Simpósio

Coordenadoras:

Profa. Dra. Cecil Jeanine Albert Zinani (UCS)

Profa.Dra. Cristina Löff Knapp (UCS)

A presença da mulher na imprensa foi um importante passo para romper a invisibilidade que, por muito tempo, pautou a vida desse segmento considerado, muitas vezes, como minoritário. Movimentos feministas, mais ou menos organizados, iniciaram no século XIX, embora os registros da presença de mulheres na imprensa sejam mais antigos, datando do século XVII, como afirma Buitoni (1986), referindo-se ao jornal Lady’s Mercury, um anexo ao The Athenian Mercury. Na verdade, era uma publicação semanal que teve duração efêmera, apenas quatro semanas. A autoria feminina na imprensa teve grande ímpeto no século XIX, em diversos países, incluindo o Brasil, aspecto que tem sido objeto de muitos estudos, entre eles, cabe destacar a obra Imprensa feminina e feminista no Brasil: século XIX (2017), de Constância Lima Duarte, uma alentada pesquisa, que ordenou grande quantidade de informações, contribuindo, significativamente, para a história da imprensa produzida por mulheres. Projetos importantes, de cunho internacional, como os estudos sobre o Almanaque de Lembranças Luso-Brasileiro, ou mesmo nacionais, como os trabalhos sobre O Corimbo, das irmãs Revocata de Melo e Julieta de Melo Monteiro, ou sobre a revista A Mensageira, editada por Presciliana Duarte de Almeida têm se desenvolvido, iluminando mais esse aspecto da produção literária e editorial conduzida por mulheres, possibilitando, assim, resgatar autoras que, de outro modo, continuariam esquecidas. Outro aspecto interessante é a situação de escritoras reconhecidas que também militaram no jornalismo, veja-se, como exemplo, Raquel de Queiroz e Clarice Lispector. Atualmente, existem inúmeras publicações direcionadas a mulheres, cujas temáticas abrangem um largo espectro desde o entretenimento até a formação profissional em inúmeras áreas. Considerando a relevância do presente assunto, este Simpósio tem como objetivo acolher comunicações sobre a presença da mulher na imprensa, desde publicações mais antigas até as contemporâneas, contribuindo, assim, para ampliar os estudos nessa área.

08h00 3 - CAROLINA MARIA DE JESUS E AS POTENCIALIDADE DAS LITERATURAS DECOLONIAIS Simpósio

Profa. Dra. Marina Carvalho(UFA)

Profa. Dra. Raffaella Fernandez- (UFRJ)

Diante da evidência que a escritora Carolina Maria de Jesus (19?-1977) empreende uma literatura decolonial, propondo a seus leitores uma mudança social e novas perspectivas para a sociedade brasileira no contexto latino-americano em relação a opressão colonizadora. Abrimos esse simpósio com o objetivo de discutir os escritos de Carolina e outros escritos que discutem os aspectos da colonialidade em suas narrativas. As escritas de sujeitos e sujeitas do Sul Global, ao resistirem a normatização eurocentrada de suas vidas e obras, revelam as potencialidades transgressoras à colonialidade ainda presente no sistema mundo moderno-colonial. Dessa forma, o simpósio em questão privilegia os enunciados que protagonizem outras formas de fazer literário, para além das limitações dos cânones eurocentrados- literaturas decoloniais.

Palavras-chave:Decolonialidade,Carolina de Jesus,Literatura Afro-brasleira

10h00 2 - DESEJO, CORPO E SEXUALIDADE Simpósio

Coordenador(es,a):

Profa.Dra. Adriana Esther SUAREZ (Universidad Nacional de Cuyo - Argentina)

Profa.Dr. Edson Santos SIlva (Universidade Estadual do Centro Oeste - Brasil)

Profa.Dr. Orlando Luiz de Araújo (Universidade Federal do Ceará - Brasil)

