VIII Encontro de Pesquisa em História

Tempos Sombrios

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De 13 a 17 de maio Todos os dias das 00h00 às 23h59

Sobre o Evento

"Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista pela janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicidas,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente."

(Carlos Drummond de Andrade)

Vivemos em tempos sombrios? É com esse questionamento que o oitavo Ephis lança sua proposta de evento, a ser realizado entre os dias 13 a 17 de maio de 2019. Salientamos que nosso encontro, ora encabeçado pela atual comissão organizadora, é o resultado do esforço coletivo das comissões anteriores e fruto do sucesso das edições passadas. No ano de 2018, por exemplo, fomos convidados a estabelecer diálogos necessários e interlocuções que dessem conta de elaborar algum tipo de leitura do nosso tempo. Para o ano que se aproxima, a conjuntura nacional nos demanda a urgência de um evento que denuncie e, ao mesmo tempo, apresente enfrentamentos às situações do nosso presente.

Preocupam-nos os impactos ensejados pelas medidas neoliberais do governo de Michel Temer e suas consequências na relação do fazer da história, que se constitui entre o estudo, a pesquisa e o ensino, bem como a manutenção das instituições públicas ou privadas voltadas para a educação e guarda patrimonial, bibliográfica e documental, como as universidades, os museus, os arquivos, as bibliotecas, os centros de memória.

Por tempos sombrios entendemos, no entanto, mais do que apenas um neoliberalismo tacanho. Sentimos o bafejar de um neofascismo despudorado para com a nossa área e demais campos de produção científica, que mostra confortavelmente seus dentes e ameaça extinguir o diálogo e o projeto democrático. Viveremos submetidos às consequências de um esforço sistemático de realização de uma “histórica única”? Com a negação de uma ética orientada para a liberdade, tem se buscado em discursos e práticas na esfera pública e privada a concretização de definições rígidas que aniquilam as diferenças e a pluralidade. Dessa forma, o estudar, ensinar e pesquisar, como facetas que constituem o âmago do nosso existir no mundo, encontram-se em xeque no contexto contemporâneo e sofrem diferentes desafios de ordens distintas e que nos afetam como coletividade:

Estudar: a não garantia do ensino de História (Lei 13.415/17); descrédito das cotas raciais e socio-econômicas, estudantes endividadados por conta do FIES; fim do PROUNI; criminalização dos estudos de gênero; cerceamento aos estudos políticos; genocídio da juventude negra; evasão e expulsão das pessoas LGBT das escolas, que, na forma como existem hoje, são um ambiente hostil; cerceamento e vigilância do uniforme de alunas sob o argumento de pudor, que na verdade, expõe a misoginia e a identificação do corpo infantil à sexualização precoce.

Pesquisar: cortes, atrasos e falta de reajuste nas bolsas de iniciação científica, extensão, mestrado e doutorado, tanto em nível federal quanto em nível estadual; precariedade das instituições de guarda documental; descaso com a saúde mental de graduandos e pós-graduandos, dentro de uma lógica quantitativa e não qualitativa da produção do conhecimento, e levando a índices alarmantes de sofrimento psíquico e suicídios.

Ensinar: Escola sem Partido e seu incentivo à busca por uma suposta neutralidade há muito superada pela produção de conhecimento científico; ameaça à manutenção da Lei 10.639/03, e ao ensino da história e cultura afro-brasileira e africana; precarização e desvalorização dos professores; repressão policial em atos que reivindicam melhores condições de trabalho e reajustes; parcelamento dos salários; esvaziamento da profissão pelo notório saber previsto na Base Nacional Curricular Comum. Nos vemos obrigadas a aceitar pagamentos via microempresas que se valem das novas leis trabalhistas. Que descarta os profissionais altamente especializados se servindo do desespero dos mais jovens, que vai ao encontro do projeto de terceirização do trabalho.

Como pretendemos responder a tudo isso? Em 2019, o evento se mantém como um espaço de construção coletiva onde se exprime a luta pela construção plural e pela democratização do conhecimento histórico, bem como a fundamental defesa e manutenção da Universidade Pública, gratuita e de qualidade. Organizado desde sua primeira edição por e para estudantes, o VIII EPHIS assume o compromisso ainda maior de promover o diálogo, não só com a construção do fazer histórico acadêmico, mas de abertura para com o fazer da história do ensino de história, entre jovens pesquisadores, professores da rede pública e particular, bem como mobilizando todos os profissionais envolvidos com a produção, difusão e construção do conhecimento histórico na contemporaneidade.

Este é o nosso manifesto: que nosso evento nos encoraje, nos organize e construa resistência!

Palestrantes

  • Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes
  • Fernando de Araújo Penna
  • Flávia Maia C. Rodrigues
  • Wilson Mesquita de Almeida
  • Ana Flávia Magalhães
  • Bruno Leal
  • Miriam Hermeto
  • Ana Maria Veiga
  • Gersem Baniwa
  • Icles Rodrigues
  • Amarílis Busch
  • Eugênia Augusta Gonzaga Fávero
  • João Batista Teófilo Silva

Programação

19h00 - Virginia Maria Gomes de Mattos Fontes História em Tempos Sombrios: A democracia entre o neoliberalismo e o conservadorismo Mesa-redonda
Local: a definir

Essa mesa pretende problematizar aspectos e estratégias do neoliberalismo em seu projeto hegemônico de reformas sócio-político, econômico, jurídico e educacional. Discutiremos a série de parâmetros utilizados para a imposição de diagnósticos acerca dessas esferas e a construção de novos significados sociais para legitimar suas práticas, como as únicas que podem - e devem -, ser aplicadas no atual momento histórico. Tal objetivo deve-se ao fato de estarmos expostos à uma lógica conservadora e mercadológica que empurra a contemporaneidade para "tempos sombrios". À vista disso, observa-se a consolidação de uma concepção minimalista da democracia, restringindo seu espaço, sua arena política, participantes, processos e agenda. O que também nos impacta diretamente, como alunos, pesquisadores e professores nesse contexto de ataques conservadores e neoliberais à educação. (OBS. sugestões para tentar resumir e colocar a gente no jogo do debate)

19h00 - Fernando de Araújo Penna, Flávia Maia C. Rodrigues, Wilson Mesquita de Almeida A crise da Educação como projeto Mesa-redonda
Local: a definir

Nos últimos anos o projeto “Escola sem Partido” ganhou grande impulso e trouxe angústias, dúvidas e medos para os docentes brasileiros. Além disso, assistimos à ascensão de grandes conglomerados privados, que estão assumindo a educação em todos os níveis. Diante desses pontos a presente mesa visará discutir e pensar quais são os interesses em aprovar o famigerado projeto e qual o papel que empresas privadas têm nas atuais reformulações educacionais que o país vem passando.

19h00 - Ana Flávia Magalhães, Ana Maria Veiga, Gersem Baniwa Insubmissos enfrentando a historiografia: estudos africanos, indígenas e de sexualidade Mesa-redonda
Local: a definir

A mesa versará sobre os temas historiográficos que despontam no sentido de procurar novas abordagens de pesquisa. Especialmente, busca apresentar sujeitos históricos e temas que foram invisibilizados ao longo da historiografia clássica e que, agora, um movimento educacional de ideias conservadores tenta novamente silenciá-los . Consideramos para esta discussão que as construções de narrativas que deslocam os aspectos hegemônicos são as que oferecem meios para nos emanciparmos de colonialismos e propiciarmos a confecção de histórias, passados diversos e intersecções necessárias

19h00 - Bruno Leal, Icles Rodrigues, Miriam Hermeto Na rua, na internet e na luta: os rumos da história no espaço público Mesa-redonda
Local: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
19h00 - Amarílis Busch, Eugênia Augusta Gonzaga Fávero, João Batista Teófilo Silva 40 anos de Anistia: e agora, Esperança Equilibrista? Mesa-redonda
Local: a definir

A mesa de encerramento do VIII EPHIS se propõe como uma provocação aos rumos da democracia no Brasil desde a abertura política da Ditadura, partindo da Lei de Anistia que completa 40 anos em 2019. Buscamos expor um debate em função das permanências e das singularidades que possam se relacionar com tal marco. A corda do tempo em que o Brasil de 1979 se equilibrava é capaz de suportar os balanços do presente?

07h00 ST 01 - História Intelectual em debate: práticas,problemas e perspectivas Simpósio Temático
ST 01 -  História Intelectual em debate: práticas,problemas e perspectivas
Local: Em breve

Coordenadores:
Cairo de Souza Barbosa
http://lattes.cnpq.br/4802533280401338
Daniel Pinha Silva
http://lattes.cnpq.br/8740068953346337
Gabriel Felipe Oliveira de Mello
http://lattes.cnpq.br/4304028248000706
Renan Siqueira Moraes
http://lattes.cnpq.br/7914478898707494

Desde o último quarto do século XX, a história intelectual emerge como campo disciplinar de pesquisa na tentativa de solucionar alguns dilemas que envolviam a tradicional história das ideias, a história dos intelectuais e a sociologia do conhecimento. Trata-se de um termo polissêmico e polifônico que se apropria das diversas contribuições das Humanidades e atua nas regiões fronteiriças da historiografia. Neste sentido, procura entender os artefatos intelectuais produzidos no mundo social, atentando-se para a vastidão de experiências humanas no tempo e no espaço. Para tanto, vale-se de diversas abordagens complementares, tais como história das linguagens e do pensamento político e social, história da historiografia, história dos conceitos, biografia intelectual, história da circulação, apropriação e recepção de ideias, dentre outras. Na busca por consolidar-se na tradição historiográfica brasileira, a história intelectual é construída a partir de um movimento de renovação epistemológica, apostando sobretudo em dilemas urgentes e emergentes que se relacionam com temáticas do chamado tempo presente, sobretudo as relações entre tempo e espaço; entre a multiplicidade de estratos temporais e as distintas regiões e/ou grupos políticos/sociais específicos às quais se relaciona; sobre os processos de modernização social, especialmente entre os séculos XIX e XX; entre práticas e representações culturais/sociais/políticas, que constroem vocabulários específicos na atribuição de sentidos ao mundo sensível; entre a figura sociocultural do intelectual e sua participação na cena pública, especialmente no cenário brasileiro e latino-americano; entre a formação de redes nacionais, internacionais e transnacionais, a partir das quais se criam laços que permitem a circulação de ideias em diversos contextos; entre os meios e mediações que conformam e dão vida aos discursos intelectuais ao longo do tempo. A presente proposta, assim, tenta construir respostas aos desafios contemporâneos colocados à historiografia e à figura do historiador em um mundo em constante destruição, dissolução, reconstrução e construção como o do século XXI.

07h00 ST 03 - História da África e seu ensino no Brasil Simpósio Temático
ST 03 - História da África e seu ensino no Brasil
Local: Em breve

Coordenadores:
Clara Abrahão Leonardo Pereira
http://lattes.cnpq.br/0558051337976232
Flávia Gomes Chagas
http://lattes.cnpq.br/5483438479710283
Guilherme Farrer
http://lattes.cnpq.br/4437153724630393

Este simpósio tem como proposta a continuidade do diálogo entre pesquisadores dedicados ao estudo da História da África e/ou seu ensino no Brasil, iniciado neste evento em 2013. Procuraremos promover e renovar o intercâmbio de visões e recortes distintos ou complementares de temáticas e metodologias dos estudos africanistas, cujo maior crescimento se deu no país nos últimos anos e que, na Universidade Federal de Minas Gerais, encontram-se num processo de desenvolvimento promissor.

Após mais de uma década da criação da Lei 10.639/2003, que tornou obrigatório o ensino da História da África e dos africanos na educação básica, tempo no qual os esforços de se construir uma narrativa histórica por um prisma africanista e não eurocêntrico se multiplicaram nas universidades, pareceu-nos premente a manutenção de uma mesa de debate acerca do tema no EPHIS. A proposta é garantir e perenizar a existência de espaços de troca e diálogo dedicados ao tema da presença dos africanos na construção da história como atores e autores. Entendemos que o crescimento da importância da área na graduação e pós-graduação em História deve ser parte central da discussão, pois representa dimensão direta da relação entre produção científica e acadêmica e o mundo social.

Por se tratar de um campo em formação, cuja expansão encontra-se vinculada à lenta modificação das instituições de ensino superior e básico de todo o país, este simpósio possui propositalmente ampla receptividade de comunicações. Gostaríamos de mantê-lo como um simpósio temático plural, que inclua trabalhos sobre diferentes recortes cronológicos e geográficos e una esforços de pesquisadores que queiram compreender as culturas africanas em sua historicidade.

Propomos, assim, a reunião de variados marcos cronológicos e objetos de pesquisa desenvolvidos em torno da História da África, bem como de seu ensino. Espera-se que diferentes perspectivas temáticas e teórico-metodológicas possam ser incluídas nas discussões a se desenvolverem. Almejamos, por fim, dar continuidade neste VIII EPHIS a um simpósio cujo foco central é a História africana, estabelecendo-se um espaço importante de abertura dos campos e dos olhares a perspectivas interdisciplinares, promovendo e afirmando a temática na pesquisa em história na UFMG.

07h00 ST 05 - História e linguagens: literatura, biografia e teoria da história em tempos sombrios Simpósio Temático
ST 05 - História e linguagens: literatura, biografia e teoria da história em tempos sombrios
Local: Em Breve

Coordenadores:
Ana Carolina de Azevedo Guedes
http://lattes.cnpq.br/0571977062751085
Edson Silva de Lima
http://lattes.cnpq.br/8450776305584305
Evander Ruthieri da Silva
http://lattes.cnpq.br/1809837136738718
Maycon da Silva Tannis
http://lattes.cnpq.br/7648677368408330

A produção historiográfica recente tem se atentado às linguagens ficcional e biográfica enquanto elementos constitutivos do mundo social e testemunhos marcados pelas confluências entre memória individual e coletiva. O simpósio temático “História e Linguagens”, em sua 4ª edição junto ao EPHIS objetiva fomentar o diálogo e debate entre estudantes e pesquisadores que investigam fontes e problemas relacionados às dimensões da Literatura e da Biografia. Nossa proposta tem como fio condutor a perspectiva de que estes objetos culturais fornecem evidências a respeito das formas de sentir e pensar em determinado contexto histórico e, nos tempos sombrios, marcado pelos dilemas em torno dos gestos testemunhais, interagem com redes complexas marcadas por políticas da memória. Bem como a larga vida teórica desses testemunhos e seus desdobramentos no campo historiográfico: a saber, a literatura e a vida não se deixam dominar e biografar por completo, mas a cada nova tentativa o que temos são novas portas e perguntas a respeito do que foi tomado como mera fonte. O eixo central dialoga com os fundamentos teóricos constitutivos da formatividade literária e, portanto, pretende reunir pesquisas que discutam as confluências e inflexões entre narrativas literárias e discursos históricos, de modo a problematizar dicotomias como ficção e realidade. Esse ST integra pesquisadores que estão entre história, ficção e narrativa em âmbito da Teoria da História; a historicidade inerente dos discursos literários, tomados enquanto fonte histórica; as escritas (auto)biográficas e biográficas enquanto gêneros localizados entre a História e a Ficção; os estudos de trajetórias e itinerários; experiências didáticas envolvendo História e Literatura; as relações com o passado e a escrita da História no nas produções ficcionais; bem como as propostas que tragam um amplo diálogo entre história intelectual e biografia, em relação aos escritos, escritores e biografados, e, em interlocução com a temática central do VIII EPHIS, as relações densas entre linguagem, ficção e memória em tempos sombrios ou de “catástrofes históricas” (genocídios, experiências traumáticas, violências institucionais), onde é imperativo aos sujeitos históricos narrar o inenarrável. Bem como a aflitiva compreensão de produtores de um discurso que atinge, muito facilmente, o nervo da história, e ao mesmo tempo em que pesquisamos figuras de momentos complexos, nos colocamos também como seres que escrevem em tempos sombrios.

07h00 ST 07 - Cidadania, democracia e política na América Latina do século XIX ao XXI Simpósio Temático
ST 07 - Cidadania, democracia e política na América Latina do século XIX ao XXI
Local: Em breve

Coordenadores:
Ana Paula Cecon Calegari
http://lattes.cnpq.br/3091362839440451
Elvis de Almeida Diana
http://lattes.cnpq.br/8440932980939738

O que entendemos por “América Latina”? Como se deu a formação dos Estados nacionais latino-americanos e sua consolidação pós-independências? Quais foram os caminhos percorridos, pelas sociedades latino-americanas, para a construção da cidadania e da democracia? Como estas temáticas podem ser pertinentes nestes tempos sombrios, de retirada de direitos, em que vivemos hoje? Estas e outras várias questões são impossíveis de serem respondidas se não nos colocarmos a observar tais sociedades por meio das lentes da História, lentes estas que nos proporcionam ampliar o olhar e, ao mesmo tempo, reduzir as “escalas” de observação, conforme nos indicou Jacques Revel (1998), em relação a diversas problemáticas e características que permanecem até hoje. Além disso, tais lentes também nos possibilitam enxergar as rupturas, as renovações e atualizações que ressignificaram as relações políticas, sociais, culturais e econômicas dos países latino-americanos e que colaboraram para a formação da cidadania e para a conquista dos direitos na referida região. Tais questões também contribuem para que possamos ficar em alerta em relação às interpretações que possam se mostrar generalizantes e globalizantes demais, as quais conduzem aos riscos de abranger todas as experiências a partir de uma única interpretação e das simples “enumerações” dos casos, sem a preocupação de se realizar uma conexão mais contextual e analítica em relação a cada caso estudado, assim como Maria Ligia Coelho Prado (1987, p. 4) já havia chamado a atenção. Neste sentido, este Simpósio Temático objetiva criar um espaço para o diálogo e o debate sobre pesquisas, em andamento ou já concluídas, que versem sobre as questões já colocadas anteriormente, as quais estão ligadas aos vários projetos intelectuais, políticos, culturais e econômicos de caráter nacional e, também, os que ultrapassaram as fronteiras de cada país; aos movimentos sociais urbanos e rurais; à formação das identidades e subjetividades políticas e culturais antes, durante e após os processos independentistas; às relações entre trabalhadores e os governos ditos populistas; à construção constante da democracia e aos regimes autoritários. Dessa forma, são bem-vindas pesquisas que lidem com os mais variados enfoques teórico-metodológicos, desde que tenham a preocupação com as temáticas, com as problemáticas, e com o recorte espaço-temporal expostos acima, além de outras áreas do conhecimento, visando, assim, um debate interdisciplinar.

07h00 ST 09 - Coagir, consentir, resistir, imaginar: atuação e representação em experiências fascistas, autoritárias e totalitárias Simpósio Temático
ST 09 - Coagir, consentir, resistir, imaginar: atuação e representação em experiências fascistas, autoritárias e totalitárias
Local: Em Breve

Coordenadoras:
Ana Luiza Ianeles dos Santos
http://lattes.cnpq.br/5810802998141673
Karina Fonseca Soares Rezende
http://lattes.cnpq.br/5248817138536676
Maria Visconti
http://lattes.cnpq.br/9020280172249149

Hannah Arendt entende os tempos sombrios não apenas como uma raridade abominável do século XX, mas também como uma perspectiva possível dentro da experiência humana. Se as formas vivenciadas de fascismo e totalitarismo são sinais das sombras das quais falava a filósofa, cabe a nós o exercício de entender essas formas históricas não apenas como um fardo dos nossos tempos, mas como uma possibilidade ainda presente em nossos tempos. Acreditamos que nos tempos sombrios que estão por vir, é mais do que fundamental um espaço de discussão sobre eventos traumáticos do passado – como diria Arendt, um espaço onde a liberdade possa aparecer, para tentar compreender esse mundo onde tais coisas foram possíveis. Assim, quem sabe, poderemos estar mais atentos aos sinais de alerta que já nos rodeiam e apreender, como entende Pierre Rosanvallon, o fazer historiográfico como uma forma de intervenção ativa no presente.

Neste sentido, pensando não só nas rupturas, como também nas continuidades e permanências históricas, este simpósio tem por objetivo aproximar e relacionar pesquisas que tratem das manifestações, práticas, discursos e símbolos da violência e opressão dos séculos XX e XXI.

O simpósio vislumbrará propostas com reflexões teóricas e/ou historiográficas para além de trabalhos em diálogo com outras áreas, tais quais a filosofia e a sociologia. Serão admitidas pesquisas sobre formas de resistência à repressão, bem como reflexões acerca do cerceamento da liberdade e das formas de organização e efetivação do poder. Contemplaremos aqui as mais variadas formas de resistência e de atores políticos dissidentes. Também serão aceitas propostas situadas no outro espectro, de modo a serem bem-vindas pesquisas sobre os perpetradores e os responsáveis pela manutenção da violência. Entendendo a figura do líder como central em regimes autoritários, totalitários e fascistas, estão, portanto, incluídas reflexões sobre "O Grande Irmão" e representações imaginárias e mitológicas em torno do líder e seus discursos. Além disso, buscamos incluir estudos focalizados no “entre extremos” da atuação política: a zona cinzenta, ou seja, os que não são carrascos, tampouco vítimas, abarcando assim uma reflexão mais profunda sobre as noções de consentimento e cumplicidade. Ainda estão incorporadas as produções relacionadas à memória e ao testemunho das vítimas, aqueles que sofreram ou presenciaram a violência.

Encorajamos propostas que englobem a constituição e organização histórica, social e política de regimes fascistas, autoritários e totalitários, bem como as diversas relações de poder constituídas. Para além de trabalhos focados em regimes específicos (como fascismo italiano, o nazismo alemão, o stalinismo soviético, as ditaduras latino-americanas, o franquismo espanhol) buscamos reflexões sobre formas e discursos contemporâneos de ideias e políticas autoritárias ou de caráter fascistas e totalitárias, visando uma aproximação com outros locais e outros períodos da história. Neste sentido, estarão contemplados ainda trabalhos sobre autoritarismo e violência em democracias, tendo em vista que a experiência política muitas vezes admite democraticamente tendências autoritárias. Ainda serão incorporadas pesquisas acerca das experiências traumáticas e suas reverberações no vocábulo e atuação internacional, tal como a elaboração pela ONU da Declaração Internacional dos Direitos Humanos, a noção de crime contra a humanidade e os conceitos de genocídio ou, mais especificamente, de Holocausto ou Shoah. Também serão bem-vindos trabalhos que reflitam sobre representações audiovisuais e narrativas escritas ficcionais, não ficcionais e/ou distópicas de regimes autoritários. Assim, aceitaremos pesquisadores que analisem romances, filmes e formas de representação que foram - ou não – produzidas nesses contextos históricos.

07h00 ST 11 - Diálogos entre a História e a Comunicação Social Simpósio Temático
ST 11 - Diálogos entre a História e a Comunicação Social
Local: Em Breve

Coordenadores:
Gabriela Silva Galvão
http://lattes.cnpq.br/8337487470406759
Marina Helena Meira Carvalho
http://lattes.cnpq.br/6465577669211146
Márcio dos Santos Rodrigues
http://lattes.cnpq.br/5967484351850407

A relação entre as diversas mídias e o conhecimento da História tem conquistado crescente espaço nos trabalhos acadêmicos, principalmente em razão da recente valorização das abordagens interdisciplinares e transdisciplinares. Os meios de comunicação são excelentes lócus para o conhecimento da História não só da mídia, como também, por meio da mídia. Se o primeiro significado aponta para a historicização dos meios, os colocando como objeto de pesquisa e informado sobre determinada cultura material, a segunda abordagem os utiliza como fontes responsáveis por representações de experiências humanas, às quais se ligam com problemáticas contemporâneas ao meio. As mídias também são instrumento de difusão do conhecimento. O presente simpósio visa a reunir trabalhos que utilizem as diversas formas de meios de comunicação, tais como jornais, revistas, fotografias, propagandas, histórias em quadrinhos (HQs), programas de televisão, rádio, cinema, redes sociais, entre outras, como fonte ou objeto de pesquisa, não só no campo histórico, como também das demais áreas. Existe amplo e pouco estudado leque de possibilidades investigativas acerca das mídias. Pensar em uma pesquisa de interface entre História e Comunicação é investigar o contexto semântico de elocução e de produção, a cultura material e simbólica de determinada época, as representações e os discursos construídos, as relações com o poder, dentre muitas outras questões. Analisa-se o que foi produzido, para quem, por quem, de que forma, como, com quais intencionalidades e como se deu a recepção pelo público. Esses elementos também podem ser levados em conta para pensar nas mudanças pelas quais a propagação do saber vem sendo feita nos últimos anos. É notório que os meios de comunicação são usados como forma de divulgação de pesquisas desde pelo menos o final do século XIX, tendo esse fenômeno crescido consideravelmente durante o século XX, sobretudo a partir da popularização de meios como o rádio, as revistas e a televisão. Entretanto, essa ocorrência cresceu exponencialmente nos últimos dez anos por meio da internet e, sobretudo, das redes sociais. Como podemos ver, as relações entre o conhecimento histórico e a Comunicação Social são amplas. O Simpósio Temático será uma maneira ímpar de discutir e problematizar essa interface, contribuindo para o incremento e divulgação da pesquisa na área.

07h00 ST 02 - Imprensa lugar de memória: práticas historiográficas e fontes históricas Simpósio Temático
ST 02 - Imprensa lugar de memória: práticas historiográficas e fontes históricas
Local: Em breve

Coordenadores:
Giovane Silva Balbino
http://lattes.cnpq.br/1270077742510528
Ivan Teodoro Marques
http://lattes.cnpq.br/4259165569513087

Com o romper da história tradicional e o progresso da história social, a partir dos Annales, novas fontes vêm sendo utilizadas por historiadores para alcançar o contato com seu objeto, o ser e a vida humana, neste sentido a imprensa foi e permanece sendo uma das principais fontes para compreensão dos homens no seu tempo.

Tendo isso em vista elucidamos a necessidade de manter aberto o dialogo entre pesquisadores sobre trabalhar com e sobre a imprensa, especialmente no que tange a metodologias de pesquisa. Sabendo que esta fonte perpassa os mais diferentes tempos da sociedade contemporânea, inclusive seus tempos sombrios tornando-se assim indispensável para a construção do saber sobre um determinado povo, classe, época.

A intenção deste Simpósio Temático é trazer para o diálogo pesquisas que tenham como temática a imprensa ou que tenham nela uma das fontes de pesquisa, ainda acreditamos poder abarcar pesquisas sobre o uso da imprensa no cotidiano das salas de aula no ensino básico.

Por si só, o Simpósio Temático se divide em blocos que almeja ampliar a área de debate acerca do papel da imprensa como lugar de memória. E como são as suas práticas historiográficas e as variadas fontes históricas que podem ser aliadas ao historiador e demais pesquisadores que almejam usá-las para estudos em relação a história do Brasil e do Mundo: a) Imprensa e Memória; b) Imprensa e Cidade; c) Imprensa e Estado; d) Imprensa como fonte histórica; e) Imprensa como material didático; f) A imprensa como instrumento ideológico e de luta de classes; g) Imprensa e instituições educacionais e h) O papel da imprensa no golpe jurídico-parlamentar de 2016 no Brasil.

Portanto esse Simpósio Temático que tem como seu principal objetivo de ampliar os debates acerca dos usos das mais variadas práticas de trabalho da imprensa como fonte histórica e como lugar de memória. Tem como sua meta de receber trabalhos de graduandos, graduados, mestrandos, mestres, doutorandos e doutores nas mais variadas áreas das ciências humanas.

07h00 ST 13 - História, gênero e sexualidade: existências e resistências em tempos sombrios Simpósio Temático
ST 13 - História, gênero e sexualidade: existências e resistências em tempos sombrios
Local: Em breve

Coordenadores:
Ana Luisa Ennes Murta e Sousa
http://lattes.cnpq.br/8518633096141816
Átila Augusto Guerra de Freitas
http://lattes.cnpq.br/5363758546394374
Cássio Bruno de Araujo Rocha
http://lattes.cnpq.br/0153381151242770

Não é possível apresentar a proposta para mais uma edição do simpósio temático História, Gênero e Sexualidade, sem tomar um instante para pensar os tempos sombrios que atravessamos no Brasil e no Mundo. A chegada de partidos da extrema-direita, de orientação fascistizante, ao poder dramatiza a precariedade característica dos nossos corpos subalternizados, historicamente, pelo capitalismo e pelo hetero-patriarcado, tornando ainda mais crucial que lutemos para preservar nossos espaços de existência e resistência. Se as hordas fascistas têm como um de seus alvos preferenciais os estudos de gênero e de sexualidade, devemos repensar nossas ações e práticas de liberdade, inclusive no âmbito deste simpósio. É neste sentido que, este ano, pensamos em acolher trabalhos que repensem, re-proponham e re-façam a mediação entre militância política social e produção teórica acadêmica. Nos interessa debater comunicações que problematizem a pretensa dualidade entre movimentos sociais e Universidade, especialmente no que toca o campo da História. Nos últimos anos, temos visto um certo avultamento na publicação de trabalhos historiográficos sobre feminismos, movimentos LGBTIQ+ e seus cruzamentos interseccionais com o movimento negro, lutas trabalhistas e outras formas de contestação ao status quo. De modo mais geral, como nas edições anteriores, continuam nos interessando trabalhos que versem sobre variadas perspectivas teóricas, com distintos objetos de pesquisa e recortes espaço-temporais diversos, desde que sejam comunicações que cruzem questões de gênero e sexualidade com a análise histórica. Acreditamos que os estudos de gênero na história podem ultrapassar a fronteira da história das mulheres (mantendo o diálogo com esta área pioneira e importante), compreendendo áreas como a teoria Queer, história das masculinidades, das transexualidades e intersexualidades. Nestes sombrios tempos de disseminações de calúnias, inverdades e mentiras sobre a educação de gênero e sexualidade, entendemos que aplicar estas mesmas categorias de gênero e sexualidade aos estudos históricos, longe de ser um anacronismo, consiste em estratégica postura de resistência às narrativas totalitárias e, estas sim, anacrônicas da história, permitindo que reconstruamos os processos históricos de constituição das subjetividades generificadas e sexualizadas - uma via para repensarmos como estilizar nossas existências no presente.

07h00 ST 15 - Rupturas e continuidades da Época Moderna (XV-XIX) Simpósio Temático
ST 15 - Rupturas e continuidades da Época Moderna (XV-XIX)
Local: Em Breve

Coordenadoras:
Ana Tereza Landolfi Toledo
http://lattes.cnpq.br/6527188316490938
Lívia Bernades Roberge
http://lattes.cnpq.br/6735350355100599
Natália Ribeiro Martins
http://lattes.cnpq.br/8341204318748030
Thaís Tanure de Oliveira Costa
http://lattes.cnpq.br/6139653055137073

O Período Moderno, aqui compreendido entre o século XV e as primeiras décadas do século XIX, foi um contexto fértil para o surgimento e a construção de diversos hábitos, instituições, teorias e perspectivas. Das monarquias imperiais à reforma protestante, das conquistas dos espaços coloniais à escravidão, forjaram-se no período as matrizes que viriam a moldar de forma substancial o que é hoje o mundo ocidental. Nesse sentido, o objetivo do presente simpósio é promover um espaço voltado ao compartilhamento de pesquisas que lidam com fontes e temáticas acerca da Idade Moderna, e sua consequente crise. Buscando distanciarmos-nos de uma perspectiva conservadora e elitista sobre o contexto, pretendemos agregar pesquisas que enfatizam o dinamismo das práticas políticas e as especificidades das mais diversas estratégias e negociações empregadas pelas gentes, engendrando uma pluralidade de abordagens e possibilidades de pesquisas em torno não só de questões como centralização monárquica e consolidação dos absolutismos, por exemplo, mas também das ilegalidades e outras práticas contrárias ao costume e à lei. Nesse sentido, pretendemos também abarcar debates concernentes aos mecanismos institucionais e as práticas culturais, religiosas e sociais dos diferentes agentes e suas possíveis adaptabilidades nos mais longínquos espaços e, ainda, as estratégias políticas, culturais e econômicas de sustentação típicas da Época Moderna. O Simpósio acolherá a temática dos “desgovernos”, das instabilidades, dos radicalismos, heterodoxias e venalidades, as práticas sociais das ilicitudes e alterações da ordem e das dinâmicas dos projetos políticos e mercantis em disputa na Europa entre os séculos XV-XIX. Ao pensar a Modernidade sob a perspectiva global que lhe é digna, propomos aqui congregar trabalhos que versam em debates sobre os mais diversos recortes espaciais, como por exemplo, a noção de “bom governo das gentes” verificados nos Impérios Ibéricos e suas difusões no mundo Atlântico, até debates sobre Escravidão moderna, Guerras de Religião, Reforma e Contrarreforma, Milenarismos, Revoluções Inglesa e Francesa, Literaturas, Utopias, República das Letras, Filosofia Política Moderna, Impressos, dentre demais rupturas e continuidades características do período.

07h00 ST 17 - História e linguagens da imaginação: artes em tempos sombrios – séculos XX e XXI Simpósio Temático
ST 17 - História e linguagens da imaginação: artes em tempos sombrios – séculos XX e XXI
Local: Em breve

Coordenadores:
Henrique Brener Vertchenko
http://lattes.cnpq.br/0889237025627229
Nelyane Gonçalves Santos
http://lattes.cnpq.br/0353751145088239

O século XX foi marcado por experiências extremas e violentas, desastres morais, nacionalismos, totalitarismo, fascismos, guerras, ditaduras e genocídios, que perpassaram diferentes sociedades e espectros de regimes políticos. As artes, como manifestações culturais e regimes estéticos de representação da história e das sociedades no tempo, foram capazes de produzir formas de se ver, sentir, narrar e edificar o que concebemos como realidade. Considerando essa perspectiva, o ST "História e Linguagens da Imaginação: artes em tempos sombrios – séculos XX e XXI" pretende colocar em debate propostas investigativas que abordem as produções, projetos e posicionamentos de artistas frente às realidades extremas enfrentadas, seja por meio das linguagens do teatro, artes visuais, cinema, literatura, performance ou música. As abordagens podem se dar sob a ótica das formas de resistência, engajamento, embates contra a violência de Estado, repressão, acomodações ou concordâncias diante dos “tempos sombrios”. A constituição de culturas políticas envolve processos de sensibilização que podem também ser compreendidos por meio das representações artísticas. Nesse sentido, os historiadores têm se voltado para os processos de percepção e imaginação que marcam a vida em sociedade e sua dimensão política. É importante lembrarmos que o que torna o objeto artístico importante para a história é a análise desenvolvida acerca de suas variadas proposições e sentidos. Desse modo, é preciso ampliar a noção de esfera do político para diferentes espaços de sociabilidade que transcendam as ações determinadas pela esfera da política de estado. Assim, poderão ser discutidas diferentes manifestações artísticas tangenciando temáticas amplas vinculadas ao cotidiano imediato dos artistas, dialogando com instituições, memória, com as diferentes formas de poder e de exclusões sociais, com temas como racismo, homofobia e machismo. O objetivo é fomentar discussões que tomem as diferentes expressões artísticas não apenas como suportes de ideias e valores, mas como resultado de práticas sociais e políticas, ampliando o debate sobre as possibilidades e os desafios colocados a partir das pesquisas com essas fontes. Também poderão ser contempladas propostas relativas à teoria e metodologia desses campos de conhecimento, análises historiográficas e narrativas que abordem a trajetória de sujeitos, obras e instituições, além de recortes que se abram aos “novos tempos sombrios” que se anunciam no século XXI.

07h00 ST 04 - História dos Museus, Coleções e Exposições Simpósio Temático
ST 04 - História dos Museus, Coleções e Exposições
Local: Em breve

Coordenadores:
André Onofre Limírio Chaves
http://lattes.cnpq.br/0554180142409247
Carolina Vaz de Carvalho
http://lattes.cnpq.br/6025797099774189
Eduardo Polidori Villa Nova de Oliveira
http://lattes.cnpq.br/3218037760418743
Otávio Pereira Balaguer
http://lattes.cnpq.br/9316824425624754

Há múltiplas intersecções entre a História, como disciplina, e as instituições museais, coleções e exposições: estas figuram ora como fontes, ora como objeto de estudo, ora como suporte para a construção, reafirmação ou contestação de discursos sobre a ação humana no tempo. Tendo em vista a grande adesão em 2018, este Simpósio Temático objetiva, mais uma vez, reunir pesquisadores interessados na investigação de dinâmicas, práticas, processos e políticas de colecionamento, musealização e exposição nas eras moderna e contemporânea (sécs. XVI-XXI).

Em 2 de setembro de 2018 vimos a materialização da negligência do Estado para com a cultura e a ciência, no incêndio do Museu Nacional da UFRJ. Após o incidente, as ações imediatas tomadas pelo governo federal buscavam isentar o poder público de responsabilidades - uma medida provisória pretendia extinguir o principal órgão de proposição de políticas e de gerenciamento dos museus federais, o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), e delegar à iniciativa privada grandes poderes sobre a gestão e financiamento de instituições museais públicas.

Nestes tempos sombrios, faz-se ainda mais fundamental e urgente pensar o papel dos museus, coleções e exposições na sociedade, no passado e no presente, dimensionando os desafios que eles enfrentarão nos próximos anos. Este Simpósio Temático procura fortalecer, ampliar e apurar as investigações em curso sobre museus, coleções e exposições em suas variadas dimensões e perspectivas.

Serão aceitas, nesse sentido, pesquisas, finalizadas ou em andamento, que estejam direcionadas seja às reflexões tradicionais sobre a formação e trajetória de coleções e instituições museológicas, públicas ou privadas, seja à análise da vida social de objetos e coleções, tomando-os singularmente ou em conjunto, à historicidade das camadas semânticas atribuídas a objetos colecionados e expostos, ao trânsito e à apropriação de coleções e objetos musealizados em diferentes culturas, contextos e espaços, à produção de sentidos e narrativas nos processos de colecionamento, musealização e exposição, à formação de redes de colecionadores e à criação de mercados especializados no atendimento de seus interesses. Interessa-nos, ainda, investigações que procurem evidenciar o papel e a experiência de colecionadores, curadores e demais agentes envolvidos nos processos de coleta, ordenação, documentação, interpretação, montagem, exposição, comunicação e circulação, ou que se voltem às políticas que pautaram tais práticas e dinâmicas em sua dimensão histórica.

07h00 ST 19 - Cultos, narrativas e práticas religiosas: religiões e religiosidades e suas possibilidades nas pesquisas históricas Simpósio Temático
ST 19 - Cultos, narrativas e práticas religiosas: religiões e religiosidades e suas possibilidades nas pesquisas históricas
Local: Em Breve

Coordenadores:
André Rocha Cordeiro
http://lattes.cnpq.br/9814943716830357
Bárbara Santana Nogueira
http://lattes.cnpq.br/7881649333133625
Tiago Ferreira dos Santos
http://lattes.cnpq.br/5180454057921564

Diante da diversidade religiosa existente no Brasil e no mundo contemporâneo se faz necessário a discussão histórica acerca das trajetórias, vivências, experiências e práticas das religiões e suas especificidades. Expressando-se enquanto uma atividade humana, ferramenta de sociabilização e de relações sociais as religiões e religiosidades estão presentes em vários contextos culturais e históricos, de modo a se demonstrarem objetos históricos e de análises de historiadores, que buscam formas de compreender e interpretar a atuação dos sujeitos históricos em suas múltiplas vivências. Surgindo no século XIX enquanto disciplina a História das Religiões expandiu-se, posteriormente, enquanto campo de pesquisa, por meio de fundação de periódico e revistas científicas, publicação de livros, instituição de cátedras de estudos, congressos e eventos acadêmicos. Com a terceira geração da École des Annales, da década de 1960, a História das Religiões e Religiosidades ganhou novo fôlego tornando, desse modo, possível ao historiador resgatar práticas e estratégias, conflitos e acordos, que permeiam as formas de contato com o sagrado e marcam as experiências vividas em grupo ou individualmente, dado que as múltiplas culturas humanas possuem suas noções acerca do divino. Compreendendo a variedade de abordagens, fontes e objetos que perpassam a História das Religiões e Religiosidades, este simpósio tem como objetivo pensar o fenômeno religioso em seus múltiplos aspectos teórico, conceitual e metodológico, reunindo os diversos trabalhos e pesquisas sobre religiões, religiosidades e crenças que vem sendo desenvolvidas no campo da história e das ciências humanas, a fim de proporcionar, aos participantes, possibilidades de trocas epistemológicas e possíveis reflexões e diálogos trans/interdisciplinares.

07h00 ST 21 - Escravidão e liberdade nas Américas Simpósio Temático
ST 21 - Escravidão e liberdade nas Américas
Local: Em breve

Coordenadoras:
Ana Caroline Carvalho Miranda
http://lattes.cnpq.br/3648840034904494
Cleudiza Fernandes de Souza
http://lattes.cnpq.br/2651657360046739
Dayana de Oliveira Silva
http://lattes.cnpq.br/0479024879754716
Marileide Lázara Cassoli
http://lattes.cnpq.br/9816139311882268
Roseli dos Santos
http://lattes.cnpq.br/1215538697860425

Nas últimas décadas, a historiografia tem lançado luz sobre as problemáticas envolvendo as populações escrava e egressa do cativeiro em todo o mundo. No caso específico do Brasil, há apenas 130 anos o sistema escravista chegou ao fim. As marcas desse cruel sistema podem ser sentidas até o presente momento. Muito já se produziu sobre essa temática, todavia, é perceptível como as pesquisas que se dedicam ao tema têm avançado. Hoje, somos capazes de compreender as relações de poder, as sociabilidades, os tratos comerciais, culturais e religiosos em que estes indivíduos estavam inseridos. A partir disso, as práticas cotidianas, as trajetórias individuais e coletivas estão sendo resgatadas e as diversas faces da escravidão e da liberdade postas em evidência. A proposta deste simpósio temático, em sua segunda edição, é promover um espaço amplo de discussão entre os pesquisadores que se dedicam ao tema, seja na perspectiva da problematização da escravidão como instituição, por meio das relações de poder envolvidas e da administração, seja discutindo o significado da liberdade, as trajetórias individuais, coletivas e de resistência, de negros e indígenas nas Américas. A partir disso, serão privilegiadas pesquisas que abordem o cotidiano do cativeiro e a atuação da população que o compunha nos seguintes aspectos: os conflitos vivenciados, a constituição da família escrava, as redes de compadrio, a presença em irmandades leigas, as práticas religiosas, as formas de adaptação e resistência, bem como as vias utilizadas por estes indivíduos para adquirirem a liberdade. Ao lado disto, também destacaremos os trabalhos que tratem das relações pós-abolição em suas múltiplas manifestações, ou seja, a vivência dos ex-cativos e seus descendentes em comunidades, religiosidades, o universo material angariado, a participação em demandas judiciais, a formação de redes sociais e mercantis e as estratégias de sobrevivência empreendidas em liberdade. Este simpósio visa também contemplar trabalhos que utilizem diversas tipologias documentais em suas análises, das quais, podemos citar: testamentos, inventários post mortem, periódicos e impressos, ações cíveis, fontes orais, processos criminais e administrativos, fontes eclesiásticas, correspondências, relatos de viajantes e legislações. Do ponto vista teórico-metodológico, serão aceitas pesquisas fundamentadas na História Social, Demografia Histórica, História Econômica, História Cultural, Micro-História, dentre outras correntes.

07h00 ST 06 - Entre Memória e História: Usos, fontes e análises sobre a memória no fazer histórico Simpósio Temático
ST 06 - Entre Memória e História: Usos, fontes e análises sobre a memória no fazer histórico
Local: Em breve

Coordenadores:
Ana Paula Sena Gomide
http://lattes.cnpq.br/6351060277013502
Rodrigo Musto Flores
http://lattes.cnpq.br/1085456225550765

A historiografia contemporânea tem se ocupado com a análise da memória dos mais variados grupos sociais. Esses trabalhos são importantes à medida que colaboram para que diversos relatos do passado possam novamente vir à tona e, assim tomados como fontes históricas, sejam utilizados para novas análises do passado. A constante revisitação aos discursos de memória tem se tornado um indicativo de um processo que se inicia em meados do século XX e tem se destacado pela comercialização em massa do passado, procura crescente de livros de memória, obras autobiográficas e a difusão de práticas memorialísticas no cinema, na televisão e nas artes visuais. Essa forma de se relacionar com o passado, observada atualmente, denota a constante preocupação da sociedade contemporânea em manter contato com partes de seu passado além de apontar às causas para essa busca em torno de uma recordação total. O passado operacionalizado pelas escolhas feitas no presente resultantes de uma disputa de forças entre os grupos dominantes, sacraliza, desconstrói, delega ao esquecimento ou enfoca determinadas nuances desse passado que deve ser lembrado ou esquecido pelo corpo social. A noção de memória social, como discurso seletivo abre uma série de possibilidades de debates sobre sua característica política relacionada ao direito de reparação dos grupos suas manifestações políticas, religiosas e culturais que representam polos de resistência na busca pela sobrevivência de seus costumes e práticas culturais antes silenciados. Este simpósio temático, portanto, visa congregar trabalhos sobre as mais variadas temáticas e recortes cronológicos que abordem conceitos como História, Memória, Esquecimento e Identidade estimulando discussões em torno das relações entre esses conceitos mobilizados na construção do saber histórico. A seguinte proposta, vem ao encontro do tema central do evento, à medida que, entendemos a memória como fruto de embates sucessivos diretamente relacionados a noção de esquecimento, disputas de poder, recortes, seleções e supressão de determinados testemunhos em detrimento de outros.

