X Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia

X Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia

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De 27 a 30 de novembro Todos os dias das 08h00 às 21h00

Sobre o Evento

O Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia da Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP é uma iniciativa dos discentes com o objetivo de promover o encontro de pesquisadores e estudantes em um ambiente propício para a discussão e a divulgação de pesquisas acadêmicas relacionadas à área de Filosofia, possibilitando assim uma maior interação entre instituições de ensino e estudantes da área. Ao longo de nove edições do evento contamos com a participação dos professores pertencentes ao corpo docente da UFOP, professores de outras instituições além de estudantes de graduação e pós-graduação de instituições como UFMG, USP, UFRJ, UFF, UNB, UFPR, PUC-SP, UFU, UFSC, UNICAMP entre outras em atividades como comunicação de pesquisas, palestras, conferências, minicursos e debates.

Programação

08h00 Credenciamento Credenciamento
Local: Recepção IFAC
13h00 Abertura do Evento Abertura
Abertura do Evento
Local: Sala 12

Abertura do Evento com fala de Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo e Souza.

13h30 Comunicação - Mesa 1 Apresentação de Trabalhos
Local: Sala 12

Felipe Leal Almeida Resende (UFRJ) - Filosofia enquanto mobilização e crença: Halloween e o retorno do Caos

Maria Júlia Parente Félix (UFOP) - Aproximações entre Nietzsche e Weber: A produção acadêmica brasileira

Matheus Almeida Souza (UnB) - Autodisciplina como lei determinada pela razão à si mesma

Paula Cristina Bicalho e Alex Fabiano Correia Jardim (Unimontes) - Espinosa, a política e a teoria dos afetos

Samanta Dias do Carmo (UnB) - O "não-lugar" em a Cidade das Damas, de Christie de Pizan

15h30 Comunicação - Mesa 2 Apresentação de Trabalhos
Local: Sala 12

Allysson Flores (UnB) - O debate acerca das vanguardas: panorama e imersão à luz das discussões entre Bloch e Lukács

Edson Siquara de Souza (UFOP) - Fichte e Schiller, um encontro com a liberdade

Larissa Gabriele Soares Silva (UFSCar) - O problema da amplitude do entendimento em Kant: qual a extensão das faculdades do entendimento e sensibilidade?

Murilo Pereira dos Santos Neto (UnB) - A crítica do Idealismo Dialético ao Idealismo Transcendental: A apreensão crítica do conceito de experiência de Kant

Ricardo Nachmanowicz (UFOP) - O ponto de partida da fenomenologia

Tayná Santiago (UFMG) - Breves considerações sobre o nada e a angústia a partir de Sartre e Heidegger

19h00 Artes fronteiriças - Um diálogo com Donna Haraway e Gloria Anzaldúa - Debora Pazetto (CEFET/MG) e Arte/Artefato: uma análise desses limites - Rachel Cecília de Oliveira (UEMG) Palestra
Artes fronteiriças - Um diálogo com Donna Haraway e Gloria Anzaldúa - Debora Pazetto (CEFET/MG) e Arte/Artefato: uma análise desses limites - Rachel Cecília de Oliveira (UEMG)
Local: Sala 12

PALESTRA DUPLA

Artes fronteiriças - Um diálogo com Donna Haraway e Gloria Anzaldúa

Debora Pazetto (CEFET/MG)

Donna Haraway e Gloria Anzaldúa argumentam, no contexto da filosofia feminista, em favor da necessidade de reconhecer e ultrapassar as fronteiras binárias que organizam afetivo, material e simbolicamente os vários sistemas de opressão sociopolítica a que nossos corpos são submetidos. As artes – na medida em que criam novos afetos, pensamentos, narrativas, significados, modos de existência e coexistência – são apontadas por ambas as autoras como modos de cruzar, contornar ou transformar essas fronteiras.