A literatura é um terreno fértil para tratar das questões mais profundas e caras aos indivíduos. Neste sentido, em termos comparativos, podemos inscrevê-la no campo da arte, da antropologia, da política, da filosofia, da sociologia, da sexualidade, dos estudos de gênero etc. O foco do Simpósio Desejo, Corpo e Sexualidade é o desejo, os costumes, as práticas sexuais e a percepção que se tem do corpo. Sem dúvida, as fontes mais abundantes e informativa para estudar e discutir tais temas é a literatura, embora não seja a única, em suas mais diversificadas formas: romance, teatro, poesia, Os temas também aparecem, ricamente, em inscrições como graffiti, cinema... enfim, cada fonte tem seu próprio escopo base para a abordagem das questões relacionadas ao corpo, ao desejo e à sexualidade. Deste modo, o Simpósio pretende discutir como a literatura e outras artes e saberes representam e discutem acerca de homens e mulheres face aos seus desejos, também como se percebem nos seus corpos e como performatizam suas sexualidades.

13h00 5 - MULHERES DE LETRAS NA HISTÓRIA DA LITERATURA E DA IMPRENSA Simpósio

Profa. Dra. Keyle Sâmara F. Souza(SEDUC- CE)

Profa. Dra. Monaliza Rios Silva(UFPE/UFAP).

A imprensa deu lugar a palavra pública das mulheres nos séculos XIX e XX. Nesse contexto, os periódicos foram mais que suportes textuais, pois influenciaram na escrita e se constituíram em redes de sociabilidades das mulheres de letras. Assim, esse simpósio visa reunir pesquisas sobre as publicações de mulheres tecidas entre a Literatura e a Imprensa.

Palavras-chaves: Mulheres escritoras; Literatura e Imprensa; Redes

17h30 - Inês Pedrosa, Teolinda Gersão Mesa de Abertura - Literatura Portuguesa Feminina Conteporânea Palestra

Mesa de Abertura:

Teolinda Gersão - Escritora Portuguesa
Inês Pedrosa - Escritora Portuguesa

Moderadora:

Annabela Rita (UL-FL-CLEPUL)

08h00 9 - A PERSPECTIVA COMPARATISTA NA LITERATURA DE EXPRESSÃO PORTUGUESA CONTEMPORÂNEA Simpósio

Profa. Dra. Mônica Maria Feitosa Braga Gentil (UESPI)

Profa. Dra. Maria Luísa de Castro Soares (UTAD-PT/CEL-UC

Encontros, reescrituras, traduções, paródias, convergências e contingências traçaram inéditos percursos transoceânicos pela literatura e pela arte contemporânea luso-afro-brasileira. Como se sabe, no século XX, assim como na primeira parte do XXI, o conceito de experiência tem sido retomado e revisitado, abrindo-se para novas leituras. Nessa perspectiva, no âmbito de uma tradição plurissecular de trocas culturais e fluxos literários entre Portugal, Brasil e África, o simpósio quer se abrir a reflexões sobre a elaboração de textualidades novas, derivadas do encontro (mais ou menos direto) e da amálgama fruto das intersecções entre culturas.Visa-se a agregar estudos teóricos e analíticos sobre narrativas da contemporaneidade, desenhando um amplo espectro de diversidade e de multiplicidade de obras, tendências e abordagens, além de se receber trabalhos para comunicação que tratem de temas e estratégias recorrentes nas obras literárias produzidas em Portugal e/ou países de língua oficial portuguesa da contemporaneidade, quer sejam: a releitura da tradição, a consciência crítica sobre o estatuto do fazer artístico, a hibridização entre os gêneros tradicionais, o lugar ocupado pelo artista e a hermenêutica de obras lusófonas atuais. Leyla Perrone-Moisés observa que a literatura contemporânea é um olhar para o passado que se configura como -citação, reescritura, fragmentação, colagem, metaliteratura (PERRONE-MOISÉS, 2016, p. 149), não podendo, nesta perspectiva, ser concebida como de vanguarda, mas sim ao modo de narrativa tardia. Para a autora, a partir da espectrologia de Derrida, a contemporaneidade é explicada pelos fantasmas do passado, enterrados cedo demais. Neste sentido, no Simpósio A perspectiva comparatista na literatura de portuguesa contemporânea serão aceites trabalhos que visem a discussão e atualização de temas nas obras do período delimitado, sob os pontos de vista da intertextualidade, do cânone, da experimentação e do comparatismo, de onde possam advir contribuições que fomentem a discussão a partir dos múltiplos olhares dos pesquisadores envolvidos, além de agregar e entrecruzar experiências brasileiras e estrangeiras em que pese a possibilidade de divulgar os estudos culturais e literários no âmbito dos Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

Palavras – chave: Literatura Contemporânea, Literaturas de Língua Portuguesa, Literatura Comparada.