07h00 ST 23 - Desmantelando o racismo estrutural brasileiro: diagnósticos e possibilidades de novos marcos civilizatórios Simpósio Temático
ST 23 - Desmantelando o racismo estrutural brasileiro: diagnósticos e possibilidades de novos marcos civilizatórios
Local: Em Breve

Coordenadores:
Adelina Malvina Barbosa Nunes
http://lattes.cnpq.br/3565723415973457
Bruno Vinícius Leite de Morais
http://lattes.cnpq.br/7366926207303855
Camila Neves Figueiredo
http://lattes.cnpq.br/3273959256301179
Felipe Alves de Oliveira
http://lattes.cnpq.br/4784736042924174
Thalita Rodrigues
http://lattes.cnpq.br/9562791679871715

Conforme Silvio de Almeida (2018), o racismo no Brasil é estrutural e estruturante da sociedade, condicionando pessoas negras àquilo que Lélia Gonzalez (1982) conceituou como “lugar de negro.” O racismo não deve ser entendido como um ato individual e isolado, mas como uma estrutura produtora de desigualdades sociais, que organiza toda a sociedade brasileira (economia, política e subjetividade). Ele opera como um marcador, que limita com que os homens negros, e especialmente as mulheres negras, acessem direitos fundamentais, tais como o acesso à educação, saúde, seguridade social, trabalho, etc. Em reação a isso, movimentos negros de reivindicação por direitos, igualdade racial e combate ao racismo permeiam toda a história do Brasil. A proposta deste Simpósio Temático é abarcar trabalhos que pensem sobre o papel estruturante do racismo na sociedade e as diversas experiências e ações de emancipação e construção da liberdade das pessoas negras no Brasil Republicano (1889 até os dias atuais), primando por um diálogo multidisciplinar entre História, Psicologia, Antropologia, Sociologia, Filosofia, Letras, Educação, Economia, Artes com foco em temáticas que contemplem temáticas como: o racismo institucional; políticas afirmativas; movimentos negros; intelectuais negros(as); branquitude; subjetividade; feminismo negro; pan-africanismo; mulherismo afrikano; formação de diferentes tipos de ações e associações entre pessoas negras. Compreendendo a relevância da temática na historiografia contemporânea e para a sociedade em geral, buscamos promover debates que estimulem problematizações em torno da interseccionalidade entre gênero, raça e classe e abordagens que dialoguem contribuições da História Social, Cultural e Política.

07h00 ST 25 - Reflexões sobre a Era Vargas Simpósio Temático
ST 25 - Reflexões sobre a Era Vargas
Local: Em Breve

Coordenadores: Ana Paula Leite Vieira
http://lattes.cnpq.br/2972745872412613
André Barbosa Fraga
http://lattes.cnpq.br/6893073761315830
Kamila Nunes da Silva
http://lattes.cnpq.br/0349719789284957
Patrícia Costa de Alcântara
http://lattes.cnpq.br/7597078613347140
Tamires Xavier Soares
http://lattes.cnpq.br/3475979805284209

Este simpósio objetiva reunir pesquisas sobre as transformações significativas ocorridas no Brasil de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954, quando Getúlio Vargas ocupou a presidência da República, bem como a respeito da relação entre essas mudanças e o contexto mundial à época. Poucos períodos da história do Brasil deixaram uma herança tão extensa e duradoura. O intuito do ST é o de fomentar a troca de experiências e de conhecimento entre os historiadores que abordam esse período a partir de análises culturais, políticas, econômicas ou sociais. São bem-vindos trabalhos que versem sobre qualquer aspecto relacionado às ações empreendidas pelos governos provisório, constitucional, ditatorial do Estado Novo e democrático de Vargas, bem como sobre os reflexos que essas medidas tiveram no âmbito regional dos diferentes estados. Poderão participar ainda pesquisadores que estudem as oposições e as resistências aos projetos apresentados pelo grupo político de Vargas nos quase vinte anos em que o político gaúcho esteve no cargo máximo do Executivo, tais como análises a respeito das disputas pelo poder e das perseguições sofridas por lideranças sindicais, escritores e jornais. Além disso, o simpósio também receberá trabalhos que procurem fazer uma abordagem ancorada nos estudos da chamada História Global. Mais precisamente, pesquisas que versem a respeito das relações entre o contexto externo e interno estabelecidas por agentes históricos do mundo do trabalho em suas diversas dinâmicas – o que inclui experiências dentro de espaços institucionais ou não institucionais – sob a conjuntura da Segunda Guerra e a ditadura do Estado Novo. Nos últimos anos, o ambiente mundial de ascensão da direita conservadora e das reformas do judiciário trabalhista motivou o crescimento dos estudos de temas como o conflito mundial iniciado em 1939 e a Justiça do Trabalho. A intenção é que, a partir desses dois temas, uma parte do conjunto de comunicações selecionadas possibilite evidenciar a simultaneidade de diversos acontecimentos nacionais e internacionais que marcaram esse período da república brasileira.

07h00 ST 08 - Poder e fé na Antiguidade Tardia e na Idade Média Simpósio Temático
ST 08 - Poder e fé na Antiguidade Tardia e na Idade Média
Local: Em breve

Coordenadores:
Carolina Minardi de Carvalho
http://lattes.cnpq.br/4603088721676482
Fábio Henrique Ribeiro Barbosa
http://lattes.cnpq.br/1402154734068117
Jordano Viçose
http://lattes.cnpq.br/0222236911196086
Pedro Henrique Pereira Silva
http://lattes.cnpq.br/8362605049067897

A proposta desse Simpósio Temático é consolidar os Encontros de Pesquisa em História da UFMG como espaço para debate, meio de intercâmbio, consolidação e expansão das pesquisas sobre os períodos convencionados como Antiguidade Tardia e a Idade Média realizadas no Brasil. Entende-se que eventos desse tipo são importantes para aprofundar as reflexões e os diálogos historiográficos, bem como apresentar novas fontes ou abordagens ainda pouco conhecidas. O objetivo principal é contribuirmos para a compreensão das relações entre poder e fé nos períodos supramencionados. As comunidades políticas do medievo possuiriam especificidades no que diz respeito ao exercício do poder e ao lugar que as três grandes religiões monoteístas, no Ocidente e no Oriente, ocupavam nas relações cotidianas. Reflexões relacionadas à estruturação desses dois tópicos, em suas múltiplas dimensões, permitiriam a compreensão dos discursos construídos em torno de diversas questões, como o “Outro”, a magia, a criação artística, o gênero, a justiça, o governo urbano, entre outros. Ressalta-se, ainda, o papel que tais religiões tiveram nas transformações das noções e categorias de tempo e na construção de meios para sistematizar a sua passagem, bem como nas formas de apreendê-lo e de interpretar a história humana. A temática proposta, portanto, é bastante ampla e possibilita a inclusão de problemáticas, regiões e tempos diversos. Propomos que seja realizado um debate interdisciplinar, ancorado na percepção do tema pela História, o que permita a troca experiências entre pesquisadores que se dedicam ao estudo dessas temporalidades em áreas do conhecimento como Teologia, Direito, Artes, Literatura, Linguística, Filosofia e afins. A metodologia adotada pelo Simpósio Temático será a apresentação de comunicações, agrupadas, pelos coordenadores, tendo como base a proximidade temática, seguida por debates, possibilitando a participação dos ouvintes.

07h00 ST 27 - Ditadura militar brasileira: ensino, pesquisa e continuidades Simpósio Temático
ST 27 - Ditadura militar brasileira: ensino, pesquisa e continuidades
Local: Em breve

Coordenadores:
Camila Barbosa Monção Miranda
http://lattes.cnpq.br/8775145353507691
Dmitri da Silva Bichara Sobreira
http://lattes.cnpq.br/3807394011875839
Jessica Machado Martins
http://lattes.cnpq.br/3771035427785751
Maria Tereza Dantas Bezerra Soares
http://lattes.cnpq.br/7401628626997630
Olga Larissa Veiga Ferreira
http://lattes.cnpq.br/0140103515729422

O crescimento significativo das discussões sobre o golpe e a ditadura militar brasileira de 1964 tem sido marcante nos meios acadêmico, escolar e entre a população em geral. Problematizar as relações entre sociedade, política, cultura e economia no transcurso da ditadura brasileira (1964-1985) e suas interlocuções com eventos do presente tem se mostrado cada vez mais importante, uma vez que pedidos de retorno da ditadura e manifestações de nacionalismo exacerbado reaqueceram discursos antidemocráticos nos últimos tempos. Diante desse quadro atual, no qual o ensino tem também sofrido ataques como a proposta "Escola sem partido", cabe aos historiadores e professores de história fomentar novas questões sobre período ditatorial brasileiro na academia e nas escolas, especialmente nesse contexto de radicalização política e possível censura dos docentes, assumindo o compromisso com um projeto de educação engajada na formação de cidadãos críticos e conscientes dos valores democráticos. Dessa forma, este simpósio pretende ser um espaço de debate sobre as batalhas de memória que envolvem a ditadura militar brasileira, tendo como foco abordagens que incorporem não só os temas clássicos na historiografia, como a repressão política e as frentes de atuação dos grupos de esquerda, mas também estudos ligados aos movimentos culturais, à imprensa, ao ensino de história sobre a ditadura militar, ao olhar para as peculiaridades regionais e seu relacionamento com o regime autoritário, as divergências internas dentro das Forças Armadas, dentre outros. Ademais, pretende-se alimentar discussões no âmbito da cultura política, da compreensão da ditadura e do golpe como militar ou civil-militar, das delimitações temporais do período que se entende como a ditadura militar brasileira e outras questões ligadas ao aparato teórico metodológico afins à temática. Portanto, a proposta deste simpósio temático é voltar os olhares para as diversas facetas do regime militar de 1964-1985, reconhecendo a importância das ciências humanas e sociais para a formação de pensamento crítico e de sujeitos históricos ativos, além de debater sobre as inquietações do tempo presente que cada vez mais ocupam espaço no fazer historiográfico, sempre em diálogo com as memórias construídas pelos sujeitos que vivenciaram o período.

07h00 ST 10 - História oral e as múltiplas possibilidades de pesquisas Simpósio Temático
ST 10 - História oral e as múltiplas possibilidades de pesquisas
Local: Em breve

Coordenadores:
Gabriel Amato Bruno de Lima
http://lattes.cnpq.br/5827808063901081
Marina Mesquita Camisasca
http://lattes.cnpq.br/4417429048826641

O recurso da entrevista tem sido utilizado por historiadores desde os anos 1950, mas foi a partir da década de 1980 que a chamada "virada interpretativa" possibilitou uma convergência entre a história oral e a historiografia de forma mais ampla. Problemáticas centrais para a História, como a memória ou a narrativa, hoje também fazem parte do campo da história oral. Diante disso, o objetivo deste ST é reunir trabalhos que se utilizem da história oral a partir de diferentes perspectivas. Pretende-se criar um espaço plural de debate sobre possibilidades e desafios colocados pelas entrevistas para a operação historiográfica, sem perder de vista os diálogos interdisciplinares que caracterizam o campo. Serão aceitos trabalhos que se proponham a lançar análises sobre três amplas perspectivas referentes à história oral. Primeiro, o olhar para o método da história oral – com reflexões teórico-conceituais acerca das dimensões que emergem de uma entrevista, como a memória, a linguagem, a performance, a subjetividade e a narrativa. Segundo, os esforços analíticos que se valem do método das entrevistas, discutindo o que elas permitem analisar sobre as experiências humanas no tempo e seus processos de significação. Desde que se utilizem das entrevistas a partir da metodologia característica do campo da história oral, seja em viés historiográfico ou interdisciplinar. Terceiro, as pesquisas que procuram refletir sobre o próprio campo da história oral e suas problemáticas. O ST pretende, assim, abarcar trabalhos que se valem da história oral tanto como objeto de pesquisa quanto como fonte para o estudo de temáticas diversas, como movimentos sociais; mundos do trabalho; ativismos políticos; história das ciências e da produção intelectual; relações de gênero e sexualidade; patrimônio histórico; história da arte e dos artistas; movimentos populacionais; práticas educativas; experiências comunitárias; passados sensíveis; dentre outras.

07h00 ST 12 - Educação para além do espaço escolar: contribuições e estratégias para o ensino de história Simpósio Temático
ST 12 - Educação para além do espaço escolar: contribuições e estratégias para o ensino de história
Local: Em breve

Coordenadoras:
Mônica Miranda Souto Ribeiro
http://lattes.cnpq.br/8353915559101489
Priscila Lopes D’Ávila Borges
http://lattes.cnpq.br/3992581102962951

Os estudos acerca do ensino de história têm se fortalecido nos últimos anos (BITTENCOURT, 2011), motivados pela redemocratização brasileira e pelas inquietações de historiadores a respeito dos usos e funções da disciplina no ensino formal. A história, entendida em seu caráter curricular, possui uma potência transformadora na formação cidadã, o que motiva ataques frontais à disciplina. As proposições da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), somadas a ondas conservadoras, impulsionam a disciplina para o segundo plano na educação. Certamente, a susceptibilidade dos saberes históricos escolares, no contexto político brasileiro, sinaliza a necessária luta por um ensino que contemple a diversidade e a crítica em um só tempo. Interessa-nos abrir um campo de diálogo para trabalhos que discutam o ensino de história em sala de aula, mas, sobretudo, em espaços de formação não-formais e informais (GOHN, 2010), entendidos como prenhes de sentidos e valores no trabalho investigativo, articulador, questionador e comparativo que constitui o ofício do historiador. Relatos e trabalhos que apresentem o direito à cidade, a fruição de outras linguagens, bem como o uso de museus, bibliotecas e arquivos são centrais para esta proposta. Os lugares de memória (NORA, 1984), tensionados entre a lembrança e o esquecimento, são fundamentais, já que permitem aos alunos entenderem a história ensinada como fruto de uma seleção, que resulta de múltiplas leituras de sujeitos situados historicamente (FONSECA, 2010). Ademais, esses espaços podem superar o estigma de teatros da memória, servindo como laboratórios de história (MENESES, 1994). O simpósio temático pretende reunir reflexões sobre os temas citados, buscando linhas de escape para os tempos sombrios sobre os quais o próprio evento se debruçará.

Referências:

BITTENCOURT, Circe M. F. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2011.

FONSECA, Selva G. A história na educação básica: conteúdos, abordagens e metodologias. In: ANAIS DO I SEMINÁRIO NACIONAL: CURRÍCULO EM MOVIMENTO – Perspectivas Atuais. Belo Horizonte, 2010.

GOHN, Maria. Educação não formal e o educador social. Atuação no desenvolvimento de projetos sociais. São Paulo: Cortez, 2010.

MENESES, Ulpiano T. B. de. Do teatro da memória ao laboratório da história: a exposição museológica e O conhecimento histórico. In: Anais do Museu Paulista - História e Cultura Material. São Paulo: Museu Paulista, 1994.

07h00 ST 14 - Raças e identidades no Brasil (séculos XIX e XX) Simpósio Temático
ST 14 - Raças e identidades no Brasil (séculos XIX e XX)
Local: Em breve

Coordenadoras:
Kelly Yshida
http://lattes.cnpq.br/4253207340292760
Tais Silva de Brito
http://lattes.cnpq.br/6777456247571600

Em um país que vivenciou três séculos de escravidão africana e um contexto de pós-abolição complexo e ainda por se findar, bem como a vinda de diversas levas de imigrantes, é importante debatermos como as questões de raça e identidade permanecem política e socialmente relevantes em nossa sociedade. Este Simpósio se propõe a receber trabalhos dedicados ou que tangenciem a temática considerando os diversos grupos étnicos que compõem o arranjo social brasileiro, como indígenas, africanos, portugueses, alemães, italianos, japoneses, árabes, espanhóis. Interessa-nos aqui os processos de chegada desses grupos bem como suas formas de interação, tradução e miscigenação. Ao abordar os contatos entre povos de origem distinta emerge um debate sobre as identidades e as práticas que são construídas e reconstruídas. Homi Bhabha elaborou o conceito de hibridismo como meio de explicar de que maneira as identidades se constroem nas sociedades pós-coloniais que passaram por processos de ocupação, grandes fluxos migratórios e também escravidão. O que esse autor chama de “cultura hibrida” existe como uma cultura de sobrevivência que é tanto transnacional quanto tradutória. Transnacional, exatamente por receber contribuições de lugares distintos e por ser uma cultura emergente do deslocamento humano e de ideias. E também é tradutório, a partir do momento em que é uma síntese das produções culturais de elementos de identidades distintas. Não há aculturação ou imposição cultural, as identidades existem sempre no entre (in-between) e não simplesmente lançadas a partir de um polo emissor e plenamente recebidas por outro polo receptor. Assim, este Simpósio busca reunir pesquisadoras e pesquisadores dedicados tanto às questões voltadas para a presença africana decorrente da escravidão quanto sobre a vinda de imigrantes de diversos locais, considerando o debate sobre raça e identidade como central para compreender a História do Brasil e de suas diversas regiões e necessário para pensarmos as diferenças socioeconômicas do país.

07h00 ST 16 - Comida e sentidos: uma perspectiva sociocultural da História da Alimentação Simpósio Temático
ST 16 - Comida e sentidos: uma perspectiva sociocultural da História da Alimentação
Local: Em breve

Coordenadores:
Amanda Alexandre Ferreira Geraldes
http://lattes.cnpq.br/0688134562602500
Carolina Figueira da Costa
http://lattes.cnpq.br/7613009724121395
Esteban Zabala Gómez
http://lattes.cnpq.br/0353134839224289
Lays Silva de Souza
http://lattes.cnpq.br/5666878772280594

Esta proposta de Simpósio Temático pretende reunir e discutir questões essenciais acerca dos estudos de História da Alimentação, apresentando o alimento como categoria de análise histórica. O ato de comer é social, cultural e político, e pensado como um elemento material da cultura indica representações e imaginários, já que implica em escolhas, classificações e símbolos que ordenam e organizam as diversas visões sociais coletivas de mundo. Nos estudos da História da Alimentação, o comer junto denota formas de sociabilidade, define a identidade e constrói laços nos grupos e coletivos. Para o historiador Massimo Montanari (2013, p. 159) “em todos os níveis sociais, a participação na mesa comum é o primeiro sinal de pertencimento ao grupo”. Dessa maneira, a alimentação é um sistema simbólico e uma linguagem que comunica os códigos sociais e culturais presentes nas relações humanas. Assim, entendemos que “fazer história sobre os processos que envolvem a alimentação – a necessidade, o gosto e os artefatos – é reconhecer no ato de alimentar e em todo o aparato material e simbólico que lhe dá conformação histórica, não apenas as representações de pessoas e de sociedades, mas a própria constituição do humano”, de acordo com o historiador José Newton Meneses (2016, p.15). O antropólogo Sidney Mintz nos lembra com importância que “comer não é nunca uma atividade puramente biológica. A comida tem uma história associada com aqueles que a consomem; as técnicas usadas para consegui-la, processá-la, servi-la, e o consumo da comida são sempre variáveis culturalmente falando, e têm sua própria história. A comida não é só se alimentar; seu consumo está sempre condicionado pela sua significação.” (MINTZ, 2003, p. 28). Para o desenvolvimento dessa discussão, propomos reunir amplos e diversos debates entre autores, teóricos, historiadores, filósofos, antropólogos e pesquisadores que têm se dedicado aos estudos pertinentes ao universo da alimentação. A proposta desse ST é abordar e dialogar com diversas categorias que são inerentes para se pensar a comida e a cultura alimentar; como memória, identidade, tradição/inovação, o bom e o gosto, saberes e gestos, religião, gênero, sociabilidade, corpo, comensalidade, ritualidade, patrimônio, circulação e consumo, culinária e gastronomia entre outros, compreendendo a complexidade e a relevância de se estudar as práticas e sentidos da alimentação e entender que colocar um alimento na boca é mais que um simples gesto.

MENESES, José Newton Coelho. Apresentação: Culturas alimentares, práticas e artefatos. In: Varia História. Departamento de História, Programa de Pós-Graduação em História, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais. Vol. 32, nº 58, jan/abr 2016.

MINTZ, Sidney. Sabor a comida, sabor a libertad: incursiones en la comida, la cultura y el pasado.1ª ed. em espanhol. México D.F.: Ediciones de la Reina Roja. 2003.

MONTANARI, Massimo. Comida como cultura. 2ª ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2013.

07h00 ST 18 - O mundo colonial luso americano e as diversas estratégias de conquista e dominação: século XVI – XIX Simpósio Temático
ST 18 - O mundo colonial luso americano e as diversas estratégias de conquista e dominação: século XVI – XIX
Local: Em breve

Coordenadores:
Joelmir Cabral Moreira
http://lattes.cnpq.br/8657092403549314
Juliano Tiago Viana de Paula
http://lattes.cnpq.br/1415381521774966
Pollyanna Precioso Neves
http://lattes.cnpq.br/6017756879456395

Partindo dos postulados trazidos pelo enfoque histórico que se preocupa com a colonização da América Portuguesa como inserida no mundo mercantil de acumulação primitiva de capitais, ao mesmo tempo, que detentora de dinâmicas internas próprias. Nos propomos a pensar dialeticamente as diversas estratégias executadas tanto pela Metrópole quanto pela Colônia. A fim de manter o equilíbrio desta relação, de modo a efetivar a conquista do território e garantir a manutenção da dominação sobre o Brasil, muitas vezes dependente dos interesses locais estabelecidos. Para tanto, nos preocupamos em pensar a importância estrutural da escravidão africana como parte mantenedora da exploração colonial assim como as diversas possibilidades de mobilidade e distinções sociais alcançados pelos povos escravizados. Encarando a escravidão e o tráfico negreiro como componentes que podiam fortalecer a conquista e a dominação junto com outras instituições sociais, políticas, econômicas, militares e religiosas. Para tanto, temos em perspectiva que a consistência que moldou tais instituições foi pautada a partir da inexistência de distinções entre o público e o privado, característica típica das sociedades de Antigo Regime. O que abria um leque de possibilidades que forjavam um complexo universo normativo, baseado em relação clientelares, de negociação e oferta de honrarias e mercês por parte da Coroa Portuguesa. Nesse sentido, buscamos também dar enfoque a estudos que se preocupam o que, hoje, também é considerado como uma forma de institucionalização colonial: os descaminhos, que constituíam, basicamente, em toda prática que fosse de encontro com as determinações reais. Sendo assim, as práticas ilícitas compunham tal relação entre Colônia e Metrópole, como também uma estratégia de acumulação riquezas materiais e simbólicas. Sob a qual, as penalidades aplicadas pela Coroa aos descaminhadores poderiam ser rigorosas ou nem tanto e eram diretamente determinadas pelos conjunturais interesses envolvidos.

07h00 ST 20 - Interfaces imagéticas: a História em diálogo com a História da arte e da imagem Simpósio Temático
ST 20 - Interfaces imagéticas: a História em diálogo com a História da arte e da imagem
Local: Em breve

Coordenadores:
Kellen Cristina Silva
http://lattes.cnpq.br/2192213626611473
Weslley Fernandes Rodrigues
http://lattes.cnpq.br/0736206949893330

A visualidade é um dos elementos mais importantes para a sociedade atual, seja no campo das artes ou da comunicação, seja no campo da religiosidade ou político, a imagem está sempre presente, aguçando nosso senso critico ou nos fazendo cair no senso comum. Contudo, essa prerrogativa do visual não pertence apenas a atualidade, sendo importante em vários períodos históricos. Desde a pré-historia até os dias atuais, podemos elencar elementos visuais para a comunicação e demarcação de espaços, ideias, existência. Como o historiador tem como função estudar o “homem no tempo”, vestígios imagéticos são vitais para a compreensão da história, do lugar social e da importância da imagem para uma sociedade. Desde aspectos políticos, religiosos e estéticos, a imagem influencia, manipula e dialoga com o homem em seus espaços e lugares de vivencia e de fala. Por isso, o simpósio busca abarcar comunicações que reúnam uma interdisciplinaridade, cujo foco seja a analise da imagem. Georges Didi-Huberman nos aponta que “sempre, diante da imagem, estamos diante do tempo”. Contudo, é preciso saber qual tempo está diante dos olhos do historiador. O tempo atual ou o passado? Sendo assim, como questionar seus significados, visto que a imagem é atemporal? São questões desse nível que buscamos discutir em nosso simpósio temático. Didi-Huberman chama a atenção para o anacronismo que pode atrapalhar as análises iconográficas. Contudo, é também enfático em dizer que a imagem produzida em um determinado espaço não é, necessariamente, fruto apenas daquele período, justamente porque muitos artistas se baseavam em textos e imagens mais antigas do que aquelas produzidas na época para criarem suas obras. Para compreendermos o lugar das imagens dentro da historiografia, apresentamos o simpósio como um espaço de dialogo interdisciplinar, onde teoria e prática do estudo das imagens possam convergir e propiciar um espaço de debate e aprendizagem sobre metodologia de analise da imagem como objeto e fonte histórica.

07h00 ST 22 - Os usos políticos da educação ao longo do tempo e o ensino de História no Brasil atual Simpósio Temático
ST 22 - Os usos políticos da educação ao longo do tempo e o ensino de História no Brasil atual
Local: Em breve

Coordenadores:
Fabiano Augusto Buchholz de Barros
http://lattes.cnpq.br/1784103026679457
Fábio Eduardo de Araujo Baião
http://lattes.cnpq.br/385760720942662
Fernando Rosa do Amaral
http://lattes.cnpq.br/5465956795179262
João Pedro Menezes Jacinto
http://lattes.cnpq.br/8968577142423468
José Gustavo Almeida da Silva
http://lattes.cnpq.br/3568899698011838
Jumara Seraphim Pedruzzi
http://lattes.cnpq.br/5527731251286307
Luíza Rabelo Parreira
http://lattes.cnpq.br/5039077420468052
Moacir Fagundes de Freitas
http://lattes.cnpq.br/5744160903020177

As intensas disputas políticas e ideológicas que atualmente ocorrem em torno da Educação no Brasil não são recentes. Ao longo da História, inúmeros embates pela hegemonia da instrução das massas foram registrados, o que torna a Educação uma das esferas sociais mais pleiteadas pelos diversos grupos políticos. Grupos sociais e instituições de diversas naturezas fizeram uso, em vários espaços e tempos históricos, da Educação como uma maneira de controlar, moldar e difundir suas ideologias na sociedade. Como exemplo, é possível observar que, na realidade brasileira atual, o ensino de História vive um período de fortes ameaças, enfrentando o desafio de resistir à perda de direitos e de liberdades com o avanço de políticas reacionárias, que colocam em xeque a nossa jovem democracia. Assim, investigar a historicidade do Ensino de História se torna essencial para repensar nossas práticas educativas, bem como suas funções sociais, políticas e cognitivas. Tendo em vista esses apontamentos, a presente proposta de simpósio temático possui como objetivo promover reflexões - a partir de investigações sobre os usos políticos da Educação em diferentes espaços e períodos históricos - acerca de questões vivenciadas sobre o assunto na atualidade. Tem-se em vista, ainda, fomentar o diálogo entre estudantes e professores de História, Historiadores, dentre outros especialistas em Ensino de História, sobre as condições de trabalho docente no Brasil, os desafios e perspectivas que abrangem a disciplina escolar História. Para tanto, o simpósio pretende abarcar trabalhos que versam acerca dos usos políticos da educação, nos mais diversos âmbitos: escolar e não-escolar, público e/ou privado, elementar, secundário, na formação de professores das mais diversas disciplinas, entre outros. Do mesmo modo, pretende-se dialogar com trabalhos que problematizem o modelo educacional bancário, que ameaça a liberdade e a autonomia do espaço escolar e dos seus sujeitos. No que diz respeito aos recortes temporal e espacial, tem-se em vista investigações que se dedicam ao contexto brasileiro e também dos demais países da América Latina, do período colonial até a atualidade. Desta forma, o simpósio tem como pretensão agrupar distintos trabalhos que levem em consideração as disputas, tanto políticas como ideológicas, em torno da Educação e do Ensino de História, perpassando por diversos recortes temporais e espaciais, bem como por diferentes temas e abordagens.

07h00 ST 24 - De crise a crise: nação, política, sociedade e cultura no Brasil oitocentista Simpósio Temático
ST 24 - De crise a crise: nação, política, sociedade e cultura no Brasil oitocentista
Local: Em breve

Coordenadores:
Adriano Soares Rodrigues
http://lattes.cnpq.br/8268259551619942
Alexandre Bellini Tasca
http://lattes.cnpq.br/2812071435702075
Carolina de Toledo Braga
http://lattes.cnpq.br/9933526451634356
Janyne Paula Pereira Leite Barbosa
http://lattes.cnpq.br/4598510016948909
Sheila Lopes Leal Gonçalves
http://lattes.cnpq.br/4756173958359787
Thayná Cavalcanti Peixoto
http://lattes.cnpq.br/8010000788922467
Wélington Rodrigues e Silva
http://lattes.cnpq.br/7777107241763542

Debruçar-nos sobre o século XIX é de central importância para entender a construção do Brasil como Estado Nação, bem como nossas tradições políticas e sociais. Nossa proposta considera os impactos da chegada da corte de Bragança em 1808, abrangendo desde a crise do sistema colonial até a crise do Estado monárquico brasileiro, passando pela crise do sistema escravista. A criação da Imprensa Régia exemplifica o início dessa construção, tornando a sociedade luso-americana em produtora de material impresso, e não apenas consumidora. O espaço sócio-político brasileiro se reconfigurou, deslocando os centros de poderes e estabelecendo novas relações de força. Houve ainda mudanças e ampliações no espaço público brasileiro, não só em termos de alcance, mas aumentou o número de indivíduos e setores sociais envolvidos. O XIX foi um marco para o aprofundamento das redes de sociabilidades brasileiras. Constituir-se enquanto nação iria muito além da criação de um texto constitucional – era necessária uma identidade nacional. O Estado, ainda frágil, investiu no desenvolvimento de uma história oficial, organizada por institutos históricos, desejava-se legitimar um projeto de nação. Por meio do desenvolvimento de um sistema educacional científico, esse “projeto” buscava instruir, civilizar e higienizar. A criação do Estado-nação e da identidade nacional se ligava, assim, à questão da cidadania. Pessoas escravizadas, forras, mulheres, estrangeiros e a população não letrada foram marginalizadas ou mesmo excluídas da sociedade civil. Em uma nação tomada pelo analfabetismo, diversos grupos e sujeitos “liam”, se inserindo no mundo público à sua volta. Pessoas que rompiam a barreira do mundo doméstico indo às ruas, improvisando a própria subsistência e agindo como sujeitos políticos. Este simpósio pretende reunir trabalhos que discutam as formas de compreender a gênese da nação, como se deram as formas de administração e autonomias locais, a instituição do Ato Adicional, as rebeliões regenciais, o código comercial de 1850, a participação de homens e mulheres enquanto sujeitos políticos (intelectuais e marginalizados) nos processos sociais que culminaram na abolição da escravidão e na então proclamação da República, do qual marca a crise de um projeto imperial no Brasil dos oitocentos.

07h00 ST 26 - História da Educação e das práticas educativas no diálogo entre campos do saber: diversidades e espaços sociais em evidência Simpósio Temático
ST 26 - História da Educação e das práticas educativas no diálogo entre campos do saber: diversidades e espaços sociais em evidência
Local: Em breve

Coordenadores:
Beatriz Marinho de Melo
http://lattes.cnpq.br/3473175254195314
Fabrício Vinhas Manini Angelo
http://lattes.cnpq.br/0353283438071098
Felipe Osvaldo Guimarães
http://lattes.cnpq.br/8151451857447651
Karen Dayanne Nunes
http://lattes.cnpq.br/0309382608596450
Leandro Silva de Paula
http://lattes.cnpq.br/4405849093568023
Luisa Marques de Paula
http://lattes.cnpq.br/9322743595076273
Maria Clara Cobucci Soares de Moura
http://lattes.cnpq.br/5210938763187150
Milena Souza Oliveira
http://lattes.cnpq.br/5376698724225530

A História da Educação tem investido nos questionamentos sobre os rumos trilhados pela educação no Brasil, especialmente problematizando temas caros ao debate em torno desse universo, como o direito de acesso à educação e a qualidade da escola pública, as relações de poder (étnicas, de classe, de gênero) e suas implicações em práticas e processos formativos, os movimentos sociais e as recentes conquistas no campo educacional, os estudos sobre os intelectuais, os impressos e a imprensa pedagógica, entre outros. Nesse sentido, o crescimento de pesquisas que ajudam a consolidar e a (re)definir a área de História da Educação, vêm investindo no alargamento da concepção de educação, compreendida como um conjunto de práticas e processos sociais e culturais, provocando, assim, a ampliação das investigações que se voltam para objetos tão diversos como as diferentes práticas de ensino e aprendizagem, a História da constituição das disciplinas e dos currículos escolares, as reformas educacionais, trajetórias escolares, a formação de professores e/ou outros agentes culturais, a história dos intelectuais da educação, as práticas de leitura e escrita, as dinâmicas de circulação de impressos e artefatos culturais, além da ressignificação de temáticas tradicionais da história educacional como as políticas educacionais, o investimento público em educação, e a circulação de ideias pedagógicas. Além disso, crescem o número de investigações que se voltam às diferentes formas de se educar para além da escola, como através da imprensa, da música, do teatro, cinema; e a construção de laços de sociabilidade e redes de sentimentos ligados a relações de identidade e pertencimento mediados por organizações de classe, costumes populares, manifestações religiosas, etc. O propósito desse Simpósio Temático é o de estabelecer um diálogo sobre os sentidos dessas diferentes formas de pensar a educação, que ensejam ser compreendidas e elaboradas em franco debate com as atuais questões políticas que temos enfrentado e que nos compelem à defesa ferrenha de todo o universo educacional. Para tanto, o que se pretende é congregar pesquisas em torno da temática educacional a partir de múltiplos agentes, recortes, conceitos e metodologias, estreitando os laços e as trocas nos estudos nas Ciências Humanas, em especial no diálogo entre a Educação e a História. Acreditamos, pois, que a articulação entre jovens pesquisadores que se dedicam aos diversos fenômenos indicados anteriormente, assim como aos modos como a educação e as práticas educativas foram apropriadas e representadas pelos agentes históricos e pela historiografia, pode sustentar um debate que nos permite compreender os significados históricos das diferentes formas de se educar no Brasil.

08h00 Comunicação em Simpósio Simpósio Temático
Local: a definir

Simpósio substitutivo ao ST19

08h00 ST 28 - História, religião e religiosidade: cultos, narrativas, instituições e práticas religiosas Simpósio Temático
Local: a definir

O simpósio objetiva abrir um espaço de debate sobre o tema das religiões e religiosidade, explorando um campo em crescimento e que ocupa cada vez mais relevância na academia. A própria constituição de um campo conceitual para os estudos das religiões e religiosidades possui relação com os avanços nas pesquisas em História, particularmente com as mudanças advindas da Nova História, quando tratou de compreender a formalidade das práticas e apostou na interdisciplinaridade para abordar diferentes objetos e temporalidades. A variedade das pesquisas historiográficas mais recentes acena para a necessidade das discussões teóricas e metodológicas que objetivem ampliar o conhecimento acerca das relações entre o fenômeno religioso e a ordem política, o patrimônio cultural, as novas formas de manifestação da religiosidade, o pluralismo como paradigma da religião na modernidade e a coexistência dos discursos religioso e secular numa sociedade plural e, neste contexto, o surgimento dos fundamentalismos e integrismos, que são questões importantes na religião global contemporânea. O Simpósio busca promover o conhecimento histórico da religião, de modo especial, sobre o estatuto epistemológico da História das Religiões, seu papel na formação do historiador e o papel da história como espaço de saber e poder, bem como oferecer instrumentos para a reflexão sobre o papel da religião como portadora de um influxo cultural capaz de provocar mudanças nos panoramas políticos, sociais e econômico. Interessam-nos compreender a historicidade dos discursos, ideias, práticas, crenças, comportamentos, instituições. Portanto, o diálogo entre História e Religião nos é válida à medida que revela estratégias de pessoas, grupos e instituições no processo de constituição da(s) identidade(s) religiosa(s), que por sua vez, interfere nas práticas cotidianas, nos lugares, nos comportamentos e nas representações. Desta maneira, as pesquisas tornam-se relevantes para a desconstrução de generalizações ao possibilitar o contato com as diferentes fontes, objetos e realidades religiosas em variadas espacialidades e temporalidades, proporcionando reflexão e diálogo epistemológicos numa perspectiva interdisciplinar, particularmente entre a História e demais áreas das Ciências Humanas.

07h00 ST 01 - História Intelectual em debate: práticas,problemas e perspectivas Simpósio Temático
ST 01 -  História Intelectual em debate: práticas,problemas e perspectivas
Local: Em breve

Coordenadores:
Cairo de Souza Barbosa
http://lattes.cnpq.br/4802533280401338
Daniel Pinha Silva
http://lattes.cnpq.br/8740068953346337
Gabriel Felipe Oliveira de Mello
http://lattes.cnpq.br/4304028248000706
Renan Siqueira Moraes
http://lattes.cnpq.br/7914478898707494

Desde o último quarto do século XX, a história intelectual emerge como campo disciplinar de pesquisa na tentativa de solucionar alguns dilemas que envolviam a tradicional história das ideias, a história dos intelectuais e a sociologia do conhecimento. Trata-se de um termo polissêmico e polifônico que se apropria das diversas contribuições das Humanidades e atua nas regiões fronteiriças da historiografia. Neste sentido, procura entender os artefatos intelectuais produzidos no mundo social, atentando-se para a vastidão de experiências humanas no tempo e no espaço. Para tanto, vale-se de diversas abordagens complementares, tais como história das linguagens e do pensamento político e social, história da historiografia, história dos conceitos, biografia intelectual, história da circulação, apropriação e recepção de ideias, dentre outras. Na busca por consolidar-se na tradição historiográfica brasileira, a história intelectual é construída a partir de um movimento de renovação epistemológica, apostando sobretudo em dilemas urgentes e emergentes que se relacionam com temáticas do chamado tempo presente, sobretudo as relações entre tempo e espaço; entre a multiplicidade de estratos temporais e as distintas regiões e/ou grupos políticos/sociais específicos às quais se relaciona; sobre os processos de modernização social, especialmente entre os séculos XIX e XX; entre práticas e representações culturais/sociais/políticas, que constroem vocabulários específicos na atribuição de sentidos ao mundo sensível; entre a figura sociocultural do intelectual e sua participação na cena pública, especialmente no cenário brasileiro e latino-americano; entre a formação de redes nacionais, internacionais e transnacionais, a partir das quais se criam laços que permitem a circulação de ideias em diversos contextos; entre os meios e mediações que conformam e dão vida aos discursos intelectuais ao longo do tempo. A presente proposta, assim, tenta construir respostas aos desafios contemporâneos colocados à historiografia e à figura do historiador em um mundo em constante destruição, dissolução, reconstrução e construção como o do século XXI.

07h00 ST 03 - História da África e seu ensino no Brasil Simpósio Temático
ST 03 - História da África e seu ensino no Brasil
Local: Em breve

Coordenadores:
Clara Abrahão Leonardo Pereira
http://lattes.cnpq.br/0558051337976232
Flávia Gomes Chagas
http://lattes.cnpq.br/5483438479710283
Guilherme Farrer
http://lattes.cnpq.br/4437153724630393

Este simpósio tem como proposta a continuidade do diálogo entre pesquisadores dedicados ao estudo da História da África e/ou seu ensino no Brasil, iniciado neste evento em 2013. Procuraremos promover e renovar o intercâmbio de visões e recortes distintos ou complementares de temáticas e metodologias dos estudos africanistas, cujo maior crescimento se deu no país nos últimos anos e que, na Universidade Federal de Minas Gerais, encontram-se num processo de desenvolvimento promissor.

Após mais de uma década da criação da Lei 10.639/2003, que tornou obrigatório o ensino da História da África e dos africanos na educação básica, tempo no qual os esforços de se construir uma narrativa histórica por um prisma africanista e não eurocêntrico se multiplicaram nas universidades, pareceu-nos premente a manutenção de uma mesa de debate acerca do tema no EPHIS. A proposta é garantir e perenizar a existência de espaços de troca e diálogo dedicados ao tema da presença dos africanos na construção da história como atores e autores. Entendemos que o crescimento da importância da área na graduação e pós-graduação em História deve ser parte central da discussão, pois representa dimensão direta da relação entre produção científica e acadêmica e o mundo social.

Por se tratar de um campo em formação, cuja expansão encontra-se vinculada à lenta modificação das instituições de ensino superior e básico de todo o país, este simpósio possui propositalmente ampla receptividade de comunicações. Gostaríamos de mantê-lo como um simpósio temático plural, que inclua trabalhos sobre diferentes recortes cronológicos e geográficos e una esforços de pesquisadores que queiram compreender as culturas africanas em sua historicidade.

Propomos, assim, a reunião de variados marcos cronológicos e objetos de pesquisa desenvolvidos em torno da História da África, bem como de seu ensino. Espera-se que diferentes perspectivas temáticas e teórico-metodológicas possam ser incluídas nas discussões a se desenvolverem. Almejamos, por fim, dar continuidade neste VIII EPHIS a um simpósio cujo foco central é a História africana, estabelecendo-se um espaço importante de abertura dos campos e dos olhares a perspectivas interdisciplinares, promovendo e afirmando a temática na pesquisa em história na UFMG.

07h00 ST 05 - História e linguagens: literatura, biografia e teoria da história em tempos sombrios Simpósio Temático
ST 05 - História e linguagens: literatura, biografia e teoria da história em tempos sombrios
Local: Em Breve

Coordenadores:
Ana Carolina de Azevedo Guedes
http://lattes.cnpq.br/0571977062751085
Edson Silva de Lima
http://lattes.cnpq.br/8450776305584305
Evander Ruthieri da Silva
http://lattes.cnpq.br/1809837136738718
Maycon da Silva Tannis
http://lattes.cnpq.br/7648677368408330

A produção historiográfica recente tem se atentado às linguagens ficcional e biográfica enquanto elementos constitutivos do mundo social e testemunhos marcados pelas confluências entre memória individual e coletiva. O simpósio temático “História e Linguagens”, em sua 4ª edição junto ao EPHIS objetiva fomentar o diálogo e debate entre estudantes e pesquisadores que investigam fontes e problemas relacionados às dimensões da Literatura e da Biografia. Nossa proposta tem como fio condutor a perspectiva de que estes objetos culturais fornecem evidências a respeito das formas de sentir e pensar em determinado contexto histórico e, nos tempos sombrios, marcado pelos dilemas em torno dos gestos testemunhais, interagem com redes complexas marcadas por políticas da memória. Bem como a larga vida teórica desses testemunhos e seus desdobramentos no campo historiográfico: a saber, a literatura e a vida não se deixam dominar e biografar por completo, mas a cada nova tentativa o que temos são novas portas e perguntas a respeito do que foi tomado como mera fonte. O eixo central dialoga com os fundamentos teóricos constitutivos da formatividade literária e, portanto, pretende reunir pesquisas que discutam as confluências e inflexões entre narrativas literárias e discursos históricos, de modo a problematizar dicotomias como ficção e realidade. Esse ST integra pesquisadores que estão entre história, ficção e narrativa em âmbito da Teoria da História; a historicidade inerente dos discursos literários, tomados enquanto fonte histórica; as escritas (auto)biográficas e biográficas enquanto gêneros localizados entre a História e a Ficção; os estudos de trajetórias e itinerários; experiências didáticas envolvendo História e Literatura; as relações com o passado e a escrita da História no nas produções ficcionais; bem como as propostas que tragam um amplo diálogo entre história intelectual e biografia, em relação aos escritos, escritores e biografados, e, em interlocução com a temática central do VIII EPHIS, as relações densas entre linguagem, ficção e memória em tempos sombrios ou de “catástrofes históricas” (genocídios, experiências traumáticas, violências institucionais), onde é imperativo aos sujeitos históricos narrar o inenarrável. Bem como a aflitiva compreensão de produtores de um discurso que atinge, muito facilmente, o nervo da história, e ao mesmo tempo em que pesquisamos figuras de momentos complexos, nos colocamos também como seres que escrevem em tempos sombrios.

