Beatriz Bissio é Vice-diretora do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professora Associada do Departamento de Ciência Política e do Programa de Pós-Graduação em História Comparada da mesma universidade.
Doutora em História (Universidade Federal Fluminense / UFF). Sua tese de doutorado sobre a civilização árabe-islâmica clássica foi publicada pela Editora Civilização Brasileira com o título "O mundo falava árabe". O livro também foi lançado em versão digital (e-book). Uruguaia, brasileira nacionalizada, Beatriz Bissio trabalhou como correspondente internacional de vários meios de comunicação latino-americanos e foi uma das fundadoras e posteriormente editora e diretora das revistas Cadernos do Terceiro Mundo (1974-2006) e Ecologia e Desenvolvimento (1991-2006).
Durante três décadas cobriu acontecimentos na América Latina, África e Ásia - em especial no Oriente Médio e na África (guerra de libertação e independência de Angola e Moçambique; luta contra o apartheid na África do Sul, questão palestina-israelense, guerra no Líbano, crise na Somália, no Iraque, conferências do Movimento dos Não Alinhados (Cuba, 1979) e da ONU (Beijing, 1995), etc. Entrevistou personalidades como Fidel Castro, Omar Torrijos, Velasco Alvarado, Nelson Mandela, Agostinho Neto, Samora Machel, Joaquim Chissano, Julius Nyerere, Robert Mugabe, Yasser Arafat, Muamar Khadafi, Saddam Hussein, Ben Bella, Xanana Gusmão, José Ramos Horta, Eduardo Galeano, Rigoberta Menchú, Mercedes Sosa, etc.
Publicou centenas de artigos em diversos jornais e revistas da América Latina, Europa, EUA e África, além de colaborar com agências de notícias internacionais e emissoras de rádio e TV latino-americanas. Uruguaia, naturalizada brasileira, viveu na Argentina, Peru, México e Portugal. Recebeu vários prêmios, entre os quais o da Fundação Vladimir Herzog e o "Golfinho de Ouro" de jornalismo (2000), a "Medalha da Vitória", concedida pelo então Ministro da Defesa, Celso Amorim, em 2013 e a Medalha Abreu e Lima, da Casa da América Latina e do Instituto José Martí, em 2015. Em 2011 ingressou na vida acadêmica, na UFRJ, através de concurso público, onde atua até o presente.