08h00 11- O LUGAR DO CORPO FEMININO NOS ESPAÇOS DE (RE)AÇÃO Simpósio

Profa. Dra. Elisabete da Silva Barbosa (UNEB)

Profa. Dra. Silvana Pantoja (UESPI/UEMA)

Este simpósio propõe refletir sobre as relações de gênero, a partir do corpo feminino e o modo como se comporta nos espaços de atuação. O espaço social é o lugar do corpo. Nele, homens e mulheres acumulam experiências, mas também agem uns sobre outros. No entanto, o corpo tem suas formas próprias de (re)ação, “possui, também ele, lugares sem lugar e lugares mais profundos, ainda mais obstinados que a alma, que o túmulo, que o encantamento dos mágicos. Possui, também ele, suas caves e seus celeiros [...]” (FOUCAULT, 2013, p. 10). Nessa perspectiva, questionamos acerca das diversas possibilidades do corpo feminino que, por vezes, parece se manifestar apenas como miragem e, ainda assim, de forma dilacerada e, por outras, desponta e ganha relevo ao desviar-se das normas impostas a ele socialmente. Questionamos, ainda, em que medida podemos pensar no corpo-território como o lugar onde se exerce o poder e, ao mesmo tempo, como o lugar da resistência, tal como proposto por pesquisadoras feministas e ecofeministas, especialmente aquelas que pensam o corpo-território como uma “epistemologia latino-americana [...] com ênfase na escala mais micro, mais íntima, que é o corpo” (CRUZ HERNANDEZ, 2016). Ante o exposto, o Simpósio em questão é um convite ao diálogo sobre como o corpo feminino se desloca nos espaços sociais; quais formas de reações (ou não) são perceptíveis nesses deslocamentos, além de outras questões possíveis de serem tratadas nessa vertente

10h00 10 - NARRATIVAS DE MULHERES: ESPACIALIDADES E RECONSTRUÇÕES IDENTITÁRIAS DESCOLONIAIS Seminário

Dra. Alice Botelho Peixoto (PUC Minas)

Profa. Dra. Helen Leonarda Abrantes (PUC Minas)

Profa. Dra. Karina de Almeida Calado (SEE-PE)

Este simpósio pretende acolher trabalhos que analisem produções literárias de autoria feminina, especialmente marcadas pelas narrativas de deslocamento, trânsito, diáspora, visando à construção do debate sobre a participação da mulher no processo de reconfiguração da memória, da identidade e da subjetividade, na literatura. As narrativas ficcionais escritas por mulheres enfocam sua condição feminina de forma contundente. É inconteste que a condição de gênero coloca a mulher em um lugar diferenciado. Assim, mães, filhas, irmãs, esposas, não são apenas mulheres, pois a sua função social configura a sua identidade. Ao sedimentar o estatuto de uma masculinidade hegemônica nas narrativas nacionais, a estrutura patriarcal contribuiu substancialmente para a construção identitária oficial. Esse poderio ainda tem efeito nos textos pós-coloniais. Conforme reflexões de Inocência Mata (2018), nem sempre as obras literárias da pós-colonialidade desconstroem o discurso sobre a mulher-mãe-filha-irmã-companheira. O deslocamento físico acrescenta conflitos identitários e sociais, a partir do confronto de uma nova situação que impõe a reconfiguração da identidade dessas mulheres. Édouard Glissant propõe, em sua poética da Relação (2011), que os deslocamentos e trânsitos, no quadro do movimento pós-colonial, se opõem à totalidade estática do universalismo excludente da colonização. A poética de Glissant é a própria opção descolonial, como sugerida por Walter Mignolo (2008), que implica também um fazer descolonial, no qual categorias de pensamento são confrontadas. Trata-se, portanto, neste simpósio, de discutirmos narrativas em que o feminino se impõe como uma categoria de pensamento que confronta a ordem social de hegemonia masculina, e que atua na reconfiguração de identidades e de memórias. Os espaços encenados nas narrativas literárias questionam a estática política colonial, quando as personagens se deparam com a dinâmica configuração do pós-colonial. A reflexão acentua que a estreita relação do indivíduo com o espaço participa da constituição de sua identidade, memória e subjetividade.