07h00 ST 07 - Cidadania, democracia e política na América Latina do século XIX ao XXI Simpósio Temático
ST 07 - Cidadania, democracia e política na América Latina do século XIX ao XXI
Local: Em breve

Coordenadores:
Ana Paula Cecon Calegari
http://lattes.cnpq.br/3091362839440451
Elvis de Almeida Diana
http://lattes.cnpq.br/8440932980939738

O que entendemos por “América Latina”? Como se deu a formação dos Estados nacionais latino-americanos e sua consolidação pós-independências? Quais foram os caminhos percorridos, pelas sociedades latino-americanas, para a construção da cidadania e da democracia? Como estas temáticas podem ser pertinentes nestes tempos sombrios, de retirada de direitos, em que vivemos hoje? Estas e outras várias questões são impossíveis de serem respondidas se não nos colocarmos a observar tais sociedades por meio das lentes da História, lentes estas que nos proporcionam ampliar o olhar e, ao mesmo tempo, reduzir as “escalas” de observação, conforme nos indicou Jacques Revel (1998), em relação a diversas problemáticas e características que permanecem até hoje. Além disso, tais lentes também nos possibilitam enxergar as rupturas, as renovações e atualizações que ressignificaram as relações políticas, sociais, culturais e econômicas dos países latino-americanos e que colaboraram para a formação da cidadania e para a conquista dos direitos na referida região. Tais questões também contribuem para que possamos ficar em alerta em relação às interpretações que possam se mostrar generalizantes e globalizantes demais, as quais conduzem aos riscos de abranger todas as experiências a partir de uma única interpretação e das simples “enumerações” dos casos, sem a preocupação de se realizar uma conexão mais contextual e analítica em relação a cada caso estudado, assim como Maria Ligia Coelho Prado (1987, p. 4) já havia chamado a atenção. Neste sentido, este Simpósio Temático objetiva criar um espaço para o diálogo e o debate sobre pesquisas, em andamento ou já concluídas, que versem sobre as questões já colocadas anteriormente, as quais estão ligadas aos vários projetos intelectuais, políticos, culturais e econômicos de caráter nacional e, também, os que ultrapassaram as fronteiras de cada país; aos movimentos sociais urbanos e rurais; à formação das identidades e subjetividades políticas e culturais antes, durante e após os processos independentistas; às relações entre trabalhadores e os governos ditos populistas; à construção constante da democracia e aos regimes autoritários. Dessa forma, são bem-vindas pesquisas que lidem com os mais variados enfoques teórico-metodológicos, desde que tenham a preocupação com as temáticas, com as problemáticas, e com o recorte espaço-temporal expostos acima, além de outras áreas do conhecimento, visando, assim, um debate interdisciplinar.

07h00 ST 09 - Coagir, consentir, resistir, imaginar: atuação e representação em experiências fascistas, autoritárias e totalitárias Simpósio Temático
ST 09 - Coagir, consentir, resistir, imaginar: atuação e representação em experiências fascistas, autoritárias e totalitárias
Local: Em Breve

Coordenadoras:
Ana Luiza Ianeles dos Santos
http://lattes.cnpq.br/5810802998141673
Karina Fonseca Soares Rezende
http://lattes.cnpq.br/5248817138536676
Maria Visconti
http://lattes.cnpq.br/9020280172249149

Hannah Arendt entende os tempos sombrios não apenas como uma raridade abominável do século XX, mas também como uma perspectiva possível dentro da experiência humana. Se as formas vivenciadas de fascismo e totalitarismo são sinais das sombras das quais falava a filósofa, cabe a nós o exercício de entender essas formas históricas não apenas como um fardo dos nossos tempos, mas como uma possibilidade ainda presente em nossos tempos. Acreditamos que nos tempos sombrios que estão por vir, é mais do que fundamental um espaço de discussão sobre eventos traumáticos do passado – como diria Arendt, um espaço onde a liberdade possa aparecer, para tentar compreender esse mundo onde tais coisas foram possíveis. Assim, quem sabe, poderemos estar mais atentos aos sinais de alerta que já nos rodeiam e apreender, como entende Pierre Rosanvallon, o fazer historiográfico como uma forma de intervenção ativa no presente.

Neste sentido, pensando não só nas rupturas, como também nas continuidades e permanências históricas, este simpósio tem por objetivo aproximar e relacionar pesquisas que tratem das manifestações, práticas, discursos e símbolos da violência e opressão dos séculos XX e XXI.

O simpósio vislumbrará propostas com reflexões teóricas e/ou historiográficas para além de trabalhos em diálogo com outras áreas, tais quais a filosofia e a sociologia. Serão admitidas pesquisas sobre formas de resistência à repressão, bem como reflexões acerca do cerceamento da liberdade e das formas de organização e efetivação do poder. Contemplaremos aqui as mais variadas formas de resistência e de atores políticos dissidentes. Também serão aceitas propostas situadas no outro espectro, de modo a serem bem-vindas pesquisas sobre os perpetradores e os responsáveis pela manutenção da violência. Entendendo a figura do líder como central em regimes autoritários, totalitários e fascistas, estão, portanto, incluídas reflexões sobre "O Grande Irmão" e representações imaginárias e mitológicas em torno do líder e seus discursos. Além disso, buscamos incluir estudos focalizados no “entre extremos” da atuação política: a zona cinzenta, ou seja, os que não são carrascos, tampouco vítimas, abarcando assim uma reflexão mais profunda sobre as noções de consentimento e cumplicidade. Ainda estão incorporadas as produções relacionadas à memória e ao testemunho das vítimas, aqueles que sofreram ou presenciaram a violência.

Encorajamos propostas que englobem a constituição e organização histórica, social e política de regimes fascistas, autoritários e totalitários, bem como as diversas relações de poder constituídas. Para além de trabalhos focados em regimes específicos (como fascismo italiano, o nazismo alemão, o stalinismo soviético, as ditaduras latino-americanas, o franquismo espanhol) buscamos reflexões sobre formas e discursos contemporâneos de ideias e políticas autoritárias ou de caráter fascistas e totalitárias, visando uma aproximação com outros locais e outros períodos da história. Neste sentido, estarão contemplados ainda trabalhos sobre autoritarismo e violência em democracias, tendo em vista que a experiência política muitas vezes admite democraticamente tendências autoritárias. Ainda serão incorporadas pesquisas acerca das experiências traumáticas e suas reverberações no vocábulo e atuação internacional, tal como a elaboração pela ONU da Declaração Internacional dos Direitos Humanos, a noção de crime contra a humanidade e os conceitos de genocídio ou, mais especificamente, de Holocausto ou Shoah. Também serão bem-vindos trabalhos que reflitam sobre representações audiovisuais e narrativas escritas ficcionais, não ficcionais e/ou distópicas de regimes autoritários. Assim, aceitaremos pesquisadores que analisem romances, filmes e formas de representação que foram - ou não – produzidas nesses contextos históricos.

07h00 ST 11 - Diálogos entre a História e a Comunicação Social Simpósio Temático
ST 11 - Diálogos entre a História e a Comunicação Social
Local: Em Breve

Coordenadores:
Gabriela Silva Galvão
http://lattes.cnpq.br/8337487470406759
Marina Helena Meira Carvalho
http://lattes.cnpq.br/6465577669211146
Márcio dos Santos Rodrigues
http://lattes.cnpq.br/5967484351850407

A relação entre as diversas mídias e o conhecimento da História tem conquistado crescente espaço nos trabalhos acadêmicos, principalmente em razão da recente valorização das abordagens interdisciplinares e transdisciplinares. Os meios de comunicação são excelentes lócus para o conhecimento da História não só da mídia, como também, por meio da mídia. Se o primeiro significado aponta para a historicização dos meios, os colocando como objeto de pesquisa e informado sobre determinada cultura material, a segunda abordagem os utiliza como fontes responsáveis por representações de experiências humanas, às quais se ligam com problemáticas contemporâneas ao meio. As mídias também são instrumento de difusão do conhecimento. O presente simpósio visa a reunir trabalhos que utilizem as diversas formas de meios de comunicação, tais como jornais, revistas, fotografias, propagandas, histórias em quadrinhos (HQs), programas de televisão, rádio, cinema, redes sociais, entre outras, como fonte ou objeto de pesquisa, não só no campo histórico, como também das demais áreas. Existe amplo e pouco estudado leque de possibilidades investigativas acerca das mídias. Pensar em uma pesquisa de interface entre História e Comunicação é investigar o contexto semântico de elocução e de produção, a cultura material e simbólica de determinada época, as representações e os discursos construídos, as relações com o poder, dentre muitas outras questões. Analisa-se o que foi produzido, para quem, por quem, de que forma, como, com quais intencionalidades e como se deu a recepção pelo público. Esses elementos também podem ser levados em conta para pensar nas mudanças pelas quais a propagação do saber vem sendo feita nos últimos anos. É notório que os meios de comunicação são usados como forma de divulgação de pesquisas desde pelo menos o final do século XIX, tendo esse fenômeno crescido consideravelmente durante o século XX, sobretudo a partir da popularização de meios como o rádio, as revistas e a televisão. Entretanto, essa ocorrência cresceu exponencialmente nos últimos dez anos por meio da internet e, sobretudo, das redes sociais. Como podemos ver, as relações entre o conhecimento histórico e a Comunicação Social são amplas. O Simpósio Temático será uma maneira ímpar de discutir e problematizar essa interface, contribuindo para o incremento e divulgação da pesquisa na área.

07h00 ST 02 - Imprensa lugar de memória: práticas historiográficas e fontes históricas Simpósio Temático
ST 02 - Imprensa lugar de memória: práticas historiográficas e fontes históricas
Local: Em breve

Coordenadores:
Giovane Silva Balbino
http://lattes.cnpq.br/1270077742510528
Ivan Teodoro Marques
http://lattes.cnpq.br/4259165569513087

Com o romper da história tradicional e o progresso da história social, a partir dos Annales, novas fontes vêm sendo utilizadas por historiadores para alcançar o contato com seu objeto, o ser e a vida humana, neste sentido a imprensa foi e permanece sendo uma das principais fontes para compreensão dos homens no seu tempo.

Tendo isso em vista elucidamos a necessidade de manter aberto o dialogo entre pesquisadores sobre trabalhar com e sobre a imprensa, especialmente no que tange a metodologias de pesquisa. Sabendo que esta fonte perpassa os mais diferentes tempos da sociedade contemporânea, inclusive seus tempos sombrios tornando-se assim indispensável para a construção do saber sobre um determinado povo, classe, época.

A intenção deste Simpósio Temático é trazer para o diálogo pesquisas que tenham como temática a imprensa ou que tenham nela uma das fontes de pesquisa, ainda acreditamos poder abarcar pesquisas sobre o uso da imprensa no cotidiano das salas de aula no ensino básico.

Por si só, o Simpósio Temático se divide em blocos que almeja ampliar a área de debate acerca do papel da imprensa como lugar de memória. E como são as suas práticas historiográficas e as variadas fontes históricas que podem ser aliadas ao historiador e demais pesquisadores que almejam usá-las para estudos em relação a história do Brasil e do Mundo: a) Imprensa e Memória; b) Imprensa e Cidade; c) Imprensa e Estado; d) Imprensa como fonte histórica; e) Imprensa como material didático; f) A imprensa como instrumento ideológico e de luta de classes; g) Imprensa e instituições educacionais e h) O papel da imprensa no golpe jurídico-parlamentar de 2016 no Brasil.

Portanto esse Simpósio Temático que tem como seu principal objetivo de ampliar os debates acerca dos usos das mais variadas práticas de trabalho da imprensa como fonte histórica e como lugar de memória. Tem como sua meta de receber trabalhos de graduandos, graduados, mestrandos, mestres, doutorandos e doutores nas mais variadas áreas das ciências humanas.

07h00 ST 13 - História, gênero e sexualidade: existências e resistências em tempos sombrios Simpósio Temático
ST 13 - História, gênero e sexualidade: existências e resistências em tempos sombrios
Local: Em breve

Coordenadores:
Ana Luisa Ennes Murta e Sousa
http://lattes.cnpq.br/8518633096141816
Átila Augusto Guerra de Freitas
http://lattes.cnpq.br/5363758546394374
Cássio Bruno de Araujo Rocha
http://lattes.cnpq.br/0153381151242770

Não é possível apresentar a proposta para mais uma edição do simpósio temático História, Gênero e Sexualidade, sem tomar um instante para pensar os tempos sombrios que atravessamos no Brasil e no Mundo. A chegada de partidos da extrema-direita, de orientação fascistizante, ao poder dramatiza a precariedade característica dos nossos corpos subalternizados, historicamente, pelo capitalismo e pelo hetero-patriarcado, tornando ainda mais crucial que lutemos para preservar nossos espaços de existência e resistência. Se as hordas fascistas têm como um de seus alvos preferenciais os estudos de gênero e de sexualidade, devemos repensar nossas ações e práticas de liberdade, inclusive no âmbito deste simpósio. É neste sentido que, este ano, pensamos em acolher trabalhos que repensem, re-proponham e re-façam a mediação entre militância política social e produção teórica acadêmica. Nos interessa debater comunicações que problematizem a pretensa dualidade entre movimentos sociais e Universidade, especialmente no que toca o campo da História. Nos últimos anos, temos visto um certo avultamento na publicação de trabalhos historiográficos sobre feminismos, movimentos LGBTIQ+ e seus cruzamentos interseccionais com o movimento negro, lutas trabalhistas e outras formas de contestação ao status quo. De modo mais geral, como nas edições anteriores, continuam nos interessando trabalhos que versem sobre variadas perspectivas teóricas, com distintos objetos de pesquisa e recortes espaço-temporais diversos, desde que sejam comunicações que cruzem questões de gênero e sexualidade com a análise histórica. Acreditamos que os estudos de gênero na história podem ultrapassar a fronteira da história das mulheres (mantendo o diálogo com esta área pioneira e importante), compreendendo áreas como a teoria Queer, história das masculinidades, das transexualidades e intersexualidades. Nestes sombrios tempos de disseminações de calúnias, inverdades e mentiras sobre a educação de gênero e sexualidade, entendemos que aplicar estas mesmas categorias de gênero e sexualidade aos estudos históricos, longe de ser um anacronismo, consiste em estratégica postura de resistência às narrativas totalitárias e, estas sim, anacrônicas da história, permitindo que reconstruamos os processos históricos de constituição das subjetividades generificadas e sexualizadas - uma via para repensarmos como estilizar nossas existências no presente.

07h00 ST 15 - Rupturas e continuidades da Época Moderna (XV-XIX) Simpósio Temático
ST 15 - Rupturas e continuidades da Época Moderna (XV-XIX)
Local: Em Breve

Coordenadoras:
Ana Tereza Landolfi Toledo
http://lattes.cnpq.br/6527188316490938
Lívia Bernades Roberge
http://lattes.cnpq.br/6735350355100599
Natália Ribeiro Martins
http://lattes.cnpq.br/8341204318748030
Thaís Tanure de Oliveira Costa
http://lattes.cnpq.br/6139653055137073

O Período Moderno, aqui compreendido entre o século XV e as primeiras décadas do século XIX, foi um contexto fértil para o surgimento e a construção de diversos hábitos, instituições, teorias e perspectivas. Das monarquias imperiais à reforma protestante, das conquistas dos espaços coloniais à escravidão, forjaram-se no período as matrizes que viriam a moldar de forma substancial o que é hoje o mundo ocidental. Nesse sentido, o objetivo do presente simpósio é promover um espaço voltado ao compartilhamento de pesquisas que lidam com fontes e temáticas acerca da Idade Moderna, e sua consequente crise. Buscando distanciarmos-nos de uma perspectiva conservadora e elitista sobre o contexto, pretendemos agregar pesquisas que enfatizam o dinamismo das práticas políticas e as especificidades das mais diversas estratégias e negociações empregadas pelas gentes, engendrando uma pluralidade de abordagens e possibilidades de pesquisas em torno não só de questões como centralização monárquica e consolidação dos absolutismos, por exemplo, mas também das ilegalidades e outras práticas contrárias ao costume e à lei. Nesse sentido, pretendemos também abarcar debates concernentes aos mecanismos institucionais e as práticas culturais, religiosas e sociais dos diferentes agentes e suas possíveis adaptabilidades nos mais longínquos espaços e, ainda, as estratégias políticas, culturais e econômicas de sustentação típicas da Época Moderna. O Simpósio acolherá a temática dos “desgovernos”, das instabilidades, dos radicalismos, heterodoxias e venalidades, as práticas sociais das ilicitudes e alterações da ordem e das dinâmicas dos projetos políticos e mercantis em disputa na Europa entre os séculos XV-XIX. Ao pensar a Modernidade sob a perspectiva global que lhe é digna, propomos aqui congregar trabalhos que versam em debates sobre os mais diversos recortes espaciais, como por exemplo, a noção de “bom governo das gentes” verificados nos Impérios Ibéricos e suas difusões no mundo Atlântico, até debates sobre Escravidão moderna, Guerras de Religião, Reforma e Contrarreforma, Milenarismos, Revoluções Inglesa e Francesa, Literaturas, Utopias, República das Letras, Filosofia Política Moderna, Impressos, dentre demais rupturas e continuidades características do período.

07h00 ST 17 - História e linguagens da imaginação: artes em tempos sombrios – séculos XX e XXI Simpósio Temático
ST 17 - História e linguagens da imaginação: artes em tempos sombrios – séculos XX e XXI
Local: Em breve

Coordenadores:
Henrique Brener Vertchenko
http://lattes.cnpq.br/0889237025627229
Nelyane Gonçalves Santos
http://lattes.cnpq.br/0353751145088239

O século XX foi marcado por experiências extremas e violentas, desastres morais, nacionalismos, totalitarismo, fascismos, guerras, ditaduras e genocídios, que perpassaram diferentes sociedades e espectros de regimes políticos. As artes, como manifestações culturais e regimes estéticos de representação da história e das sociedades no tempo, foram capazes de produzir formas de se ver, sentir, narrar e edificar o que concebemos como realidade. Considerando essa perspectiva, o ST "História e Linguagens da Imaginação: artes em tempos sombrios – séculos XX e XXI" pretende colocar em debate propostas investigativas que abordem as produções, projetos e posicionamentos de artistas frente às realidades extremas enfrentadas, seja por meio das linguagens do teatro, artes visuais, cinema, literatura, performance ou música. As abordagens podem se dar sob a ótica das formas de resistência, engajamento, embates contra a violência de Estado, repressão, acomodações ou concordâncias diante dos “tempos sombrios”. A constituição de culturas políticas envolve processos de sensibilização que podem também ser compreendidos por meio das representações artísticas. Nesse sentido, os historiadores têm se voltado para os processos de percepção e imaginação que marcam a vida em sociedade e sua dimensão política. É importante lembrarmos que o que torna o objeto artístico importante para a história é a análise desenvolvida acerca de suas variadas proposições e sentidos. Desse modo, é preciso ampliar a noção de esfera do político para diferentes espaços de sociabilidade que transcendam as ações determinadas pela esfera da política de estado. Assim, poderão ser discutidas diferentes manifestações artísticas tangenciando temáticas amplas vinculadas ao cotidiano imediato dos artistas, dialogando com instituições, memória, com as diferentes formas de poder e de exclusões sociais, com temas como racismo, homofobia e machismo. O objetivo é fomentar discussões que tomem as diferentes expressões artísticas não apenas como suportes de ideias e valores, mas como resultado de práticas sociais e políticas, ampliando o debate sobre as possibilidades e os desafios colocados a partir das pesquisas com essas fontes. Também poderão ser contempladas propostas relativas à teoria e metodologia desses campos de conhecimento, análises historiográficas e narrativas que abordem a trajetória de sujeitos, obras e instituições, além de recortes que se abram aos “novos tempos sombrios” que se anunciam no século XXI.

07h00 ST 04 - História dos Museus, Coleções e Exposições Simpósio Temático
ST 04 - História dos Museus, Coleções e Exposições
Local: Em breve

Coordenadores:
André Onofre Limírio Chaves
http://lattes.cnpq.br/0554180142409247
Carolina Vaz de Carvalho
http://lattes.cnpq.br/6025797099774189
Eduardo Polidori Villa Nova de Oliveira
http://lattes.cnpq.br/3218037760418743
Otávio Pereira Balaguer
http://lattes.cnpq.br/9316824425624754

Há múltiplas intersecções entre a História, como disciplina, e as instituições museais, coleções e exposições: estas figuram ora como fontes, ora como objeto de estudo, ora como suporte para a construção, reafirmação ou contestação de discursos sobre a ação humana no tempo. Tendo em vista a grande adesão em 2018, este Simpósio Temático objetiva, mais uma vez, reunir pesquisadores interessados na investigação de dinâmicas, práticas, processos e políticas de colecionamento, musealização e exposição nas eras moderna e contemporânea (sécs. XVI-XXI).

Em 2 de setembro de 2018 vimos a materialização da negligência do Estado para com a cultura e a ciência, no incêndio do Museu Nacional da UFRJ. Após o incidente, as ações imediatas tomadas pelo governo federal buscavam isentar o poder público de responsabilidades - uma medida provisória pretendia extinguir o principal órgão de proposição de políticas e de gerenciamento dos museus federais, o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), e delegar à iniciativa privada grandes poderes sobre a gestão e financiamento de instituições museais públicas.

Nestes tempos sombrios, faz-se ainda mais fundamental e urgente pensar o papel dos museus, coleções e exposições na sociedade, no passado e no presente, dimensionando os desafios que eles enfrentarão nos próximos anos. Este Simpósio Temático procura fortalecer, ampliar e apurar as investigações em curso sobre museus, coleções e exposições em suas variadas dimensões e perspectivas.

Serão aceitas, nesse sentido, pesquisas, finalizadas ou em andamento, que estejam direcionadas seja às reflexões tradicionais sobre a formação e trajetória de coleções e instituições museológicas, públicas ou privadas, seja à análise da vida social de objetos e coleções, tomando-os singularmente ou em conjunto, à historicidade das camadas semânticas atribuídas a objetos colecionados e expostos, ao trânsito e à apropriação de coleções e objetos musealizados em diferentes culturas, contextos e espaços, à produção de sentidos e narrativas nos processos de colecionamento, musealização e exposição, à formação de redes de colecionadores e à criação de mercados especializados no atendimento de seus interesses. Interessa-nos, ainda, investigações que procurem evidenciar o papel e a experiência de colecionadores, curadores e demais agentes envolvidos nos processos de coleta, ordenação, documentação, interpretação, montagem, exposição, comunicação e circulação, ou que se voltem às políticas que pautaram tais práticas e dinâmicas em sua dimensão histórica.

07h00 ST 19 - Cultos, narrativas e práticas religiosas: religiões e religiosidades e suas possibilidades nas pesquisas históricas Simpósio Temático
ST 19 - Cultos, narrativas e práticas religiosas: religiões e religiosidades e suas possibilidades nas pesquisas históricas
Local: Em Breve

Coordenadores:
André Rocha Cordeiro
http://lattes.cnpq.br/9814943716830357
Bárbara Santana Nogueira
http://lattes.cnpq.br/7881649333133625
Tiago Ferreira dos Santos
http://lattes.cnpq.br/5180454057921564

Diante da diversidade religiosa existente no Brasil e no mundo contemporâneo se faz necessário a discussão histórica acerca das trajetórias, vivências, experiências e práticas das religiões e suas especificidades. Expressando-se enquanto uma atividade humana, ferramenta de sociabilização e de relações sociais as religiões e religiosidades estão presentes em vários contextos culturais e históricos, de modo a se demonstrarem objetos históricos e de análises de historiadores, que buscam formas de compreender e interpretar a atuação dos sujeitos históricos em suas múltiplas vivências. Surgindo no século XIX enquanto disciplina a História das Religiões expandiu-se, posteriormente, enquanto campo de pesquisa, por meio de fundação de periódico e revistas científicas, publicação de livros, instituição de cátedras de estudos, congressos e eventos acadêmicos. Com a terceira geração da École des Annales, da década de 1960, a História das Religiões e Religiosidades ganhou novo fôlego tornando, desse modo, possível ao historiador resgatar práticas e estratégias, conflitos e acordos, que permeiam as formas de contato com o sagrado e marcam as experiências vividas em grupo ou individualmente, dado que as múltiplas culturas humanas possuem suas noções acerca do divino. Compreendendo a variedade de abordagens, fontes e objetos que perpassam a História das Religiões e Religiosidades, este simpósio tem como objetivo pensar o fenômeno religioso em seus múltiplos aspectos teórico, conceitual e metodológico, reunindo os diversos trabalhos e pesquisas sobre religiões, religiosidades e crenças que vem sendo desenvolvidas no campo da história e das ciências humanas, a fim de proporcionar, aos participantes, possibilidades de trocas epistemológicas e possíveis reflexões e diálogos trans/interdisciplinares.

07h00 ST 21 - Escravidão e liberdade nas Américas Simpósio Temático
ST 21 - Escravidão e liberdade nas Américas
Local: Em breve

Coordenadoras:
Ana Caroline Carvalho Miranda
http://lattes.cnpq.br/3648840034904494
Cleudiza Fernandes de Souza
http://lattes.cnpq.br/2651657360046739
Dayana de Oliveira Silva
http://lattes.cnpq.br/0479024879754716
Marileide Lázara Cassoli
http://lattes.cnpq.br/9816139311882268
Roseli dos Santos
http://lattes.cnpq.br/1215538697860425

Nas últimas décadas, a historiografia tem lançado luz sobre as problemáticas envolvendo as populações escrava e egressa do cativeiro em todo o mundo. No caso específico do Brasil, há apenas 130 anos o sistema escravista chegou ao fim. As marcas desse cruel sistema podem ser sentidas até o presente momento. Muito já se produziu sobre essa temática, todavia, é perceptível como as pesquisas que se dedicam ao tema têm avançado. Hoje, somos capazes de compreender as relações de poder, as sociabilidades, os tratos comerciais, culturais e religiosos em que estes indivíduos estavam inseridos. A partir disso, as práticas cotidianas, as trajetórias individuais e coletivas estão sendo resgatadas e as diversas faces da escravidão e da liberdade postas em evidência. A proposta deste simpósio temático, em sua segunda edição, é promover um espaço amplo de discussão entre os pesquisadores que se dedicam ao tema, seja na perspectiva da problematização da escravidão como instituição, por meio das relações de poder envolvidas e da administração, seja discutindo o significado da liberdade, as trajetórias individuais, coletivas e de resistência, de negros e indígenas nas Américas. A partir disso, serão privilegiadas pesquisas que abordem o cotidiano do cativeiro e a atuação da população que o compunha nos seguintes aspectos: os conflitos vivenciados, a constituição da família escrava, as redes de compadrio, a presença em irmandades leigas, as práticas religiosas, as formas de adaptação e resistência, bem como as vias utilizadas por estes indivíduos para adquirirem a liberdade. Ao lado disto, também destacaremos os trabalhos que tratem das relações pós-abolição em suas múltiplas manifestações, ou seja, a vivência dos ex-cativos e seus descendentes em comunidades, religiosidades, o universo material angariado, a participação em demandas judiciais, a formação de redes sociais e mercantis e as estratégias de sobrevivência empreendidas em liberdade. Este simpósio visa também contemplar trabalhos que utilizem diversas tipologias documentais em suas análises, das quais, podemos citar: testamentos, inventários post mortem, periódicos e impressos, ações cíveis, fontes orais, processos criminais e administrativos, fontes eclesiásticas, correspondências, relatos de viajantes e legislações. Do ponto vista teórico-metodológico, serão aceitas pesquisas fundamentadas na História Social, Demografia Histórica, História Econômica, História Cultural, Micro-História, dentre outras correntes.

07h00 ST 06 - Entre Memória e História: Usos, fontes e análises sobre a memória no fazer histórico Simpósio Temático
ST 06 - Entre Memória e História: Usos, fontes e análises sobre a memória no fazer histórico
Local: Em breve

Coordenadores:
Ana Paula Sena Gomide
http://lattes.cnpq.br/6351060277013502
Rodrigo Musto Flores
http://lattes.cnpq.br/1085456225550765

A historiografia contemporânea tem se ocupado com a análise da memória dos mais variados grupos sociais. Esses trabalhos são importantes à medida que colaboram para que diversos relatos do passado possam novamente vir à tona e, assim tomados como fontes históricas, sejam utilizados para novas análises do passado. A constante revisitação aos discursos de memória tem se tornado um indicativo de um processo que se inicia em meados do século XX e tem se destacado pela comercialização em massa do passado, procura crescente de livros de memória, obras autobiográficas e a difusão de práticas memorialísticas no cinema, na televisão e nas artes visuais. Essa forma de se relacionar com o passado, observada atualmente, denota a constante preocupação da sociedade contemporânea em manter contato com partes de seu passado além de apontar às causas para essa busca em torno de uma recordação total. O passado operacionalizado pelas escolhas feitas no presente resultantes de uma disputa de forças entre os grupos dominantes, sacraliza, desconstrói, delega ao esquecimento ou enfoca determinadas nuances desse passado que deve ser lembrado ou esquecido pelo corpo social. A noção de memória social, como discurso seletivo abre uma série de possibilidades de debates sobre sua característica política relacionada ao direito de reparação dos grupos suas manifestações políticas, religiosas e culturais que representam polos de resistência na busca pela sobrevivência de seus costumes e práticas culturais antes silenciados. Este simpósio temático, portanto, visa congregar trabalhos sobre as mais variadas temáticas e recortes cronológicos que abordem conceitos como História, Memória, Esquecimento e Identidade estimulando discussões em torno das relações entre esses conceitos mobilizados na construção do saber histórico. A seguinte proposta, vem ao encontro do tema central do evento, à medida que, entendemos a memória como fruto de embates sucessivos diretamente relacionados a noção de esquecimento, disputas de poder, recortes, seleções e supressão de determinados testemunhos em detrimento de outros.

07h00 ST 23 - Desmantelando o racismo estrutural brasileiro: diagnósticos e possibilidades de novos marcos civilizatórios Simpósio Temático
ST 23 - Desmantelando o racismo estrutural brasileiro: diagnósticos e possibilidades de novos marcos civilizatórios
Local: Em Breve

Coordenadores:
Adelina Malvina Barbosa Nunes
http://lattes.cnpq.br/3565723415973457
Bruno Vinícius Leite de Morais
http://lattes.cnpq.br/7366926207303855
Camila Neves Figueiredo
http://lattes.cnpq.br/3273959256301179
Felipe Alves de Oliveira
http://lattes.cnpq.br/4784736042924174
Thalita Rodrigues
http://lattes.cnpq.br/9562791679871715

Conforme Silvio de Almeida (2018), o racismo no Brasil é estrutural e estruturante da sociedade, condicionando pessoas negras àquilo que Lélia Gonzalez (1982) conceituou como “lugar de negro.” O racismo não deve ser entendido como um ato individual e isolado, mas como uma estrutura produtora de desigualdades sociais, que organiza toda a sociedade brasileira (economia, política e subjetividade). Ele opera como um marcador, que limita com que os homens negros, e especialmente as mulheres negras, acessem direitos fundamentais, tais como o acesso à educação, saúde, seguridade social, trabalho, etc. Em reação a isso, movimentos negros de reivindicação por direitos, igualdade racial e combate ao racismo permeiam toda a história do Brasil. A proposta deste Simpósio Temático é abarcar trabalhos que pensem sobre o papel estruturante do racismo na sociedade e as diversas experiências e ações de emancipação e construção da liberdade das pessoas negras no Brasil Republicano (1889 até os dias atuais), primando por um diálogo multidisciplinar entre História, Psicologia, Antropologia, Sociologia, Filosofia, Letras, Educação, Economia, Artes com foco em temáticas que contemplem temáticas como: o racismo institucional; políticas afirmativas; movimentos negros; intelectuais negros(as); branquitude; subjetividade; feminismo negro; pan-africanismo; mulherismo afrikano; formação de diferentes tipos de ações e associações entre pessoas negras. Compreendendo a relevância da temática na historiografia contemporânea e para a sociedade em geral, buscamos promover debates que estimulem problematizações em torno da interseccionalidade entre gênero, raça e classe e abordagens que dialoguem contribuições da História Social, Cultural e Política.

07h00 ST 25 - Reflexões sobre a Era Vargas Simpósio Temático
ST 25 - Reflexões sobre a Era Vargas
Local: Em Breve

Coordenadores: Ana Paula Leite Vieira
http://lattes.cnpq.br/2972745872412613
André Barbosa Fraga
http://lattes.cnpq.br/6893073761315830
Kamila Nunes da Silva
http://lattes.cnpq.br/0349719789284957
Patrícia Costa de Alcântara
http://lattes.cnpq.br/7597078613347140
Tamires Xavier Soares
http://lattes.cnpq.br/3475979805284209

Este simpósio objetiva reunir pesquisas sobre as transformações significativas ocorridas no Brasil de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954, quando Getúlio Vargas ocupou a presidência da República, bem como a respeito da relação entre essas mudanças e o contexto mundial à época. Poucos períodos da história do Brasil deixaram uma herança tão extensa e duradoura. O intuito do ST é o de fomentar a troca de experiências e de conhecimento entre os historiadores que abordam esse período a partir de análises culturais, políticas, econômicas ou sociais. São bem-vindos trabalhos que versem sobre qualquer aspecto relacionado às ações empreendidas pelos governos provisório, constitucional, ditatorial do Estado Novo e democrático de Vargas, bem como sobre os reflexos que essas medidas tiveram no âmbito regional dos diferentes estados. Poderão participar ainda pesquisadores que estudem as oposições e as resistências aos projetos apresentados pelo grupo político de Vargas nos quase vinte anos em que o político gaúcho esteve no cargo máximo do Executivo, tais como análises a respeito das disputas pelo poder e das perseguições sofridas por lideranças sindicais, escritores e jornais. Além disso, o simpósio também receberá trabalhos que procurem fazer uma abordagem ancorada nos estudos da chamada História Global. Mais precisamente, pesquisas que versem a respeito das relações entre o contexto externo e interno estabelecidas por agentes históricos do mundo do trabalho em suas diversas dinâmicas – o que inclui experiências dentro de espaços institucionais ou não institucionais – sob a conjuntura da Segunda Guerra e a ditadura do Estado Novo. Nos últimos anos, o ambiente mundial de ascensão da direita conservadora e das reformas do judiciário trabalhista motivou o crescimento dos estudos de temas como o conflito mundial iniciado em 1939 e a Justiça do Trabalho. A intenção é que, a partir desses dois temas, uma parte do conjunto de comunicações selecionadas possibilite evidenciar a simultaneidade de diversos acontecimentos nacionais e internacionais que marcaram esse período da república brasileira.

07h00 ST 08 - Poder e fé na Antiguidade Tardia e na Idade Média Simpósio Temático
ST 08 - Poder e fé na Antiguidade Tardia e na Idade Média
Local: Em breve

Coordenadores:
Carolina Minardi de Carvalho
http://lattes.cnpq.br/4603088721676482
Fábio Henrique Ribeiro Barbosa
http://lattes.cnpq.br/1402154734068117
Jordano Viçose
http://lattes.cnpq.br/0222236911196086
Pedro Henrique Pereira Silva
http://lattes.cnpq.br/8362605049067897

A proposta desse Simpósio Temático é consolidar os Encontros de Pesquisa em História da UFMG como espaço para debate, meio de intercâmbio, consolidação e expansão das pesquisas sobre os períodos convencionados como Antiguidade Tardia e a Idade Média realizadas no Brasil. Entende-se que eventos desse tipo são importantes para aprofundar as reflexões e os diálogos historiográficos, bem como apresentar novas fontes ou abordagens ainda pouco conhecidas. O objetivo principal é contribuirmos para a compreensão das relações entre poder e fé nos períodos supramencionados. As comunidades políticas do medievo possuiriam especificidades no que diz respeito ao exercício do poder e ao lugar que as três grandes religiões monoteístas, no Ocidente e no Oriente, ocupavam nas relações cotidianas. Reflexões relacionadas à estruturação desses dois tópicos, em suas múltiplas dimensões, permitiriam a compreensão dos discursos construídos em torno de diversas questões, como o “Outro”, a magia, a criação artística, o gênero, a justiça, o governo urbano, entre outros. Ressalta-se, ainda, o papel que tais religiões tiveram nas transformações das noções e categorias de tempo e na construção de meios para sistematizar a sua passagem, bem como nas formas de apreendê-lo e de interpretar a história humana. A temática proposta, portanto, é bastante ampla e possibilita a inclusão de problemáticas, regiões e tempos diversos. Propomos que seja realizado um debate interdisciplinar, ancorado na percepção do tema pela História, o que permita a troca experiências entre pesquisadores que se dedicam ao estudo dessas temporalidades em áreas do conhecimento como Teologia, Direito, Artes, Literatura, Linguística, Filosofia e afins. A metodologia adotada pelo Simpósio Temático será a apresentação de comunicações, agrupadas, pelos coordenadores, tendo como base a proximidade temática, seguida por debates, possibilitando a participação dos ouvintes.

07h00 ST 27 - Ditadura militar brasileira: ensino, pesquisa e continuidades Simpósio Temático
ST 27 - Ditadura militar brasileira: ensino, pesquisa e continuidades
Local: Em breve

Coordenadores:
Camila Barbosa Monção Miranda
http://lattes.cnpq.br/8775145353507691
Dmitri da Silva Bichara Sobreira
http://lattes.cnpq.br/3807394011875839
Jessica Machado Martins
http://lattes.cnpq.br/3771035427785751
Maria Tereza Dantas Bezerra Soares
http://lattes.cnpq.br/7401628626997630
Olga Larissa Veiga Ferreira
http://lattes.cnpq.br/0140103515729422

O crescimento significativo das discussões sobre o golpe e a ditadura militar brasileira de 1964 tem sido marcante nos meios acadêmico, escolar e entre a população em geral. Problematizar as relações entre sociedade, política, cultura e economia no transcurso da ditadura brasileira (1964-1985) e suas interlocuções com eventos do presente tem se mostrado cada vez mais importante, uma vez que pedidos de retorno da ditadura e manifestações de nacionalismo exacerbado reaqueceram discursos antidemocráticos nos últimos tempos. Diante desse quadro atual, no qual o ensino tem também sofrido ataques como a proposta "Escola sem partido", cabe aos historiadores e professores de história fomentar novas questões sobre período ditatorial brasileiro na academia e nas escolas, especialmente nesse contexto de radicalização política e possível censura dos docentes, assumindo o compromisso com um projeto de educação engajada na formação de cidadãos críticos e conscientes dos valores democráticos. Dessa forma, este simpósio pretende ser um espaço de debate sobre as batalhas de memória que envolvem a ditadura militar brasileira, tendo como foco abordagens que incorporem não só os temas clássicos na historiografia, como a repressão política e as frentes de atuação dos grupos de esquerda, mas também estudos ligados aos movimentos culturais, à imprensa, ao ensino de história sobre a ditadura militar, ao olhar para as peculiaridades regionais e seu relacionamento com o regime autoritário, as divergências internas dentro das Forças Armadas, dentre outros. Ademais, pretende-se alimentar discussões no âmbito da cultura política, da compreensão da ditadura e do golpe como militar ou civil-militar, das delimitações temporais do período que se entende como a ditadura militar brasileira e outras questões ligadas ao aparato teórico metodológico afins à temática. Portanto, a proposta deste simpósio temático é voltar os olhares para as diversas facetas do regime militar de 1964-1985, reconhecendo a importância das ciências humanas e sociais para a formação de pensamento crítico e de sujeitos históricos ativos, além de debater sobre as inquietações do tempo presente que cada vez mais ocupam espaço no fazer historiográfico, sempre em diálogo com as memórias construídas pelos sujeitos que vivenciaram o período.

07h00 ST 10 - História oral e as múltiplas possibilidades de pesquisas Simpósio Temático
ST 10 - História oral e as múltiplas possibilidades de pesquisas
Local: Em breve

Coordenadores:
Gabriel Amato Bruno de Lima
http://lattes.cnpq.br/5827808063901081
Marina Mesquita Camisasca
http://lattes.cnpq.br/4417429048826641

O recurso da entrevista tem sido utilizado por historiadores desde os anos 1950, mas foi a partir da década de 1980 que a chamada "virada interpretativa" possibilitou uma convergência entre a história oral e a historiografia de forma mais ampla. Problemáticas centrais para a História, como a memória ou a narrativa, hoje também fazem parte do campo da história oral. Diante disso, o objetivo deste ST é reunir trabalhos que se utilizem da história oral a partir de diferentes perspectivas. Pretende-se criar um espaço plural de debate sobre possibilidades e desafios colocados pelas entrevistas para a operação historiográfica, sem perder de vista os diálogos interdisciplinares que caracterizam o campo. Serão aceitos trabalhos que se proponham a lançar análises sobre três amplas perspectivas referentes à história oral. Primeiro, o olhar para o método da história oral – com reflexões teórico-conceituais acerca das dimensões que emergem de uma entrevista, como a memória, a linguagem, a performance, a subjetividade e a narrativa. Segundo, os esforços analíticos que se valem do método das entrevistas, discutindo o que elas permitem analisar sobre as experiências humanas no tempo e seus processos de significação. Desde que se utilizem das entrevistas a partir da metodologia característica do campo da história oral, seja em viés historiográfico ou interdisciplinar. Terceiro, as pesquisas que procuram refletir sobre o próprio campo da história oral e suas problemáticas. O ST pretende, assim, abarcar trabalhos que se valem da história oral tanto como objeto de pesquisa quanto como fonte para o estudo de temáticas diversas, como movimentos sociais; mundos do trabalho; ativismos políticos; história das ciências e da produção intelectual; relações de gênero e sexualidade; patrimônio histórico; história da arte e dos artistas; movimentos populacionais; práticas educativas; experiências comunitárias; passados sensíveis; dentre outras.

07h00 ST 12 - Educação para além do espaço escolar: contribuições e estratégias para o ensino de história Simpósio Temático
ST 12 - Educação para além do espaço escolar: contribuições e estratégias para o ensino de história
Local: Em breve

Coordenadoras:
Mônica Miranda Souto Ribeiro
http://lattes.cnpq.br/8353915559101489
Priscila Lopes D’Ávila Borges
http://lattes.cnpq.br/3992581102962951

Os estudos acerca do ensino de história têm se fortalecido nos últimos anos (BITTENCOURT, 2011), motivados pela redemocratização brasileira e pelas inquietações de historiadores a respeito dos usos e funções da disciplina no ensino formal. A história, entendida em seu caráter curricular, possui uma potência transformadora na formação cidadã, o que motiva ataques frontais à disciplina. As proposições da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), somadas a ondas conservadoras, impulsionam a disciplina para o segundo plano na educação. Certamente, a susceptibilidade dos saberes históricos escolares, no contexto político brasileiro, sinaliza a necessária luta por um ensino que contemple a diversidade e a crítica em um só tempo. Interessa-nos abrir um campo de diálogo para trabalhos que discutam o ensino de história em sala de aula, mas, sobretudo, em espaços de formação não-formais e informais (GOHN, 2010), entendidos como prenhes de sentidos e valores no trabalho investigativo, articulador, questionador e comparativo que constitui o ofício do historiador. Relatos e trabalhos que apresentem o direito à cidade, a fruição de outras linguagens, bem como o uso de museus, bibliotecas e arquivos são centrais para esta proposta. Os lugares de memória (NORA, 1984), tensionados entre a lembrança e o esquecimento, são fundamentais, já que permitem aos alunos entenderem a história ensinada como fruto de uma seleção, que resulta de múltiplas leituras de sujeitos situados historicamente (FONSECA, 2010). Ademais, esses espaços podem superar o estigma de teatros da memória, servindo como laboratórios de história (MENESES, 1994). O simpósio temático pretende reunir reflexões sobre os temas citados, buscando linhas de escape para os tempos sombrios sobre os quais o próprio evento se debruçará.

Referências:

BITTENCOURT, Circe M. F. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2011.