Haraway constata, em meados da década de oitenta, a consolidação de uma nova ordem mundial tecnológica: a “informática da dominação”, na qual a humanidade é reduzida a um sistema funcional cujos modos de operação básicos são estatísticos e probabilísticos. Essa nova ordem sustenta seus nexos de dominação em velhas categorias binárias: homem-mulher, branco-negro/indígena, rico-pobre, desenvolvido-subdesenvolvido. Para resistir à informática da dominação, Haraway aposta na produção de gestos artísticos, afetos, pensamentos – sobre o corpo e no corpo – capazes de embaralhar essas fronteiras impostas como naturais.

Na mesma época, a escritora chicana Gloria Anzaldúa teoriza sobre a necessidade de formar uma “consciência mestiça” ou “consciência de fronteira”. A ideia de fronteira aparece de vários modos ao longo de seus textos, ora como fronteira geopolítica, ora como fronteira cultural, linguística ou metafórica. A autora critica as fronteiras rígidas criadas pelo pensamento binário ocidental, que dividem os corpos em colonizadores e colonizados, seja em termos de países e regiões, seja em termos de gênero, raça, classe, orientação sexual, religião, território, escolaridade, etc. Cruzar essas fronteiras, embora seja um ato perigoso, é um movimento artístico-político que evita o aprisionamento em categorias colonizadoras.

Arte/Artefato: uma análise desses limites

Rachel Costa (UEMG)

Arthur Danto utiliza o conceito de realidade, na maioria das vezes, em contraposição ao conceito de obra de arte. Logo, a arte é o espaço do não-real, daquilo que se encontra no fora da experiência comum. Essa contraposição fundamenta a concordância do filósofo com o trecho do Sofista de Platão, no qual a arte é compreendida como “sonhos produzidos por homens para aqueles que estão acordados” (266C). A retirada da arte da realidade serve, na filosofia dantiana, para estabelecer a distinção metafísica entre obras de arte e meras coisas do mundo, visto que o problema que organiza sua filosofia é o da indiscernibilidade visual entre arte e artefato no século XX. Tendo em vista que essa distinção é fundamental para a invenção da arte no século XVIII – como afirma Larry Shiner em livro homônimo –, a ontologia dantiana pode ser compreendida como um artifício contemporâneo para a manutenção das distinções oitocentistas entre arte, artefato e artesanato. Portanto, o objetivo da presente comunicação é analisar a ontologia dantiana para mostrar a impossibilidade de manutenção dessa distinção em um momento onde as artes e os mundos são plurais.

09h00 As Aias, as Servas, as Bruxas: a subversão política das mulheres Palestra
As Aias, as Servas, as Bruxas: a subversão política das mulheres
Local: Sala 12

Janyne Sattler (UFSC)

As mulheres são politicamente subversivas. Rousseau já o sabia. Os contratualistas todos o sabiam. Os senhores das terras feudais o sabiam. Assim como depois todos os capitalistas monopolistas e colonizadores. É exatamente por isso que as distopias feministas não inventam nada. Trata-se apenas de uma reação. Just a backlash: torná-las servas dos seus senhores, submetê-las às palavras religiosas e aos ordenamentos corporificados, queimá-las nas fogueiras, ou torná-las esposas obedientes. Mas jamais, jamais, permitir-lhes o espaço e o vislumbre da liberdade. Sequer, portanto, o uso do seu conceito.

13h00 Comunicação - Mesa 3 Apresentação de Trabalhos
Local: Sala 12

Bianca Kelly de Souza (Unimontes) - Quem deve viver e quem deve morrer? A entrada da vida no campo político segundo Michel Foucault

Bruno Fernandes (UFSCar) - Emancipação política e emancipação humana: os caminhos para a revolução no jovem Marx

Edemar José Baranek (UFFS) - “Agro é tech, agro é pop”: o agronegócio e a caixa preta de Vilém Flusser

Natália Pereira Ribeiro da Silva (UFSCar) - Nova abordagem do conceito de hegemonia visando um modelo agonístico de democracia radical

Milton Oliveira Duarte Junior (Pitágoras) - Le Droit à la Ville - O direito à cidade na visão de Henrique Lefebvre

Rodrigo do Prado Zago (UFU) - A relação do governante com a "arte da guerra" em Maquiavel

15h30 Comunicação - Mesa 4 Apresentação de Trabalhos
Local: Sala 12

Ana Cláudia Teodoro (UFMG) - A interpretação de Popkin sobre a filosofia cartesiana: standart ou frequentemente abalada?