Palavras-chave: Autoria feminina. Trânsitos literários. Deslocamentos. Identidade.

13h00 8 - MULHERES AUTORAS: LITERATURA E RELEITURAS DISRUPTIVAS DO PASSADO Simpósio

Profa. Dra. Natália Gonçalves de Souza Santos (UESPI)

Profa. Dra. Letticia Batista Rodrigues Leite-UFPI

Este simpósio quer acolher exposições acerca de obras literárias, escritas por mulheres de nacionalidades diversas, que dialogam, por vezes de forma bastante tensa, com a tradição literária e/ou com narrativas hegemônicas acerca do passado, na medida em que buscam questioná-las ou ressignificá-las. Na esteira das reflexões de Hayden White (1994), pode-se dizer que o discurso histórico, assim como o literário, tem o seu ‘enredo’ urdido de diferentes formas, a depender do ponto de vista e das estratégias narrativas mobilizadas. Por isso, mesmo a suposta concretude dos fatos tomados como históricos torna-se passível de relativização, uma vez que não há fatos ou verdades em si, mas, um conjunto de rastros do passado que por vezes são urdidos em textos. Nas últimas décadas, nota-se uma proeminência de obras que se voltam para determinados períodos históricos e/ou para obras fundantes da tradição literária ocidental a fim de problematizar justamente as noções de verdade, de valor que assomam destes artefatos e que ainda podem alcançar as concepções contemporâneas. Esse é o caso de muitos escritos de Margaret Atwood, autora canadense que em seu romance Vulgo Grace (1996) revisita a Era vitoriana, a fim de resgatar a controversa história de uma suposta assassina, permitindo, assim, que a própria protagonista, que é socialmente subalternizada, defenda-se. Da mesma autora, outro exemplo notável é o romance A Odisseia de Penélope (2005), que recupera os longínquos tempos do passado postos em cena pela Odisseia, criando uma narrativa enunciada por e na perspectiva de Penélope, mas não só, já que a autora dá também voz às escravas do palácio de Ítaca. Já no cenário literário brasileiro, pode-se aludir, entre outros, a Um defeito de cor (2006), de Ana Maria Gonçalves, que traça, em primeira pessoa, o percurso de Kehinde, desde o momento em que ela é escravizada até seu retorno ao continente africano, na condição de mulher livre, mas sem o filho, vendido como escravo. Essa é apenas uma amostra de produções que, sob o signo de paródia, de metaficção historiográfica, de novo romance histórico, ou qualquer outra nomenclatura proposta pelos estudos críticos contemporâneos, têm atuado como possibilidade de retomada disruptiva frente às narrativas hegemônicas sobre o passado, que têm como uma de suas principais características a minoração ou até mesmo exclusão das vozes de mulheres marginalizadas como Grace, Kehinde e tantas outras as quais gostaríamos de ouvir e fazer ecoar neste simpósio.

13h00 12 - LITERATURAS AFRICANAS E AFRO-BRASILEIRA EM CENÁRIO DE ENSINO REMOTO Simpósio

Profª Drª Rosilda Alves Bezerra (UEPB)

Profª Drª Tânia Lima (UFRN)

Profª Drª Maria Anória J. Oliveira (UNEB)

Passados dezessete anos da sanção da Lei 10.639/03, através da qual se alterou a LDB 9.394/96, ao tornar obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas públicas e particulares, ainda enfrentamos uma série de desafios para fazer valer esse marco histórico em nosso país. No cenário de aulas remotas realizadas no contexto da pandemia, as atividades de ensino mediadas pela tecnologia se orientam pelos princípios da educação presencial. Na impossibilidade de realizar os encontros presenciais entre professores e alunos, devido às medidas de isolamento social, o ensino remoto surge como alternativa para reduzir os impactos negativos no processo de aprendizagem. O presente simpósio busca, portanto, problematizar produções atuais de autoras/es africanas e afro-brasileiras/os, como uma resposta imediata ao momento atual, enquanto a internet ainda é um desafio frente à falta de acessibilidade das comunidades marginalizadas economicamente. Pretendemos, a partir dos resultados das pesquisas em andamento e/ou consolidadas, refletir sobre as respectivas produções, os caminhos teóricos, metodológicos e demais questões atinentes a tais literaturas, com vistas a contribuir para a formação docente e discente na educação básica e no ensino superior.