FONSECA, Selva G. A história na educação básica: conteúdos, abordagens e metodologias. In: ANAIS DO I SEMINÁRIO NACIONAL: CURRÍCULO EM MOVIMENTO – Perspectivas Atuais. Belo Horizonte, 2010.

GOHN, Maria. Educação não formal e o educador social. Atuação no desenvolvimento de projetos sociais. São Paulo: Cortez, 2010.

MENESES, Ulpiano T. B. de. Do teatro da memória ao laboratório da história: a exposição museológica e O conhecimento histórico. In: Anais do Museu Paulista - História e Cultura Material. São Paulo: Museu Paulista, 1994.

07h00 ST 14 - Raças e identidades no Brasil (séculos XIX e XX) Simpósio Temático
ST 14 - Raças e identidades no Brasil (séculos XIX e XX)
Local: Em breve

Coordenadoras:
Kelly Yshida
http://lattes.cnpq.br/4253207340292760
Tais Silva de Brito
http://lattes.cnpq.br/6777456247571600

Em um país que vivenciou três séculos de escravidão africana e um contexto de pós-abolição complexo e ainda por se findar, bem como a vinda de diversas levas de imigrantes, é importante debatermos como as questões de raça e identidade permanecem política e socialmente relevantes em nossa sociedade. Este Simpósio se propõe a receber trabalhos dedicados ou que tangenciem a temática considerando os diversos grupos étnicos que compõem o arranjo social brasileiro, como indígenas, africanos, portugueses, alemães, italianos, japoneses, árabes, espanhóis. Interessa-nos aqui os processos de chegada desses grupos bem como suas formas de interação, tradução e miscigenação. Ao abordar os contatos entre povos de origem distinta emerge um debate sobre as identidades e as práticas que são construídas e reconstruídas. Homi Bhabha elaborou o conceito de hibridismo como meio de explicar de que maneira as identidades se constroem nas sociedades pós-coloniais que passaram por processos de ocupação, grandes fluxos migratórios e também escravidão. O que esse autor chama de “cultura hibrida” existe como uma cultura de sobrevivência que é tanto transnacional quanto tradutória. Transnacional, exatamente por receber contribuições de lugares distintos e por ser uma cultura emergente do deslocamento humano e de ideias. E também é tradutório, a partir do momento em que é uma síntese das produções culturais de elementos de identidades distintas. Não há aculturação ou imposição cultural, as identidades existem sempre no entre (in-between) e não simplesmente lançadas a partir de um polo emissor e plenamente recebidas por outro polo receptor. Assim, este Simpósio busca reunir pesquisadoras e pesquisadores dedicados tanto às questões voltadas para a presença africana decorrente da escravidão quanto sobre a vinda de imigrantes de diversos locais, considerando o debate sobre raça e identidade como central para compreender a História do Brasil e de suas diversas regiões e necessário para pensarmos as diferenças socioeconômicas do país.

07h00 ST 16 - Comida e sentidos: uma perspectiva sociocultural da História da Alimentação Simpósio Temático
ST 16 - Comida e sentidos: uma perspectiva sociocultural da História da Alimentação
Local: Em breve

Coordenadores:
Amanda Alexandre Ferreira Geraldes
http://lattes.cnpq.br/0688134562602500
Carolina Figueira da Costa
http://lattes.cnpq.br/7613009724121395
Esteban Zabala Gómez
http://lattes.cnpq.br/0353134839224289
Lays Silva de Souza
http://lattes.cnpq.br/5666878772280594

Esta proposta de Simpósio Temático pretende reunir e discutir questões essenciais acerca dos estudos de História da Alimentação, apresentando o alimento como categoria de análise histórica. O ato de comer é social, cultural e político, e pensado como um elemento material da cultura indica representações e imaginários, já que implica em escolhas, classificações e símbolos que ordenam e organizam as diversas visões sociais coletivas de mundo. Nos estudos da História da Alimentação, o comer junto denota formas de sociabilidade, define a identidade e constrói laços nos grupos e coletivos. Para o historiador Massimo Montanari (2013, p. 159) “em todos os níveis sociais, a participação na mesa comum é o primeiro sinal de pertencimento ao grupo”. Dessa maneira, a alimentação é um sistema simbólico e uma linguagem que comunica os códigos sociais e culturais presentes nas relações humanas. Assim, entendemos que “fazer história sobre os processos que envolvem a alimentação – a necessidade, o gosto e os artefatos – é reconhecer no ato de alimentar e em todo o aparato material e simbólico que lhe dá conformação histórica, não apenas as representações de pessoas e de sociedades, mas a própria constituição do humano”, de acordo com o historiador José Newton Meneses (2016, p.15). O antropólogo Sidney Mintz nos lembra com importância que “comer não é nunca uma atividade puramente biológica. A comida tem uma história associada com aqueles que a consomem; as técnicas usadas para consegui-la, processá-la, servi-la, e o consumo da comida são sempre variáveis culturalmente falando, e têm sua própria história. A comida não é só se alimentar; seu consumo está sempre condicionado pela sua significação.” (MINTZ, 2003, p. 28). Para o desenvolvimento dessa discussão, propomos reunir amplos e diversos debates entre autores, teóricos, historiadores, filósofos, antropólogos e pesquisadores que têm se dedicado aos estudos pertinentes ao universo da alimentação. A proposta desse ST é abordar e dialogar com diversas categorias que são inerentes para se pensar a comida e a cultura alimentar; como memória, identidade, tradição/inovação, o bom e o gosto, saberes e gestos, religião, gênero, sociabilidade, corpo, comensalidade, ritualidade, patrimônio, circulação e consumo, culinária e gastronomia entre outros, compreendendo a complexidade e a relevância de se estudar as práticas e sentidos da alimentação e entender que colocar um alimento na boca é mais que um simples gesto.

MENESES, José Newton Coelho. Apresentação: Culturas alimentares, práticas e artefatos. In: Varia História. Departamento de História, Programa de Pós-Graduação em História, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais. Vol. 32, nº 58, jan/abr 2016.

MINTZ, Sidney. Sabor a comida, sabor a libertad: incursiones en la comida, la cultura y el pasado.1ª ed. em espanhol. México D.F.: Ediciones de la Reina Roja. 2003.

MONTANARI, Massimo. Comida como cultura. 2ª ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2013.

07h00 ST 18 - O mundo colonial luso americano e as diversas estratégias de conquista e dominação: século XVI – XIX Simpósio Temático
ST 18 - O mundo colonial luso americano e as diversas estratégias de conquista e dominação: século XVI – XIX
Local: Em breve

Coordenadores:
Joelmir Cabral Moreira
http://lattes.cnpq.br/8657092403549314
Juliano Tiago Viana de Paula
http://lattes.cnpq.br/1415381521774966
Pollyanna Precioso Neves
http://lattes.cnpq.br/6017756879456395

Partindo dos postulados trazidos pelo enfoque histórico que se preocupa com a colonização da América Portuguesa como inserida no mundo mercantil de acumulação primitiva de capitais, ao mesmo tempo, que detentora de dinâmicas internas próprias. Nos propomos a pensar dialeticamente as diversas estratégias executadas tanto pela Metrópole quanto pela Colônia. A fim de manter o equilíbrio desta relação, de modo a efetivar a conquista do território e garantir a manutenção da dominação sobre o Brasil, muitas vezes dependente dos interesses locais estabelecidos. Para tanto, nos preocupamos em pensar a importância estrutural da escravidão africana como parte mantenedora da exploração colonial assim como as diversas possibilidades de mobilidade e distinções sociais alcançados pelos povos escravizados. Encarando a escravidão e o tráfico negreiro como componentes que podiam fortalecer a conquista e a dominação junto com outras instituições sociais, políticas, econômicas, militares e religiosas. Para tanto, temos em perspectiva que a consistência que moldou tais instituições foi pautada a partir da inexistência de distinções entre o público e o privado, característica típica das sociedades de Antigo Regime. O que abria um leque de possibilidades que forjavam um complexo universo normativo, baseado em relação clientelares, de negociação e oferta de honrarias e mercês por parte da Coroa Portuguesa. Nesse sentido, buscamos também dar enfoque a estudos que se preocupam o que, hoje, também é considerado como uma forma de institucionalização colonial: os descaminhos, que constituíam, basicamente, em toda prática que fosse de encontro com as determinações reais. Sendo assim, as práticas ilícitas compunham tal relação entre Colônia e Metrópole, como também uma estratégia de acumulação riquezas materiais e simbólicas. Sob a qual, as penalidades aplicadas pela Coroa aos descaminhadores poderiam ser rigorosas ou nem tanto e eram diretamente determinadas pelos conjunturais interesses envolvidos.

07h00 ST 20 - Interfaces imagéticas: a História em diálogo com a História da arte e da imagem Simpósio Temático
ST 20 - Interfaces imagéticas: a História em diálogo com a História da arte e da imagem
Local: Em breve

Coordenadores:
Kellen Cristina Silva
http://lattes.cnpq.br/2192213626611473
Weslley Fernandes Rodrigues
http://lattes.cnpq.br/0736206949893330

A visualidade é um dos elementos mais importantes para a sociedade atual, seja no campo das artes ou da comunicação, seja no campo da religiosidade ou político, a imagem está sempre presente, aguçando nosso senso critico ou nos fazendo cair no senso comum. Contudo, essa prerrogativa do visual não pertence apenas a atualidade, sendo importante em vários períodos históricos. Desde a pré-historia até os dias atuais, podemos elencar elementos visuais para a comunicação e demarcação de espaços, ideias, existência. Como o historiador tem como função estudar o “homem no tempo”, vestígios imagéticos são vitais para a compreensão da história, do lugar social e da importância da imagem para uma sociedade. Desde aspectos políticos, religiosos e estéticos, a imagem influencia, manipula e dialoga com o homem em seus espaços e lugares de vivencia e de fala. Por isso, o simpósio busca abarcar comunicações que reúnam uma interdisciplinaridade, cujo foco seja a analise da imagem. Georges Didi-Huberman nos aponta que “sempre, diante da imagem, estamos diante do tempo”. Contudo, é preciso saber qual tempo está diante dos olhos do historiador. O tempo atual ou o passado? Sendo assim, como questionar seus significados, visto que a imagem é atemporal? São questões desse nível que buscamos discutir em nosso simpósio temático. Didi-Huberman chama a atenção para o anacronismo que pode atrapalhar as análises iconográficas. Contudo, é também enfático em dizer que a imagem produzida em um determinado espaço não é, necessariamente, fruto apenas daquele período, justamente porque muitos artistas se baseavam em textos e imagens mais antigas do que aquelas produzidas na época para criarem suas obras. Para compreendermos o lugar das imagens dentro da historiografia, apresentamos o simpósio como um espaço de dialogo interdisciplinar, onde teoria e prática do estudo das imagens possam convergir e propiciar um espaço de debate e aprendizagem sobre metodologia de analise da imagem como objeto e fonte histórica.

07h00 ST 22 - Os usos políticos da educação ao longo do tempo e o ensino de História no Brasil atual Simpósio Temático
ST 22 - Os usos políticos da educação ao longo do tempo e o ensino de História no Brasil atual
Local: Em breve

Coordenadores:
Fabiano Augusto Buchholz de Barros
http://lattes.cnpq.br/1784103026679457
Fábio Eduardo de Araujo Baião
http://lattes.cnpq.br/385760720942662
Fernando Rosa do Amaral
http://lattes.cnpq.br/5465956795179262
João Pedro Menezes Jacinto
http://lattes.cnpq.br/8968577142423468
José Gustavo Almeida da Silva
http://lattes.cnpq.br/3568899698011838
Jumara Seraphim Pedruzzi
http://lattes.cnpq.br/5527731251286307
Luíza Rabelo Parreira
http://lattes.cnpq.br/5039077420468052
Moacir Fagundes de Freitas
http://lattes.cnpq.br/5744160903020177

As intensas disputas políticas e ideológicas que atualmente ocorrem em torno da Educação no Brasil não são recentes. Ao longo da História, inúmeros embates pela hegemonia da instrução das massas foram registrados, o que torna a Educação uma das esferas sociais mais pleiteadas pelos diversos grupos políticos. Grupos sociais e instituições de diversas naturezas fizeram uso, em vários espaços e tempos históricos, da Educação como uma maneira de controlar, moldar e difundir suas ideologias na sociedade. Como exemplo, é possível observar que, na realidade brasileira atual, o ensino de História vive um período de fortes ameaças, enfrentando o desafio de resistir à perda de direitos e de liberdades com o avanço de políticas reacionárias, que colocam em xeque a nossa jovem democracia. Assim, investigar a historicidade do Ensino de História se torna essencial para repensar nossas práticas educativas, bem como suas funções sociais, políticas e cognitivas. Tendo em vista esses apontamentos, a presente proposta de simpósio temático possui como objetivo promover reflexões - a partir de investigações sobre os usos políticos da Educação em diferentes espaços e períodos históricos - acerca de questões vivenciadas sobre o assunto na atualidade. Tem-se em vista, ainda, fomentar o diálogo entre estudantes e professores de História, Historiadores, dentre outros especialistas em Ensino de História, sobre as condições de trabalho docente no Brasil, os desafios e perspectivas que abrangem a disciplina escolar História. Para tanto, o simpósio pretende abarcar trabalhos que versam acerca dos usos políticos da educação, nos mais diversos âmbitos: escolar e não-escolar, público e/ou privado, elementar, secundário, na formação de professores das mais diversas disciplinas, entre outros. Do mesmo modo, pretende-se dialogar com trabalhos que problematizem o modelo educacional bancário, que ameaça a liberdade e a autonomia do espaço escolar e dos seus sujeitos. No que diz respeito aos recortes temporal e espacial, tem-se em vista investigações que se dedicam ao contexto brasileiro e também dos demais países da América Latina, do período colonial até a atualidade. Desta forma, o simpósio tem como pretensão agrupar distintos trabalhos que levem em consideração as disputas, tanto políticas como ideológicas, em torno da Educação e do Ensino de História, perpassando por diversos recortes temporais e espaciais, bem como por diferentes temas e abordagens.

07h00 ST 24 - De crise a crise: nação, política, sociedade e cultura no Brasil oitocentista Simpósio Temático
ST 24 - De crise a crise: nação, política, sociedade e cultura no Brasil oitocentista
Local: Em breve

Coordenadores:
Adriano Soares Rodrigues
http://lattes.cnpq.br/8268259551619942
Alexandre Bellini Tasca
http://lattes.cnpq.br/2812071435702075
Carolina de Toledo Braga
http://lattes.cnpq.br/9933526451634356
Janyne Paula Pereira Leite Barbosa
http://lattes.cnpq.br/4598510016948909
Sheila Lopes Leal Gonçalves
http://lattes.cnpq.br/4756173958359787
Thayná Cavalcanti Peixoto
http://lattes.cnpq.br/8010000788922467
Wélington Rodrigues e Silva
http://lattes.cnpq.br/7777107241763542

Debruçar-nos sobre o século XIX é de central importância para entender a construção do Brasil como Estado Nação, bem como nossas tradições políticas e sociais. Nossa proposta considera os impactos da chegada da corte de Bragança em 1808, abrangendo desde a crise do sistema colonial até a crise do Estado monárquico brasileiro, passando pela crise do sistema escravista. A criação da Imprensa Régia exemplifica o início dessa construção, tornando a sociedade luso-americana em produtora de material impresso, e não apenas consumidora. O espaço sócio-político brasileiro se reconfigurou, deslocando os centros de poderes e estabelecendo novas relações de força. Houve ainda mudanças e ampliações no espaço público brasileiro, não só em termos de alcance, mas aumentou o número de indivíduos e setores sociais envolvidos. O XIX foi um marco para o aprofundamento das redes de sociabilidades brasileiras. Constituir-se enquanto nação iria muito além da criação de um texto constitucional – era necessária uma identidade nacional. O Estado, ainda frágil, investiu no desenvolvimento de uma história oficial, organizada por institutos históricos, desejava-se legitimar um projeto de nação. Por meio do desenvolvimento de um sistema educacional científico, esse “projeto” buscava instruir, civilizar e higienizar. A criação do Estado-nação e da identidade nacional se ligava, assim, à questão da cidadania. Pessoas escravizadas, forras, mulheres, estrangeiros e a população não letrada foram marginalizadas ou mesmo excluídas da sociedade civil. Em uma nação tomada pelo analfabetismo, diversos grupos e sujeitos “liam”, se inserindo no mundo público à sua volta. Pessoas que rompiam a barreira do mundo doméstico indo às ruas, improvisando a própria subsistência e agindo como sujeitos políticos. Este simpósio pretende reunir trabalhos que discutam as formas de compreender a gênese da nação, como se deram as formas de administração e autonomias locais, a instituição do Ato Adicional, as rebeliões regenciais, o código comercial de 1850, a participação de homens e mulheres enquanto sujeitos políticos (intelectuais e marginalizados) nos processos sociais que culminaram na abolição da escravidão e na então proclamação da República, do qual marca a crise de um projeto imperial no Brasil dos oitocentos.

07h00 ST 26 - História da Educação e das práticas educativas no diálogo entre campos do saber: diversidades e espaços sociais em evidência Simpósio Temático
ST 26 - História da Educação e das práticas educativas no diálogo entre campos do saber: diversidades e espaços sociais em evidência
Local: Em breve

Coordenadores:
Beatriz Marinho de Melo
http://lattes.cnpq.br/3473175254195314
Fabrício Vinhas Manini Angelo
http://lattes.cnpq.br/0353283438071098
Felipe Osvaldo Guimarães
http://lattes.cnpq.br/8151451857447651
Karen Dayanne Nunes
http://lattes.cnpq.br/0309382608596450
Leandro Silva de Paula
http://lattes.cnpq.br/4405849093568023
Luisa Marques de Paula
http://lattes.cnpq.br/9322743595076273
Maria Clara Cobucci Soares de Moura
http://lattes.cnpq.br/5210938763187150
Milena Souza Oliveira
http://lattes.cnpq.br/5376698724225530

A História da Educação tem investido nos questionamentos sobre os rumos trilhados pela educação no Brasil, especialmente problematizando temas caros ao debate em torno desse universo, como o direito de acesso à educação e a qualidade da escola pública, as relações de poder (étnicas, de classe, de gênero) e suas implicações em práticas e processos formativos, os movimentos sociais e as recentes conquistas no campo educacional, os estudos sobre os intelectuais, os impressos e a imprensa pedagógica, entre outros. Nesse sentido, o crescimento de pesquisas que ajudam a consolidar e a (re)definir a área de História da Educação, vêm investindo no alargamento da concepção de educação, compreendida como um conjunto de práticas e processos sociais e culturais, provocando, assim, a ampliação das investigações que se voltam para objetos tão diversos como as diferentes práticas de ensino e aprendizagem, a História da constituição das disciplinas e dos currículos escolares, as reformas educacionais, trajetórias escolares, a formação de professores e/ou outros agentes culturais, a história dos intelectuais da educação, as práticas de leitura e escrita, as dinâmicas de circulação de impressos e artefatos culturais, além da ressignificação de temáticas tradicionais da história educacional como as políticas educacionais, o investimento público em educação, e a circulação de ideias pedagógicas. Além disso, crescem o número de investigações que se voltam às diferentes formas de se educar para além da escola, como através da imprensa, da música, do teatro, cinema; e a construção de laços de sociabilidade e redes de sentimentos ligados a relações de identidade e pertencimento mediados por organizações de classe, costumes populares, manifestações religiosas, etc. O propósito desse Simpósio Temático é o de estabelecer um diálogo sobre os sentidos dessas diferentes formas de pensar a educação, que ensejam ser compreendidas e elaboradas em franco debate com as atuais questões políticas que temos enfrentado e que nos compelem à defesa ferrenha de todo o universo educacional. Para tanto, o que se pretende é congregar pesquisas em torno da temática educacional a partir de múltiplos agentes, recortes, conceitos e metodologias, estreitando os laços e as trocas nos estudos nas Ciências Humanas, em especial no diálogo entre a Educação e a História. Acreditamos, pois, que a articulação entre jovens pesquisadores que se dedicam aos diversos fenômenos indicados anteriormente, assim como aos modos como a educação e as práticas educativas foram apropriadas e representadas pelos agentes históricos e pela historiografia, pode sustentar um debate que nos permite compreender os significados históricos das diferentes formas de se educar no Brasil.

08h00 Comunicação em Simpósio Simpósio Temático
Local: a definir

Simpósio substitutivo ao ST19

08h00 ST 28 - História, religião e religiosidade: cultos, narrativas, instituições e práticas religiosas Simpósio Temático
Local: a definir

O simpósio objetiva abrir um espaço de debate sobre o tema das religiões e religiosidade, explorando um campo em crescimento e que ocupa cada vez mais relevância na academia. A própria constituição de um campo conceitual para os estudos das religiões e religiosidades possui relação com os avanços nas pesquisas em História, particularmente com as mudanças advindas da Nova História, quando tratou de compreender a formalidade das práticas e apostou na interdisciplinaridade para abordar diferentes objetos e temporalidades. A variedade das pesquisas historiográficas mais recentes acena para a necessidade das discussões teóricas e metodológicas que objetivem ampliar o conhecimento acerca das relações entre o fenômeno religioso e a ordem política, o patrimônio cultural, as novas formas de manifestação da religiosidade, o pluralismo como paradigma da religião na modernidade e a coexistência dos discursos religioso e secular numa sociedade plural e, neste contexto, o surgimento dos fundamentalismos e integrismos, que são questões importantes na religião global contemporânea. O Simpósio busca promover o conhecimento histórico da religião, de modo especial, sobre o estatuto epistemológico da História das Religiões, seu papel na formação do historiador e o papel da história como espaço de saber e poder, bem como oferecer instrumentos para a reflexão sobre o papel da religião como portadora de um influxo cultural capaz de provocar mudanças nos panoramas políticos, sociais e econômico. Interessam-nos compreender a historicidade dos discursos, ideias, práticas, crenças, comportamentos, instituições. Portanto, o diálogo entre História e Religião nos é válida à medida que revela estratégias de pessoas, grupos e instituições no processo de constituição da(s) identidade(s) religiosa(s), que por sua vez, interfere nas práticas cotidianas, nos lugares, nos comportamentos e nas representações. Desta maneira, as pesquisas tornam-se relevantes para a desconstrução de generalizações ao possibilitar o contato com as diferentes fontes, objetos e realidades religiosas em variadas espacialidades e temporalidades, proporcionando reflexão e diálogo epistemológicos numa perspectiva interdisciplinar, particularmente entre a História e demais áreas das Ciências Humanas.

08h00 MC 01- A sétima arte a serviço de Vargas: os filmes educativos do INCE e os cine jornais do DIP Minicurso
MC 01- A sétima arte a serviço de Vargas: os filmes educativos do INCE e os cine jornais do DIP
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertantes:
Ana Paula Leite Vieira
http://lattes.cnpq.br/2972745872412613
André Barbosa Fraga
http://lattes.cnpq.br/6893073761315830

Ementa:
O minicurso tem como objetivo apresentar aos alunos os projetos oficiais de cinema elaborados pelo primeiro governo Vargas (1930-1945). Para isso, serão discutidas as principais mudanças ocorridas na década de 1930 na produção fílmica nacional. Dois órgãos de propaganda política e cultural do regime se encarregaram do setor no período: o Ministério da Educação e Saúde (MES) e o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). Ao longo das aulas, o intuito será o de discutir as iniciativas desenvolvidas por eles. No que diz respeito ao MES, o ministro Gustavo Capanema, vendo no cinema a possibilidade de desenvolver a educação no país, resolveu criar um órgão voltado para esse fim. Em 1936, foi inaugurado o Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE), dirigido pelo antropólogo Edgar Roquette-Pinto. Já o DIP investiu no Cine jornal Brasileiro, peça cinematográfica de curta metragem, no formato de documentário, que antecedia as exibições dos filmes comerciais nos cinemas. Para melhor compreenderem essas iniciativas do MES e do DIP, os participantes do curso assistirão a trechos e a filmes completos produzidos por esses órgãos, analisando a produção fílmica em questão.

4h/aula

Cronograma:
Planejamento da divisão das quatro horas no Minicurso: 1h30min: Apresentar aos alunos um panorama geral sobre as transformações políticas, econômicas e culturais ocorridas ao longo dos quinze anos em que Getúlio Vargas ocupou o cargo de presidente da República. Sendo assim, pretende-se familiarizar os discentes com os principais acontecimentos que marcaram o período, em seu contexto interno e externo. 1h15min: Analisar o projeto dos cine jornais brasileiros, produzido pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) 1h15min: Analisar o projeto dos filmes educativos do Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE), produzido pelo Ministério da Educação e Saúde (MES)

Referências bibliográficas:
D’ARAUJO, Maria Celina. O Estado Novo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.
______. A era Vargas. São Paulo: Moderna, 2004.
GALVÃO, M. R. (Coord.). Cine Jornal Brasileiro: Departamento de Imprensa e Propaganda, 1938-1946. São Paulo: Fundação Cinemateca Brasileira, 1982.
ROSA, Cristina Souza de. Imagens que educam: o cinema educativo no Brasil dos anos 1930-1940. Dissertação de mestrado em História. Niterói/RJ: UFF, 2002.
SCHVARZMAN, Sheila. Humberto Mauro e as imagens do Brasil. São Paulo: UNESP, 2004.
SOUZA, Carlos Roberto de. “Cinema em tempos de Capanema” In: BOMENY, Helena (org.). Constelação Capanema: intelectuais e políticas. Rio de Janeiro: Ed. Fundação Getúlio Vargas; Bragança Paulista (SP): Ed. Universidade de São Francisco, 2001. Pp. 153-182.
TOMAIN, Cássio dos Santos. “Janela da alma”: cinejornal e Estado Novo – fragmentos de um discurso totalitário. São Paulo: Annablume/Fapesp, 2006.

08h00 MC 03- A presença de uma ausência: a fotografia como ferramenta do historiador (teoria e prática) Minicurso
MC 03- A presença de uma ausência: a fotografia como ferramenta do historiador (teoria e prática)
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertante:
Gislaine Gonçalves Dias Pinto
http://lattes.cnpq.br/9441640625881262

Ementa:
O ato de fotografar tornou-se um gesto quase natural do indivíduo na atualidade. Hoje, tudo é "fotografável" e fotografado. Com a câmera digital a produção de fotografias tornou-se algo quase automático e pouco reflexível, para a maioria das pessoas. Não se olha mais o objeto e o espaço, fotografa-se. Mas, sabemos mesmo “escrever com luz”? O que conseguimos produzir sem o uso de celulares ou câmera que fazem “tudo” por nós? Será que deixamos a câmera “ver” por nós? Como nós, historiadores, podemos fazer o uso das câmeras fotográficas em nosso trabalho? Como utilizar o ato de fotografar para produzir debates em sala de aula sobre questões políticas, culturais, sociais e econômicas? Todas essas questões serão abordadas nesse minicurso, além de discutirmos o processo que culminou na criação da fotografia e como a arte foi impactada de modo contundente com tal criação. Pretende-se, também, auxiliar os pesquisadores a controlarem os mecanismos básicos dos equipamentos que possuem, no intuito de auxiliar o trabalho daqueles que precisam produzir fotografias para suas pesquisas (seja de documentos, obras de arte, ou quaisquer outros registros de materialidades).

7h/aula

Cronograma: *
Dia 1 (4 horas): Brevíssima história da fotografia – da câmara escura aos celulares A fotografia como arte A perda da experiência – o que Walter Benjamin e Giorgio Agamben têm a nos dizer? A fotografia e a “obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica” – provocações benjaminianas As(os) grandes fotógrafas(os) Nós, as(os) reles mortais A fotografia no ensino básico – relato de experiências na Escola Municipal Anne Frank e Escola Estadual Pedro II

Dia 2 (3 horas) Fundamentos da captura fotográfica (teoria e prática): Exposição Abertura do diafragma Tempo de exposição ISO Balanço de branco Foco e profundidade de campo Distância focal Edição básica (Photoshop) Obs.: Recomenda-se que no segundo dia os ouvintes levem câmeras fotográficas e/ou celulares que possuam modo manual.

Referências Bibliográficas:

AGAMBEN, Giorgio. Infância e História. Destruição da experiência e origem da História. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.

BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: Obras Escolhidas I – Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e cultura. São Paulo: Brasiliense, 2012.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Sobrevivência dos Vaga-lumes. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.

KOSSOY, B. Realidades e Ficções na Trama Fotográfica. São Paulo: Ateliê Editorial, 1999.

LUCARINI, Luciana. História da fotografia. Disponível em: http://www.alfabetizacaovisual.com.br/wp-content/uploads/2014/10/hist%C3%B3ria-da-fotografia.pdf

MATTOS, Maria de Fátima da Silva Costa Garcia de. O sentido da Modernidade no imaginário do século XIX. 2009. In: https://dobras.emnuvens.com.br/dobras/article/download/291/288

SONTAG, Susan. Sobre Fotografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

SILVA, Priscila Kalinke. A fotografia como recurso na educação para a cidadania. In: V Conferência Brasileira de Mídia Cidadã, 2009, Guarapuava/PR: UNICENTRO, 2009, p. 1-18.

08h00 MC 08 - Clio e Euterpe: diálogos entre história e música Minicurso
MC 08 - Clio e Euterpe: diálogos entre história e música
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertante:
Thales Reis Alecrim
http://lattes.cnpq.br/0547239282841506

Ementa:
Clio, a musa da história e da memória, e Euterpe, musa da música e da poesia lirica, aparecem aqui como representantes de um debate relativamente jovem nos domínios das ciências humanas. Proponho este minicurso para discutir as relações entre história e música, também nos valeremos de algumas discussões da antropologia, da sociologia, da musicologia e da etnomusicologia. Ao longo do curso abordaremos, sucintamente, a história dessas relações, com especial foco no século XX. Após isso, abriremos uma conversa sobre questões teóricas e metodológicas, formas práticas de aplicação e, o que mais nos interessa aqui, a música como objeto de interesse da história. No final, realizaremos a análise de uma canção, nos valendo de métodos das disciplinas da música e da história. Portanto, esse minicurso não pretende afirmar a precedência de uma disciplina sobre a outra, mas sim que história e música, quando irmanadas, assim como as musas Clio e Euterpe, se tornam poderosas ferramentas de pesquisa.

4h/aula

Cronograma:

1) Introdução: quando a música virou objeto de interesse das ciências humanas? (40m);

2) Música: entre a arte e a ciência – visões sobre a música (1h);

3) Possibilidades teórico-metodológicas: a música como objeto de interesse da história (1h);

4) Momento de debate (40m);

5) Análise de uma canção que será decidida durante o debate (40m).

Referências Bibliográficas: *

ADORNO, Theodor. “O fetichismo da música e a regressão da audição” In: Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1996, p. 65-108.

ADORNO, Theodor. “Sobre Música Popular”. In: Adorno (Col.Grandes Cientistas Sociais). São Paulo: Ática, 1994, p. 115-146.

CANCLINI, Nestor. Culturas Híbridas. Estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo: EDUSP, 1998.

CHARTIER, Roger. À beira da falésia: entre incertezas e inquietude. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 2002

CONTIER, Arnaldo. “Música no Brasil: História e interdisciplinaridade”. IN: História em debate. Atas do XVI Simpósio Nacional de História, ANPUH/CNPQ, Rio de Janeiro, 1991, p. 151-189.

DE CERTEAU, Michel. A invenção do cotidiano. Petrópolis: Vozes, 1994. DIAS, Marcia Tosta. Os donos da voz: indústria fonográfica e mundialização da cultura. São Paulo: Boitempo, 2000.

DUNN, C. Brutalidade Jardim: a Tropicália e o surgimento da contracultura brasileira. São Paulo: Editora UNESP, 2009.

ENCARNAÇÃO, Paulo Gustavo. Rock cá, rock lá: a produção roqueira no Brasil e em Portugal na imprensa – 1970-1985. Tese – Faculdade de Ciências e Letras de Assis, Universidade Estadual Paulista: Assis, 2015.

FLÉCHE, Anaïs. Madureira Chorou… em Paris: A música popular brasileira na França do Século XX. São Paulo: EDUSP, 2017.

GOMES, Caio S. “Quando um muro separa, uma ponte une”: conexões transnacionais na canção engajada na América Latina (anos 1960/70). Dissertação (Mestrado em História) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo: São Paulo, 2013.

GARCIA, Tânia da Costa. História e Música: consenso, polêmicas e desafios. In: FRANÇA, Susani Silveira Lemos (org.). Questões que incomodam o historiador. São Paulo, Alameda, 2013.

______________________. O “it verde e amarelo” de Carmen Miranda (1930-1946). São Paulo: Annablume; FAPESP, 2004.

DENORA, Tia. Music in everyday life. Cambridge, 2000.

FINNEGAN, Ruth. ¿Por qué estudiar la música? Reflexiones de una antropóloga desde el campo. Revista Transcultural de Música. v.6, 2002.

NAPOLITANO, Marcos. História & Música: História . Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

SCHMIEDECKE, N. A. Os primeiros festivais da Nova Canção Chilena e a invenção de um movimento musical. ArtCultura (UFU) , v. 16, p. 23-37, 2014.

TATIT. Luiz. O Cancionista. São Paulo: EDUSP, 2012.

__________. O século da canção. Cotia: Ateliê Editorial, 2004.

VILELA, Ivan. Ouvir a música como uma experiência imprescindível para se fazer musicologia. Música em Perspectiva. v.7 n.2, dezembro 2014. p. 101-131

NEGUS, Keith. Popular Music in Theory. An introduction. Cambridge: Polity Press, 1999. WILLIAMS, Raymond. Cultura. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

08h00 MC 09 - Pro dia nascer feliz: cultura jovem e a transição democrática na década de 1980 Minicurso
MC 09 - Pro dia nascer feliz: cultura jovem e a transição democrática na década de 1980
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertante:
Bruno Viveiros Martins
http://lattes.cnpq.br/2259041364199236

Ementa:
O minicurso tem por objetivo analisar como a juventude participou do debate político em torno da transição democrática, no Brasil, entre a abertura política e a consolidação da Nova República, ocorrida entre os anos de 1982 a 1989. Para tanto, diversos artistas jovens criaram uma narrativa própria e particular capaz de aproximar os questionamentos políticos e sociais da época ao cotidiano das ruas do país. Alinhavando alguns dos diversos suportes de circulação de ideias, como a canção, literatura, a poesia, o cinema, a televisão, as artes plásticas e as histórias em quadrinhos, os artistas articularam uma nova gramática política em torno das linguagens da imaginação cultural brasileira. Dessa forma, os jovens oferecem sua contribuição para um novo projeto político para o Brasil. Um projeto mais democrático, que valoriza a participação popular na cena pública, a defesa de direitos políticos, sociais e civis, a afirmação da cidadania e das leis constitucionais.

8h/aula

Cronograma:

Aula 01 – Geração Coca-cola: a transição democrática e a comunidade imaginada

Aula 02 – Você me abre seus braços e a gente faz um país: o Brasil e a cidadania insurgente

Referências Bibliográficas: *

ALEXANDRE, Ricardo. Dias de luta. O rock e o Brasil dos anos 80. São Paulo: DBA 2013.

ALVES, Maria Helena. Estado e oposição no Brasil (1964-1984). São Paulo: Edusc, 2005.

BRYAN, Guilherme. Quem tem um sonho não dança. Cultura jovem brasileira nos anos 80. Rio de Janeiro: Record, 2004.

BUTLER, Judith. Vida precária. Contemporânea – Revista de Sociologia. São Carlos, Departamento e Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSCar, N.1, 2011, p. 13-33.

CARMO, Paulo Sérgio do. Culturas da rebeldia. A juventude em questão. São Paulo: Senac, 2000.

CARVALHO, José Murilo. Cidadania no Brasil. O longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.

COUTO, Ronaldo Costa. História indiscreta da ditadura e da abertura. Brasil, (1964-1985). Rio de Janeiro: Record, 1999.

REIS, Daniel Aarão. (Org.). História do Brasil Nação. Volume 5. Modernização, ditadura e democracia. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014.

REIS, Daniel Aarão. Ditadura e democracia no Brasil: do golpe de 1964 à constituição de 1988. Rio de Janeiro: Zahar, 2014.

RIBEIRO, Júlio Naves. Lugar nenhum ou Bora Bora? Narrativas do “Rock brasileiro anos 80”. São Paulo: Annablume, 2009.

STARLING, Heloisa; SCHWARCS, Lilia. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das letras, 2015.

08h00 MC 20 - Islã, Política e a formação do Oriente Médio Contemporâneo: percursos intelectuais e dilemas políticos Minicurso
MC 20 - Islã, Política e a formação do Oriente Médio Contemporâneo: percursos intelectuais e dilemas políticos
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertantes:
Alaor Souza Oliveira
http://lattes.cnpq.br/6099833476953978

Guilherme Di Lorenzo Pires
http://lattes.cnpq.br/2605124069767131

Ementa:
Nos Estados Unidos, a relação entre Islã e política tem ocupado nas últimas décadas um papel de destaque entre os temas de pesquisas acadêmicas sobre o Oriente Médio. Dessas pesquisas surgiram uma série de conceitos para nomear o fenômeno: Islã Político, jihadismo, salafismo e outros. No Brasil, a produção acadêmica sobre o tema tem mantido notável diálogo com os trabalhos norte-americanos, seja adotando suas matrizes conceituais ou criticando-as. Considerando a relevância da História do Oriente Médio como tema de pesquisa e ensino, o minicurso propõe-se a apresentar um panorama contemporâneo da região - do declínio do Império Otomano aos dias presentes -, guiado pela seguinte questão: quais as relações entre Islã e política na formação geopolítica do Oriente Médio? O curso se estrutura na análise contextual de intelectuais que enfatizaram a relação entre Islã e política em sociedades mezo-orientais, destacando as diferenças e as convergências de pensamentos e momentos históricos.

8h/aula

Cronograma:

1 - Islã e política no Oriente Médio contemporâneo: percursos teóricos e problemas de investigação - (2 horas/aula)

Resumo: A relação entre Islã e política como um problema de pesquisa: perspectivas teóricas e conceitos-chave na historiografia contemporânea.

2 - Reformadores e modernistas islâmicos na era do declínio Otomano - (2 horas/aula)

Resumo: A “Era dos Impérios” e o declínio do Império Otomano; os governos reformadores; as elites e a cultura do imperialismo; o pensamento Salafiyya e o Pan-Islamismo otomano.

3 - De Sykes-Picot ao Suez: a formação dos Estados e dos nacionalismos árabes - (2 horas/aula)

Resumo: A dissolução do Império Otomano e a política de Mandatos; a Turquia secular de Kemal “Atatürk”; o Estado saudita; a monarquia liberal egípcia e o surgimento da Irmandade Muçulmana; o nacionalismo árabe e os governos nacionalistas; solidariedades supranacionais: Pan-Arabismo e Pan-Islamismo.

4 - Questões presentes - (2 horas/aula)

Resumo: a Revolução Iraniana; a Questão Palestina e o surgimento do Hamas; a Guerra Civil libanesa e o surgimento do Hezbollah; a Guerra Civil Síria; o Islã, a democracia e as formas de violência religiosamente motivadas.

Referências Bibliográficas:

AL BANNA, Hassan. Towards the Lights. In: EUBEN, Roxanne; ZAMAN, Muhammad Qasim. (Orgs). Princeton Readings in Islamist Thought: Texts and Contexts from Al-Banna to Bin Laden. Princeton University Press, 2009, pp.56-79.

AL-AFGHANI, Jamal al-Din; RENAN, Ernest. Ernest Renan: El Islam y la Ciencia - con la respuesta de Al-Afghani. Tradução: Ofelia Arruti. In: Istor: Revista de Historia Internacional, n. 24, [1893] 2006, pp.122-146.

ARMSTRONG, Karen. Em nome de Deus: o fundamentalismo no judaísmo, no cristianismo e no islamismo. São Paulo : Companhia das Letras, 2009.

AYOOB, Mohammed. Political Islam: image and reality. In: World Policy Journal, set 2004, pp.1-14.

AYUBI, Nazih N. The theory and practice of the Islamic State. In: Political Islam: religion and politics in Arab world. Londres, Nova York : Routledge, 1991, pp.1-27.

ESPOSITO, John. Islam and politics. 4. ed. New York: Syracuse University Press, 1998.

HAMAS. Charter of the Islamic Resistance Movement (HAMAS) of Palestine. In: EUBEN, Roxanne; ZAMAN, Muhammad Qasim. (Orgs). Princeton Readings in Islamist Thought: Texts and Contexts from Al-Banna to Bin Laden. Princeton University Press, 2009, pp. 364-387.

HOURANI, Albert. O pensamento árabe na era liberal. São Paulo : Companhia das Letras, 2005.

_______. Uma história dos povos árabes. São Paulo : Companhia das Letras, 2006.

KHOMEINI, Ruhollah. Islamic Government. In: EUBEN, Roxanne; ZAMAN, Muhammad Qasim. (Orgs). Princeton Readings in Islamist Thought: Texts and Contexts from Al-Banna to Bin Laden. Princeton University Press, 2009, pp. 163-181.

LEWIS, Bernard. What went wrong? The clash between Islam and Modernity in the Middle East. New York: Oxford University Press, 2002.

QUTB, Sayyid. Signposts along the Road. In: EUBEN, Roxanne; ZAMAN, Muhammad Qasim. (Orgs). Princeton Readings in Islamist Thought: Texts and Contexts from Al-Banna to Bin Laden. Princeton University Press, 2009, pp. 145-155.

08h00 MC 18 - Introdução à História Pública Minicurso
MC 18 - Introdução à História Pública
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertante:
Matheus Yago Gomes Ferreira
http://lattes.cnpq.br/5410388525739550

Ementa:
O minicurso visa debruçar-se sobre o conceito de História Pública e pensar as possibilidades para o Historiador que com ele se identificar. Crescente em eventos acadêmicos e discussões em sala de aula, ainda é - para significativa parte dos historiadores - nebuloso o seu entendimento. Afinal, o que é a História Pública e o Historiador Público? O que se propõe esse campo que busca ser "abrangente, empolgante, cativante e provocativa" (ZAHAVI, 2011). Como acontece o movimento dessa História que "vaza por muitos poros, criando vasos que sustenta o que as pessoas entendem como história"? (ALBIERI, 2011). Buscaremos entender primeiramente o campo de trabalho para o Historiador Público, tal como a importância desse "vazamento de poros" no momento atual. Em um primeiro momento, teremos a discussão teórica sobre o conceito e como se consolidou esse campo especialmente na Academia brasileira. oremos refletir sobre as possibilidades da História Pública, em especial seu "casamento" com produção midiática, seja na sua elaboração ou difusão. Por fim, compartilharemos trabalhos da área, com o intuito de consolidar o ofício aos olhos e ao conhecimento dos participantes.

8h/aula

Cronograma:

Dia 1: Exposição da Temática e discussão da bibliografia. Partir das dúvidas dos participantes para a condução da aula. Nortear a discussão através da obra que dá título ao Minicurso. Debater, por fim, a relação entre esse campo do saber e o cenário político e social atual.

Dia 2: Exposição de trabalhos de História Pública. Debater os diversos campos e possibilidades de trabalho em que o Historiador Público atua. Enfoque na relação entre História e Produção Midiática.

Referências Bibliográficas:

ALBIERI, Sara. História Pública e consciência histórica. In: ALMEIDA, Juniele R.

ROVAI, Marta G. O. (Org.) Introdução à História Pública. São Paulo, Letra e Voz, 2011

HERMETO, Miriam. Podem os Palcos ser lugares de história pública? In: MAUAD, Ana Maria, SANTHIAGO, Ricardo, BORGES, Viviane Trindade. (org). Que história pública queremos? = What public history do we want? - São Paulo, Letra e Voz, 2018.

LIDDINGTON, Jill. O que é História Pública. In: ALMEIDA, Juniele R. ROVAI, Marta G. O. (Org.) Introdução à História Pública. São Paulo, Letra e Voz, 2011

MATTOS Hebe. Deve a História Pública se comprometer com a Democracia? In: MAUAD, Ana Maria, SANTHIAGO, Ricardo, BORGES, Viviane Trindade. (org). Que história pública queremos? = What public history do we want? - São Paulo, Letra e Voz, 2018.

MAUAD, Ana Maria. Como as fotografias visualizam a História Pública? In: MAUAD, Ana Maria, SANTHIAGO, Ricardo, BORGES, Viviane Trindade. (org). Que história pública queremos? = What public history do we want? - São Paulo, Letra e Voz, 2018.

