Uma educação através da estética, do afeto e da política é uma abordagem pedagógica que integra três dimensões fundamentais da experiência humana, promovendo um desenvolvimento integral dos indivíduos. A educação estética foca no desenvolvimento da sensibilidade para o belo, seja nas artes, na natureza ou nas relações humanas. Ela visa cultivar a capacidade de perceber, apreciar e criar formas de beleza. Como mecanismo de interação, o conjunto de signos (incluindo a língua e outras manifestações) como a pintura, a música e a dança são feitos estéticos que denotam a intenção de representar, comunicar, recriar, perpetuar ou extinguir uma cultura e um modo de existência.
O desejo de revisão e, sobretudo, reescrita das narrativas a respeito da identidade mediante o protesto vital que clama o (re)conhecimento da pluralidade dos signos culturais por meio de uma reflexão filosófica, requer a leitura pelas lentes da diferença, que deve passar, antes de tudo, pela mea culpa de desprezar experiências de deslocamento, tais como diáspora, migração, imigração e realocação dos indivíduos excluídos e marginalizados pelo discurso moderno do corporar "sem fronteiras".
Deste modo, a XII SEFIL da UESB/VCA traz como tema geral para a discussão acadêmica e social o questionamento sobre a colonialidade do poder, do saber e do ser, a ética e a estética das artes híbridas quando em mídias digitais, e como pedagogicamente o discurso que emerge nesse espaço, por meio das várias linguagens, pode ser potencialmente positivo e concomitantemente produzir como efeito colateral a conservação de injustiças.
Com este tema, apresentamos uma oportunidade ímpar para a comunidade acadêmica, educadores e discentes de diversas áreas se engajarem na revisão destas narrativas, trazendo para a discussão também os pensadores latinos.