Palavras-chave: Literaturas Africanas. Literaturas Afro-Brasileira. Ensino Remoto. Diversidade. Lei. 10.639/03

15h00 6 - LITERATURAS AFRICANAS DE AUTORIA FEMININA: ATIVISMO POLÍTICO E FEMINISMO LITERÁRIO Simpósio

Prof.Dr.Sávio Roberto Fonseca de Freitas (UFPB)

Profa.Dra. Vanessa Riambau (UFPB)

Este simpósio acolhe análises críticas de produções literárias que deem visibilidade às vozes femininas que compõem a roda de intelectuais e feministas contemporâneas em países africanos. A produção literária de escritoras como:Chimamanda Adichie(Buchi Emecheta (Nigéria), Fatu Diome (Senegal), Hirondina Joshua (Moçambique), Rinkel(Moçambique),SóniaSultuane(Moçambique),Paulina Chiziane(Moçambique), Ken Bugul (Senegal), Nawal El Saadawi(Egito), Fatema Mernissi (Marrocos), Ama Ata Aidoo(Gana), Odete Semedo (Guiné Bissau), Conceição Lima (São Tomé e Príncipe), Yvonne Vera(Zimbabwe), Warson Shire(Quênia), Léonora Miano (Camarões), e crítica feminista africana feita por Theo Sowa (Gana), Osai Ojibo (Nigéria), Luimah Gbwee (Libéria), Minna Salammi (Nigéria), Amina Doherty (Nigéria), Nana Sekyiannah (Gana), Amina Mama (Nigéria), Yewande Omotoso (Nigéria), Parity Kagwiria (Quênia), Yaba Badoe (Gana), Aisha Ibrahim Fofana (Serra Leoa) , entre outras, mostram uma cumplicidade feminina que se constrói para discutir temas que corroboram com a territorialização da autoria feminina em um campo minado por ideologias machistas e patriarcais em países africanos que obnubilam temas como: abordo, abuso sexual, tráfico de mulheres, tráfico de drogas, pedofilia, prostituição, lesbianismo, maternidade, casamento, guerra civil, colonialismo, pós-colonialismo, descolonização, identidade cultural, religiosidade, direitos humanos, ativismo político, feminismo africano. Desta forma, nosso simpósio pretende desenvolver uma discussão que viabiliza o ponto vista feminista africano como categoria problematizadora das questões de raça, classe e gênero em textos críticos e literários elaborados por mulheres africanas.

Palavras-chave: Literatura Contemporânea; Autoria Feminina; Países Africanos.

15h00 ESCRITORAS QUE FICCIONALIZAM O PASSADO Mesa-redonda

Profa.Dra.Karine Rocha-UFE

Profa.Dra.Susana Cella- UBA

MEDIADORA

Profa.Dra.Maria Suely de Oliveira Lopes

15h00 DIVERSIDADE E IDENTIDADES NA LITERATURA INFANTIL E JUVENIL Mesa-redonda

Profa. Eliane Santana Dias Debus (UFSC)

Profa. Dra. Eliane Aparecida Galvão Ribeiro Ferreira (UNESP)

MEDIADOR

Prof. Dr. Diógenes Buenos Aires de Carvalho (UESPI)

15h00 ESCRITORAS PORTUGUESAS: DO SÉCULO XIX A CONTEMPORANEIDADE Mesa-redonda

Profa.Dra.Maria Araújo da Silva (Sorbonne Université)

Prof.Dr. Fabio Mario da Silva (UNIFESSPA/UL-FL-CLEPUL)

MEDIADORA

Profa. Dra. Iara Barroca (UFV)

15h00 - Cidinha da Silva, Cristiane Sobral CONVERSANDO COM AS ESCRITORAS Mesa-redonda

Ana Mafalda Leite- ( Escritora- Luso Mocambicana/CESA/CLEPUL-UL)
Hirondina Joshua - (Escritora Moçambicana -Associação dos
Escritores Moçambicanos)