MAUAD, Ana Maria, SANTHIAGO, Ricardo, BORGES, Viviane Trindade. Introdução. In: MAUAD, Ana Maria, SANTHIAGO, Ricardo, BORGES, Viviane Trindade. (org). Que história pública queremos? = What public history do we want? - São Paulo, Letra e Voz, 2018.

MENESES, Sônia. Qual a função da história pública em um país caracterizado por uma forte concentração midiática? In: MAUAD, Ana Maria, SANTHIAGO, Ricardo, BORGES, Viviane Trindade. (org). Que história pública queremos? = What public history do we want? - São Paulo, Letra e Voz, 2018.

QUADRAT, Samantha Viz. É possível uma história pública dos temas sensíveis no Brasil? In: MAUAD, Ana Maria, SANTHIAGO, Ricardo, BORGES, Viviane Trindade. (org). Que história pública queremos? = What public history do we want? - São Paulo, Letra e Voz, 2018.

ZAHAVI, Gerals. Ensinando história pública no século XXI. In: ALMEIDA, Juniele R. ROVAI, Marta G. O. (Org.) Introdução à História Pública. São Paulo, Letra e Voz, 2011

08h00 MC 16 - A África Ocidental na perspectiva pós-colonial abordagens, fontes, métodos e contribuições interdisciplinares Minicurso
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertantes:
Luana Carla Martins Campos Akinruli
http://lattes.cnpq.br/9953266134142337
Samuel Ayobami Akinruli
http://lattes.cnpq.br/6987847442302239

Ementa:
Este minicurso pretende promover discussões sobre as contribuições dos estudos pós-coloniais no contexto da África Ocidental, especialmente a partir das contribuições interdisciplinares, com foco na metodologia da etnografia. A corrente denominada pós-colonialista se trata de um movimento epistêmico, intelectual e político cujos argumentos estão comprometidos com a superação das relações de colonização, colonialismo e colonialidade. É um campo aberto de disputas, especialmente políticas e epistêmicas, mas que possuem centralidade nos questionamentos sobre a hegemonia da produção de conhecimento e de seus discursos. O lugar de onde se fala, para quem se fala, e como se fala são pontos fundamentais de análise nos estudos pós-coloniais. E a etnografia, nesse contexto, faz questionar não somente sobre os temas, enfoques e modos de descrever, mas também sobre a forma da construção da própria narrativa, as agências que não são somente humanas, a pretensa separação entre teoria e prática, bem como o campo de escrita. A abordagem do minicurso tem por finalidade discutir os contrapontos sobre a universalização dos conceitos, reforçando o referencial necessário de descolonização de metodologias. Nos diversos modelos de etnografia possíveis sobre o contexto da África Ocidental, cunha-se, nesta seara de falar com outro, não somente sobre o outro, a ponte entre a teoria antropológica com seus campos conexos, tendo a história e a literatura campos profícuos. O deslocamento do eixo promove a busca por outro balanço entre aquilo que é relevante e estruturante para o grupo pesquisado. A polifonia passa a ser para além de uma experiência, é a gênese, o modelo de narrativa, o paradigma de construção do conhecimento.

8h/aula

Cronograma:
1º DIA
a) O Pós-Colonialismo: histórico do grupo; caracterização dos enfoques e pesquisas; influências e campos de pesquisas na África Ocidental.
b) A Experiência Etnográfica: as possibilidades para a construção do conhecimento a partir de paradigmas outros; metodologia de conhecimento para e com os interlocutores (como estes pensam, sentem e produzem o seu próprio conhecimento sobre sua cultura); pesquisas etnográficas no contexto da África Ocidental.

2º DIA
c) Contribuições para os estudos da África Ocidental: estudos de casos que abordem o olhar etnográfico a partir da abordagem pós-colonial; exemplos de pesquisas antropológicas atuais e textos literários de autores africanos; balanços finais.

Referências Bibliográficas:
APPIAH, Kwame Anthony. Identidade como problema. In: SALLUM JR., Brasilio [et al]. Identidades. São Paulo: EDUSP, 2016, p.17-32.
ASAD, Talal (org.). Anthropology & The Colonial Encounter. New Jersey: Humanity Books, 1973.
BHABHA, Homi. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.
CLIFFORD, James. A Experiência Etnográfica – Antropologia e Literatura no Século XX. 3ª ed. Rio de Janeiro: UFRJ Editora, 2008.
CRAPANZANO, Vincent. On The Writing of Ethnography. In: Dialectical Anthropology, ed. 01-04, nº 02, p.69-73, january 1977.
CUNHA, Manuela Carneiro da. Cultura com aspas e outros ensaios. São Paulo: Cosac Naify, 2009.
GIBBS, James. Critical Perspectives on Wole Soyinka. Washington: Three Continents Press, 1980.
INGOLD, Tim. The Perception of the Environment. Essays on livelihood, dwelling and skill. Londres: Routledge, 2000.
JEYIFO, Biodun. Perspectives on Wole Soyinka: freedom and complexity. Jackson: University Press of Mississippi, 2001.
PRAKASH, Gyan. Subaltern Studies as Postcolonial Criticism. In: The American Historical Review, vol. 99, nº 05, p.1475-1490, dec.1994.
REIS, Eliana Lourenço de Lima. Pós-Colonialismo, identidade e mestiçagem cultural: a literature de Wole Soyinka. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011. ROTIMI, Ola. The gods are not blame. Ibadan: University Press Limited, 1979.
SMITH, Linda Tuhiwai. Decolonizing Methodologies: Research and Indigenous Peoples. New York: Zed Books, 2012.
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o Subalterno Falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

09h00 MC 07 - Cinema-História: Identidades e projetos de memória no cinema argentino e brasileiro dos anos 60 Minicurso
MC 07 - Cinema-História: Identidades e projetos de memória no cinema argentino e brasileiro dos anos 60
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertantes:
Carlos Cesar de Lima Veras
http://lattes.cnpq.br/9897164425587209

Renato Lopes Pessanha
http://lattes.cnpq.br/6426255487848683

Ementa:
O cinema pode ser encarado como um dos maiores propagadores de sentidos e práticas de representação que ascenderam no despertar do século passado, adquirindo o status de agente histórico. Identidades e projetos de memória assumiram posição igualmente de destaque à incorporação de novos elementos ao processo de análise das fontes históricas. Por meio dessas novas clivagens, o entendimento dos projetos de memória e de identidades ganha um escopo muito mais amplo e denso, em detrimento de visões limitadas por fontes tradicionais e por metodologias insuficientes, que não abarcavam a complexidade do processo de construção das representações sociais. Este minicurso intenta, através de dois recortes específicos – o cinema argentino e o Cinema Novo Brasileiro dos anos 60 – promover uma discussão e uma problematização da relação Cinema-História, discutindo também seus projetos de identidade e de memória.

6h/aula

Cronograma:

Primeira aula (Diálogos entre memória, identidade e nação no Cinema Novo):

- Apresentação do minicurso e introdução – aspectos teóricos e metodológicos

- “No Brasil, o pós-guerra é permanente” – gênese e motivações do Cinema Novo;

- Glauber Rocha e a provocação onírica do cinema;

- Ressignificações da memória e experiência em Deus e o Diabo na Terra do Sol;

- Eztetyka da Fome, Eztetyka do Sonho – A função política do cinema para os povos latino-americanos.

Segunda aula (Cine Liberacíon: Representação, memórias, identidades e o cinema de Fernando Solanas):

- Cine Liberácion: um cinema para anteceder a revolução

- “A descolonização do gosto e a influência fanoniana” – As propostas do manifesto “Hacia un Tercer Cine” e o encontro com as teses de Frantz Fanon

- Divergências de propostas políticas entre o cinema brasileiro e o cinema argentino

- Fernando Solanas e “La hora de los Hornos” – rupturas e continuidades no cinema político argentino

Referências Bibliográficas: *

AVELLAR, José Carlos. A Ponte Clandestina: Birri, Glauber, Solanas, Gettino, Garcia, Espinosa, Sanjines, Alea. Teorias de Cinema na América Latina. São Paulo: Ed.34/Edusp, 1995.

BARROS, D´Assunção José. “Cinema e História: entre expressões e representações” In Cinema-História: Teoria e representações sociais no cinema. Jorge Nóvoa e José D’Assunção Barros (orgs.). Rio de Janeiro: Apicuri, 2008, p.43-84

BENJAMIN, Walter. A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica. Porto Alegre, RS: Zouk, 2014

BERNADET, Jean-Claude. Brasil em tempo de cinema. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1978

BURKE, Peter. Testemunha ocular: história e imagem. Bauru (SP): EDUSC, 2004.

FANON, Frantz. Os Condenados da Terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968 FERRO, Marc. Cinema e História. 2ª edição. São Paulo: Paz e Terra, 2010.

LEFEBVRE, Henri. La presencia y la ausência: contribucion a la teoria de las representaciones. Ciudad de Mexico: Fondo de Cultura Economica, 1983

MANGUEL, Alberto. Lendo imagens: uma história de amor e ódio. São Paulo: Companhia das Letras, 2001

MESTMAN, Mariano. Las rupturas del 68 en el cine de América Latina: contracultura, experimentación y política In Las rupturas del 68 en el cine de América Latina. Mariano Mestman (org.). Ciudad Autonoma de Buenos Aires: Ediciones Akal, 2016, p.07-61

PARANAGUÁ, Paulo. El neorrealismo latino-americano. Cinemais - Neo-realismo na América Latina. Rio de Janeiro: Aeroplano, n. 34, abr-jun 2003. pp. 9-46.

ROCHA, Glauber. Revisão crítica do cinema brasileiro. São Paulo: Cosac Naify, 2003.

___________. Revolução do Cinema Novo. Rio de Janeiro: Alhambra/ Embrafilme, 1981.

SIMIS, Anita. Estado e cinema no Brasil. São Paulo: Editora Unesp, 2015.

VIANY, Alex. O processo do Cinema Novo. Rio de Janeiro: Aeroplano, 1999.

XAVIER, Ismail. Sertão Mar: Glauber Rocha e a estética da fome. São Paulo: Cosac Naify, 2007.

___________. O Cinema Brasileiro moderno. São Paulo: Paz e Terra, 2001.

09h00 MC 13 - Abordagens do local: um campo de possibilidades entre a historiografia e o ensino de história Minicurso
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertantes:
Claudia Patrícia de Oliveira Costa
http://lattes.cnpq.br/1374717289651265

Ingrid Brito Alves da Assunção
http://lattes.cnpq.br/0010944710237905

Ementa:
No avançar das transformações em ritmo acelerado, que caracterizam a passagem dos séculos XX ao XXI, uma das questões que se impõe ao debate historiográfico diz respeito às tensões entre macro e micro, estrutura e evento, global e local. Ao partirmos dessa perspectiva, propomos, ao longo do minicurso, encetar a discussão de questões que envolvem a História Local como potência epistemológica para a produção historiográfica em variadas instâncias, quais sejam: a historiografia “de massa”, a historiografia acadêmica, mas também, a historiografia escolar. Nesse sentido, a proposta do minicurso transita pelas relações entre memória e história, a construção das identidades locais, as múltiplas formas de articulação entre o local, o regional, o global, bem como possíveis abordagens para tais questões nas aulas de história na Educação Básica.

6h/aula

Cronograma:

1º bloco – Mapeando as produções historiográficas no âmbito da História Local: historiografia de massa, historiografia acadêmica e a historiografia escolar.

2º bloco – Abordagens teórico-metodológicas aplicadas à pesquisa e ao ensino do local: “jogos de escala”, a “história do lugar” e a relevância dos “saberes docentes”.

3º bloco - Apresentação e discussão de propostas pedagógicas que possibilitem trabalhar aspectos da história local: Projeto Caixa de História (UERJ/FFP/UNIRIO) e o Laboratório interdisciplinar de Memória e Patrimônio Cultural (LEEHPaC/PUC-Rio e IECD/SEEDUC).

Referências Bibliográficas:

ABREU, Jean Luiz Neves. “O memorialismo e a produção do conhecimento sobre o território brasileiro: perspectivas para uma historiografia das ciências.” In MATA, S. R. da; MOLLO, H. M. & VARELLA, F. F. (orgs.). Caderno de resumos & Anais do 2º. Seminário Nacional de História da Historiografia. A dinâmica do historicismo: tradições historiográficas modernas. Ouro Preto: EdUFOP, 2008.

BARBOSA, Vilma de Lurdes. “Ensino de História Local: redescobrindo sentidos.” In Saeculum – Revista de História, João Pessoa, nº 15, jul-dez, 2016.

BITTENCOURT, Circe M. F.. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Ed. Cortez, 2008.

CAVALCANTI, Luciana Araujo. A História Local no currículo da Educação Básica. Dissertação de Mestrado em Educação PPGE/UFPE, Recife, 2007.

CATROGA, Fernando. Memória, História e Historiografia. Coimbra: Quarteto, 2001.

GONÇALVES, Márcia de Almeida. Próximos distantes: notas sobre História Local. Conferência de Encerramento proferida no II Seminário de Memória e Patrimônio Histórico de Queimados. Queimados, 21 de setembro de 2013.

MONTEIRO, Ana Maria F. C.. Professores de História: entre saberes e práticas. Rio de Janeiro: Mauad X, 2007.

PROJETO CAIXA DE HISTÓRIA. http://projetocaixadehistoria.blogspot.com/. Acesso em 13/12/2018.

REVEL, Jacques. “Micro-história, macro-história: o que as variações de escala ajudam a pensar em um mundo globalizado” Revista Brasileira de Educação. vol. 15 nº. 45: set./dez. 2010.

ROCHA, H.; MAGALHÃES, M. e GONTIJO, R. (orgs.). A escrita da história escolar: memória e historiografia. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009.

SANCHEZ COSTA, Fernando. “La cultura histórica: una aproximación diferente a la memoria colectiva.” In Pasado y Memoria: Revista de Historia Contemporânea, nº 8, 2009.

SANTOS, Joaquim Justino Moura dos. História do lugar: um método de ensino e pesquisa para as escolas de nível médio e fundamental. História, Ciências, Saúde-Manguinhos. vol.9, n.1: 2002. - p. 105-124. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-59702002000100006&script=sci_abstract&tlng=pt .

SARLO, Beatriz. Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. São Paulo: Cia das Letras, 2007.

TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2014.

09h00 MC 14 - Práticas educativas: explorando o ensino de História em espaços museais Minicurso
MC 14 - Práticas educativas: explorando o ensino de História em espaços museais
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertantes:
Déborah Roberta Santiago Chaves Vilela
http://lattes.cnpq.br/9140501119090048

Goreti Pélagué Pereira da Silva
http://lattes.cnpq.br/4954041121508334

Zenaide Gregório Alves
http://lattes.cnpq.br/4589080461015003

Ementa:

Ao perceber a relação da história enquanto ciência testemunhando os feitos do homem em seu processo evolutivo, “tudo o que o homem diz ou escreve, tudo que fabrica, tudo o que toca pode e deve informar sobre ele” (BLOCH, 2001, p.79). Então, pensar o museu e o ensino de história é trazer modos de dialogar e dar sentido a história vivida, através das identidades, memórias e fontes históricas. Desde o séc. XIX os museus passaram a desenvolver sua função educativa e interdisciplinar com outros espaços de educação formal, possibilitando o uso dos museus como método inovador para o ensino da história. Museus de qualquer tipologia podem ser utilizados pelo docente a fim de educar para a percepção da aventura humana no tempo por meio do contato com o objeto (PACHECO, 2017). Assim, propomos este minicurso sobre a prática do ensino de história em espaços museais à luz dos teóricos da área, debatendo a teoria e realizando 3 atividades educativas em museus (histórico, antropológico e de ciência).

6h/aula

Cronograma:

1º DIA: Discussão teórica: 3 h/a.

2º DIA: Realização das 3 propostas de práticas educativas em museus: 3 h/a.

Referências Bibliográficas:

BITTENCOURT, C. M. F. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2011.

BLOCH, M. Apologia da história ou o ofício de historiador. Rio de Janeiro. Zahar, 2001.

LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo. Cortez:1994. PACHECO, R. A. Ensino de História e patrimônio cultural: um percurso. 1 ed. Jundiaí, SP. Paco, 2017.

08h00 MC 02- A pensadora de novos inícios: Hannah Arendt e a responsabilidade política pelo mundo Minicurso
MC 02- A pensadora de novos inícios: Hannah Arendt e a responsabilidade política pelo mundo
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertante:
Maria Visconti
http://lattes.cnpq.br/9020280172249149

Ementa:
O minicurso propõe-se a uma discussão mais aprofundada de alguns dos conceitos fundamentais na obra da filósofa política Hannah Arendt tendo como base o recorte histórico do fenômeno do totalitarismo. Pretende-se trabalhar com alguns conceitos-chave divididos em três tópicos: "Amor mundi e o milagre da ação: política e liberdade"; "Compreender o totalitarismo: a responsabilidade, o julgamento e a banalidade do mal"; "História e narrativa pós-totalitarismo: o agir na cena pública em tempos sombrios". O objetivo é entender como essa filósofa pode nos auxiliar a pensar o mundo e entendê-la não apenas como uma pensadora da crise, mas uma pensadora de novos inícios.

12h/aula

Cronograma:
Aula 1: Amor mundi e o milagre da ação: política e liberdade Nesta aula trabalharemos alguns conceitos fundamentais para a compreensão da teoria de Arendt como um todo. Discutiremos a ideia de amor mundi atrelada ao milagre como a responsabilidade pelo que é criado em conjunto e também a noção da autora sobre a política e a liberdade como constitutivas do indivíduo. Aula 2: Compreender o totalitarismo: a responsabilidade, o julgamento e a banalidade do mal Nesta aula (que se estenderá para a última aula) pensaremos sobre o conceito de totalitarismo e os outros conceitos que os circundam, sobretudo a noção de responsabilidade e de culpa. Analisaremos a percepção de Arendt sobre o julgamento de Eichmann e a construção do conceito de banalidade do mal. Aula 3: História e narrativa pós-totalitarismo: o agir na cena pública em tempos sombrios Nesta aula finalizaremos com uma discussão sobre a noção de julgamento para encerrar o tópico anterior. Seguiremos pensando sobre o conceito de história e principalmente de narrativa para analisarmos o nosso papel na narrativa do mundo que construímos em conjunto. Finalizaremos com as reflexões da autora sobre a responsabilidade pelo mundo, retomando ao que foi apresentado na primeira aula.

Referências Bibliográficas: *

AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz. São Paulo: Boitempo, 2008.

AGUIAR, Odilio Alves (org). Origens do totalitarismo: 50 anos depois. Relume-Dumara, 2001.

ARENDT, Hannah. Origens do Totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

________________. Homens em tempos sombrios. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

________________. Sobre a Revolução. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

_________________. A condição Humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.

_________________. A promessa da política. Rio de Janeiro: DIFEL, 2010.

__________________. The life of the mind. Harvest Book, Harcourt, Inc, 1978.

_______________. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 2011.

_______________. Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

______________. Escritos Judaicos. São Paulo: Amarilys, 2016

_______________. Responsabilidade e Julgamento. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

_______________. Crises da República. São Paulo: Perspectiva, 2010.

_______________. Compreender: formação, exílio e totalitarismo (ensaios). São Paulo: Companhia das Letras; Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.

ASSY, Bethânia. Ética, responsabilidade e juízo em Hannah Arendt. São Paulo: Perspectiva, 2015.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade e Holocausto. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.

BIGNOTTO, Newton; MORAES, Eduardo Jardim de (orgs). Hannah Arendt: diálogos, reflexões, memórias. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.

GELLATELY, Robert. Apoiando Hitler: consentimento e coerção na Alemanha nazista. Rio de Janeiro: Record, 2011.

HINCHMAN, Lewis P.; HINCHMAN Sandra K. (orgs). Hannah Arendt: Critical Essays. Sate University of New York Press, 1994.

ISAAC, Jeffrey C. Arendt, Camus, and the modern rebellion. Yale University Press, 1992.

KERSHAW, Ian. Hitler, the Germans, and The Final Solution. Yale University Press, 2008.

LAFER, Celso. Hannah Arendt: Pensamento, persuasão e poder. São Paulo: Paz e terra, 2018.

_____________. A reconstrução dos direitos humanos: um diálogo com o pensamento de Hannah Arendt. São Paulo: Companhia das Letras, 2ª edição, 1988.

LEVI, Primo. É isto um homem? Rio de Janeiro: Rocco, 1988.

ROSIN, Nilva; SIVIERO, Itomar (orgs). Hannah Arendt: diversas leituras. Passo Fundo: IFIBE, 2010.

VILLA, Dana (ed). The Cambridge Companion to Hannah Arendt. Cambridge University Press, 2000.

YOUNG-BRUEHL, Elisabeth. Hannah Arendt: For Love of the World. Yale University Press, 2004.

08h00 MC 09 - Pro dia nascer feliz: cultura jovem e a transição democrática na década de 1980 Minicurso
MC 09 - Pro dia nascer feliz: cultura jovem e a transição democrática na década de 1980
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertante:
Bruno Viveiros Martins
http://lattes.cnpq.br/2259041364199236

Ementa:
O minicurso tem por objetivo analisar como a juventude participou do debate político em torno da transição democrática, no Brasil, entre a abertura política e a consolidação da Nova República, ocorrida entre os anos de 1982 a 1989. Para tanto, diversos artistas jovens criaram uma narrativa própria e particular capaz de aproximar os questionamentos políticos e sociais da época ao cotidiano das ruas do país. Alinhavando alguns dos diversos suportes de circulação de ideias, como a canção, literatura, a poesia, o cinema, a televisão, as artes plásticas e as histórias em quadrinhos, os artistas articularam uma nova gramática política em torno das linguagens da imaginação cultural brasileira. Dessa forma, os jovens oferecem sua contribuição para um novo projeto político para o Brasil. Um projeto mais democrático, que valoriza a participação popular na cena pública, a defesa de direitos políticos, sociais e civis, a afirmação da cidadania e das leis constitucionais.

8h/aula

Cronograma:

Aula 01 – Geração Coca-cola: a transição democrática e a comunidade imaginada

Aula 02 – Você me abre seus braços e a gente faz um país: o Brasil e a cidadania insurgente

Referências Bibliográficas: *

ALEXANDRE, Ricardo. Dias de luta. O rock e o Brasil dos anos 80. São Paulo: DBA 2013.

ALVES, Maria Helena. Estado e oposição no Brasil (1964-1984). São Paulo: Edusc, 2005.

BRYAN, Guilherme. Quem tem um sonho não dança. Cultura jovem brasileira nos anos 80. Rio de Janeiro: Record, 2004.

BUTLER, Judith. Vida precária. Contemporânea – Revista de Sociologia. São Carlos, Departamento e Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSCar, N.1, 2011, p. 13-33.

CARMO, Paulo Sérgio do. Culturas da rebeldia. A juventude em questão. São Paulo: Senac, 2000.

CARVALHO, José Murilo. Cidadania no Brasil. O longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.

COUTO, Ronaldo Costa. História indiscreta da ditadura e da abertura. Brasil, (1964-1985). Rio de Janeiro: Record, 1999.

REIS, Daniel Aarão. (Org.). História do Brasil Nação. Volume 5. Modernização, ditadura e democracia. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014.

REIS, Daniel Aarão. Ditadura e democracia no Brasil: do golpe de 1964 à constituição de 1988. Rio de Janeiro: Zahar, 2014.

RIBEIRO, Júlio Naves. Lugar nenhum ou Bora Bora? Narrativas do “Rock brasileiro anos 80”. São Paulo: Annablume, 2009.

STARLING, Heloisa; SCHWARCS, Lilia. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das letras, 2015.

08h00 MC 12 - Introdução à História da Sexualidade de Michel Foucault: d'A Vontade de saber às Confissões da Carne Minicurso
MC 12 - Introdução à História da Sexualidade de Michel Foucault: d'A Vontade de saber às Confissões da Carne
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertante:
Cássio Bruno de Araujo Rocha
http://lattes.cnpq.br/0153381151242770

Ementa:
Os tempos sombrios que nos cercam exigem que articulemos formas efetivas de resistência e de combate ao fascismo. Neste sentido, cabe revisitar as propostas do filósofo Michel Foucault (1926-1984) para A História da Sexualidade. Ademais, a recente publicação do quarto volume da série, Les aveux de la chair (2018, ainda sem tradução para o português) por si convida ao retorno. Iniciaremos o curso com uma introdução aos métodos de investigação histórica propostos por Foucault, a arqueologia e a genealogia. Com este embasamento metodológico, passaremos ao estudo da analítica do poder proposta por Foucault em seus textos da década de 1970, destacando os conceitos de disciplina, biopolítica e biopoder, o que nos coloca dentro do primeiro volume da série, A Vontade de saber (1976). Após nos debruçarmos sobre ele, avançaremos para os volumes 2 e 3, respectivamente, O Uso dos Prazeres e O Cuidado de Si (1984), explicando o retorno de Foucault à Antiguidade greco-romana como fundamento para o seu giro ético final. O problema da constituição de uma história das relações entre subjetividade, verdade e poder conduz às temáticas do volume 4, em que percorremos a formação de um modo de sujeito sob o cristianismo antigo e o lugar central da problematização da Carne para a introspecção dessa subjetividade que, em tempos de fundamentalismo cristão, ainda é, mais que nunca, a nossa.

12h/aula

Cronograma:

DIA 1

1ª hora: Apresentações e introdução à arqueologia (A arqueologia do saber) e à genealogia (Nietzsche, a genealogia e a história).

2ª hora: Introdução à História da sexualidade: Nós, vitorianos e a hipótese repressiva. Intervalo de 20 minutos.

3ª hora:. Scientia sexualis: exemplo com a formação da categoria dos Anormais.

4ª hora: O dispositivo da sexualidade.

DIA 2

1ª hora: Direito de morte e poder sobre a vida.

2ª hora: Analítica do poder: disciplina, biopoder e biopolítica. Intervalo de 20 minutos.

3ª hora: Introdução à virada ética em Foucault, o Uso dos Prazeres e as técnicas de si.

4ª hora: A problematização moral dos prazeres: dietética, econômica, erótica e o verdadeiro amor.

DIA 3

1ª hora: O volume 3 da História da sexualidade: A cultura de si e o cuidado de si: o matrimônio, o corpo, a mulher e os rapazes.

2ª hora: O cuidado de si e o problema da amizade. A cultura gay como forma de resistência. Intervalo de 20 minutos.

3ª hora: Introdução às Confissões da Carne: um modo de subjetividade cristão.

4ª hora: Técnicas de confissão no cristianismo primitivo, modos de ser virgem e casado, a libidinização do sexo em Agostinho.

Considerações finais: Como resistir sob o fundamentalismo cristão?

Referências Bibliográficas:

BAUMAN, Zygmunt. Sobre a redistribuição pós-moderna do sexo: A História da sexualidade, de Foucault, revisitada. In: BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da pós-modernidade. Trad. Mauro Gama, Cláudia Martinelli Gama. Revisão técnica Luís Carlos Fridman. Rio de Janeiro: Zahar, 1998, p. 177-189.

BERNAUER, James W., MAHON, Michael. A imaginação ética de Michel Foucault. In: GUTTING, Gary. (Org.). Foucault. Trad. André Oídes. São Paulo: Ideias & Letras, 2016, p. 189-218.

CANDIOTTO, Cesar. Foucault e a crítica da verdade. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora; Curitiba: Champagnat, 2013. (Coleção Estudos Foucaultianos).

CANDIOTTO, Cesar; SOUZA, Pedro de. (Orgs). Foucault e o cristianismo. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2012.

DAVIDSON, Arnold I. Ética como ascese: Foucault, a história da ética e o pensamento antigo. In: GUTTING, Gary. (Org.). Foucault. Trad. André Oídes. São Paulo: Ideias & Letras, 2016, p. 159-187.

ERIBON, Didier. Michel Foucault. 1926-1984. Trad. Hildegard Feist. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

ERIBON, Didier. Reflexões sobre a questão gay. Trad. Procopio Abreu. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2008.

FONSECA, Márcio Alves. Michel Foucault e a constituição do sujeito. São Paulo: EDUC, 2003.

FOUCAULT, M. Nietzsche, a genealogia e a história. In: FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Organização e tradução Roberto Machado. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979, p. 15-37.

FOUCAULT, M. História da Sexualidade 2. O uso dos prazeres. Trad. Maria Thereza da Costa Albuquerque. Revisão técnica José Augusto Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1984.

FOUCAULT, M. História da Sexualidade 3. O cuidado de si. Trad. Maria Thereza da Costa Albuquerque. Revisão técnica José Augusto Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1985.

FOUCAULT, M. História da sexualidade I. A vontade de saber. Trad. Pedro Tamen. Lisboa: Relógios D'Água Editores, 1994; FOUCAULT, M. A arqueologia do saber. Trad. Luiz Felipe Baeta Neves. 7.ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009.

FOUCAULT, M. Os Anormais. Curso no Collège de France (1974-1975). Trad. Eduardo Brandão. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010. (Coleção Obras de Michel Foucault).

FOUCAULT, M. A hermenêutica do sujeito. Curso dado no Collège de France (1981-1982). Edição estabelecida sob direção de François Ewald, Alessandro Fontana, Fréderic Gros. Trad. Márcio Alves da Fonseca, Salma Tannus Muchail. 3. ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010. (Obras de Michel Foucault).

FOUCAULT, M. Vigiar e Punir. Nascimento da Prisão. Trad. Raquel Ramalhete. 39. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.

FOUCAULT, M. A coragem da verdade. O governo de si e dos outros II. Curso no Collège de France (1983-1984). Trad. Eduardo Brandão. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2011. (Obras de Michel Foucault).

FOUCAULT, M. Sexualidade e poder. In: FOUCAULT, M. Ditos e escritos V. Ética, sexualidade, política. Organização, seleção de textos e revisão técnica Manoel Barros da Motta. Trad. Elisa Monteiro, Inês Austran Dourado Barbosa. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012, p. 55-75.

FOUCAULT, M. O triunfo social do prazer sexual: uma conversação com Michel Foucault. In: FOUCAULT, M. Ditos e escritos V. Ética, sexualidade, política. Organização, seleção de textos e revisão técnica Manoel Barros da Motta. Trad. Elisa Monteiro, Inês Austran Dourado Barbosa. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012, p. 116-122.

FOUCAULT, M. O uso dos prazeres e as técnicas de si. In: FOUCAULT, M. Ditos e escritos V. Ética, sexualidade, política. Organização, seleção de textos e revisão técnica Manoel Barros da Motta. Trad. Elisa Monteiro, Inês Austran Dourado Barbosa. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012, p. 187-211.

FOUCAULT, M. A ética do cuidado de si como prática da liberdade. In: FOUCAULT, M. Ditos e escritos V. Ética, sexualidade, política. Organização, seleção de textos e revisão técnica Manoel Barros da Motta. Trad. Elisa Monteiro, Inês Austran Dourado Barbosa. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012, p. 258-280.

FOUCAULT, M. Uma estética da existência. In: FOUCAULT, M. Ditos e escritos V. Ética, sexualidade, política. Organização, seleção de textos e revisão técnica Manoel Barros da Motta. Trad. Elisa Monteiro, Inês Austran Dourado Barbosa. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012, p. 281-286.

FOUCAULT, M. Do governo dos vivos. Curso no Collège de France (1979-1980). Trad. Eduardo Brandão. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2014. (Obras de Michel Foucault).

FOUCAULT, M. A ordem do discurso. Aula inaugural no Collège de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970. Trad. Laura Fraga de Almeida Sampaio. 24. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2014. (Leituras filosóficas).

FOUCAULT, M. As palavras e as coisas. Uma arqueologia das ciências humanas. Trad. Antônio Ramos Rosa. Prefácios de Eduardo Lourenço e Vergílio Ferreira. Lisboa: Portugália Editora, 1967. (Coleção Problemas).

FOUCAULT, M. História da loucura. Na Idade Clássica. Trad. José Teixeira Coelho Neto. São Paulo: Perspectiva, 2012. (Estudos).

FOUCAULT, M. Em defesa da sociedade. Curso no Collège de France (1975-1976). Trad. Maria Ermantina Galvão. 2ª ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010. (Coleção obras de Michel Foucault).

FOUCAULT, M. Subjetividade e verdade. Curso no Collège de France (1980-1981). Edição estabelecida por Frédéric Gros sob direção de François Ewald e Alessandro Fontana. Trad. Rosemary Costhek Abílio. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2016. (Coleção Obras de Michel Foucault).

FOUCAULT, M. O corpo utópico, as heterotopias. Posfácio de Daniel Defert. Trad. Salma Tannus Muchail. São Paulo: n-1 edições, 2013. FOUCAULT, M. Histoire de la sexualité 4. Les aveux de la chair. Édition établie par Frédéric Gros. Paris: Gallimard, 2018.

HALPERIN, David. Saint Foucault. Towards a gay hagiography. New York: Oxford University Press, 1995.

MACHADO, Roberto. Impressões de Michel Foucault. São Paulo: n-1 edições, 2017.

PAIVA, Antonio Crístian Saraiva. Amizade e modos de vida gay: por uma vida não fascista. In: ALBURQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de; VEIGA-NETO, Alfredo; SOUZA FILHO, Alípio de (Orgs.). Cartografias de Foucault. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011, p. 53-68. (Coleção estudos foucaultianos).

ORTEGA, Francisco. Amizade e estética da existência em Foucault. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1999.

RAGO, Margareth. Michel Foucault e o zoológico do rei. In: ALBURQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de; VEIGA-NETO, Alfredo; SOUZA FILHO, Alípio de (Orgs.). Cartografias de Foucault. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011, p. 253-268. (Coleção estudos foucaultianos).

RODRIGUES, Heliana de Barros Conde. Ensaios sobre Michel Foucault no Brasil. Presença, efeitos, ressonâncias. Rio de Janeiro: Lamparina, 2016.

SOUSA FILHO, Alípio de. Foucault: o cuidado de si e a liberdade ou a liberdade é uma agonística. In: ALBURQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de; VEIGA-NETO, Alfredo; SOUZA FILHO, Alípio de (Orgs.). Cartografias de Foucault. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011, p. 13-26. (Coleção estudos foucaultianos).

SPARGO, Tamsin. Foucault e a teoria queer. Seguido de Ágape e êxtase: orientações pós-seculares. Trad. Heci Regina Candiani. Posfácio Richard Miskolci. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017. (Argos, 2).

VEYNE, Paul. Foucault. O pensamento, a pessoa. Trad. Luís Lima. Lisboa: Edições Texto & Grafia, 2009. VIEIRA, Priscila Piazentini. A coragem da verdade e a ética do intelectual em Michel Foucault. Prefácio de Salma Tannus Muchail. São Paulo: Intermeios; Fapesp, 2015.

08h00 MC 15 - História Social e Cultural da Imprensa no Brasil do século XIX Minicurso
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertante:
Thayna Cavalcanti Peixoto
http://lattes.cnpq.br/8010000788922467

Ementa:
Com os tempos sombrios que se aproximam nada mais importante do que voltar-nos para a compreensão do processo de institucionalização da imprensa no Brasil, que diferentemente de outros países do ocidente, passou por um diferente processo, pois só conseguira permissão para institucionalizar-se e tornar-se produtor de material impresso no século XIX. Dito isso, esse minicurso pretende, por meio de uma história social e cultural da comunicação impressa, identificar a forma como, o que, para quem e de que maneira os impressos circularam e impactaram a sociedade brasileira oitocentista. Tendo em vista, que a invenção da imprensa causou uma revolução técnica, social e cultural, sem precedentes, no mundo ocidental, instaurando uma nova modalidade entre a relação sujeito – escrita, é que se objetiva entender a dinâmica da sociedade brasileira do século XIX, por meio da análise dos ciclos de vida dos impressos, perpassando pela compreensão de sua produção, circulação e apropriações.

12h/aula

Cronograma:

Módulo I

1. Uma história social e cultural da comunicação impressa

1.1. Pensando a revolução da imprensa

1.2. Condições que tornaram possível o surgimento da imprensa

2. Difusão da imprensa: Europa, Ibero- América e Brasil

Módulo II

3. E a imprensa chega ao Brasil...

3.1 Primórdios da imprensa no Brasil

3.2. Imprensa em tempos de Império [primeiro e segundo reinado]

3.3. Emergência e transformações da opinião pública/ Espaços públicos e sociabilidades

4. Um novo sistema de comunicação na imprensa

4.1. Pensado as formas de produção [tipografias, editores, tipógrafos e impressores], difusão [tipografias, bibliotecas, tabernas] e apropriações [leitores e práticas de leitura]

Módulo III

5.Compreensão teórico-prática da estrutura e de gêneros impressos [jornais, almanaques, revistas, folhetos, pasquins, livros de viagem, compêndios escolares, dicionários, livros de bolso, entre outros.

Referências Bibliográficas:

BARBIER, Frédéric. A Europa de Gutenberg. O Livro e a Invenção da Modernidade Ocidental (séculos XIII –XVI). São Paulo : Edusp, 2018.

BARBOSA, Marialva. Como escrever uma história da imprensa? In: II Encontro Nacional da Rede Alfredo de Carvalho, 2004, Florianópolis, Anais.Florianópolis, p.1-11.

______________. História Cultural da imprensa: Brasil – 1800-1900. Rio de Janeiro: Mauad X, 2010.

CAPELATO, Maria Helena. Imprensa e História do Brasil. São Paulo: Contexto/EDUSP, 1988.

CHARTIER, Roger. O mundo como representação. Estudos Avançados. vol.5 no.11 São Paulo Jan./Apr. p.173 -191. 1991.

________________. A Aventura do Livro - do leitor ao navegador Tradução de Reginaldo de Moraes. São Paulo: Editora da Unesp, 1999. 5ª reimpressão.

_______________. A História Cultural entre práticas e representações. Portugal: Difel, 2002.

__________.The Printing Revolution: A Reappraisal. In: BARON, Sabrina; LINDQUIST, Eric; SHEVLIN, Eleanor; Agent of Change: Print Culture Studies After Elizabeth L. Eisenstein. University of Massachusetts Press, 2007.

DARNTON, Robert. Boemia Literária e Revolução: o submundo das letras no Antigo Regime. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

_______________. ROCHE, Daniel (orgs.). Revolução Impressa. A imprensa na França (1775-1800). Trad. Macos Maffei Jordan. São Paulo: EDUSP, 1996.

______________.O beijo de Lamourette Mídia, Cultura e Revolução. Trad. Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2010[1990].

HABERMAS, Jürgen. Mudança estrutural da esfera pública. Tradução Denilson Luís Werle. São Paulo, SP: Unesp, 2014[1962].

HALLEWELL, Laurence. O Livro no Brasil. Sua História. 3ª ed. I reimpressão. São Paulo: Edusp 2017

HUNT, Lynn (org). A Nova História Cultural. Tradução Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

KNAUSS, Paulo. Revistas Ilustradas – Modos de Ler e Ver no Segundo Reinado. Rio de Janeiro: Mauad X: FAPERJ, 2011.

LEITE, Miriam Moreira. Livros de Viagem (1803-1900).Rio de Janeiro: UFRJ, 1997.

LUCA, Tânia Regina de. A história dos, nos e por meio dos periódicos. In: PINSKY, Carla Bassanezi (org.). Fontes Históricas. 3º Ed. São Paulo: Contexto, 2011.

LUSTOSA, Isabel. O nascimento da imprensa brasileira. 2 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.

FEBVRE, Lucien ; MARTIN, Henri-Jean. O Aparecimento do Livro. Tradução de Fulvia M.L. Moretto & Guacira Marcondes Machado. São Paulo : Edusp, 2017.

MARTINS, Ana Luiza. Revistas em Revista – Imprensa e Práticas Culturais em Tempos de República, São Paulo (1890-1922). São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo:

FAPESP: Imprensa Oficial do Estado, 2001.

______________.; História da Imprensa no Brasil. 2. ed. São Paulo: Editora Contexto, 2013[2008]. 2. Reimpressão.

MCKENZIE, Donald Francis. Bibliografia e sociologia dos textos. Tradução Fernanda Veríssimo. São Paulo: Edusp, 2018.

MOLINA, Matías M. História dos Jornais no Brasil: da era colonial à Regência (1500-1840). v.1. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

MOREL, Marco. As transformações dos espaços públicos: imprensa, atores políticos e sociabilidades na Cidade Imperial, 1820-1840. São Paulo: Hucitec, 2005.

RIZZINI. Carlos. O Livro, O Jornal e a Tipografia no Brasil , 1500-1822: com um breve estudo geral sobre a informação. Ed. fac-similar. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 1988[1946].

PALLARES-BURKE, Maria Lúcia Garcia. A imprensa periódica como uma empresa educativa no século XIX. Cad. Pesq. n.104, p.144-161, julh. 1998.

SGARD, Jean. La multiplication des périodiques. In: CHARTIER, Roger; MARTIN, Henri-Jean;. Histoire de l'édition française. Tome 2, Le livre triomphant, 1660-1830. Paris: Fayard, 1990 [1984].

SILVA, Maria Beatriz Nizza da. A Gazeta do Rio de Janeiro (1808-1822). Cultura e Sociedade. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2007.

SODRÉ, Nelson Werneck. História da Imprensa no Brasil. 4.ed.(atualizada). Rio de Janeiro : Mauad, 1999[1966].

08h00 MC 20 - Islã, Política e a formação do Oriente Médio Contemporâneo: percursos intelectuais e dilemas políticos Minicurso
MC 20 - Islã, Política e a formação do Oriente Médio Contemporâneo: percursos intelectuais e dilemas políticos
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertantes:
Alaor Souza Oliveira
http://lattes.cnpq.br/6099833476953978

Guilherme Di Lorenzo Pires
http://lattes.cnpq.br/2605124069767131

Ementa:
Nos Estados Unidos, a relação entre Islã e política tem ocupado nas últimas décadas um papel de destaque entre os temas de pesquisas acadêmicas sobre o Oriente Médio. Dessas pesquisas surgiram uma série de conceitos para nomear o fenômeno: Islã Político, jihadismo, salafismo e outros. No Brasil, a produção acadêmica sobre o tema tem mantido notável diálogo com os trabalhos norte-americanos, seja adotando suas matrizes conceituais ou criticando-as. Considerando a relevância da História do Oriente Médio como tema de pesquisa e ensino, o minicurso propõe-se a apresentar um panorama contemporâneo da região - do declínio do Império Otomano aos dias presentes -, guiado pela seguinte questão: quais as relações entre Islã e política na formação geopolítica do Oriente Médio? O curso se estrutura na análise contextual de intelectuais que enfatizaram a relação entre Islã e política em sociedades mezo-orientais, destacando as diferenças e as convergências de pensamentos e momentos históricos.

8h/aula

Cronograma:

1 - Islã e política no Oriente Médio contemporâneo: percursos teóricos e problemas de investigação - (2 horas/aula)

Resumo: A relação entre Islã e política como um problema de pesquisa: perspectivas teóricas e conceitos-chave na historiografia contemporânea.

2 - Reformadores e modernistas islâmicos na era do declínio Otomano - (2 horas/aula)

Resumo: A “Era dos Impérios” e o declínio do Império Otomano; os governos reformadores; as elites e a cultura do imperialismo; o pensamento Salafiyya e o Pan-Islamismo otomano.

3 - De Sykes-Picot ao Suez: a formação dos Estados e dos nacionalismos árabes - (2 horas/aula)

Resumo: A dissolução do Império Otomano e a política de Mandatos; a Turquia secular de Kemal “Atatürk”; o Estado saudita; a monarquia liberal egípcia e o surgimento da Irmandade Muçulmana; o nacionalismo árabe e os governos nacionalistas; solidariedades supranacionais: Pan-Arabismo e Pan-Islamismo.

4 - Questões presentes - (2 horas/aula)

Resumo: a Revolução Iraniana; a Questão Palestina e o surgimento do Hamas; a Guerra Civil libanesa e o surgimento do Hezbollah; a Guerra Civil Síria; o Islã, a democracia e as formas de violência religiosamente motivadas.

Referências Bibliográficas:

AL BANNA, Hassan. Towards the Lights. In: EUBEN, Roxanne; ZAMAN, Muhammad Qasim. (Orgs). Princeton Readings in Islamist Thought: Texts and Contexts from Al-Banna to Bin Laden. Princeton University Press, 2009, pp.56-79.

AL-AFGHANI, Jamal al-Din; RENAN, Ernest. Ernest Renan: El Islam y la Ciencia - con la respuesta de Al-Afghani. Tradução: Ofelia Arruti. In: Istor: Revista de Historia Internacional, n. 24, [1893] 2006, pp.122-146.