Gesielly Henrique de Souza (UFG) - Gênero e a melâncolia: Uma leitura possível de Judith Butler

Lisandra Cristina de Moura Menezes (UFG) - A igualdade é uma definição do observador para os observados?

Nathália Nascimento Barroso (UFOP) - Interseccionalidade: a colisão das estruturas do racismo, do capitalismo e do patriarcado

Patrícia de Oliveira Bastos e Rodrigo Fampa Negreiros Lima (PUC-Rio) - Arendt e Atwood: Cristalização em Gilead

19h00 Ensino e Florescimento Humano - Desidério Murcho (UFOP) Palestra
Ensino e Florescimento Humano - Desidério Murcho (UFOP)
Local: Sala 12

Desidério Murcho (UFOP)

É razoável pensar que o ensino tem uma saudável multiplicidade de finalidades — para ser menos enganador, dever-se-ia até falar de ensinos». Apesar de toda esta diversidade é razoável considerar que há uma finalidade principal e orientadora de todo o ensino: o florescimento humano. Mas de quem? De quem aprende. Nesta comunicação, além de se explicar o que significaria orientar o ensino pelo florescimento dos estudantes, esclarece-se também alguns dos obstáculos e ilusões que tornam difícil alcançar esse desiderato.

09h00 Comunicação - Mesa 5 Apresentação de Trabalhos
Local: Sala 12

Diego Batista Lucas (UFG) - Zaratustra como professor

Julie Christie Damasceno Leal (UFPa) - Tornar-se o que se é: interseções entre Nietzsche e Clarice Lispector

Mauro Lopes Leal (UFPa) - O olhar ressentido do último homem em Nietzsche e Graciliano Ramos

Rafael Azzi (UFOP) - A filosofia da linguagem em Walter Benjamin

Rafael Gironi Dias (UFSCar) - A noção de acontecimento nas Aulas sobre a vontade de saber de Michel Foucault

Yasmin André da Silva Melo (UFG) - Inclusão no ensino de filosofia?

13h00 Visita Guiada Intervalo
Visita Guiada
Local: Ruas de Ouro Preto

Passeio com guia por pontos turísiticos do Centro Histórico de Ouro Preto.

Roteiro filosófico: 'Simone Beauvoir em Ouro Preto'

15h30 Comunicação - Mesa 6 Apresentação de Trabalhos
Local: Sala 12

Andressa Hygino Rodrigues da Silva (PUC-Rio) - A espectatorialidade cinematográfica como problema filosófico

Guilherme Guimarães Sebastião (UFABC) - Anne Cauquelin e a paisagem como forma simbólica

Guilherme Norton Andrade Silva (UFMG) - Deleuze e a teoria da imagem

Thiago Souza Pimentel (UBA/UEMG) - Darboven-Deleuze: unidade sem totalidade

Lutti Mira Salineiro (USP) - Autonomia da arte e mimesis na Teoria estética de Theodor W. Adorno

19h00 E o verbo se fez carne: A eloquência do corpo no Elogio a Helena de Górgias e em cenas da mitologia grega - Maria Cecília de Miranda Nogueira Coelho (UFMG) e Tales entre o céu e o poço: o filósofo e o comediante - Jacyntho Lins Brandão (UFMG) Palestra
 E o verbo se fez carne: A eloquência do corpo no Elogio a Helena de Górgias e em cenas da mitologia grega - Maria Cecília de Miranda Nogueira Coelho (UFMG) e Tales entre o céu e o poço: o filósofo e o comediante - Jacyntho Lins Brandão (UFMG)
Local: Sala 12

PALESTRA DUPLA

E o verbo se fez carne: A eloquência do corpo no Elogio a Helena de Górgias e em cenas da mitologia grega

Maria Cecília de Miranda Nogueira Coelho (UFMG)

O objetivo nesta palestra é o de analisar as estratégias retóricas ligadas ao impacto da visão do corpo (feminino) ou de parte dele na produção de persuasão, a partir de uma análise do Elogio a Helena, de Górgias, e de cenas da mitologia grega relativas a episódios em que Clitemnestra, Polixena e Helena desnudam parte de seu corpo frente a seus oponentes.