MEDIADORA
Profa.Dra.Algemira de Macedo Mendes(UESPI/UEMA)

16h00 CENTENÁRIO DE CLARICE LISPECTOR Mesa-redonda

Profa. Dra.Fàtima Costa (UFPE)

Profa. Dra.Mona Lisa (USP)

MEDIADORA

Profa. Dra.Mônica Gentil/UESPI

16h00 DIÁLOGOS ENTRE AS LITERATURAS DE AUTORIA FEMININA E OS FEMINISMOS CONTEMPORÂNEOS Mesa-redonda

Profa. Dra.Norma Diana Hamilton (UNB)

Profa. Dra.Pollianna de Fátima Santos Freire (GELBC/UNB)

MEDIADOR

Prof. Dr.Douglas De Sousa(UEMA)

16h00 MULHERES E HISTORIA DA LITERATURA Mesa-redonda

Profa. Dra. Maria Eunice Moreira(PUCRS)

Profa. Dra. Isabel Lousada (Universidade Nova de Lisboa)

Mediador - Dr. Daniel Castello Branco Ciarlini

17h00 IMPRENSA NO SÉCULO XIX: ESCRITORAS E LEITORAS. Mesa-redonda

Cecil Jeanine Albert Zinani(UCS)

Dra. Alexandra Pinheiro (UFGD)

MEDIADORA

Profa. Dra.Algemira de Macêdo Mendes/UESPI/UEMA

17h00 PENSAR A CAROLINA MARIA DE JESUS Mesa-redonda

Profa. Dra.Rita Ciotta Neves (UL-PT)

Profa. Dra.Susana de Castro (UFRJ)

MEDIADORA

Profa. Dra.Raffaella Fernandez (UFRJ)

18h00 INSUBMISSAS VOZES D’ÁFRICAS E DA NEGRA DIÁSPORA Mesa-redonda

Profa.Dra. Rosilda Alves Bezerra (UEPB/PPGLI)

Profa. Dra. Maria Anória J. Oliveira (UNEB/Pós-Crítica)

Mediadora:

Profa. Dra. Tania Lima (UFRN/PPGEL)

08h00 13 - QUESTÕES DE GÊNERO NA LITERATURA, ARTES E OUTROS CAMPOS DO SABER Simpósio

Prof. Dr.Douglas De Sousa (UEMA)

Profa. Dra.Ludmila Portela Gondim Braga (UnB/ UFMA – Colun)

Uns dos aspectos mais positivos no cenário das literaturas e das artes dos séculos XX -XXI, no contexto de uma pós-modernidade, é a abertura e o estabelecimento de diálogos, seja pela forma mais direta por meio da troca de informações sobre um determinado autor/a e/ou obra, seja pelos laços estreitos que a intertextualidade possibilita. O campo dos estudos de gênero e das identidades oferece amplos recursos de leituras do texto literário, bem como das múltiplas linguagens artísticas (cinema, pintura, escultura, histórias em quadrinhos, canção, música etc.). Contextos culturais se manifestam artisticamente de diferentes modos e suportes semióticos. Nessa perspectiva, procuramos entender neste simpósio temático como as questões de gênero e suas teorias dialogam com a literatura e/ou com outros sistemas semióticos e campos do saber, seja na ótica que amplia e aprofunda os estudos de literatura comparada em diálogo com diversas obras literárias, seja na via da experiência de leitura literária pelo olhar de outras artes e que envolva questões relacionadas com a temática de gênero. São também bem vindos trabalhos que tratem das questões de gênero relacionadas ao âmbito da literatura oral, da expressão da arte literária por meio de outras artes ou nas homologias possíveis entre elas, da relação literatura, gênero e outras áreas do conhecimento como: a história, psicanálise, sociologia, estética, teorias do discurso, filosofia etc. Desde que a análise seja sempre perpassada por um objeto literário ou artístico.

Palavras – Chave: gênero, literatura, interartes, áreas do conhecimento.