ARMSTRONG, Karen. Em nome de Deus: o fundamentalismo no judaísmo, no cristianismo e no islamismo. São Paulo : Companhia das Letras, 2009.

AYOOB, Mohammed. Political Islam: image and reality. In: World Policy Journal, set 2004, pp.1-14.

AYUBI, Nazih N. The theory and practice of the Islamic State. In: Political Islam: religion and politics in Arab world. Londres, Nova York : Routledge, 1991, pp.1-27.

ESPOSITO, John. Islam and politics. 4. ed. New York: Syracuse University Press, 1998.

HAMAS. Charter of the Islamic Resistance Movement (HAMAS) of Palestine. In: EUBEN, Roxanne; ZAMAN, Muhammad Qasim. (Orgs). Princeton Readings in Islamist Thought: Texts and Contexts from Al-Banna to Bin Laden. Princeton University Press, 2009, pp. 364-387.

HOURANI, Albert. O pensamento árabe na era liberal. São Paulo : Companhia das Letras, 2005.

_______. Uma história dos povos árabes. São Paulo : Companhia das Letras, 2006.

KHOMEINI, Ruhollah. Islamic Government. In: EUBEN, Roxanne; ZAMAN, Muhammad Qasim. (Orgs). Princeton Readings in Islamist Thought: Texts and Contexts from Al-Banna to Bin Laden. Princeton University Press, 2009, pp. 163-181.

LEWIS, Bernard. What went wrong? The clash between Islam and Modernity in the Middle East. New York: Oxford University Press, 2002.

QUTB, Sayyid. Signposts along the Road. In: EUBEN, Roxanne; ZAMAN, Muhammad Qasim. (Orgs). Princeton Readings in Islamist Thought: Texts and Contexts from Al-Banna to Bin Laden. Princeton University Press, 2009, pp. 145-155.

08h00 MC 18 - Introdução à História Pública Minicurso
MC 18 - Introdução à História Pública
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertante:
Matheus Yago Gomes Ferreira
http://lattes.cnpq.br/5410388525739550

Ementa:
O minicurso visa debruçar-se sobre o conceito de História Pública e pensar as possibilidades para o Historiador que com ele se identificar. Crescente em eventos acadêmicos e discussões em sala de aula, ainda é - para significativa parte dos historiadores - nebuloso o seu entendimento. Afinal, o que é a História Pública e o Historiador Público? O que se propõe esse campo que busca ser "abrangente, empolgante, cativante e provocativa" (ZAHAVI, 2011). Como acontece o movimento dessa História que "vaza por muitos poros, criando vasos que sustenta o que as pessoas entendem como história"? (ALBIERI, 2011). Buscaremos entender primeiramente o campo de trabalho para o Historiador Público, tal como a importância desse "vazamento de poros" no momento atual. Em um primeiro momento, teremos a discussão teórica sobre o conceito e como se consolidou esse campo especialmente na Academia brasileira. oremos refletir sobre as possibilidades da História Pública, em especial seu "casamento" com produção midiática, seja na sua elaboração ou difusão. Por fim, compartilharemos trabalhos da área, com o intuito de consolidar o ofício aos olhos e ao conhecimento dos participantes.

8h/aula

Cronograma:

Dia 1: Exposição da Temática e discussão da bibliografia. Partir das dúvidas dos participantes para a condução da aula. Nortear a discussão através da obra que dá título ao Minicurso. Debater, por fim, a relação entre esse campo do saber e o cenário político e social atual.

Dia 2: Exposição de trabalhos de História Pública. Debater os diversos campos e possibilidades de trabalho em que o Historiador Público atua. Enfoque na relação entre História e Produção Midiática.

Referências Bibliográficas:

ALBIERI, Sara. História Pública e consciência histórica. In: ALMEIDA, Juniele R.

ROVAI, Marta G. O. (Org.) Introdução à História Pública. São Paulo, Letra e Voz, 2011

HERMETO, Miriam. Podem os Palcos ser lugares de história pública? In: MAUAD, Ana Maria, SANTHIAGO, Ricardo, BORGES, Viviane Trindade. (org). Que história pública queremos? = What public history do we want? - São Paulo, Letra e Voz, 2018.

LIDDINGTON, Jill. O que é História Pública. In: ALMEIDA, Juniele R. ROVAI, Marta G. O. (Org.) Introdução à História Pública. São Paulo, Letra e Voz, 2011

MATTOS Hebe. Deve a História Pública se comprometer com a Democracia? In: MAUAD, Ana Maria, SANTHIAGO, Ricardo, BORGES, Viviane Trindade. (org). Que história pública queremos? = What public history do we want? - São Paulo, Letra e Voz, 2018.

MAUAD, Ana Maria. Como as fotografias visualizam a História Pública? In: MAUAD, Ana Maria, SANTHIAGO, Ricardo, BORGES, Viviane Trindade. (org). Que história pública queremos? = What public history do we want? - São Paulo, Letra e Voz, 2018.

MAUAD, Ana Maria, SANTHIAGO, Ricardo, BORGES, Viviane Trindade. Introdução. In: MAUAD, Ana Maria, SANTHIAGO, Ricardo, BORGES, Viviane Trindade. (org). Que história pública queremos? = What public history do we want? - São Paulo, Letra e Voz, 2018.

MENESES, Sônia. Qual a função da história pública em um país caracterizado por uma forte concentração midiática? In: MAUAD, Ana Maria, SANTHIAGO, Ricardo, BORGES, Viviane Trindade. (org). Que história pública queremos? = What public history do we want? - São Paulo, Letra e Voz, 2018.

QUADRAT, Samantha Viz. É possível uma história pública dos temas sensíveis no Brasil? In: MAUAD, Ana Maria, SANTHIAGO, Ricardo, BORGES, Viviane Trindade. (org). Que história pública queremos? = What public history do we want? - São Paulo, Letra e Voz, 2018.

ZAHAVI, Gerals. Ensinando história pública no século XXI. In: ALMEIDA, Juniele R. ROVAI, Marta G. O. (Org.) Introdução à História Pública. São Paulo, Letra e Voz, 2011

08h00 MC 16 - A África Ocidental na perspectiva pós-colonial abordagens, fontes, métodos e contribuições interdisciplinares Minicurso
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertantes:
Luana Carla Martins Campos Akinruli
http://lattes.cnpq.br/9953266134142337
Samuel Ayobami Akinruli
http://lattes.cnpq.br/6987847442302239

Ementa:
Este minicurso pretende promover discussões sobre as contribuições dos estudos pós-coloniais no contexto da África Ocidental, especialmente a partir das contribuições interdisciplinares, com foco na metodologia da etnografia. A corrente denominada pós-colonialista se trata de um movimento epistêmico, intelectual e político cujos argumentos estão comprometidos com a superação das relações de colonização, colonialismo e colonialidade. É um campo aberto de disputas, especialmente políticas e epistêmicas, mas que possuem centralidade nos questionamentos sobre a hegemonia da produção de conhecimento e de seus discursos. O lugar de onde se fala, para quem se fala, e como se fala são pontos fundamentais de análise nos estudos pós-coloniais. E a etnografia, nesse contexto, faz questionar não somente sobre os temas, enfoques e modos de descrever, mas também sobre a forma da construção da própria narrativa, as agências que não são somente humanas, a pretensa separação entre teoria e prática, bem como o campo de escrita. A abordagem do minicurso tem por finalidade discutir os contrapontos sobre a universalização dos conceitos, reforçando o referencial necessário de descolonização de metodologias. Nos diversos modelos de etnografia possíveis sobre o contexto da África Ocidental, cunha-se, nesta seara de falar com outro, não somente sobre o outro, a ponte entre a teoria antropológica com seus campos conexos, tendo a história e a literatura campos profícuos. O deslocamento do eixo promove a busca por outro balanço entre aquilo que é relevante e estruturante para o grupo pesquisado. A polifonia passa a ser para além de uma experiência, é a gênese, o modelo de narrativa, o paradigma de construção do conhecimento.

8h/aula

Cronograma:
1º DIA
a) O Pós-Colonialismo: histórico do grupo; caracterização dos enfoques e pesquisas; influências e campos de pesquisas na África Ocidental.
b) A Experiência Etnográfica: as possibilidades para a construção do conhecimento a partir de paradigmas outros; metodologia de conhecimento para e com os interlocutores (como estes pensam, sentem e produzem o seu próprio conhecimento sobre sua cultura); pesquisas etnográficas no contexto da África Ocidental.

2º DIA
c) Contribuições para os estudos da África Ocidental: estudos de casos que abordem o olhar etnográfico a partir da abordagem pós-colonial; exemplos de pesquisas antropológicas atuais e textos literários de autores africanos; balanços finais.

Referências Bibliográficas:
APPIAH, Kwame Anthony. Identidade como problema. In: SALLUM JR., Brasilio [et al]. Identidades. São Paulo: EDUSP, 2016, p.17-32.
ASAD, Talal (org.). Anthropology & The Colonial Encounter. New Jersey: Humanity Books, 1973.
BHABHA, Homi. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.
CLIFFORD, James. A Experiência Etnográfica – Antropologia e Literatura no Século XX. 3ª ed. Rio de Janeiro: UFRJ Editora, 2008.
CRAPANZANO, Vincent. On The Writing of Ethnography. In: Dialectical Anthropology, ed. 01-04, nº 02, p.69-73, january 1977.
CUNHA, Manuela Carneiro da. Cultura com aspas e outros ensaios. São Paulo: Cosac Naify, 2009.
GIBBS, James. Critical Perspectives on Wole Soyinka. Washington: Three Continents Press, 1980.
INGOLD, Tim. The Perception of the Environment. Essays on livelihood, dwelling and skill. Londres: Routledge, 2000.
JEYIFO, Biodun. Perspectives on Wole Soyinka: freedom and complexity. Jackson: University Press of Mississippi, 2001.
PRAKASH, Gyan. Subaltern Studies as Postcolonial Criticism. In: The American Historical Review, vol. 99, nº 05, p.1475-1490, dec.1994.
REIS, Eliana Lourenço de Lima. Pós-Colonialismo, identidade e mestiçagem cultural: a literature de Wole Soyinka. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011. ROTIMI, Ola. The gods are not blame. Ibadan: University Press Limited, 1979.
SMITH, Linda Tuhiwai. Decolonizing Methodologies: Research and Indigenous Peoples. New York: Zed Books, 2012.
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o Subalterno Falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

09h00 MC 03- A presença de uma ausência: a fotografia como ferramenta do historiador (teoria e prática) Minicurso
MC 03- A presença de uma ausência: a fotografia como ferramenta do historiador (teoria e prática)
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertante:
Gislaine Gonçalves Dias Pinto
http://lattes.cnpq.br/9441640625881262

Ementa:
O ato de fotografar tornou-se um gesto quase natural do indivíduo na atualidade. Hoje, tudo é "fotografável" e fotografado. Com a câmera digital a produção de fotografias tornou-se algo quase automático e pouco reflexível, para a maioria das pessoas. Não se olha mais o objeto e o espaço, fotografa-se. Mas, sabemos mesmo “escrever com luz”? O que conseguimos produzir sem o uso de celulares ou câmera que fazem “tudo” por nós? Será que deixamos a câmera “ver” por nós? Como nós, historiadores, podemos fazer o uso das câmeras fotográficas em nosso trabalho? Como utilizar o ato de fotografar para produzir debates em sala de aula sobre questões políticas, culturais, sociais e econômicas? Todas essas questões serão abordadas nesse minicurso, além de discutirmos o processo que culminou na criação da fotografia e como a arte foi impactada de modo contundente com tal criação. Pretende-se, também, auxiliar os pesquisadores a controlarem os mecanismos básicos dos equipamentos que possuem, no intuito de auxiliar o trabalho daqueles que precisam produzir fotografias para suas pesquisas (seja de documentos, obras de arte, ou quaisquer outros registros de materialidades).

7h/aula

Cronograma: *
Dia 1 (4 horas): Brevíssima história da fotografia – da câmara escura aos celulares A fotografia como arte A perda da experiência – o que Walter Benjamin e Giorgio Agamben têm a nos dizer? A fotografia e a “obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica” – provocações benjaminianas As(os) grandes fotógrafas(os) Nós, as(os) reles mortais A fotografia no ensino básico – relato de experiências na Escola Municipal Anne Frank e Escola Estadual Pedro II

Dia 2 (3 horas) Fundamentos da captura fotográfica (teoria e prática): Exposição Abertura do diafragma Tempo de exposição ISO Balanço de branco Foco e profundidade de campo Distância focal Edição básica (Photoshop) Obs.: Recomenda-se que no segundo dia os ouvintes levem câmeras fotográficas e/ou celulares que possuam modo manual.

Referências Bibliográficas:

AGAMBEN, Giorgio. Infância e História. Destruição da experiência e origem da História. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.

BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: Obras Escolhidas I – Magia e técnica, arte e política. Ensaios sobre literatura e cultura. São Paulo: Brasiliense, 2012.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Sobrevivência dos Vaga-lumes. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.

KOSSOY, B. Realidades e Ficções na Trama Fotográfica. São Paulo: Ateliê Editorial, 1999.

LUCARINI, Luciana. História da fotografia. Disponível em: http://www.alfabetizacaovisual.com.br/wp-content/uploads/2014/10/hist%C3%B3ria-da-fotografia.pdf

MATTOS, Maria de Fátima da Silva Costa Garcia de. O sentido da Modernidade no imaginário do século XIX. 2009. In: https://dobras.emnuvens.com.br/dobras/article/download/291/288

SONTAG, Susan. Sobre Fotografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

SILVA, Priscila Kalinke. A fotografia como recurso na educação para a cidadania. In: V Conferência Brasileira de Mídia Cidadã, 2009, Guarapuava/PR: UNICENTRO, 2009, p. 1-18.

09h00 MC 07 - Cinema-História: Identidades e projetos de memória no cinema argentino e brasileiro dos anos 60 Minicurso
MC 07 - Cinema-História: Identidades e projetos de memória no cinema argentino e brasileiro dos anos 60
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertantes:
Carlos Cesar de Lima Veras
http://lattes.cnpq.br/9897164425587209

Renato Lopes Pessanha
http://lattes.cnpq.br/6426255487848683

Ementa:
O cinema pode ser encarado como um dos maiores propagadores de sentidos e práticas de representação que ascenderam no despertar do século passado, adquirindo o status de agente histórico. Identidades e projetos de memória assumiram posição igualmente de destaque à incorporação de novos elementos ao processo de análise das fontes históricas. Por meio dessas novas clivagens, o entendimento dos projetos de memória e de identidades ganha um escopo muito mais amplo e denso, em detrimento de visões limitadas por fontes tradicionais e por metodologias insuficientes, que não abarcavam a complexidade do processo de construção das representações sociais. Este minicurso intenta, através de dois recortes específicos – o cinema argentino e o Cinema Novo Brasileiro dos anos 60 – promover uma discussão e uma problematização da relação Cinema-História, discutindo também seus projetos de identidade e de memória.

6h/aula

Cronograma:

Primeira aula (Diálogos entre memória, identidade e nação no Cinema Novo):

- Apresentação do minicurso e introdução – aspectos teóricos e metodológicos

- “No Brasil, o pós-guerra é permanente” – gênese e motivações do Cinema Novo;

- Glauber Rocha e a provocação onírica do cinema;

- Ressignificações da memória e experiência em Deus e o Diabo na Terra do Sol;

- Eztetyka da Fome, Eztetyka do Sonho – A função política do cinema para os povos latino-americanos.

Segunda aula (Cine Liberacíon: Representação, memórias, identidades e o cinema de Fernando Solanas):

- Cine Liberácion: um cinema para anteceder a revolução

- “A descolonização do gosto e a influência fanoniana” – As propostas do manifesto “Hacia un Tercer Cine” e o encontro com as teses de Frantz Fanon

- Divergências de propostas políticas entre o cinema brasileiro e o cinema argentino

- Fernando Solanas e “La hora de los Hornos” – rupturas e continuidades no cinema político argentino

Referências Bibliográficas: *

AVELLAR, José Carlos. A Ponte Clandestina: Birri, Glauber, Solanas, Gettino, Garcia, Espinosa, Sanjines, Alea. Teorias de Cinema na América Latina. São Paulo: Ed.34/Edusp, 1995.

BARROS, D´Assunção José. “Cinema e História: entre expressões e representações” In Cinema-História: Teoria e representações sociais no cinema. Jorge Nóvoa e José D’Assunção Barros (orgs.). Rio de Janeiro: Apicuri, 2008, p.43-84

BENJAMIN, Walter. A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica. Porto Alegre, RS: Zouk, 2014

BERNADET, Jean-Claude. Brasil em tempo de cinema. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1978

BURKE, Peter. Testemunha ocular: história e imagem. Bauru (SP): EDUSC, 2004.

FANON, Frantz. Os Condenados da Terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968 FERRO, Marc. Cinema e História. 2ª edição. São Paulo: Paz e Terra, 2010.

LEFEBVRE, Henri. La presencia y la ausência: contribucion a la teoria de las representaciones. Ciudad de Mexico: Fondo de Cultura Economica, 1983

MANGUEL, Alberto. Lendo imagens: uma história de amor e ódio. São Paulo: Companhia das Letras, 2001

MESTMAN, Mariano. Las rupturas del 68 en el cine de América Latina: contracultura, experimentación y política In Las rupturas del 68 en el cine de América Latina. Mariano Mestman (org.). Ciudad Autonoma de Buenos Aires: Ediciones Akal, 2016, p.07-61

PARANAGUÁ, Paulo. El neorrealismo latino-americano. Cinemais - Neo-realismo na América Latina. Rio de Janeiro: Aeroplano, n. 34, abr-jun 2003. pp. 9-46.

ROCHA, Glauber. Revisão crítica do cinema brasileiro. São Paulo: Cosac Naify, 2003.

___________. Revolução do Cinema Novo. Rio de Janeiro: Alhambra/ Embrafilme, 1981.

SIMIS, Anita. Estado e cinema no Brasil. São Paulo: Editora Unesp, 2015.

VIANY, Alex. O processo do Cinema Novo. Rio de Janeiro: Aeroplano, 1999.

XAVIER, Ismail. Sertão Mar: Glauber Rocha e a estética da fome. São Paulo: Cosac Naify, 2007.

___________. O Cinema Brasileiro moderno. São Paulo: Paz e Terra, 2001.

09h00 MC 13 - Abordagens do local: um campo de possibilidades entre a historiografia e o ensino de história Minicurso
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertantes:
Claudia Patrícia de Oliveira Costa
http://lattes.cnpq.br/1374717289651265

Ingrid Brito Alves da Assunção
http://lattes.cnpq.br/0010944710237905

Ementa:
No avançar das transformações em ritmo acelerado, que caracterizam a passagem dos séculos XX ao XXI, uma das questões que se impõe ao debate historiográfico diz respeito às tensões entre macro e micro, estrutura e evento, global e local. Ao partirmos dessa perspectiva, propomos, ao longo do minicurso, encetar a discussão de questões que envolvem a História Local como potência epistemológica para a produção historiográfica em variadas instâncias, quais sejam: a historiografia “de massa”, a historiografia acadêmica, mas também, a historiografia escolar. Nesse sentido, a proposta do minicurso transita pelas relações entre memória e história, a construção das identidades locais, as múltiplas formas de articulação entre o local, o regional, o global, bem como possíveis abordagens para tais questões nas aulas de história na Educação Básica.

6h/aula

Cronograma:

1º bloco – Mapeando as produções historiográficas no âmbito da História Local: historiografia de massa, historiografia acadêmica e a historiografia escolar.

2º bloco – Abordagens teórico-metodológicas aplicadas à pesquisa e ao ensino do local: “jogos de escala”, a “história do lugar” e a relevância dos “saberes docentes”.

3º bloco - Apresentação e discussão de propostas pedagógicas que possibilitem trabalhar aspectos da história local: Projeto Caixa de História (UERJ/FFP/UNIRIO) e o Laboratório interdisciplinar de Memória e Patrimônio Cultural (LEEHPaC/PUC-Rio e IECD/SEEDUC).

Referências Bibliográficas:

ABREU, Jean Luiz Neves. “O memorialismo e a produção do conhecimento sobre o território brasileiro: perspectivas para uma historiografia das ciências.” In MATA, S. R. da; MOLLO, H. M. & VARELLA, F. F. (orgs.). Caderno de resumos & Anais do 2º. Seminário Nacional de História da Historiografia. A dinâmica do historicismo: tradições historiográficas modernas. Ouro Preto: EdUFOP, 2008.

BARBOSA, Vilma de Lurdes. “Ensino de História Local: redescobrindo sentidos.” In Saeculum – Revista de História, João Pessoa, nº 15, jul-dez, 2016.

BITTENCOURT, Circe M. F.. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Ed. Cortez, 2008.

CAVALCANTI, Luciana Araujo. A História Local no currículo da Educação Básica. Dissertação de Mestrado em Educação PPGE/UFPE, Recife, 2007.

CATROGA, Fernando. Memória, História e Historiografia. Coimbra: Quarteto, 2001.

GONÇALVES, Márcia de Almeida. Próximos distantes: notas sobre História Local. Conferência de Encerramento proferida no II Seminário de Memória e Patrimônio Histórico de Queimados. Queimados, 21 de setembro de 2013.

MONTEIRO, Ana Maria F. C.. Professores de História: entre saberes e práticas. Rio de Janeiro: Mauad X, 2007.

PROJETO CAIXA DE HISTÓRIA. http://projetocaixadehistoria.blogspot.com/. Acesso em 13/12/2018.

REVEL, Jacques. “Micro-história, macro-história: o que as variações de escala ajudam a pensar em um mundo globalizado” Revista Brasileira de Educação. vol. 15 nº. 45: set./dez. 2010.

ROCHA, H.; MAGALHÃES, M. e GONTIJO, R. (orgs.). A escrita da história escolar: memória e historiografia. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009.

SANCHEZ COSTA, Fernando. “La cultura histórica: una aproximación diferente a la memoria colectiva.” In Pasado y Memoria: Revista de Historia Contemporânea, nº 8, 2009.

SANTOS, Joaquim Justino Moura dos. História do lugar: um método de ensino e pesquisa para as escolas de nível médio e fundamental. História, Ciências, Saúde-Manguinhos. vol.9, n.1: 2002. - p. 105-124. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-59702002000100006&script=sci_abstract&tlng=pt .

SARLO, Beatriz. Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. São Paulo: Cia das Letras, 2007.

TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2014.

09h00 MC 14 - Práticas educativas: explorando o ensino de História em espaços museais Minicurso
MC 14 - Práticas educativas: explorando o ensino de História em espaços museais
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertantes:
Déborah Roberta Santiago Chaves Vilela
http://lattes.cnpq.br/9140501119090048

Goreti Pélagué Pereira da Silva
http://lattes.cnpq.br/4954041121508334

Zenaide Gregório Alves
http://lattes.cnpq.br/4589080461015003

Ementa:

Ao perceber a relação da história enquanto ciência testemunhando os feitos do homem em seu processo evolutivo, “tudo o que o homem diz ou escreve, tudo que fabrica, tudo o que toca pode e deve informar sobre ele” (BLOCH, 2001, p.79). Então, pensar o museu e o ensino de história é trazer modos de dialogar e dar sentido a história vivida, através das identidades, memórias e fontes históricas. Desde o séc. XIX os museus passaram a desenvolver sua função educativa e interdisciplinar com outros espaços de educação formal, possibilitando o uso dos museus como método inovador para o ensino da história. Museus de qualquer tipologia podem ser utilizados pelo docente a fim de educar para a percepção da aventura humana no tempo por meio do contato com o objeto (PACHECO, 2017). Assim, propomos este minicurso sobre a prática do ensino de história em espaços museais à luz dos teóricos da área, debatendo a teoria e realizando 3 atividades educativas em museus (histórico, antropológico e de ciência).

6h/aula

Cronograma:

1º DIA: Discussão teórica: 3 h/a.

2º DIA: Realização das 3 propostas de práticas educativas em museus: 3 h/a.

Referências Bibliográficas:

BITTENCOURT, C. M. F. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2011.

BLOCH, M. Apologia da história ou o ofício de historiador. Rio de Janeiro. Zahar, 2001.

LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo. Cortez:1994. PACHECO, R. A. Ensino de História e patrimônio cultural: um percurso. 1 ed. Jundiaí, SP. Paco, 2017.

08h00 MC 02- A pensadora de novos inícios: Hannah Arendt e a responsabilidade política pelo mundo Minicurso
MC 02- A pensadora de novos inícios: Hannah Arendt e a responsabilidade política pelo mundo
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertante:
Maria Visconti
http://lattes.cnpq.br/9020280172249149

Ementa:
O minicurso propõe-se a uma discussão mais aprofundada de alguns dos conceitos fundamentais na obra da filósofa política Hannah Arendt tendo como base o recorte histórico do fenômeno do totalitarismo. Pretende-se trabalhar com alguns conceitos-chave divididos em três tópicos: "Amor mundi e o milagre da ação: política e liberdade"; "Compreender o totalitarismo: a responsabilidade, o julgamento e a banalidade do mal"; "História e narrativa pós-totalitarismo: o agir na cena pública em tempos sombrios". O objetivo é entender como essa filósofa pode nos auxiliar a pensar o mundo e entendê-la não apenas como uma pensadora da crise, mas uma pensadora de novos inícios.

12h/aula

Cronograma:
Aula 1: Amor mundi e o milagre da ação: política e liberdade Nesta aula trabalharemos alguns conceitos fundamentais para a compreensão da teoria de Arendt como um todo. Discutiremos a ideia de amor mundi atrelada ao milagre como a responsabilidade pelo que é criado em conjunto e também a noção da autora sobre a política e a liberdade como constitutivas do indivíduo. Aula 2: Compreender o totalitarismo: a responsabilidade, o julgamento e a banalidade do mal Nesta aula (que se estenderá para a última aula) pensaremos sobre o conceito de totalitarismo e os outros conceitos que os circundam, sobretudo a noção de responsabilidade e de culpa. Analisaremos a percepção de Arendt sobre o julgamento de Eichmann e a construção do conceito de banalidade do mal. Aula 3: História e narrativa pós-totalitarismo: o agir na cena pública em tempos sombrios Nesta aula finalizaremos com uma discussão sobre a noção de julgamento para encerrar o tópico anterior. Seguiremos pensando sobre o conceito de história e principalmente de narrativa para analisarmos o nosso papel na narrativa do mundo que construímos em conjunto. Finalizaremos com as reflexões da autora sobre a responsabilidade pelo mundo, retomando ao que foi apresentado na primeira aula.

Referências Bibliográficas: *

AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz. São Paulo: Boitempo, 2008.

AGUIAR, Odilio Alves (org). Origens do totalitarismo: 50 anos depois. Relume-Dumara, 2001.

ARENDT, Hannah. Origens do Totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

________________. Homens em tempos sombrios. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

________________. Sobre a Revolução. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

_________________. A condição Humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.

_________________. A promessa da política. Rio de Janeiro: DIFEL, 2010.

__________________. The life of the mind. Harvest Book, Harcourt, Inc, 1978.

_______________. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 2011.

_______________. Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

______________. Escritos Judaicos. São Paulo: Amarilys, 2016

_______________. Responsabilidade e Julgamento. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

_______________. Crises da República. São Paulo: Perspectiva, 2010.

_______________. Compreender: formação, exílio e totalitarismo (ensaios). São Paulo: Companhia das Letras; Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.

ASSY, Bethânia. Ética, responsabilidade e juízo em Hannah Arendt. São Paulo: Perspectiva, 2015.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade e Holocausto. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.

BIGNOTTO, Newton; MORAES, Eduardo Jardim de (orgs). Hannah Arendt: diálogos, reflexões, memórias. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.

GELLATELY, Robert. Apoiando Hitler: consentimento e coerção na Alemanha nazista. Rio de Janeiro: Record, 2011.

HINCHMAN, Lewis P.; HINCHMAN Sandra K. (orgs). Hannah Arendt: Critical Essays. Sate University of New York Press, 1994.

ISAAC, Jeffrey C. Arendt, Camus, and the modern rebellion. Yale University Press, 1992.

KERSHAW, Ian. Hitler, the Germans, and The Final Solution. Yale University Press, 2008.

LAFER, Celso. Hannah Arendt: Pensamento, persuasão e poder. São Paulo: Paz e terra, 2018.

_____________. A reconstrução dos direitos humanos: um diálogo com o pensamento de Hannah Arendt. São Paulo: Companhia das Letras, 2ª edição, 1988.

LEVI, Primo. É isto um homem? Rio de Janeiro: Rocco, 1988.

ROSIN, Nilva; SIVIERO, Itomar (orgs). Hannah Arendt: diversas leituras. Passo Fundo: IFIBE, 2010.

VILLA, Dana (ed). The Cambridge Companion to Hannah Arendt. Cambridge University Press, 2000.

YOUNG-BRUEHL, Elisabeth. Hannah Arendt: For Love of the World. Yale University Press, 2004.

08h00 MC 05 - Novos olhares sobre a repressão no Brasil ditatorial Minicurso
MC 05 - Novos olhares sobre a repressão no Brasil ditatorial
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertante:
Leon Frederico Kaminski
http://lattes.cnpq.br/2286364711431532

Ementa:
A historiografia sobre o regime ditatorial brasileiro produziu uma extensa e importante bibliografia sobre a temática da repressão, seus métodos e práticas. O foco principal dessas análises centra-se, geralmente, nas violências sofridas por militantes e organizações de esquerda. Nos últimos anos, contudo, novas pesquisas e relatórios das Comissões da Verdade têm demonstrado que a repressão esteve direcionada também a outros grupos. Indígenas e negros foram assassinados e deslocados de seus territórios. A ascensão da chamada revolução dos costumes fez com que órgãos policiais dirigissem seus olhares e ações para o campo cultural, perseguindo homossexuais, “hippies” e usuários de drogas. O minicurso tem como objetivo analisar e discutir a repressão ditatorial, tendo como foco estes outros grupos sociais, com o intuito de ampliar o debate sobre o tema, assim como demonstrar que a ação repressiva do regime atingiu não somente os comunistas, mas setores mais amplos da sociedade.

8h/aula

Cronograma:

Aula 1 – a) Introdução: o regime ditatorial e a estrutura repressiva; o imaginário anticomunista; terrorismo de Estado; a repressão para além das organizações de esquerda. b) O governo ditatorial, projetos econômicos e racismo: a repressão às populações negras e indígenas.

Aula 2 – A repressão no campo da cultura e dos costumes: revolução cultural e contracultura; repressão aos "hippies"; repressão aos homossexuais; repressão às drogas.

Referências Bibliográficas:

BRASIL. Relatório da Comissão Nacional da Verdade. Brasília: CNV, 2014.

DUNN, Christopher. Contracultura: alternative arts and social transformation in authoritarian Brazil. Chapel Hill: The University of North Carolina Press, 2016.

FICO, Carlos. Como eles agiam. Rio de Janeiro: Record, 2001.

GREEN, James; QUINALHA, Renan (orgs.). Ditadura e homossexualidades: repressão, resistência e a busca pela verdade. São Carlos: EdUFSCar, 2014.

JOFFILY, Mariana. A “verdade” sobre o uso de documentos dos órgãos repressivos. Dimensões, v. 32, 2014, p. 2-28.

KAMINSKI, Leon. “O movimento hippie nasceu em Moscou”: imaginário anticomunista, contracultura e repressão no Brasil dos anos 1970. Antíteses, Londrina, v.9, n.18, p.467-493, jul-dez 2016.

LIMA, Lucas Pedretti. Bailes soul, ditadura e violência nos subúrbios cariocas na década de 1970. Dissertação (Mestrado em História) – PUC-Rio, Rio de Janeiro, 2018.

LONGHI, Carla Reis. Cultura e costumes: um campo em disputa. Antíteses, Londrina, v.8, n.15, p.197-218, jan.-jun. 2015.

LÓPEZ G., Loreto. Memórias Banais: recordando as ditaduras através dos medos cotidianos. Observatório Itaú Cultural, n.22, p.56-67, 2017.

MINAS GERAIS. Relatório final da Comissão da Verdade em Minas Gerais. Belo Horizonte: COVEMG, 2017.

MOTTA, Rodrigo Patto Sá. Em guarda contra o perigo vermelho. São Paulo: Perspectiva/Fapesp, 2002.

PADRÓS, Enrique. Repressão e violência: segurança nacional e terror de Estado nas ditaduras latino-americanas. In: FICO, C; ARAÚJO, M. P., FERREIRA, M.; QUADRAT, S. (orgs.). Ditadura e Democracia na América Latina. Rio de Janeiro: FGV, 2008.

RIO DE JANEIRO. Relatório da Comissão da Verdade do Rio. Rio de Janeiro: CEV-Rio, 2015.

SÃO PAULO. Relatório da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo Rubens Paiva. São Paulo: CEV-SP, 2015.

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA. Relatório da Comissão Anísio Teixeira de Memória e Verdade da Universidade de Brasília. Brasília: FAC-UnB, 2016.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO; COMISSÃO DA VERDADE EM MINAS GERAIS. Relatório Final: violações de direitos fundamentais à comunidade universitária e à cidade de Ouro Preto durante a ditadura militar. Ouro Preto: GT-UFOP, 2017.

08h00 MC 09 - Pro dia nascer feliz: cultura jovem e a transição democrática na década de 1980 Minicurso
MC 09 - Pro dia nascer feliz: cultura jovem e a transição democrática na década de 1980
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertante:
Bruno Viveiros Martins
http://lattes.cnpq.br/2259041364199236

Ementa:
O minicurso tem por objetivo analisar como a juventude participou do debate político em torno da transição democrática, no Brasil, entre a abertura política e a consolidação da Nova República, ocorrida entre os anos de 1982 a 1989. Para tanto, diversos artistas jovens criaram uma narrativa própria e particular capaz de aproximar os questionamentos políticos e sociais da época ao cotidiano das ruas do país. Alinhavando alguns dos diversos suportes de circulação de ideias, como a canção, literatura, a poesia, o cinema, a televisão, as artes plásticas e as histórias em quadrinhos, os artistas articularam uma nova gramática política em torno das linguagens da imaginação cultural brasileira. Dessa forma, os jovens oferecem sua contribuição para um novo projeto político para o Brasil. Um projeto mais democrático, que valoriza a participação popular na cena pública, a defesa de direitos políticos, sociais e civis, a afirmação da cidadania e das leis constitucionais.

8h/aula

Cronograma:

Aula 01 – Geração Coca-cola: a transição democrática e a comunidade imaginada

Aula 02 – Você me abre seus braços e a gente faz um país: o Brasil e a cidadania insurgente

Referências Bibliográficas: *

ALEXANDRE, Ricardo. Dias de luta. O rock e o Brasil dos anos 80. São Paulo: DBA 2013.

ALVES, Maria Helena. Estado e oposição no Brasil (1964-1984). São Paulo: Edusc, 2005.

BRYAN, Guilherme. Quem tem um sonho não dança. Cultura jovem brasileira nos anos 80. Rio de Janeiro: Record, 2004.

BUTLER, Judith. Vida precária. Contemporânea – Revista de Sociologia. São Carlos, Departamento e Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSCar, N.1, 2011, p. 13-33.

CARMO, Paulo Sérgio do. Culturas da rebeldia. A juventude em questão. São Paulo: Senac, 2000.

CARVALHO, José Murilo. Cidadania no Brasil. O longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.

COUTO, Ronaldo Costa. História indiscreta da ditadura e da abertura. Brasil, (1964-1985). Rio de Janeiro: Record, 1999.

REIS, Daniel Aarão. (Org.). História do Brasil Nação. Volume 5. Modernização, ditadura e democracia. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014.

REIS, Daniel Aarão. Ditadura e democracia no Brasil: do golpe de 1964 à constituição de 1988. Rio de Janeiro: Zahar, 2014.

RIBEIRO, Júlio Naves. Lugar nenhum ou Bora Bora? Narrativas do “Rock brasileiro anos 80”. São Paulo: Annablume, 2009.

STARLING, Heloisa; SCHWARCS, Lilia. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das letras, 2015.

08h00 MC 11 - Introdução a paleografia moderna portuguesa Minicurso
MC 11 - Introdução a paleografia moderna portuguesa
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertante:
Igor Tadeu Camilo Rocha
http://lattes.cnpq.br/7686589258581415

Ementa:
Este mini-curso pretende oferecer uma introdução aos princípios da paleografia e da diplomática portuguesa, exercitando a habilidade de ler e compreender documentos da época moderna, transcrevendo-os de acordo com as Normas Técnicas para Edição e Transcrição de Documentos Manuscritos. No ofício do historiador, a leitura e a transcrição paleográfica são fundamentais, primeiramente, pelo seu caráter propedêutico: o de possibilitar o acesso direto às fontes de pesquisa, sem depender da publicação de transcrições e/ou comentários. Além disso, podem se constituir como campo de atuação profissional e como fonte de renda para aqueles que as dominam. Este mini-curso se destina, portanto, a estudantes e profissionais ligados à área de História, além de outras áreas que trabalham diretamente com fontes manuscritas em língua portuguesa produzidas entre os séculos XVI e XIX, com diferentes níveis de experiência.

8h/aula

Cronograma:

Bloco 1 - Noções Introdutórias (4h/a):

Introdução à paleografia

História da escrita e os principais tipos caligráficos na paleografia portuguesa medieval e moderna

Os manuais caligráficos do século XVIII Principais dificuldades na leitura paleográfica, técnicas e recursos Introdução à braquigrafia

Noções de arquivística aplicadas à pesquisa histórica

Transcrição paleográfica e normas técnicas de edição

Bloco 2 (4h/a):

Publicação de manuscritos transcritos e comentados: introdução geral

Exercícios de leitura e transcrição

Referências Bibliográficas:

ACIOLI, Vera Lúcia Costa. A Escrita no Brasil Colônia: Um guia para leitura de documentos manuscritos. Recife: Fundação Joaquim Nabuco / Massangana, 1994.

BERWANGER, Ana Regina; LEAL, João Eurípedes Franklin. Noções de Paleografia e Diplomática. Santa Maria: Centro de Ciências Sociais e Humanas-UFSM, 1991.

BLUTEAU, Raphael. Vocabulario portuguez & latino: aulico, anatomico, architectonico(...) Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesus, 1712 - 1728. 8 v. Disponível em: <http://www.brasiliana.usp.br/dicionario/edicao/1>. Acesso em fevereiro de 2013.

COSTA, Avelino Jesus da. Álbum de Paleografia e Diplomática Portuguesa. Coimbra: Universidade de Coimbra, 1976.

DIAS, João José Alves; MARQUES, A.H. de Oliveira; RODRIGUES, Teresa F. Álbum de Paleografia. Lisboa: Estampa, 1987.

FACHIN, Phablo Roberto Marchis. Descaminhos e dificuldades: leitura de manuscritos do século XVIII. Goiânia: Trilhas Urbanas/FAPESP, 2008.

FERREIRA, Tito Lívio. A Paleografia e as suas Dificuldades. Boletim do Departamento de Arquivo do Estado de São Paulo, v. 10, fev. 1953. p. 165-199.

FIGUEIREDO, Manuel de Andrade de. Nova escola para aprender a ler, escrever, e contar: primeira parte. Lisboa Occidental: Officina de Bernardo da Costa de Carvalho, 1722. Disponível em: <purl.pt/107>. Acesso em fevereiro de 2013.

FISHER, Steven R. História da Escrita. Trad. Mirna Pinsky. São Paulo; Ed. Unesp, 2007.

FLEXOR, Maria Helena Ochi. Abreviaturas: Manuscritos dos séculos XVI ao XIX. 3. ed. rev. aum. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2008.

LEAL, João Eurípedes Franklin. Glossário de Paleografia. Rio de Janeiro: Associação dos Arquivistas Brasileiros, 1994.

LIMA, Yedda Dias. Leitura e transcrição de documentos dos séculos XVI ao XIX. São Paulo: ARQSP/Arquivo do Estado, 2000.

MEGALE, Heitor; TOLEDO NETO, Sílvio de Almeida (Orgs.). Por Minha Letra e Sinal: Documentos do ouro do século XVII. Cotia: Ateliê Editorial/ FAPESP. 2005.

NORMAS Técnicas Para Transcrição e Edição de Documentos Manuscritos. Disponível em: <http://www.arquivonacional.gov.br/normas.htm>. Acesso em fevereiro de 2013.

SILVA, Antonio Moraes. Diccionario da lingua portugueza: recompilado dos vocabularios impressos ate agora, e nesta segunda edição novamente emendado e muito acrescentado, por ANTONIO DE MORAES SILVA. Lisboa: Typographia Lacerdina, 1813. Disponível em <http://www.brasiliana.usp.br/en/dicionario/edicao/2>. Acesso em fevereiro de 2013.

PINTO, Luiz Maria da Silva. Diccionario da Lingua Brasileira por Luiz Maria da Silva Pinto, natural da Provincia de Goyaz. Na Typographia de Silva, 1832. Disponível em: <http://www.brasiliana.usp.br/en/dicionario/edicao/3>. Acesso em fevereiro de 2013.

08h00 MC 12 - Introdução à História da Sexualidade de Michel Foucault: d'A Vontade de saber às Confissões da Carne Minicurso
MC 12 - Introdução à História da Sexualidade de Michel Foucault: d'A Vontade de saber às Confissões da Carne
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertante:
Cássio Bruno de Araujo Rocha
http://lattes.cnpq.br/0153381151242770

Ementa:
Os tempos sombrios que nos cercam exigem que articulemos formas efetivas de resistência e de combate ao fascismo. Neste sentido, cabe revisitar as propostas do filósofo Michel Foucault (1926-1984) para A História da Sexualidade. Ademais, a recente publicação do quarto volume da série, Les aveux de la chair (2018, ainda sem tradução para o português) por si convida ao retorno. Iniciaremos o curso com uma introdução aos métodos de investigação histórica propostos por Foucault, a arqueologia e a genealogia. Com este embasamento metodológico, passaremos ao estudo da analítica do poder proposta por Foucault em seus textos da década de 1970, destacando os conceitos de disciplina, biopolítica e biopoder, o que nos coloca dentro do primeiro volume da série, A Vontade de saber (1976). Após nos debruçarmos sobre ele, avançaremos para os volumes 2 e 3, respectivamente, O Uso dos Prazeres e O Cuidado de Si (1984), explicando o retorno de Foucault à Antiguidade greco-romana como fundamento para o seu giro ético final. O problema da constituição de uma história das relações entre subjetividade, verdade e poder conduz às temáticas do volume 4, em que percorremos a formação de um modo de sujeito sob o cristianismo antigo e o lugar central da problematização da Carne para a introspecção dessa subjetividade que, em tempos de fundamentalismo cristão, ainda é, mais que nunca, a nossa.

12h/aula

Cronograma:

DIA 1

1ª hora: Apresentações e introdução à arqueologia (A arqueologia do saber) e à genealogia (Nietzsche, a genealogia e a história).

2ª hora: Introdução à História da sexualidade: Nós, vitorianos e a hipótese repressiva. Intervalo de 20 minutos.

3ª hora:. Scientia sexualis: exemplo com a formação da categoria dos Anormais.

4ª hora: O dispositivo da sexualidade.

DIA 2

1ª hora: Direito de morte e poder sobre a vida.

2ª hora: Analítica do poder: disciplina, biopoder e biopolítica. Intervalo de 20 minutos.

3ª hora: Introdução à virada ética em Foucault, o Uso dos Prazeres e as técnicas de si.

4ª hora: A problematização moral dos prazeres: dietética, econômica, erótica e o verdadeiro amor.

DIA 3

1ª hora: O volume 3 da História da sexualidade: A cultura de si e o cuidado de si: o matrimônio, o corpo, a mulher e os rapazes.

2ª hora: O cuidado de si e o problema da amizade. A cultura gay como forma de resistência. Intervalo de 20 minutos.

3ª hora: Introdução às Confissões da Carne: um modo de subjetividade cristão.

4ª hora: Técnicas de confissão no cristianismo primitivo, modos de ser virgem e casado, a libidinização do sexo em Agostinho.

Considerações finais: Como resistir sob o fundamentalismo cristão?

Referências Bibliográficas:

BAUMAN, Zygmunt. Sobre a redistribuição pós-moderna do sexo: A História da sexualidade, de Foucault, revisitada. In: BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da pós-modernidade. Trad. Mauro Gama, Cláudia Martinelli Gama. Revisão técnica Luís Carlos Fridman. Rio de Janeiro: Zahar, 1998, p. 177-189.

