Este evento tem como objetivo trazer uma perspectiva histórica, antropológica e psicológica para a compreensão do contexto de violência, segregação e colonização pelo qual passou e passa a Palestina como sociedade e território sob ocupação e controle militar de Israel. Considerando o nível de violência dos eventos que aconteceram recentemente em Gaza e na Cisjordânia, torna-se importante e urgente discutir os contextos, discursos e efeitos mobilizadores da questão palestina e da ocupação e controle israelense nos Territórios Palestinos Ocupados desde 1967. O genocídio contra Gaza iniciado em 2023 já promoveu o deslocamento forçado de cerca de 2 milhões de habitantes do território, e a morte de mais de 40 mil pessoas, sendo 70% delas mulheres e crianças. A centralidade da Questão Palestina e da Guerra em Gaza para uma reflexão antropológica/psicológica comprometida com os Direitos Humanos e os direitos de povos originários por autonomia e soberania em seus territórios, em oposição a projetos coloniais e/ou nacionais que visam sua despossessão, confinamento, segregação e submissão, foi reconhecida em notas contundentes feitas pela American Anthropological Association (AAA), pela European Association of Social Anthropologists e mais recentemente na 34ª Reunião Brasileira de Antropologia.