10h00 15 - LITERATURA, HISTÓRIA E GÊNERO Simpósio

Prof.Dr. Sebastião Alves Teixeira Lopes (UFPI)

Profa. Dra. Inara de Oliveira Rodrigues (UESC)

Observar a relação entre Literatura e História por uma perspectiva dos estudos de gênero pressupõe uma empreitada multifacetada. Trata-se de um diálogo antigo, entre discursos di/convergentes e fronteiriços, nos quais a autoria feminina se faz presente apenas tardiamente. Esse Simpósio pretende-se, portanto, um espaço de reflexão acadêmica no campo da Teoria e Crítica Literária para debater como relações de gênero se fazem presentes em textos literários que de alguma forma lidem com o historiográfico. Assim sendo, esperamos a inscrição de ensaios que reflitam teoricamente sobre as diversas abordagens dos traços históricos em textos literários, tais como, por exemplo, o Novo Historicismo, o Romance Histórico ou as Metaficções Historiográficas. Encorajamos também a inscrição de ensaios críticos que observem sob a ótica dos estudos de gênero a representação do discurso historiográfico, com suas ideologias e formas de controle social. A inscrição de trabalhos que discutam a inclusão de personagens históricas em tramas literárias, de forma jogar novos olhares sobre relações de gênero e dominações patriarcais do passado é também encorajada. Gostaríamos também de contar com a participação de ensaios que examinem as relações de gênero em textos literários que transitem pelas grandes narrativas históricas do Ocidente, tais como a colonização e o tráfico negreiro, levando uma melhor compreensão da constituição política e cultural dos nacionalismos contemporâneos. Também julgamos importante a participação de ensaios que observem em tramas literárias formas de enfrentamento e subversão de tradições culturais e relações patriarcais históricas, que colocam o feminino em posição de subalternidade, lançando luz sobre novos espaços de empoderamento, fazendo com que sujeitos subalternizados no que diz respeito às relações de gênero possam falar e, minimamente, fazer valer seus direitos sociais. Enfim, com o intuito de tornar o debate o mais diversificado possível, encorajamos a inscrição de ensaios que abordem a relação entre Literatura e História em sua interlocução com os estudos de gênero pelas mais diversas perspectivas teórica e críticas.

Palavras-chave: Literatura. História. Gênero.

12h00 14 - COMUNICAÇÕES LIVRES Seminário

Profa. Dra. Jurema da Silva Araújo-(UERN)

Profa.Dra. Solange Moraes-(UEMA)

Profa Dra . Ana Patrícia F. Silveira (IFSPE)

Prof. Dr. Rubenil da Silva Oliveira - (UEMA/UFMA)

Considerando a relevância e abrangência temática quantos as questões de gênero que o V cilg aborda, este simpósio tem como objetivo acolher comunicações versam sobre os eixos temáticos do evento e que não se enquadram nas propostas de simpósios aprovados .

No horário de 13:00 até as 15:00 serão 3 salas, pois uma é para o sarau

13h00 14 - COMUNICAÇÕES LIVRES Seminário

Profa. Dra. Jurema da Silva Araújo-(UERN)

Profa.Dra. Solange Moraes-(UEMA)

Profa Dra . Ana Patrícia F. Silveira (IFSPE)

Prof. Dr. Rubenil da Silva Oliveira - (UEMA/UFMA)

Considerando a relevância e abrangência temática quantos as questões de gênero que o V cilg aborda, este simpósio tem como objetivo acolher comunicações versam sobre os eixos temáticos do evento e que não se enquadram nas propostas de simpósios aprovados .

No horário de 13:00 até as 15:00 serão 3 salas, pois uma é para o sarau

13h00 Live poética e conversa com autor(as,es) / Sarau / Lançamento de Livros Eixo Temático

Live poética – Recital - Musicista Socorro Lira.

Leitura de poemas – Profa. Dra. Eliane Debus

16h00 - Ana Mafalda Leite, Paulina Chiziane Mesa de encerramento - A Ficção Moçambicana de Autoria Feminina Contemporânea Encerramento

Paulina Chiziane - Escritora Moçambicana

MEDIADOR

Prof.Dr. Sàvio Freitas (UFPB)

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Realização

Apoio

Organizador

NELIPI / UESPI / Mestrado

O V ICILG é uma realização do Mestrado Acadêmico de Letras, NELIPI.

E-mail para contato : icilg.uespi@gmail.com