BERNAUER, James W., MAHON, Michael. A imaginação ética de Michel Foucault. In: GUTTING, Gary. (Org.). Foucault. Trad. André Oídes. São Paulo: Ideias & Letras, 2016, p. 189-218.

CANDIOTTO, Cesar. Foucault e a crítica da verdade. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora; Curitiba: Champagnat, 2013. (Coleção Estudos Foucaultianos).

CANDIOTTO, Cesar; SOUZA, Pedro de. (Orgs). Foucault e o cristianismo. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2012.

DAVIDSON, Arnold I. Ética como ascese: Foucault, a história da ética e o pensamento antigo. In: GUTTING, Gary. (Org.). Foucault. Trad. André Oídes. São Paulo: Ideias & Letras, 2016, p. 159-187.

ERIBON, Didier. Michel Foucault. 1926-1984. Trad. Hildegard Feist. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

ERIBON, Didier. Reflexões sobre a questão gay. Trad. Procopio Abreu. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2008.

FONSECA, Márcio Alves. Michel Foucault e a constituição do sujeito. São Paulo: EDUC, 2003.

FOUCAULT, M. Nietzsche, a genealogia e a história. In: FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Organização e tradução Roberto Machado. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979, p. 15-37.

FOUCAULT, M. História da Sexualidade 2. O uso dos prazeres. Trad. Maria Thereza da Costa Albuquerque. Revisão técnica José Augusto Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1984.

FOUCAULT, M. História da Sexualidade 3. O cuidado de si. Trad. Maria Thereza da Costa Albuquerque. Revisão técnica José Augusto Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1985.

FOUCAULT, M. História da sexualidade I. A vontade de saber. Trad. Pedro Tamen. Lisboa: Relógios D'Água Editores, 1994; FOUCAULT, M. A arqueologia do saber. Trad. Luiz Felipe Baeta Neves. 7.ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009.

FOUCAULT, M. Os Anormais. Curso no Collège de France (1974-1975). Trad. Eduardo Brandão. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010. (Coleção Obras de Michel Foucault).

FOUCAULT, M. A hermenêutica do sujeito. Curso dado no Collège de France (1981-1982). Edição estabelecida sob direção de François Ewald, Alessandro Fontana, Fréderic Gros. Trad. Márcio Alves da Fonseca, Salma Tannus Muchail. 3. ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010. (Obras de Michel Foucault).

FOUCAULT, M. Vigiar e Punir. Nascimento da Prisão. Trad. Raquel Ramalhete. 39. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.

FOUCAULT, M. A coragem da verdade. O governo de si e dos outros II. Curso no Collège de France (1983-1984). Trad. Eduardo Brandão. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2011. (Obras de Michel Foucault).

FOUCAULT, M. Sexualidade e poder. In: FOUCAULT, M. Ditos e escritos V. Ética, sexualidade, política. Organização, seleção de textos e revisão técnica Manoel Barros da Motta. Trad. Elisa Monteiro, Inês Austran Dourado Barbosa. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012, p. 55-75.

FOUCAULT, M. O triunfo social do prazer sexual: uma conversação com Michel Foucault. In: FOUCAULT, M. Ditos e escritos V. Ética, sexualidade, política. Organização, seleção de textos e revisão técnica Manoel Barros da Motta. Trad. Elisa Monteiro, Inês Austran Dourado Barbosa. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012, p. 116-122.

FOUCAULT, M. O uso dos prazeres e as técnicas de si. In: FOUCAULT, M. Ditos e escritos V. Ética, sexualidade, política. Organização, seleção de textos e revisão técnica Manoel Barros da Motta. Trad. Elisa Monteiro, Inês Austran Dourado Barbosa. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012, p. 187-211.

FOUCAULT, M. A ética do cuidado de si como prática da liberdade. In: FOUCAULT, M. Ditos e escritos V. Ética, sexualidade, política. Organização, seleção de textos e revisão técnica Manoel Barros da Motta. Trad. Elisa Monteiro, Inês Austran Dourado Barbosa. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012, p. 258-280.

FOUCAULT, M. Uma estética da existência. In: FOUCAULT, M. Ditos e escritos V. Ética, sexualidade, política. Organização, seleção de textos e revisão técnica Manoel Barros da Motta. Trad. Elisa Monteiro, Inês Austran Dourado Barbosa. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012, p. 281-286.

FOUCAULT, M. Do governo dos vivos. Curso no Collège de France (1979-1980). Trad. Eduardo Brandão. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2014. (Obras de Michel Foucault).

FOUCAULT, M. A ordem do discurso. Aula inaugural no Collège de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970. Trad. Laura Fraga de Almeida Sampaio. 24. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2014. (Leituras filosóficas).

FOUCAULT, M. As palavras e as coisas. Uma arqueologia das ciências humanas. Trad. Antônio Ramos Rosa. Prefácios de Eduardo Lourenço e Vergílio Ferreira. Lisboa: Portugália Editora, 1967. (Coleção Problemas).

FOUCAULT, M. História da loucura. Na Idade Clássica. Trad. José Teixeira Coelho Neto. São Paulo: Perspectiva, 2012. (Estudos).

FOUCAULT, M. Em defesa da sociedade. Curso no Collège de France (1975-1976). Trad. Maria Ermantina Galvão. 2ª ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010. (Coleção obras de Michel Foucault).

FOUCAULT, M. Subjetividade e verdade. Curso no Collège de France (1980-1981). Edição estabelecida por Frédéric Gros sob direção de François Ewald e Alessandro Fontana. Trad. Rosemary Costhek Abílio. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2016. (Coleção Obras de Michel Foucault).

FOUCAULT, M. O corpo utópico, as heterotopias. Posfácio de Daniel Defert. Trad. Salma Tannus Muchail. São Paulo: n-1 edições, 2013. FOUCAULT, M. Histoire de la sexualité 4. Les aveux de la chair. Édition établie par Frédéric Gros. Paris: Gallimard, 2018.

HALPERIN, David. Saint Foucault. Towards a gay hagiography. New York: Oxford University Press, 1995.

MACHADO, Roberto. Impressões de Michel Foucault. São Paulo: n-1 edições, 2017.

PAIVA, Antonio Crístian Saraiva. Amizade e modos de vida gay: por uma vida não fascista. In: ALBURQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de; VEIGA-NETO, Alfredo; SOUZA FILHO, Alípio de (Orgs.). Cartografias de Foucault. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011, p. 53-68. (Coleção estudos foucaultianos).

ORTEGA, Francisco. Amizade e estética da existência em Foucault. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1999.

RAGO, Margareth. Michel Foucault e o zoológico do rei. In: ALBURQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de; VEIGA-NETO, Alfredo; SOUZA FILHO, Alípio de (Orgs.). Cartografias de Foucault. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011, p. 253-268. (Coleção estudos foucaultianos).

RODRIGUES, Heliana de Barros Conde. Ensaios sobre Michel Foucault no Brasil. Presença, efeitos, ressonâncias. Rio de Janeiro: Lamparina, 2016.

SOUSA FILHO, Alípio de. Foucault: o cuidado de si e a liberdade ou a liberdade é uma agonística. In: ALBURQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de; VEIGA-NETO, Alfredo; SOUZA FILHO, Alípio de (Orgs.). Cartografias de Foucault. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011, p. 13-26. (Coleção estudos foucaultianos).

SPARGO, Tamsin. Foucault e a teoria queer. Seguido de Ágape e êxtase: orientações pós-seculares. Trad. Heci Regina Candiani. Posfácio Richard Miskolci. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017. (Argos, 2).

VEYNE, Paul. Foucault. O pensamento, a pessoa. Trad. Luís Lima. Lisboa: Edições Texto & Grafia, 2009. VIEIRA, Priscila Piazentini. A coragem da verdade e a ética do intelectual em Michel Foucault. Prefácio de Salma Tannus Muchail. São Paulo: Intermeios; Fapesp, 2015.

08h00 MC 15 - História Social e Cultural da Imprensa no Brasil do século XIX Minicurso
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertante:
Thayna Cavalcanti Peixoto
http://lattes.cnpq.br/8010000788922467

Ementa:
Com os tempos sombrios que se aproximam nada mais importante do que voltar-nos para a compreensão do processo de institucionalização da imprensa no Brasil, que diferentemente de outros países do ocidente, passou por um diferente processo, pois só conseguira permissão para institucionalizar-se e tornar-se produtor de material impresso no século XIX. Dito isso, esse minicurso pretende, por meio de uma história social e cultural da comunicação impressa, identificar a forma como, o que, para quem e de que maneira os impressos circularam e impactaram a sociedade brasileira oitocentista. Tendo em vista, que a invenção da imprensa causou uma revolução técnica, social e cultural, sem precedentes, no mundo ocidental, instaurando uma nova modalidade entre a relação sujeito – escrita, é que se objetiva entender a dinâmica da sociedade brasileira do século XIX, por meio da análise dos ciclos de vida dos impressos, perpassando pela compreensão de sua produção, circulação e apropriações.

12h/aula

Cronograma:

Módulo I

1. Uma história social e cultural da comunicação impressa

1.1. Pensando a revolução da imprensa

1.2. Condições que tornaram possível o surgimento da imprensa

2. Difusão da imprensa: Europa, Ibero- América e Brasil

Módulo II

3. E a imprensa chega ao Brasil...

3.1 Primórdios da imprensa no Brasil

3.2. Imprensa em tempos de Império [primeiro e segundo reinado]

3.3. Emergência e transformações da opinião pública/ Espaços públicos e sociabilidades

4. Um novo sistema de comunicação na imprensa

4.1. Pensado as formas de produção [tipografias, editores, tipógrafos e impressores], difusão [tipografias, bibliotecas, tabernas] e apropriações [leitores e práticas de leitura]

Módulo III

5.Compreensão teórico-prática da estrutura e de gêneros impressos [jornais, almanaques, revistas, folhetos, pasquins, livros de viagem, compêndios escolares, dicionários, livros de bolso, entre outros.

Referências Bibliográficas:

BARBIER, Frédéric. A Europa de Gutenberg. O Livro e a Invenção da Modernidade Ocidental (séculos XIII –XVI). São Paulo : Edusp, 2018.

BARBOSA, Marialva. Como escrever uma história da imprensa? In: II Encontro Nacional da Rede Alfredo de Carvalho, 2004, Florianópolis, Anais.Florianópolis, p.1-11.

______________. História Cultural da imprensa: Brasil – 1800-1900. Rio de Janeiro: Mauad X, 2010.

CAPELATO, Maria Helena. Imprensa e História do Brasil. São Paulo: Contexto/EDUSP, 1988.

CHARTIER, Roger. O mundo como representação. Estudos Avançados. vol.5 no.11 São Paulo Jan./Apr. p.173 -191. 1991.

________________. A Aventura do Livro - do leitor ao navegador Tradução de Reginaldo de Moraes. São Paulo: Editora da Unesp, 1999. 5ª reimpressão.

_______________. A História Cultural entre práticas e representações. Portugal: Difel, 2002.

__________.The Printing Revolution: A Reappraisal. In: BARON, Sabrina; LINDQUIST, Eric; SHEVLIN, Eleanor; Agent of Change: Print Culture Studies After Elizabeth L. Eisenstein. University of Massachusetts Press, 2007.

DARNTON, Robert. Boemia Literária e Revolução: o submundo das letras no Antigo Regime. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

_______________. ROCHE, Daniel (orgs.). Revolução Impressa. A imprensa na França (1775-1800). Trad. Macos Maffei Jordan. São Paulo: EDUSP, 1996.

______________.O beijo de Lamourette Mídia, Cultura e Revolução. Trad. Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2010[1990].

HABERMAS, Jürgen. Mudança estrutural da esfera pública. Tradução Denilson Luís Werle. São Paulo, SP: Unesp, 2014[1962].

HALLEWELL, Laurence. O Livro no Brasil. Sua História. 3ª ed. I reimpressão. São Paulo: Edusp 2017

HUNT, Lynn (org). A Nova História Cultural. Tradução Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

KNAUSS, Paulo. Revistas Ilustradas – Modos de Ler e Ver no Segundo Reinado. Rio de Janeiro: Mauad X: FAPERJ, 2011.

LEITE, Miriam Moreira. Livros de Viagem (1803-1900).Rio de Janeiro: UFRJ, 1997.

LUCA, Tânia Regina de. A história dos, nos e por meio dos periódicos. In: PINSKY, Carla Bassanezi (org.). Fontes Históricas. 3º Ed. São Paulo: Contexto, 2011.

LUSTOSA, Isabel. O nascimento da imprensa brasileira. 2 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.

FEBVRE, Lucien ; MARTIN, Henri-Jean. O Aparecimento do Livro. Tradução de Fulvia M.L. Moretto & Guacira Marcondes Machado. São Paulo : Edusp, 2017.

MARTINS, Ana Luiza. Revistas em Revista – Imprensa e Práticas Culturais em Tempos de República, São Paulo (1890-1922). São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo:

FAPESP: Imprensa Oficial do Estado, 2001.

______________.; História da Imprensa no Brasil. 2. ed. São Paulo: Editora Contexto, 2013[2008]. 2. Reimpressão.

MCKENZIE, Donald Francis. Bibliografia e sociologia dos textos. Tradução Fernanda Veríssimo. São Paulo: Edusp, 2018.

MOLINA, Matías M. História dos Jornais no Brasil: da era colonial à Regência (1500-1840). v.1. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

MOREL, Marco. As transformações dos espaços públicos: imprensa, atores políticos e sociabilidades na Cidade Imperial, 1820-1840. São Paulo: Hucitec, 2005.

RIZZINI. Carlos. O Livro, O Jornal e a Tipografia no Brasil , 1500-1822: com um breve estudo geral sobre a informação. Ed. fac-similar. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 1988[1946].

PALLARES-BURKE, Maria Lúcia Garcia. A imprensa periódica como uma empresa educativa no século XIX. Cad. Pesq. n.104, p.144-161, julh. 1998.

SGARD, Jean. La multiplication des périodiques. In: CHARTIER, Roger; MARTIN, Henri-Jean;. Histoire de l'édition française. Tome 2, Le livre triomphant, 1660-1830. Paris: Fayard, 1990 [1984].

SILVA, Maria Beatriz Nizza da. A Gazeta do Rio de Janeiro (1808-1822). Cultura e Sociedade. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2007.

SODRÉ, Nelson Werneck. História da Imprensa no Brasil. 4.ed.(atualizada). Rio de Janeiro : Mauad, 1999[1966].

08h00 MC 19 - Escravidão e pós-abolição em Minas Gerais, 1850-1920. Minicurso
MC 19 - Escravidão e pós-abolição em Minas Gerais, 1850-1920.
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertante:
Marileide Lázara Cassoli
http://lattes.cnpq.br/9816139311882268

Ementa:
O curso tem como proposta possibilitar o domínio dos conteúdos para o aprofundamento de discussões teóricas e metodológicas na produção de uma História da escravidão e do pós-abolição em Minas Gerais, no decorrer do século XIX e nos anos iniciais do século XX, em uma perspectiva comparada. A instituição escravista marcou as Américas e o Caribe já nas primeiras décadas do processo colonizador europeu sobre essas regiões. Os estudos comparativos permitem aos estudiosos dos temas da escravidão e do pós-abolição analisar as diferenças/similaridades que marcaram as sociedades que passaram por esses processos, estimulando, dessa forma, a proposição de novas questões e a revisão de outras. Sugerem, assim, novas direções no que se refere à utilização de fontes documentais, metodologias e interpretações. Nesse sentido, buscamos inserir Minas Gerais nos debates cruciais dos processos abolicionistas: liberdade, terra, educação e cidadania.

8h/aula

Cronograma:

Unidade 1: Debater os aspectos econômicos e sociais da escravidão em Minas Gerais, na segunda metade do século XIX, inserida no contexto de consolidação do Estado Nacional brasileiro.

Unidade 2: O processo abolicionista e as trajetórias de libertos no pós-abolição, em Minas Gerais.

Referências Bibliográficas:

1.

ALMEIDA, Carla Maria Carvalho de. Alterações nas Unidades Produtivas Mineiras: Mariana – 1750-1850. Dissertação (Mestrado em História Social Moderna e Contemporânea). Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 1994.

ANDRADE, Francisco Eduardo de. Entre a roça e o engenho: roceiros e fazendeiros em Minas Gerais na primeira metade do século XIX. Viçosa: Editora UFV, 2008. Cap. 1 e 2.

BERGAD, Laird W. Escravidão e história econômica: demografia de Minas Gerais, 1720-1888. Bauru: EDUSC, 2004. Cap. 2.

DUARTE, Regina Horta. Noites circenses: espetáculos de circo e teatro em Minas Gerais no século XIX. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1995.

GONÇALVES, Andréa Lisly. As margens da liberdade: estudo sobre a prática de alforrias em Minas colonial e provincial. Belo Horizonte: Fino Traço, 2011.

GRAÇA FILHO, Afonso de Alencastro. A princesa do oeste e o mito da decadência de Minas Gerais: São João Del Rei (1831-1888). São Paulo: Annablume, 2002. p. 18-51.

LANNA, Ana Lúcia Duarte. A transformação do trabalho. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1989. Introdução e p. 45-73.

LIBBY, Douglas Cole. Transformação e trabalho em uma economia escravista: Minas Gerais no século XIX. São Paulo: Brasiliense, 1988. Cap. 1.

______. Minas na mira dos brasilianistas: reflexões sobre os trabalhos de Higgins e Bergad. In: BOTELHO, Tarcísio Rodrigues; CERQUEIRA, Adriano; FAVERSANI, Fábio. (Orgs.). História quantitativa e serial: um balanço. 1 ed. Belo Horizonte: ANPUH/MG/PUC-MG/UFOP, 2001, v. 1, p. 279-304.

LIBBY, Douglas Cole. Repensando o conceito do Paternalismo escravista nas Américas. In: PAIVA, Eduardo França; IVO, Isnara Pereira. (Orgs.). Escravidão, mestiçagens, populações e identidades culturais. São Paulo: Annablume; Belo Horizonte: PGH-UFMG; Vitória da Conquista: Edunesb, 2008.

______; PAIVA, Eduardo França. A escravidão no Brasil: relações sociais, acordos e conflitos. São Paulo: Moderna, 2000.

LUNA, Francisco Vidal. Estrutura da posse de escravos em Minas Gerais (1804), In: COSTA, Iraci del Nero da. Brasil: história econômica e demográfica, São Paulo: IPE/USP, 1986. p. 157-172 (Relatório de Pesquisa, 27).

MARTINS, Roberto Borges. A economia escravista de Minas Gerais no XIX. Belo Horizonte: CEDEPLAR/UFMG, 1982.

______. Minas Gerais, Século XIX: tráfico e apego à escravidão numa economia não-exportadora. In: Estudos Econômicos, São Paulo, v. 13, n. 1, jan.-abr. 1983. p. 181-209.

______. Minas e o tráfico de escravos no século XIX, outra vez. In: SZMRECÀNYI, Tamás e LAPA, José Roberto do Amaral. (Orgs.). História econômica da Independência e do Império. São Paulo: HUCITEC, 1996. p. 99-130.

PAIVA, Clotilde Andrade. População e Economia nas Minas Gerais do Século XIX. Tese (Doutoramento em História) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1996.

SLENES, Robert W. Comments on “Slavery in a nonexport economy”. The Hispanic American Historical Review, 63 (3): 569-581, 1983.

______. Os múltiplos de porcos e diamantes – centro dinâmico e mercado interno em Minas oitocentista. Cadernos IFCH. Unicamp. Junho/1985.

2.

ABREU, Martha. Meninas perdidas. In: PRIORE, Mary Del. (Org.) História das Crianças no Brasil. São Paulo: Contexto, 2002. p. 289-316.

AZEVEDO, Célia Maria Marinho de. Abolicionismo: Estados Unidos e Brasil, uma história comparada (século XIX). São Paulo: Annablume, 2003. Cap. 1 e 4. CASSOLI, Marileide Lázara. A construção da liberdade: vivências da escravidão e do pós-abolição. Jundiaí, SP: Paco, 2017.

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CHALHOUB, Sidney. Visões da Liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na Corte. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

______. A força da escravidão: ilegalidade e costume no Brasil oitocentista. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

COOPER, Frederik. Condições análogas à escravidão: imperialismo e mão de obra livre na África. In: COOPER, Frederik; HOLT, Thomas Cleveland; SCOTT, Rebecca Jarvis. Além da escravidão: investigações sobre raça, trabalho e cidadania em sociedades pós-emancipação. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005. p. 201-270.

CORD, Marcelo; ARAÚJO, Carlos Eduardo M. de; GOMES, Flávio dos Santos. (Orgs.). Rascunhos cativos: educação, escolas e ensino no Brasil escravista. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2017.

FONSECA, Marcus Vinícius; BARROS, Surya Aaronovich Pombo de. (Orgs.). A história da educação dos negros no Brasil. Niterói: EdUFF, 2016.

FRAGA FILHO, Walter. Encruzilhadas da Liberdade: histórias de escravos e libertos na Bahia (1870-1910). Campinas/SP: Editora da Unicamp, 2006. p. 31-61/245-282.

FUENTE, Alejandro de la. Myths of racial democracy: Cuba, 1900-1912. Latin American Research Rewiew, Vol. 34, number 3, 1999. p. 39-73.

______. Slave and the creation of legal rights in Cuba: coartacíon e papel. Hispanic American Historical Rewiew, 87:4, 2007. p. 659-692.

FRENCH, John. As falsas dicotomias entre escravidão e liberdade: continuidades e rupturas na formação política e social do Brasil moderno. In: LIBBY, Douglas Cole; FURTADO, Júnia Ferreira (Org.) Trabalho livre, trabalho escravo: Brasil e Europa, séculos XVIII e XIX. São Paulo: Annablume. 2006. p. 75-96.

GEBARA, Ademir. O mercado de trabalho livre no Brasil. São Paulo: Editora Brasiliense, 1986. p. 77-120/161-200.

GRAHAM, Sandra Lauderdale. Proteção e obediência: criadas e seus patrões no Rio de Janeiro, 1860-1910. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

______. Caetana diz não: histórias de mulheres da sociedade escravista brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

______. Uma certa liberdade. In: XAVIER, Giovana; FARIAS, Juliana B.; GOMES, Flávio. (Orgs.). Mulheres negras no Brasil escravista e no pós-emancipação. São Paulo: Selo Negro, 2012. p. 214-227.

GUIMARÃES, Elione Silva. Múltiplos viveres de afrodescendentes na escravidão e no pós-emancipação: família, trabalho, terra e conflito (Juiz de Fora – MG, 1888-1928). São Paulo: Annablume; Juiz de Fora: Funalfa Edições, 2006. p. 199-232.

LANNA, Ana Lúcia Duarte. A transformação do trabalho: a passagem para o trabalho livre na Zona da Mata mineira, 1879-1920. Campinas, São Paulo: Editora da Unicamp, Brasília: CNPq, 1988.

LAMOUNIER, Maria Lúcia. Da escravidão ao trabalho livre: a lei de locação de serviços de 1879. São Paulo: Papirus, 1988.

MACHADO, Maria Helena. Entre dois Beneditos: histórias de ama de leite no ocaso da escravidão. In: XAVIER, Giovana; FARIAS, Juliana B.; GOMES, Flávio. (Orgs.). Mulheres negras no Brasil escravista e do pós-emancipação. São Paulo: Selo Negro, 2012. p. 199-213.

______. Corpo, gênero e identidade no limiar da abolição: a história de Benedicta Maria Albina da Ilha ou Ovídia, escrava (Sudeste, 1880). Afro-Ásia, 42, 2010, p. 157-193.

MAIO, Marcos Chor; SANTOS, Ricardo Ventura Santos. (Orgs.). Raça como questão: História, Ciência e Identidades no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2010.

MAHONY, Mary Ann. Instrumentos necessários: escravidão e posse de escravos no sul da Bahia no século XIX, 1822-1889. In: Afro-Ásia, 25-26, 2011, p. 95-139.

MATTOS, Hebe Maria. Escravidão e Cidadanias no Brasil Monárquico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.

NOGUEIRA, Vera Lúcia. (Org.). População negra, escravismo e educação no Brasil: séculos XIX e XX. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2015.

SCHWARCZ, Lilian Moritz. O Espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil, 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

______. Retrato em branco e negro: jornais, escravos e cidadãos em São Paulo no final do século XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. RIOS, Ana Lugão; Mattos, Hebe. Memórias do cativeiro: família, trabalho e cidadania no pós-abolição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005. Parte II.

SCOTT, Rebecca J. Emancipação escrava em Cuba: a transição para o trabalho livre, 1860-1899. Rio de Janeiro: Paz e Terra & Campinas: Unicamp,1991. Introdução e parte 1.

______. Fronteiras móveis, linhas de cor e divisões partidárias. Raça, trabalho e ação coletiva em Louisiana e Cuba, 1862-1912. In: COOPER, Frederik; HOLT, Thomas Cleveland; SCOTT, Rebecca Jarvis. Além da escravidão: investigações sobre raça, trabalho e cidadania em sociedades pós-emancipação. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005. 131-200.

______ & HÉBRARD, Jean M. Provas de Liberdade: uma odisseia atlântica na era da emancipação. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2014.

SOUZA, Sonia Maria de. Terra, família, solidariedade: estratégias de sobrevivência camponesa no período de transição – Juiz de Fora (1870-1920). Bauru/SP: Edusc, 2007. Cap. 2,

08h00 MC 17 - Análise de experiências escolares na construção de convivências democráticas a partir da perspectiva de gênero: estudo de caso em escolas públicas de MG Minicurso
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertantes:
Ana Carolina de Almeida Bergamaschi
http://lattes.cnpq.br/5822601543223230
Talita Barcelos Silva Lacerda
http://lattes.cnpq.br/3406154060902031

Ementa:
O objetivo da oficina é promover o debate sobre as possibilidades de construções e reflexões em relação às ações de igualdade de gênero nas escolas públicas, tendo por base a experiência de duas instituições públicas de ensino básico de Minas Gerais: uma escola Municipal de ensino fundamental e uma instituição Federal de ensino médio. Considerando que o espaço escolar é um ambiente de promoção da cidadania para construção de um ambiente democrático e inclusivo, a intenção é pensar sobre as ferramentas construídas no ambiente escolar que favorecem o convívio com as diferenças longe da violência e das opressões relacionadas aos estereótipos de gênero. Tendo em vista, as construções de gênero na sociedade brasileira e como isso afeta a vida d@s crianças e adolescentes.

8h/aula

Cronograma:
Aspectos teóricos, institucionais e legais do debate de gênero na educação do Brasil em Minas Gerais e Belo Horizonte - 4 horas
Análise das experiências de combate a violência e opressões de gênero nas escolas pesquisadas e reflexões sobre as possibilidades do âmbito educacional - 4 horas

Referências Bibliográficas: *
HEILBORN, Maria Luíza. Fazendo gênero? A antropologia da mulher no Brasil. In: COSTA, Albertina de Oliveira &amp; BRUSCHINI, Cristina (orgs.). Uma questão de gênero. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos; São Paulo: Fundação Carlos Chagas. 1992)
HEILBORN, Maria Luíza. Gênero e condição feminina: uma abordagem antropológica. IBAM/UNICEF, Mulheres e políticas públicas. IBAM/UNICEF. 1991 HEILBORN, Maria Luíza. Gênero: um olhar estruturalista. In Masculino, feminino, plural: gênero na interdisciplinaridade. Organizado por Joana Maria Pedro e Miriam Pillar Grossi. Florianópolis: Ed. Mulheres, 1998.
HIRATA, Helena &amp; KIERGOAT, Daniele. A classe operária tem dois sexos. Estudos Feministas. Ano 2. 1º semestre de 1994. 93-100.
KUDE, Vera Maria Moreira. Papéis de gênero como fatores determinantes do desenvolvimento da personalidade. Psico. Porto Alegre. V. 25 n. 1 p.31 47. Jan-jun.1994.
LOURO, Guacira Lopes (org.). O Corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2000
SAMARA, Eni de Mesquita; SOIHET, Rachel; MATOS, Maria Izilda S. Gênero em Debate. Trajetórias e Perspectivas na Historiografia Contemporânea. São Paulo: EDUC, 1997.
SAMARA, Eni de Mesquita; SOIHET, Rachel; MATOS, Maria Izilda S. Gênero em Debate. Trajetórias e Perspectivas na Historiografia Contemporânea. São Paulo: EDUC, 1997.
SCOTT, Joan. A cidadã Paradoxal. As feministas francesas e os direitos do homem. Trad. Élvio Antônio Funck; apresentação de Miriam Pillar Grossi. Florianópolis: Ed. das Mulheres, 2002
SCOTT, Joan. Gênero: Uma Categoria Útil para Análise Histórica. Educação e Realidade, Vol 16, nº 2, pp5-22, julho-dezembro 1990.
SOIHET, Rachel. Enfoques Feministas e a História: Desafios e perspectivas de gênero em debate: trajetória e perspectivas da historiografia contemporânea. SP: Educ, 1997.
AZEVEDO, Maria Amélia. Mulheres Espancadas: A violência denunciada. São Paulo: Cortes Editora, 1985
OCKRENT, C e TREINER, S. O livro negro da condição das mulheres. Rio de Janeiro: Difel, 2011
PINTO, Céli Regina Jardim. Uma história do feminismo no Brasil. São Paulo. Ed Fund. Perseu Abramo, 2003.

09h00 MC 06 - Histórias em Quadrinhos e História: teoria, metodologias e leitura documental Minicurso
MC 06 - Histórias em Quadrinhos e História: teoria, metodologias e leitura documental
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertante:
Márcio dos Santos Rodrigues
http://lattes.cnpq.br/5967484351850407

Ementa:
O minicurso apresenta e examina, por meio de bibliografia específica, as metodologias e teorias referentes à análise de Histórias em quadrinhos (também conhecidas pela sigla HQ) no campo da pesquisa histórica. Propomos discussões que estabeleçam interseção entre o campo de estudos dos quadrinhos e suas correlações e seus usos no campo da história social e cultural. Haverá assim espaço para revisão bibliográfica acerca dos estudos sobre quadrinhos já realizados, indicando obras teóricas nacionais e estrangeiras que versam sobre a utilização dessa modalidade artística/forma de expressão como objeto do conhecimento histórico. Discute-se ainda sensos comuns ou usos e abusos da História, como a persistente "idolatria das origens" ou a mania bastante enraizada no âmbito das pesquisas brasileiras e internacionais de apontar a relevância de determinada obra ou de um autor ou mesmo de um empreendimento de pesquisas sobre quadrinhos pelo argumento da suposta primazia ou pioneirismo. Partindo do pressuposto de que não existe uma metodologia única para a análise de HQs, apresentamos um repertório de opções possíveis para estudá-las. Refletimos ainda sobre os diferentes usos históricos, aspectos transnacionais e peculiaridades construtivas e de recepção dos quadrinhos.

8h/aula

Cronograma:

1º dia: - Abordagem dos elementos constitutivos das HQ - Histórias em Quadrinhos como fonte para a História: pressupostos teórico-metodológicos para análise histórica

2º dia: Crítica ao “ídolo das origens” na pesquisa de quadrinhos e ao culto aos pioneiros/pioneirismos. Leitura documental e análise de fontes.

Referências Bibliográficas:

BRIENZA, Casey. Manga in America: transnational book publishing and the domestication of Japanese comics. London: Bloomsbury, 2016.

DANNER, Alexander; MAZUR, Dan. Quadrinhos: História moderna de uma arte global – De 1968 até os dias de hoje. São Paulo: Martins Fontes, 2014.

CAMPOS, Rogério de. Imageria: o nascimento das histórias em quadrinhos. São Paulo: Veneta, 2015.

GABILLIET, Jean-Paul. Des Comics et des hommes: histoire culturelle des comic books aux Etats-Unis, Nantes, Editions du Temps, 2005.

GOMES, Ivan. Os novos homens do amanhã: o mundo dos quadrinhos na América Latina (Brasil e Chile, anos 1960-1970). Curitiba: Prismas, 2018.

GROENSTEEN, Thierry. História em Quadrinhos: essa desconhecida arte popular. Col. Quiosque 1. João Pessoa: Marca de Fantasia, 2004.

____________________. Systéme de la bande dessinée. Paris: Presses Universitaries de Frances, 2006.

HEIMERMANN, ‎Mark; Tullis, BRITTANY. Picturing Childhood: Youth in Transnational Comics (World Comics and Graphic Nonfiction). Austin: University of Texas Press, 2017.

KELLNER, Douglas. A Cultura da Mídia. Estudos Culturais: identidade e política entre o moderno e o pós-moderno. Bauru: EDUSC, 2001.

STEIN, Daniel; DENSON, Shane; MEYER, Christina (org.). Transnational perspectives on graphic narratives. Comics at the crossroads. London/New York: Bloomsbury, 2013.

09h00 MC 10 - O fascismo em perspectiva histórica: interpretações e atualidade Minicurso
MC 10 - O fascismo em perspectiva histórica: interpretações e atualidade
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertante:
Emmanuel Dos Santos
http://lattes.cnpq.br/6664341070128183

Ementa:
Os debates sobre o fascismo têm se tornado relevantes na atualidade, uma vez que, em vários países, se fortalece uma crítica aos valores pluriculturais e democráticos. Ademais, as recentes eleições de políticos identificados com valores conservadores e críticos a aspectos da democracia liberal fez emergir medos, discursos e simbolismos ligados ao fascismo.

O minicurso visa oferecer uma introdução ao fenômeno do fascismo, estudando seu desenvolvimento histórico e suas principais teorias críticas. O foco será apresentar as elaborações de autores de distintas tradições intelectuais sobre o tema, discutindo as interpretações que consideram o fascismo um processo histórico datado, as teses que percebem o fenômeno não restrito a determinadas realidades nacionais, o conceito de totalitarismo e a concepção marxista. A abordagem, também, buscará analisar o neofascismo na atualidade, visando discutir sua natureza, características e pensar em que medida pode ser associado ao fascismo clássico.

6h/aula

Cronograma:

O Minicurso será composto por três aulas de duas horas de acordo com o cronograma:

Dia 1 (4 horas): introdução, apresentação e discussão das principais intepretações sobre o fascismo clássico. O primeiro dia será dividido em duas partes: - Parte 1: as primeiras interpretações sobre o fascismo e as perspectivas culturalistas. - Parte 2: O conceito de totalitarismo e a concepção marxista.

Dia 2 (2 horas): Análise das similitudes e diferenças entre o fascismo clássico e o neofascismo, tendo como base o estudo de caso de grupos neofascistas norte-americanos de finais do século XX.

Referências Bibliográficas: *

ARENDT, Hannah. Origens do totalitarismo: antissemitismo, imperialismo e totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

ARON, Raymond. Democracia e totalitarismo. Lisboa: Presença, 1966. GRAMSCI, Antonio. Escritos políticos, vol. 2, 1921-1926. São Paulo: Civilização Brasileira, 2004. 2v.

ELIAS, Norbert. Os alemães. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.

KERSHAW, Ian. Hitler – um perfil do poder. São Paulo: Zahar, 1993.

MARIÁTEGUI, José Carlos. As origens do fascismo. São Paulo: Alameda, 2010.

PAXTON, Robert. A anatomia do fascismo. São Paulo: Paz e Terra, 2007.

POGGI, Tatiana. Faces do extremo: o neofascismo nos Eua 1970-2010. São Paulo: Prismas, 2016.

SASSOON, Donald. Mussolini e a ascensão do fascismo. São Paulo: Agir, 2009.

SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. Os fascismos. In: REIS FILHO, Daniel Aarão et. alli (org). O Século XX, vol. 2. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.

TOGLIATTI, Palmiro. Lições sobre o fascismo: história e política. São Paulo: Ciências Humanas, 1978.

TROTSKY, Leon. Revolução e contra-revolução na Alemanha. Lisboa: CLB, 1968.

08h00 MC 02- A pensadora de novos inícios: Hannah Arendt e a responsabilidade política pelo mundo Minicurso
MC 02- A pensadora de novos inícios: Hannah Arendt e a responsabilidade política pelo mundo
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertante:
Maria Visconti
http://lattes.cnpq.br/9020280172249149

Ementa:
O minicurso propõe-se a uma discussão mais aprofundada de alguns dos conceitos fundamentais na obra da filósofa política Hannah Arendt tendo como base o recorte histórico do fenômeno do totalitarismo. Pretende-se trabalhar com alguns conceitos-chave divididos em três tópicos: "Amor mundi e o milagre da ação: política e liberdade"; "Compreender o totalitarismo: a responsabilidade, o julgamento e a banalidade do mal"; "História e narrativa pós-totalitarismo: o agir na cena pública em tempos sombrios". O objetivo é entender como essa filósofa pode nos auxiliar a pensar o mundo e entendê-la não apenas como uma pensadora da crise, mas uma pensadora de novos inícios.

12h/aula

Cronograma:
Aula 1: Amor mundi e o milagre da ação: política e liberdade Nesta aula trabalharemos alguns conceitos fundamentais para a compreensão da teoria de Arendt como um todo. Discutiremos a ideia de amor mundi atrelada ao milagre como a responsabilidade pelo que é criado em conjunto e também a noção da autora sobre a política e a liberdade como constitutivas do indivíduo. Aula 2: Compreender o totalitarismo: a responsabilidade, o julgamento e a banalidade do mal Nesta aula (que se estenderá para a última aula) pensaremos sobre o conceito de totalitarismo e os outros conceitos que os circundam, sobretudo a noção de responsabilidade e de culpa. Analisaremos a percepção de Arendt sobre o julgamento de Eichmann e a construção do conceito de banalidade do mal. Aula 3: História e narrativa pós-totalitarismo: o agir na cena pública em tempos sombrios Nesta aula finalizaremos com uma discussão sobre a noção de julgamento para encerrar o tópico anterior. Seguiremos pensando sobre o conceito de história e principalmente de narrativa para analisarmos o nosso papel na narrativa do mundo que construímos em conjunto. Finalizaremos com as reflexões da autora sobre a responsabilidade pelo mundo, retomando ao que foi apresentado na primeira aula.

Referências Bibliográficas: *

AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz. São Paulo: Boitempo, 2008.

AGUIAR, Odilio Alves (org). Origens do totalitarismo: 50 anos depois. Relume-Dumara, 2001.

ARENDT, Hannah. Origens do Totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

________________. Homens em tempos sombrios. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

________________. Sobre a Revolução. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

_________________. A condição Humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.

_________________. A promessa da política. Rio de Janeiro: DIFEL, 2010.

__________________. The life of the mind. Harvest Book, Harcourt, Inc, 1978.

_______________. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 2011.

_______________. Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

______________. Escritos Judaicos. São Paulo: Amarilys, 2016

_______________. Responsabilidade e Julgamento. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

_______________. Crises da República. São Paulo: Perspectiva, 2010.

_______________. Compreender: formação, exílio e totalitarismo (ensaios). São Paulo: Companhia das Letras; Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.

ASSY, Bethânia. Ética, responsabilidade e juízo em Hannah Arendt. São Paulo: Perspectiva, 2015.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade e Holocausto. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.

BIGNOTTO, Newton; MORAES, Eduardo Jardim de (orgs). Hannah Arendt: diálogos, reflexões, memórias. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.

GELLATELY, Robert. Apoiando Hitler: consentimento e coerção na Alemanha nazista. Rio de Janeiro: Record, 2011.

HINCHMAN, Lewis P.; HINCHMAN Sandra K. (orgs). Hannah Arendt: Critical Essays. Sate University of New York Press, 1994.

ISAAC, Jeffrey C. Arendt, Camus, and the modern rebellion. Yale University Press, 1992.

KERSHAW, Ian. Hitler, the Germans, and The Final Solution. Yale University Press, 2008.

LAFER, Celso. Hannah Arendt: Pensamento, persuasão e poder. São Paulo: Paz e terra, 2018.

_____________. A reconstrução dos direitos humanos: um diálogo com o pensamento de Hannah Arendt. São Paulo: Companhia das Letras, 2ª edição, 1988.

LEVI, Primo. É isto um homem? Rio de Janeiro: Rocco, 1988.

ROSIN, Nilva; SIVIERO, Itomar (orgs). Hannah Arendt: diversas leituras. Passo Fundo: IFIBE, 2010.

VILLA, Dana (ed). The Cambridge Companion to Hannah Arendt. Cambridge University Press, 2000.

YOUNG-BRUEHL, Elisabeth. Hannah Arendt: For Love of the World. Yale University Press, 2004.

08h00 MC 05 - Novos olhares sobre a repressão no Brasil ditatorial Minicurso
MC 05 - Novos olhares sobre a repressão no Brasil ditatorial
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertante:
Leon Frederico Kaminski
http://lattes.cnpq.br/2286364711431532

Ementa:
A historiografia sobre o regime ditatorial brasileiro produziu uma extensa e importante bibliografia sobre a temática da repressão, seus métodos e práticas. O foco principal dessas análises centra-se, geralmente, nas violências sofridas por militantes e organizações de esquerda. Nos últimos anos, contudo, novas pesquisas e relatórios das Comissões da Verdade têm demonstrado que a repressão esteve direcionada também a outros grupos. Indígenas e negros foram assassinados e deslocados de seus territórios. A ascensão da chamada revolução dos costumes fez com que órgãos policiais dirigissem seus olhares e ações para o campo cultural, perseguindo homossexuais, “hippies” e usuários de drogas. O minicurso tem como objetivo analisar e discutir a repressão ditatorial, tendo como foco estes outros grupos sociais, com o intuito de ampliar o debate sobre o tema, assim como demonstrar que a ação repressiva do regime atingiu não somente os comunistas, mas setores mais amplos da sociedade.

8h/aula

Cronograma:

Aula 1 – a) Introdução: o regime ditatorial e a estrutura repressiva; o imaginário anticomunista; terrorismo de Estado; a repressão para além das organizações de esquerda. b) O governo ditatorial, projetos econômicos e racismo: a repressão às populações negras e indígenas.

Aula 2 – A repressão no campo da cultura e dos costumes: revolução cultural e contracultura; repressão aos "hippies"; repressão aos homossexuais; repressão às drogas.

Referências Bibliográficas:

BRASIL. Relatório da Comissão Nacional da Verdade. Brasília: CNV, 2014.

DUNN, Christopher. Contracultura: alternative arts and social transformation in authoritarian Brazil. Chapel Hill: The University of North Carolina Press, 2016.

FICO, Carlos. Como eles agiam. Rio de Janeiro: Record, 2001.

GREEN, James; QUINALHA, Renan (orgs.). Ditadura e homossexualidades: repressão, resistência e a busca pela verdade. São Carlos: EdUFSCar, 2014.

JOFFILY, Mariana. A “verdade” sobre o uso de documentos dos órgãos repressivos. Dimensões, v. 32, 2014, p. 2-28.

KAMINSKI, Leon. “O movimento hippie nasceu em Moscou”: imaginário anticomunista, contracultura e repressão no Brasil dos anos 1970. Antíteses, Londrina, v.9, n.18, p.467-493, jul-dez 2016.

LIMA, Lucas Pedretti. Bailes soul, ditadura e violência nos subúrbios cariocas na década de 1970. Dissertação (Mestrado em História) – PUC-Rio, Rio de Janeiro, 2018.

LONGHI, Carla Reis. Cultura e costumes: um campo em disputa. Antíteses, Londrina, v.8, n.15, p.197-218, jan.-jun. 2015.

LÓPEZ G., Loreto. Memórias Banais: recordando as ditaduras através dos medos cotidianos. Observatório Itaú Cultural, n.22, p.56-67, 2017.

MINAS GERAIS. Relatório final da Comissão da Verdade em Minas Gerais. Belo Horizonte: COVEMG, 2017.

MOTTA, Rodrigo Patto Sá. Em guarda contra o perigo vermelho. São Paulo: Perspectiva/Fapesp, 2002.

PADRÓS, Enrique. Repressão e violência: segurança nacional e terror de Estado nas ditaduras latino-americanas. In: FICO, C; ARAÚJO, M. P., FERREIRA, M.; QUADRAT, S. (orgs.). Ditadura e Democracia na América Latina. Rio de Janeiro: FGV, 2008.

RIO DE JANEIRO. Relatório da Comissão da Verdade do Rio. Rio de Janeiro: CEV-Rio, 2015.

SÃO PAULO. Relatório da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo Rubens Paiva. São Paulo: CEV-SP, 2015.