Tales entre o céu e o poço: o filósofo e o comediante

Jacyntho Lins Brandão (UFMG)

A aplicação a Tales da anedota do astrônomo que cai no poço – feita por Platão no Teeteto (174 a) – pode ser tomada como uma espécie de primeira configuração do que vem a ser o filósofo, devendo-se sublinhar como ela se delineia de um ponto de vista externo, o da serva trácia, “arguta e gracejadora (emmelès kaì kharíesa)”, que zomba do filósofo por “cuidar de saber o que há no céu, esquecendo o que estava diante de si, a seus pés”. Considerando essa articulação inaugural, minha intenção é explorar as relações entre riso e filosofia na Antiguidade grega, do ponto de vista de quanto a constituição da imagem do filósofo deve ao olhar do comediante e de seu público.

09h00 Intellectuals and leaders in the late classical period: Aspects of the Academy’s relationship to the Macedonian kings- Elias Koulakiotis (University of Ioannina/Greece) Palestra
Intellectuals and leaders in the late classical period: Aspects of the Academy’s relationship to the Macedonian kings- Elias Koulakiotis (University of Ioannina/Greece)
Local: Sala 12

Elias Koulakiotis (University of Ioannina/Greece)

The present study examines aspects of both the historical and the invented relationship between Plato and his first pupils (Speusippos, Xenocrates, Delios, as well as political men in the wider circle of the Academy, such as Phocion) and the kings of Macedonia, in particular Archelaos, Philip II and Alexander III. The relationship between the Academy and the monarchs, as this is represented in the historical-biographical and the philosophical tradition, bears witness to an influence of philosophers on the political thinking and action of these monarchs (see problems related to the succession of the throne and the motives of the Persian campaign, as well as views on administration and political anthropology). In this way they reflect the image that the Academy’s members wished to project both of themselves and of their rivals, and consequently are important testimony for the history of the Academy and its impact in later times.

13h00 Comunicação - Mesa 7 Apresentação de Trabalhos
Local: Sala 12

Anita Rivera Guerra (UFRJ) - “La poesía no soy yo quien la escribe”: a despossessão do corpo e da narrativa em Alejandra Pizarnik e Georges Bataille

César Miguel Salinas Ramos (UFOP) - Bolívar Echeverría: Ethos barroco, valor de uso y utopía

Ernesto Silva Ferro Junior (Unesp) - Público e privado: implicações na autonomia do sujeito

Gabriel Vilarinho João do Prado (UFRJ) - Eu é um outro e a vida outra: aproximações entre Rimbaud e Foucault

Jonathan Alvarenga (UFLA) - A questão da alma e o que decorre do experimento mental do homem voador no "Kitab al-nafs" de Avicena

Tayara Sousa (UnB) - O pioneirismo de Hilgerdarda de Binguen: um estudo introdutorio

15h30 Comunicação - Mesa 8 Apresentação de Trabalhos
Local: Sala 12

Heliakim Marques Trevisan (UFSCar) - O Riso, um aspecto social da inteligência em Bergson

Isabella Martins Passos (FAJE) - A metaética subjacente ao Utilitarismo de Stuart Mill

Larissa Lino Souza (UFOP) - As conotações do discurso de ódio sob a perspectiva de Jeremy Waldron

Raquel Wachtler Pandolpho (UFOP) - Intuição e Liberdade de Spinoza à Bergson: Entre a Eternidade e a Duração

Tiago Lucas João Elis de Andrade Bompan (UFOP) - O Argumento de Peter Singer a favor da obrigatoriedade moral da ajuda e a imparcialidade

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Local

Instituto de Filosofia, Artes e Cultura da UFOP - 35400-000, Rua Coronel Alves, 55, Centro, Ouro Preto, Minas Gerais,
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Apoio

Organizador

Organização X ENPF

A comissão organizadora do X Encontro Nacional de Pesquisa em Filosofia é composta por discentes do curso de Filosofia da Universidade Federal de Ouro Preto.