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA. Relatório da Comissão Anísio Teixeira de Memória e Verdade da Universidade de Brasília. Brasília: FAC-UnB, 2016.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO; COMISSÃO DA VERDADE EM MINAS GERAIS. Relatório Final: violações de direitos fundamentais à comunidade universitária e à cidade de Ouro Preto durante a ditadura militar. Ouro Preto: GT-UFOP, 2017.

08h00 MC 11 - Introdução a paleografia moderna portuguesa Minicurso
MC 11 - Introdução a paleografia moderna portuguesa
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertante:
Igor Tadeu Camilo Rocha
http://lattes.cnpq.br/7686589258581415

Ementa:
Este mini-curso pretende oferecer uma introdução aos princípios da paleografia e da diplomática portuguesa, exercitando a habilidade de ler e compreender documentos da época moderna, transcrevendo-os de acordo com as Normas Técnicas para Edição e Transcrição de Documentos Manuscritos. No ofício do historiador, a leitura e a transcrição paleográfica são fundamentais, primeiramente, pelo seu caráter propedêutico: o de possibilitar o acesso direto às fontes de pesquisa, sem depender da publicação de transcrições e/ou comentários. Além disso, podem se constituir como campo de atuação profissional e como fonte de renda para aqueles que as dominam. Este mini-curso se destina, portanto, a estudantes e profissionais ligados à área de História, além de outras áreas que trabalham diretamente com fontes manuscritas em língua portuguesa produzidas entre os séculos XVI e XIX, com diferentes níveis de experiência.

8h/aula

Cronograma:

Bloco 1 - Noções Introdutórias (4h/a):

Introdução à paleografia

História da escrita e os principais tipos caligráficos na paleografia portuguesa medieval e moderna

Os manuais caligráficos do século XVIII Principais dificuldades na leitura paleográfica, técnicas e recursos Introdução à braquigrafia

Noções de arquivística aplicadas à pesquisa histórica

Transcrição paleográfica e normas técnicas de edição

Bloco 2 (4h/a):

Publicação de manuscritos transcritos e comentados: introdução geral

Exercícios de leitura e transcrição

Referências Bibliográficas:

ACIOLI, Vera Lúcia Costa. A Escrita no Brasil Colônia: Um guia para leitura de documentos manuscritos. Recife: Fundação Joaquim Nabuco / Massangana, 1994.

BERWANGER, Ana Regina; LEAL, João Eurípedes Franklin. Noções de Paleografia e Diplomática. Santa Maria: Centro de Ciências Sociais e Humanas-UFSM, 1991.

BLUTEAU, Raphael. Vocabulario portuguez & latino: aulico, anatomico, architectonico(...) Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesus, 1712 - 1728. 8 v. Disponível em: <http://www.brasiliana.usp.br/dicionario/edicao/1>. Acesso em fevereiro de 2013.

COSTA, Avelino Jesus da. Álbum de Paleografia e Diplomática Portuguesa. Coimbra: Universidade de Coimbra, 1976.

DIAS, João José Alves; MARQUES, A.H. de Oliveira; RODRIGUES, Teresa F. Álbum de Paleografia. Lisboa: Estampa, 1987.

FACHIN, Phablo Roberto Marchis. Descaminhos e dificuldades: leitura de manuscritos do século XVIII. Goiânia: Trilhas Urbanas/FAPESP, 2008.

FERREIRA, Tito Lívio. A Paleografia e as suas Dificuldades. Boletim do Departamento de Arquivo do Estado de São Paulo, v. 10, fev. 1953. p. 165-199.

FIGUEIREDO, Manuel de Andrade de. Nova escola para aprender a ler, escrever, e contar: primeira parte. Lisboa Occidental: Officina de Bernardo da Costa de Carvalho, 1722. Disponível em: <purl.pt/107>. Acesso em fevereiro de 2013.

FISHER, Steven R. História da Escrita. Trad. Mirna Pinsky. São Paulo; Ed. Unesp, 2007.

FLEXOR, Maria Helena Ochi. Abreviaturas: Manuscritos dos séculos XVI ao XIX. 3. ed. rev. aum. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2008.

LEAL, João Eurípedes Franklin. Glossário de Paleografia. Rio de Janeiro: Associação dos Arquivistas Brasileiros, 1994.

LIMA, Yedda Dias. Leitura e transcrição de documentos dos séculos XVI ao XIX. São Paulo: ARQSP/Arquivo do Estado, 2000.

MEGALE, Heitor; TOLEDO NETO, Sílvio de Almeida (Orgs.). Por Minha Letra e Sinal: Documentos do ouro do século XVII. Cotia: Ateliê Editorial/ FAPESP. 2005.

NORMAS Técnicas Para Transcrição e Edição de Documentos Manuscritos. Disponível em: <http://www.arquivonacional.gov.br/normas.htm>. Acesso em fevereiro de 2013.

SILVA, Antonio Moraes. Diccionario da lingua portugueza: recompilado dos vocabularios impressos ate agora, e nesta segunda edição novamente emendado e muito acrescentado, por ANTONIO DE MORAES SILVA. Lisboa: Typographia Lacerdina, 1813. Disponível em <http://www.brasiliana.usp.br/en/dicionario/edicao/2>. Acesso em fevereiro de 2013.

PINTO, Luiz Maria da Silva. Diccionario da Lingua Brasileira por Luiz Maria da Silva Pinto, natural da Provincia de Goyaz. Na Typographia de Silva, 1832. Disponível em: <http://www.brasiliana.usp.br/en/dicionario/edicao/3>. Acesso em fevereiro de 2013.

08h00 MC 12 - Introdução à História da Sexualidade de Michel Foucault: d'A Vontade de saber às Confissões da Carne Minicurso
MC 12 - Introdução à História da Sexualidade de Michel Foucault: d'A Vontade de saber às Confissões da Carne
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertante:
Cássio Bruno de Araujo Rocha
http://lattes.cnpq.br/0153381151242770

Ementa:
Os tempos sombrios que nos cercam exigem que articulemos formas efetivas de resistência e de combate ao fascismo. Neste sentido, cabe revisitar as propostas do filósofo Michel Foucault (1926-1984) para A História da Sexualidade. Ademais, a recente publicação do quarto volume da série, Les aveux de la chair (2018, ainda sem tradução para o português) por si convida ao retorno. Iniciaremos o curso com uma introdução aos métodos de investigação histórica propostos por Foucault, a arqueologia e a genealogia. Com este embasamento metodológico, passaremos ao estudo da analítica do poder proposta por Foucault em seus textos da década de 1970, destacando os conceitos de disciplina, biopolítica e biopoder, o que nos coloca dentro do primeiro volume da série, A Vontade de saber (1976). Após nos debruçarmos sobre ele, avançaremos para os volumes 2 e 3, respectivamente, O Uso dos Prazeres e O Cuidado de Si (1984), explicando o retorno de Foucault à Antiguidade greco-romana como fundamento para o seu giro ético final. O problema da constituição de uma história das relações entre subjetividade, verdade e poder conduz às temáticas do volume 4, em que percorremos a formação de um modo de sujeito sob o cristianismo antigo e o lugar central da problematização da Carne para a introspecção dessa subjetividade que, em tempos de fundamentalismo cristão, ainda é, mais que nunca, a nossa.

12h/aula

Cronograma:

DIA 1

1ª hora: Apresentações e introdução à arqueologia (A arqueologia do saber) e à genealogia (Nietzsche, a genealogia e a história).

2ª hora: Introdução à História da sexualidade: Nós, vitorianos e a hipótese repressiva. Intervalo de 20 minutos.

3ª hora:. Scientia sexualis: exemplo com a formação da categoria dos Anormais.

4ª hora: O dispositivo da sexualidade.

DIA 2

1ª hora: Direito de morte e poder sobre a vida.

2ª hora: Analítica do poder: disciplina, biopoder e biopolítica. Intervalo de 20 minutos.

3ª hora: Introdução à virada ética em Foucault, o Uso dos Prazeres e as técnicas de si.

4ª hora: A problematização moral dos prazeres: dietética, econômica, erótica e o verdadeiro amor.

DIA 3

1ª hora: O volume 3 da História da sexualidade: A cultura de si e o cuidado de si: o matrimônio, o corpo, a mulher e os rapazes.

2ª hora: O cuidado de si e o problema da amizade. A cultura gay como forma de resistência. Intervalo de 20 minutos.

3ª hora: Introdução às Confissões da Carne: um modo de subjetividade cristão.

4ª hora: Técnicas de confissão no cristianismo primitivo, modos de ser virgem e casado, a libidinização do sexo em Agostinho.

Considerações finais: Como resistir sob o fundamentalismo cristão?

Referências Bibliográficas:

BAUMAN, Zygmunt. Sobre a redistribuição pós-moderna do sexo: A História da sexualidade, de Foucault, revisitada. In: BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da pós-modernidade. Trad. Mauro Gama, Cláudia Martinelli Gama. Revisão técnica Luís Carlos Fridman. Rio de Janeiro: Zahar, 1998, p. 177-189.

BERNAUER, James W., MAHON, Michael. A imaginação ética de Michel Foucault. In: GUTTING, Gary. (Org.). Foucault. Trad. André Oídes. São Paulo: Ideias & Letras, 2016, p. 189-218.

CANDIOTTO, Cesar. Foucault e a crítica da verdade. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora; Curitiba: Champagnat, 2013. (Coleção Estudos Foucaultianos).

CANDIOTTO, Cesar; SOUZA, Pedro de. (Orgs). Foucault e o cristianismo. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2012.

DAVIDSON, Arnold I. Ética como ascese: Foucault, a história da ética e o pensamento antigo. In: GUTTING, Gary. (Org.). Foucault. Trad. André Oídes. São Paulo: Ideias & Letras, 2016, p. 159-187.

ERIBON, Didier. Michel Foucault. 1926-1984. Trad. Hildegard Feist. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

ERIBON, Didier. Reflexões sobre a questão gay. Trad. Procopio Abreu. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2008.

FONSECA, Márcio Alves. Michel Foucault e a constituição do sujeito. São Paulo: EDUC, 2003.

FOUCAULT, M. Nietzsche, a genealogia e a história. In: FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Organização e tradução Roberto Machado. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979, p. 15-37.

FOUCAULT, M. História da Sexualidade 2. O uso dos prazeres. Trad. Maria Thereza da Costa Albuquerque. Revisão técnica José Augusto Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1984.

FOUCAULT, M. História da Sexualidade 3. O cuidado de si. Trad. Maria Thereza da Costa Albuquerque. Revisão técnica José Augusto Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1985.

FOUCAULT, M. História da sexualidade I. A vontade de saber. Trad. Pedro Tamen. Lisboa: Relógios D'Água Editores, 1994; FOUCAULT, M. A arqueologia do saber. Trad. Luiz Felipe Baeta Neves. 7.ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009.

FOUCAULT, M. Os Anormais. Curso no Collège de France (1974-1975). Trad. Eduardo Brandão. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010. (Coleção Obras de Michel Foucault).

FOUCAULT, M. A hermenêutica do sujeito. Curso dado no Collège de France (1981-1982). Edição estabelecida sob direção de François Ewald, Alessandro Fontana, Fréderic Gros. Trad. Márcio Alves da Fonseca, Salma Tannus Muchail. 3. ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010. (Obras de Michel Foucault).

FOUCAULT, M. Vigiar e Punir. Nascimento da Prisão. Trad. Raquel Ramalhete. 39. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.

FOUCAULT, M. A coragem da verdade. O governo de si e dos outros II. Curso no Collège de France (1983-1984). Trad. Eduardo Brandão. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2011. (Obras de Michel Foucault).

FOUCAULT, M. Sexualidade e poder. In: FOUCAULT, M. Ditos e escritos V. Ética, sexualidade, política. Organização, seleção de textos e revisão técnica Manoel Barros da Motta. Trad. Elisa Monteiro, Inês Austran Dourado Barbosa. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012, p. 55-75.

FOUCAULT, M. O triunfo social do prazer sexual: uma conversação com Michel Foucault. In: FOUCAULT, M. Ditos e escritos V. Ética, sexualidade, política. Organização, seleção de textos e revisão técnica Manoel Barros da Motta. Trad. Elisa Monteiro, Inês Austran Dourado Barbosa. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012, p. 116-122.

FOUCAULT, M. O uso dos prazeres e as técnicas de si. In: FOUCAULT, M. Ditos e escritos V. Ética, sexualidade, política. Organização, seleção de textos e revisão técnica Manoel Barros da Motta. Trad. Elisa Monteiro, Inês Austran Dourado Barbosa. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012, p. 187-211.

FOUCAULT, M. A ética do cuidado de si como prática da liberdade. In: FOUCAULT, M. Ditos e escritos V. Ética, sexualidade, política. Organização, seleção de textos e revisão técnica Manoel Barros da Motta. Trad. Elisa Monteiro, Inês Austran Dourado Barbosa. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012, p. 258-280.

FOUCAULT, M. Uma estética da existência. In: FOUCAULT, M. Ditos e escritos V. Ética, sexualidade, política. Organização, seleção de textos e revisão técnica Manoel Barros da Motta. Trad. Elisa Monteiro, Inês Austran Dourado Barbosa. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012, p. 281-286.

FOUCAULT, M. Do governo dos vivos. Curso no Collège de France (1979-1980). Trad. Eduardo Brandão. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2014. (Obras de Michel Foucault).

FOUCAULT, M. A ordem do discurso. Aula inaugural no Collège de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970. Trad. Laura Fraga de Almeida Sampaio. 24. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2014. (Leituras filosóficas).

FOUCAULT, M. As palavras e as coisas. Uma arqueologia das ciências humanas. Trad. Antônio Ramos Rosa. Prefácios de Eduardo Lourenço e Vergílio Ferreira. Lisboa: Portugália Editora, 1967. (Coleção Problemas).

FOUCAULT, M. História da loucura. Na Idade Clássica. Trad. José Teixeira Coelho Neto. São Paulo: Perspectiva, 2012. (Estudos).

FOUCAULT, M. Em defesa da sociedade. Curso no Collège de France (1975-1976). Trad. Maria Ermantina Galvão. 2ª ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010. (Coleção obras de Michel Foucault).

FOUCAULT, M. Subjetividade e verdade. Curso no Collège de France (1980-1981). Edição estabelecida por Frédéric Gros sob direção de François Ewald e Alessandro Fontana. Trad. Rosemary Costhek Abílio. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2016. (Coleção Obras de Michel Foucault).

FOUCAULT, M. O corpo utópico, as heterotopias. Posfácio de Daniel Defert. Trad. Salma Tannus Muchail. São Paulo: n-1 edições, 2013. FOUCAULT, M. Histoire de la sexualité 4. Les aveux de la chair. Édition établie par Frédéric Gros. Paris: Gallimard, 2018.

HALPERIN, David. Saint Foucault. Towards a gay hagiography. New York: Oxford University Press, 1995.

MACHADO, Roberto. Impressões de Michel Foucault. São Paulo: n-1 edições, 2017.

PAIVA, Antonio Crístian Saraiva. Amizade e modos de vida gay: por uma vida não fascista. In: ALBURQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de; VEIGA-NETO, Alfredo; SOUZA FILHO, Alípio de (Orgs.). Cartografias de Foucault. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011, p. 53-68. (Coleção estudos foucaultianos).

ORTEGA, Francisco. Amizade e estética da existência em Foucault. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1999.

RAGO, Margareth. Michel Foucault e o zoológico do rei. In: ALBURQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de; VEIGA-NETO, Alfredo; SOUZA FILHO, Alípio de (Orgs.). Cartografias de Foucault. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011, p. 253-268. (Coleção estudos foucaultianos).

RODRIGUES, Heliana de Barros Conde. Ensaios sobre Michel Foucault no Brasil. Presença, efeitos, ressonâncias. Rio de Janeiro: Lamparina, 2016.

SOUSA FILHO, Alípio de. Foucault: o cuidado de si e a liberdade ou a liberdade é uma agonística. In: ALBURQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de; VEIGA-NETO, Alfredo; SOUZA FILHO, Alípio de (Orgs.). Cartografias de Foucault. 2.ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011, p. 13-26. (Coleção estudos foucaultianos).

SPARGO, Tamsin. Foucault e a teoria queer. Seguido de Ágape e êxtase: orientações pós-seculares. Trad. Heci Regina Candiani. Posfácio Richard Miskolci. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017. (Argos, 2).

VEYNE, Paul. Foucault. O pensamento, a pessoa. Trad. Luís Lima. Lisboa: Edições Texto & Grafia, 2009. VIEIRA, Priscila Piazentini. A coragem da verdade e a ética do intelectual em Michel Foucault. Prefácio de Salma Tannus Muchail. São Paulo: Intermeios; Fapesp, 2015.

08h00 MC 15 - História Social e Cultural da Imprensa no Brasil do século XIX Minicurso
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertante:
Thayna Cavalcanti Peixoto
http://lattes.cnpq.br/8010000788922467

Ementa:
Com os tempos sombrios que se aproximam nada mais importante do que voltar-nos para a compreensão do processo de institucionalização da imprensa no Brasil, que diferentemente de outros países do ocidente, passou por um diferente processo, pois só conseguira permissão para institucionalizar-se e tornar-se produtor de material impresso no século XIX. Dito isso, esse minicurso pretende, por meio de uma história social e cultural da comunicação impressa, identificar a forma como, o que, para quem e de que maneira os impressos circularam e impactaram a sociedade brasileira oitocentista. Tendo em vista, que a invenção da imprensa causou uma revolução técnica, social e cultural, sem precedentes, no mundo ocidental, instaurando uma nova modalidade entre a relação sujeito – escrita, é que se objetiva entender a dinâmica da sociedade brasileira do século XIX, por meio da análise dos ciclos de vida dos impressos, perpassando pela compreensão de sua produção, circulação e apropriações.

12h/aula

Cronograma:

Módulo I

1. Uma história social e cultural da comunicação impressa

1.1. Pensando a revolução da imprensa

1.2. Condições que tornaram possível o surgimento da imprensa

2. Difusão da imprensa: Europa, Ibero- América e Brasil

Módulo II

3. E a imprensa chega ao Brasil...

3.1 Primórdios da imprensa no Brasil

3.2. Imprensa em tempos de Império [primeiro e segundo reinado]

3.3. Emergência e transformações da opinião pública/ Espaços públicos e sociabilidades

4. Um novo sistema de comunicação na imprensa

4.1. Pensado as formas de produção [tipografias, editores, tipógrafos e impressores], difusão [tipografias, bibliotecas, tabernas] e apropriações [leitores e práticas de leitura]

Módulo III

5.Compreensão teórico-prática da estrutura e de gêneros impressos [jornais, almanaques, revistas, folhetos, pasquins, livros de viagem, compêndios escolares, dicionários, livros de bolso, entre outros.

Referências Bibliográficas:

BARBIER, Frédéric. A Europa de Gutenberg. O Livro e a Invenção da Modernidade Ocidental (séculos XIII –XVI). São Paulo : Edusp, 2018.

BARBOSA, Marialva. Como escrever uma história da imprensa? In: II Encontro Nacional da Rede Alfredo de Carvalho, 2004, Florianópolis, Anais.Florianópolis, p.1-11.

______________. História Cultural da imprensa: Brasil – 1800-1900. Rio de Janeiro: Mauad X, 2010.

CAPELATO, Maria Helena. Imprensa e História do Brasil. São Paulo: Contexto/EDUSP, 1988.

CHARTIER, Roger. O mundo como representação. Estudos Avançados. vol.5 no.11 São Paulo Jan./Apr. p.173 -191. 1991.

________________. A Aventura do Livro - do leitor ao navegador Tradução de Reginaldo de Moraes. São Paulo: Editora da Unesp, 1999. 5ª reimpressão.

_______________. A História Cultural entre práticas e representações. Portugal: Difel, 2002.

__________.The Printing Revolution: A Reappraisal. In: BARON, Sabrina; LINDQUIST, Eric; SHEVLIN, Eleanor; Agent of Change: Print Culture Studies After Elizabeth L. Eisenstein. University of Massachusetts Press, 2007.

DARNTON, Robert. Boemia Literária e Revolução: o submundo das letras no Antigo Regime. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

_______________. ROCHE, Daniel (orgs.). Revolução Impressa. A imprensa na França (1775-1800). Trad. Macos Maffei Jordan. São Paulo: EDUSP, 1996.

______________.O beijo de Lamourette Mídia, Cultura e Revolução. Trad. Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2010[1990].

HABERMAS, Jürgen. Mudança estrutural da esfera pública. Tradução Denilson Luís Werle. São Paulo, SP: Unesp, 2014[1962].

HALLEWELL, Laurence. O Livro no Brasil. Sua História. 3ª ed. I reimpressão. São Paulo: Edusp 2017

HUNT, Lynn (org). A Nova História Cultural. Tradução Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

KNAUSS, Paulo. Revistas Ilustradas – Modos de Ler e Ver no Segundo Reinado. Rio de Janeiro: Mauad X: FAPERJ, 2011.

LEITE, Miriam Moreira. Livros de Viagem (1803-1900).Rio de Janeiro: UFRJ, 1997.

LUCA, Tânia Regina de. A história dos, nos e por meio dos periódicos. In: PINSKY, Carla Bassanezi (org.). Fontes Históricas. 3º Ed. São Paulo: Contexto, 2011.

LUSTOSA, Isabel. O nascimento da imprensa brasileira. 2 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.

FEBVRE, Lucien ; MARTIN, Henri-Jean. O Aparecimento do Livro. Tradução de Fulvia M.L. Moretto & Guacira Marcondes Machado. São Paulo : Edusp, 2017.

MARTINS, Ana Luiza. Revistas em Revista – Imprensa e Práticas Culturais em Tempos de República, São Paulo (1890-1922). São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo:

FAPESP: Imprensa Oficial do Estado, 2001.

______________.; História da Imprensa no Brasil. 2. ed. São Paulo: Editora Contexto, 2013[2008]. 2. Reimpressão.

MCKENZIE, Donald Francis. Bibliografia e sociologia dos textos. Tradução Fernanda Veríssimo. São Paulo: Edusp, 2018.

MOLINA, Matías M. História dos Jornais no Brasil: da era colonial à Regência (1500-1840). v.1. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

MOREL, Marco. As transformações dos espaços públicos: imprensa, atores políticos e sociabilidades na Cidade Imperial, 1820-1840. São Paulo: Hucitec, 2005.

RIZZINI. Carlos. O Livro, O Jornal e a Tipografia no Brasil , 1500-1822: com um breve estudo geral sobre a informação. Ed. fac-similar. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 1988[1946].

PALLARES-BURKE, Maria Lúcia Garcia. A imprensa periódica como uma empresa educativa no século XIX. Cad. Pesq. n.104, p.144-161, julh. 1998.

SGARD, Jean. La multiplication des périodiques. In: CHARTIER, Roger; MARTIN, Henri-Jean;. Histoire de l'édition française. Tome 2, Le livre triomphant, 1660-1830. Paris: Fayard, 1990 [1984].

SILVA, Maria Beatriz Nizza da. A Gazeta do Rio de Janeiro (1808-1822). Cultura e Sociedade. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2007.

SODRÉ, Nelson Werneck. História da Imprensa no Brasil. 4.ed.(atualizada). Rio de Janeiro : Mauad, 1999[1966].

08h00 MC 19 - Escravidão e pós-abolição em Minas Gerais, 1850-1920. Minicurso
MC 19 - Escravidão e pós-abolição em Minas Gerais, 1850-1920.
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertante:
Marileide Lázara Cassoli
http://lattes.cnpq.br/9816139311882268

Ementa:
O curso tem como proposta possibilitar o domínio dos conteúdos para o aprofundamento de discussões teóricas e metodológicas na produção de uma História da escravidão e do pós-abolição em Minas Gerais, no decorrer do século XIX e nos anos iniciais do século XX, em uma perspectiva comparada. A instituição escravista marcou as Américas e o Caribe já nas primeiras décadas do processo colonizador europeu sobre essas regiões. Os estudos comparativos permitem aos estudiosos dos temas da escravidão e do pós-abolição analisar as diferenças/similaridades que marcaram as sociedades que passaram por esses processos, estimulando, dessa forma, a proposição de novas questões e a revisão de outras. Sugerem, assim, novas direções no que se refere à utilização de fontes documentais, metodologias e interpretações. Nesse sentido, buscamos inserir Minas Gerais nos debates cruciais dos processos abolicionistas: liberdade, terra, educação e cidadania.

8h/aula

Cronograma:

Unidade 1: Debater os aspectos econômicos e sociais da escravidão em Minas Gerais, na segunda metade do século XIX, inserida no contexto de consolidação do Estado Nacional brasileiro.

Unidade 2: O processo abolicionista e as trajetórias de libertos no pós-abolição, em Minas Gerais.

Referências Bibliográficas:

1.

ALMEIDA, Carla Maria Carvalho de. Alterações nas Unidades Produtivas Mineiras: Mariana – 1750-1850. Dissertação (Mestrado em História Social Moderna e Contemporânea). Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 1994.

ANDRADE, Francisco Eduardo de. Entre a roça e o engenho: roceiros e fazendeiros em Minas Gerais na primeira metade do século XIX. Viçosa: Editora UFV, 2008. Cap. 1 e 2.

BERGAD, Laird W. Escravidão e história econômica: demografia de Minas Gerais, 1720-1888. Bauru: EDUSC, 2004. Cap. 2.

DUARTE, Regina Horta. Noites circenses: espetáculos de circo e teatro em Minas Gerais no século XIX. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1995.

GONÇALVES, Andréa Lisly. As margens da liberdade: estudo sobre a prática de alforrias em Minas colonial e provincial. Belo Horizonte: Fino Traço, 2011.

GRAÇA FILHO, Afonso de Alencastro. A princesa do oeste e o mito da decadência de Minas Gerais: São João Del Rei (1831-1888). São Paulo: Annablume, 2002. p. 18-51.

LANNA, Ana Lúcia Duarte. A transformação do trabalho. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1989. Introdução e p. 45-73.

LIBBY, Douglas Cole. Transformação e trabalho em uma economia escravista: Minas Gerais no século XIX. São Paulo: Brasiliense, 1988. Cap. 1.

______. Minas na mira dos brasilianistas: reflexões sobre os trabalhos de Higgins e Bergad. In: BOTELHO, Tarcísio Rodrigues; CERQUEIRA, Adriano; FAVERSANI, Fábio. (Orgs.). História quantitativa e serial: um balanço. 1 ed. Belo Horizonte: ANPUH/MG/PUC-MG/UFOP, 2001, v. 1, p. 279-304.

LIBBY, Douglas Cole. Repensando o conceito do Paternalismo escravista nas Américas. In: PAIVA, Eduardo França; IVO, Isnara Pereira. (Orgs.). Escravidão, mestiçagens, populações e identidades culturais. São Paulo: Annablume; Belo Horizonte: PGH-UFMG; Vitória da Conquista: Edunesb, 2008.

______; PAIVA, Eduardo França. A escravidão no Brasil: relações sociais, acordos e conflitos. São Paulo: Moderna, 2000.

LUNA, Francisco Vidal. Estrutura da posse de escravos em Minas Gerais (1804), In: COSTA, Iraci del Nero da. Brasil: história econômica e demográfica, São Paulo: IPE/USP, 1986. p. 157-172 (Relatório de Pesquisa, 27).

MARTINS, Roberto Borges. A economia escravista de Minas Gerais no XIX. Belo Horizonte: CEDEPLAR/UFMG, 1982.

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______. Minas e o tráfico de escravos no século XIX, outra vez. In: SZMRECÀNYI, Tamás e LAPA, José Roberto do Amaral. (Orgs.). História econômica da Independência e do Império. São Paulo: HUCITEC, 1996. p. 99-130.

PAIVA, Clotilde Andrade. População e Economia nas Minas Gerais do Século XIX. Tese (Doutoramento em História) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1996.

SLENES, Robert W. Comments on “Slavery in a nonexport economy”. The Hispanic American Historical Review, 63 (3): 569-581, 1983.

______. Os múltiplos de porcos e diamantes – centro dinâmico e mercado interno em Minas oitocentista. Cadernos IFCH. Unicamp. Junho/1985.

2.

ABREU, Martha. Meninas perdidas. In: PRIORE, Mary Del. (Org.) História das Crianças no Brasil. São Paulo: Contexto, 2002. p. 289-316.

AZEVEDO, Célia Maria Marinho de. Abolicionismo: Estados Unidos e Brasil, uma história comparada (século XIX). São Paulo: Annablume, 2003. Cap. 1 e 4. CASSOLI, Marileide Lázara. A construção da liberdade: vivências da escravidão e do pós-abolição. Jundiaí, SP: Paco, 2017.

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CHALHOUB, Sidney. Visões da Liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na Corte. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

______. A força da escravidão: ilegalidade e costume no Brasil oitocentista. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

COOPER, Frederik. Condições análogas à escravidão: imperialismo e mão de obra livre na África. In: COOPER, Frederik; HOLT, Thomas Cleveland; SCOTT, Rebecca Jarvis. Além da escravidão: investigações sobre raça, trabalho e cidadania em sociedades pós-emancipação. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005. p. 201-270.

CORD, Marcelo; ARAÚJO, Carlos Eduardo M. de; GOMES, Flávio dos Santos. (Orgs.). Rascunhos cativos: educação, escolas e ensino no Brasil escravista. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2017.

FONSECA, Marcus Vinícius; BARROS, Surya Aaronovich Pombo de. (Orgs.). A história da educação dos negros no Brasil. Niterói: EdUFF, 2016.

FRAGA FILHO, Walter. Encruzilhadas da Liberdade: histórias de escravos e libertos na Bahia (1870-1910). Campinas/SP: Editora da Unicamp, 2006. p. 31-61/245-282.

FUENTE, Alejandro de la. Myths of racial democracy: Cuba, 1900-1912. Latin American Research Rewiew, Vol. 34, number 3, 1999. p. 39-73.

______. Slave and the creation of legal rights in Cuba: coartacíon e papel. Hispanic American Historical Rewiew, 87:4, 2007. p. 659-692.

FRENCH, John. As falsas dicotomias entre escravidão e liberdade: continuidades e rupturas na formação política e social do Brasil moderno. In: LIBBY, Douglas Cole; FURTADO, Júnia Ferreira (Org.) Trabalho livre, trabalho escravo: Brasil e Europa, séculos XVIII e XIX. São Paulo: Annablume. 2006. p. 75-96.

GEBARA, Ademir. O mercado de trabalho livre no Brasil. São Paulo: Editora Brasiliense, 1986. p. 77-120/161-200.

GRAHAM, Sandra Lauderdale. Proteção e obediência: criadas e seus patrões no Rio de Janeiro, 1860-1910. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

______. Caetana diz não: histórias de mulheres da sociedade escravista brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

______. Uma certa liberdade. In: XAVIER, Giovana; FARIAS, Juliana B.; GOMES, Flávio. (Orgs.). Mulheres negras no Brasil escravista e no pós-emancipação. São Paulo: Selo Negro, 2012. p. 214-227.

GUIMARÃES, Elione Silva. Múltiplos viveres de afrodescendentes na escravidão e no pós-emancipação: família, trabalho, terra e conflito (Juiz de Fora – MG, 1888-1928). São Paulo: Annablume; Juiz de Fora: Funalfa Edições, 2006. p. 199-232.

LANNA, Ana Lúcia Duarte. A transformação do trabalho: a passagem para o trabalho livre na Zona da Mata mineira, 1879-1920. Campinas, São Paulo: Editora da Unicamp, Brasília: CNPq, 1988.

LAMOUNIER, Maria Lúcia. Da escravidão ao trabalho livre: a lei de locação de serviços de 1879. São Paulo: Papirus, 1988.

MACHADO, Maria Helena. Entre dois Beneditos: histórias de ama de leite no ocaso da escravidão. In: XAVIER, Giovana; FARIAS, Juliana B.; GOMES, Flávio. (Orgs.). Mulheres negras no Brasil escravista e do pós-emancipação. São Paulo: Selo Negro, 2012. p. 199-213.

______. Corpo, gênero e identidade no limiar da abolição: a história de Benedicta Maria Albina da Ilha ou Ovídia, escrava (Sudeste, 1880). Afro-Ásia, 42, 2010, p. 157-193.

MAIO, Marcos Chor; SANTOS, Ricardo Ventura Santos. (Orgs.). Raça como questão: História, Ciência e Identidades no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2010.

MAHONY, Mary Ann. Instrumentos necessários: escravidão e posse de escravos no sul da Bahia no século XIX, 1822-1889. In: Afro-Ásia, 25-26, 2011, p. 95-139.

MATTOS, Hebe Maria. Escravidão e Cidadanias no Brasil Monárquico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.

NOGUEIRA, Vera Lúcia. (Org.). População negra, escravismo e educação no Brasil: séculos XIX e XX. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2015.

SCHWARCZ, Lilian Moritz. O Espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil, 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

______. Retrato em branco e negro: jornais, escravos e cidadãos em São Paulo no final do século XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. RIOS, Ana Lugão; Mattos, Hebe. Memórias do cativeiro: família, trabalho e cidadania no pós-abolição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005. Parte II.

SCOTT, Rebecca J. Emancipação escrava em Cuba: a transição para o trabalho livre, 1860-1899. Rio de Janeiro: Paz e Terra & Campinas: Unicamp,1991. Introdução e parte 1.

______. Fronteiras móveis, linhas de cor e divisões partidárias. Raça, trabalho e ação coletiva em Louisiana e Cuba, 1862-1912. In: COOPER, Frederik; HOLT, Thomas Cleveland; SCOTT, Rebecca Jarvis. Além da escravidão: investigações sobre raça, trabalho e cidadania em sociedades pós-emancipação. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005. 131-200.

______ & HÉBRARD, Jean M. Provas de Liberdade: uma odisseia atlântica na era da emancipação. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2014.

SOUZA, Sonia Maria de. Terra, família, solidariedade: estratégias de sobrevivência camponesa no período de transição – Juiz de Fora (1870-1920). Bauru/SP: Edusc, 2007. Cap. 2,

08h00 MC 17 - Análise de experiências escolares na construção de convivências democráticas a partir da perspectiva de gênero: estudo de caso em escolas públicas de MG Minicurso
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertantes:
Ana Carolina de Almeida Bergamaschi
http://lattes.cnpq.br/5822601543223230
Talita Barcelos Silva Lacerda
http://lattes.cnpq.br/3406154060902031

Ementa:
O objetivo da oficina é promover o debate sobre as possibilidades de construções e reflexões em relação às ações de igualdade de gênero nas escolas públicas, tendo por base a experiência de duas instituições públicas de ensino básico de Minas Gerais: uma escola Municipal de ensino fundamental e uma instituição Federal de ensino médio. Considerando que o espaço escolar é um ambiente de promoção da cidadania para construção de um ambiente democrático e inclusivo, a intenção é pensar sobre as ferramentas construídas no ambiente escolar que favorecem o convívio com as diferenças longe da violência e das opressões relacionadas aos estereótipos de gênero. Tendo em vista, as construções de gênero na sociedade brasileira e como isso afeta a vida d@s crianças e adolescentes.

8h/aula

Cronograma:
Aspectos teóricos, institucionais e legais do debate de gênero na educação do Brasil em Minas Gerais e Belo Horizonte - 4 horas
Análise das experiências de combate a violência e opressões de gênero nas escolas pesquisadas e reflexões sobre as possibilidades do âmbito educacional - 4 horas

Referências Bibliográficas: *
HEILBORN, Maria Luíza. Fazendo gênero? A antropologia da mulher no Brasil. In: COSTA, Albertina de Oliveira &amp; BRUSCHINI, Cristina (orgs.). Uma questão de gênero. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos; São Paulo: Fundação Carlos Chagas. 1992)
HEILBORN, Maria Luíza. Gênero e condição feminina: uma abordagem antropológica. IBAM/UNICEF, Mulheres e políticas públicas. IBAM/UNICEF. 1991 HEILBORN, Maria Luíza. Gênero: um olhar estruturalista. In Masculino, feminino, plural: gênero na interdisciplinaridade. Organizado por Joana Maria Pedro e Miriam Pillar Grossi. Florianópolis: Ed. Mulheres, 1998.
HIRATA, Helena &amp; KIERGOAT, Daniele. A classe operária tem dois sexos. Estudos Feministas. Ano 2. 1º semestre de 1994. 93-100.
KUDE, Vera Maria Moreira. Papéis de gênero como fatores determinantes do desenvolvimento da personalidade. Psico. Porto Alegre. V. 25 n. 1 p.31 47. Jan-jun.1994.
LOURO, Guacira Lopes (org.). O Corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2000
SAMARA, Eni de Mesquita; SOIHET, Rachel; MATOS, Maria Izilda S. Gênero em Debate. Trajetórias e Perspectivas na Historiografia Contemporânea. São Paulo: EDUC, 1997.
SAMARA, Eni de Mesquita; SOIHET, Rachel; MATOS, Maria Izilda S. Gênero em Debate. Trajetórias e Perspectivas na Historiografia Contemporânea. São Paulo: EDUC, 1997.
SCOTT, Joan. A cidadã Paradoxal. As feministas francesas e os direitos do homem. Trad. Élvio Antônio Funck; apresentação de Miriam Pillar Grossi. Florianópolis: Ed. das Mulheres, 2002
SCOTT, Joan. Gênero: Uma Categoria Útil para Análise Histórica. Educação e Realidade, Vol 16, nº 2, pp5-22, julho-dezembro 1990.
SOIHET, Rachel. Enfoques Feministas e a História: Desafios e perspectivas de gênero em debate: trajetória e perspectivas da historiografia contemporânea. SP: Educ, 1997.
AZEVEDO, Maria Amélia. Mulheres Espancadas: A violência denunciada. São Paulo: Cortes Editora, 1985
OCKRENT, C e TREINER, S. O livro negro da condição das mulheres. Rio de Janeiro: Difel, 2011
PINTO, Céli Regina Jardim. Uma história do feminismo no Brasil. São Paulo. Ed Fund. Perseu Abramo, 2003.

09h00 MC 06 - Histórias em Quadrinhos e História: teoria, metodologias e leitura documental Minicurso
MC 06 - Histórias em Quadrinhos e História: teoria, metodologias e leitura documental
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertante:
Márcio dos Santos Rodrigues
http://lattes.cnpq.br/5967484351850407

Ementa:
O minicurso apresenta e examina, por meio de bibliografia específica, as metodologias e teorias referentes à análise de Histórias em quadrinhos (também conhecidas pela sigla HQ) no campo da pesquisa histórica. Propomos discussões que estabeleçam interseção entre o campo de estudos dos quadrinhos e suas correlações e seus usos no campo da história social e cultural. Haverá assim espaço para revisão bibliográfica acerca dos estudos sobre quadrinhos já realizados, indicando obras teóricas nacionais e estrangeiras que versam sobre a utilização dessa modalidade artística/forma de expressão como objeto do conhecimento histórico. Discute-se ainda sensos comuns ou usos e abusos da História, como a persistente "idolatria das origens" ou a mania bastante enraizada no âmbito das pesquisas brasileiras e internacionais de apontar a relevância de determinada obra ou de um autor ou mesmo de um empreendimento de pesquisas sobre quadrinhos pelo argumento da suposta primazia ou pioneirismo. Partindo do pressuposto de que não existe uma metodologia única para a análise de HQs, apresentamos um repertório de opções possíveis para estudá-las. Refletimos ainda sobre os diferentes usos históricos, aspectos transnacionais e peculiaridades construtivas e de recepção dos quadrinhos.

8h/aula

Cronograma:

1º dia: - Abordagem dos elementos constitutivos das HQ - Histórias em Quadrinhos como fonte para a História: pressupostos teórico-metodológicos para análise histórica

2º dia: Crítica ao “ídolo das origens” na pesquisa de quadrinhos e ao culto aos pioneiros/pioneirismos. Leitura documental e análise de fontes.

Referências Bibliográficas:

BRIENZA, Casey. Manga in America: transnational book publishing and the domestication of Japanese comics. London: Bloomsbury, 2016.

DANNER, Alexander; MAZUR, Dan. Quadrinhos: História moderna de uma arte global – De 1968 até os dias de hoje. São Paulo: Martins Fontes, 2014.

CAMPOS, Rogério de. Imageria: o nascimento das histórias em quadrinhos. São Paulo: Veneta, 2015.

GABILLIET, Jean-Paul. Des Comics et des hommes: histoire culturelle des comic books aux Etats-Unis, Nantes, Editions du Temps, 2005.

GOMES, Ivan. Os novos homens do amanhã: o mundo dos quadrinhos na América Latina (Brasil e Chile, anos 1960-1970). Curitiba: Prismas, 2018.

GROENSTEEN, Thierry. História em Quadrinhos: essa desconhecida arte popular. Col. Quiosque 1. João Pessoa: Marca de Fantasia, 2004.

____________________. Systéme de la bande dessinée. Paris: Presses Universitaries de Frances, 2006.

HEIMERMANN, ‎Mark; Tullis, BRITTANY. Picturing Childhood: Youth in Transnational Comics (World Comics and Graphic Nonfiction). Austin: University of Texas Press, 2017.

KELLNER, Douglas. A Cultura da Mídia. Estudos Culturais: identidade e política entre o moderno e o pós-moderno. Bauru: EDUSC, 2001.

STEIN, Daniel; DENSON, Shane; MEYER, Christina (org.). Transnational perspectives on graphic narratives. Comics at the crossroads. London/New York: Bloomsbury, 2013.

09h00 MC 10 - O fascismo em perspectiva histórica: interpretações e atualidade Minicurso
MC 10 - O fascismo em perspectiva histórica: interpretações e atualidade
Local: FAFICH/UFMG (sala a definir)

Ofertante:
Emmanuel Dos Santos
http://lattes.cnpq.br/6664341070128183

Ementa:
Os debates sobre o fascismo têm se tornado relevantes na atualidade, uma vez que, em vários países, se fortalece uma crítica aos valores pluriculturais e democráticos. Ademais, as recentes eleições de políticos identificados com valores conservadores e críticos a aspectos da democracia liberal fez emergir medos, discursos e simbolismos ligados ao fascismo.

O minicurso visa oferecer uma introdução ao fenômeno do fascismo, estudando seu desenvolvimento histórico e suas principais teorias críticas. O foco será apresentar as elaborações de autores de distintas tradições intelectuais sobre o tema, discutindo as interpretações que consideram o fascismo um processo histórico datado, as teses que percebem o fenômeno não restrito a determinadas realidades nacionais, o conceito de totalitarismo e a concepção marxista. A abordagem, também, buscará analisar o neofascismo na atualidade, visando discutir sua natureza, características e pensar em que medida pode ser associado ao fascismo clássico.

6h/aula

Cronograma:

O Minicurso será composto por três aulas de duas horas de acordo com o cronograma:

Dia 1 (4 horas): introdução, apresentação e discussão das principais intepretações sobre o fascismo clássico. O primeiro dia será dividido em duas partes: - Parte 1: as primeiras interpretações sobre o fascismo e as perspectivas culturalistas. - Parte 2: O conceito de totalitarismo e a concepção marxista.

Dia 2 (2 horas): Análise das similitudes e diferenças entre o fascismo clássico e o neofascismo, tendo como base o estudo de caso de grupos neofascistas norte-americanos de finais do século XX.

Referências Bibliográficas: *

ARENDT, Hannah. Origens do totalitarismo: antissemitismo, imperialismo e totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

ARON, Raymond. Democracia e totalitarismo. Lisboa: Presença, 1966. GRAMSCI, Antonio. Escritos políticos, vol. 2, 1921-1926. São Paulo: Civilização Brasileira, 2004. 2v.

ELIAS, Norbert. Os alemães. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.

KERSHAW, Ian. Hitler – um perfil do poder. São Paulo: Zahar, 1993.

MARIÁTEGUI, José Carlos. As origens do fascismo. São Paulo: Alameda, 2010.

PAXTON, Robert. A anatomia do fascismo. São Paulo: Paz e Terra, 2007.

POGGI, Tatiana. Faces do extremo: o neofascismo nos Eua 1970-2010. São Paulo: Prismas, 2016.

SASSOON, Donald. Mussolini e a ascensão do fascismo. São Paulo: Agir, 2009.

SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. Os fascismos. In: REIS FILHO, Daniel Aarão et. alli (org). O Século XX, vol. 2. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.

TOGLIATTI, Palmiro. Lições sobre o fascismo: história e política. São Paulo: Ciências Humanas, 1978.

TROTSKY, Leon. Revolução e contra-revolução na Alemanha. Lisboa: CLB, 1968.

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Local

Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas - UFMG, 31270-901, Avenida Presidente Antônio Carlos, 6627 , Pampulha , Belo Horizonte, Minas Gerais
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VIII Encontro de Pesquisa em História