XII PET SENSIBILIZA - Cultura patriarcal, formação superior e violência: sexismo, misoginia e LGBTQIA+fobia

O PET Sensibiliza é uma atividade de extensão, por meio da realização de espaços de diálogo junto a comunidade em geral sobre temas presentes nas dinâmicas das relações em sociedade, como saúde, direitos e violências. Nessa edição ocorrerá uma mesa-redonda de debate sobre Cultura patriarcal, formação superior e violência: sexismo, misoginia e LGBTQIAfobia, com a presença de mulheres estudiosas no tema e com vivências. Com base nisso, o tema apresenta a construção sócio-histórico-cultural de violências e violação dos direitos de populações, principalmente de mulheres e a comunidade LGBTQIA+, a partir da normatização da estrutura social hetero, branca, cristã e cisgênero, os papéis sociais de gênero estabeleceram-se como uma hierarquia de poder, na qual o homem torna-se detentor dos privilégios. Nesse sentido, a universidade é um dos contextos onde a mulher e a população LGBTQIA+ encontra entraves para exercer seus direitos, tendo em vista o histórico de invisibilização desses sujeitos, a contemporaneidade mostra a presença da violação dessas conquistas em discursos e atitudes que objetificam, abusam e violentam.

Justificativa

A atividade se justifica na intenção de tornar-se um espaço de ampliação do conhecimento e da luta contra práticas pautadas em estereótipos de gênero, a partir do contato com temáticas fundamentais para formação de sujeitos e futuros profissionais.

O tema dessa edição justifica-se em função da forte presença de tal problemática na sociedade, que influi no cotidiano das mulheres e pessoas LGBTIQA+. O patriarcalismo refere-se a soberania dos homens cisgênero e heterossexuais na estrutura social, por meio da detenção dos privilégios e autoridade, enquanto demais corpos que não se encaixam nesse padrão tornam-se subordinados ao poder (COLLING, 2020). Isso, historicamente caracteriza as relações não somente no contexto familiar, mas em diversos contextos, incluindo-se a universidade. Nesse sentido, a opressão é exercida a partir de comportamentos ensinados desde a infância, com a construção de estereótipos de gênero que docilizam a mulher e incentivam o exercício da autoridade pelo homem, conforme Cruz, Nascimento e Santana (2018), o reconhecimento do processo de dominação e perpetuação da violência são fundamentais para o questionamento da subordinação. Concomitantemente, o desenvolvimento das relações nesse molde reflete em violências física, psicológica, simbólica, sexual e patrimonial, que invadem o corpo da mulher e violam seus direitos.

Paralelamente a isso, por meio das lutas dos movimentos sociais, principalmente o feminista, as leis e costumes alteraram-se para permitir a visibilização das demandas das mulheres, o empoderamento e o exercício de direitos que, anteriormente, pertenciam somente aos homens.

Sendo assim, a possibilidade de estudar em uma universidade foi um desses direitos conquistados, entretanto, ainda se trata de um espaço que apresenta discursos e atitudes misóginas e sexistas. Dessa forma, torna-se fundamental ampliar informações e orientações sobre como intervir diante dessas situações, assim como ressignificar as relações de gênero na sociedade.

Objetivos

Proporcionar espaço de diálogo sobre temas que contemplem pessoas e populações em suas vulnerabilidades e singularidades, a fim de visibilizar suas necessidades para profissionais em formação e a comunidade em geral.

Discutir os as aspectos sócio-histórico-culturais de manutenção das relações de poder que perpetuam a violência contra as mulheres e a população LGBTQIA+ em suas diversas formas, assim como sensibilizar para o enfrentamento aos comportamentos misóginos e sexistas presentes no contexto universitário.

A Mesa

- BÁRBARA POTIGUAR FRAHIA (debatedora) - Fala: LGBTQIA+fobia no ensino superior e seu impacto sobre o processo ensino-aprendizagem. CV autoinformado: Médica pela UFPA, Especialista em Saúde da Família pela UFPA/UNA-SUS, TCC da graduação em Saúde LGBT+.

- DÉBORA SOUSA PEREIRA (debatedora) - Fala: Machismo na universidade. CV autoinformado: Graduanda em Nutrição e integrante do Coletivo Juntas!

- MARIA DE NAZARÉ ALES DE LIMA (debatedora) - Fala: Violência política e institucional de gênero – Enfrentamento e proteção. CV autoinformado: Enfermeira, advogada, especialista em saúde coletiva e Direito do Trabalho, Mestra em Doenças Tropicais, Professora da graduação e pós-graduação da Faculdade de Enfermagem da UFPA, parecerista do Comitê de Ética em Pesquisa da UFPA e vereadora de Belém.

- TARSILA AMORAS SANCHES (debatedora) - Fala: O movimento estudantil como ferramenta de luta. CV autoinformado: Estudante de ciências sociais – UFPA. Coletivo Juntos!

- IÊDA MARIA LOUZADA GUEDES (mediadora) - CV autoinformado: Professora da Universidade Federal do Pará, Tutora do PET Medicina Enfermagem - FNDE/MEC, Coordenadora do Núcleo do Projeto Rondon/UFPA; Doutora em Biologia Celular e Molecular, com ênfase em Neurobiologia, pela FMRP da Universidade de São Paulo (USP); Mestra em Morfologia/Biologia Celular, pela FMRP da USP; Graduada em Biomedicina (UFPA); Psicóloga e Filósofa em formação; Presidenta do Centro Acadêmico de Psicologia Marielle Franco; Conselheira da Comissão Nacional dos Grupos PET; Formação em andamento em Psicanálise clínica e em Neurociência e Psicologia da Espiritualidade, Especialização em Educação Especial e Inclusiva, em Neuropsicopedagogia, em Arteterapia, e em Psicomotricidade. Desenvolve projetos de extensão/pesquisa com as temáticas: Juventudes, Sexualidades, Gênero e Violências; Estratégias artístico lúdicas e estimulação de habilidade sensoriomotora, em crianças com ECNE, Acidente vascular encefálico e fatores de riscos , em municípios paraenses. Coordenadora dos projetos Gênero, Sexualidades, aprovado em edital PROEX/UFPA.

Organização

- LAILA VIDIGAL DE SOUZA - acadêmica de Psicologia (UFPA), bolsista do Núcleo do Projeto Rondon-UFPA e colaboradora do PET Medicina Enfermagem (FNDE/MEC)
- RAFAEL DE JESUS BATISTA MAIA - acadêmico de Psicologia da Uninassau-Belém e colaborador do Núcleo do Projeto Rondon (UFPA) e do PET Medicina Enfermagem (FNDE/MEC).

Informações: www.petmedenf.ufpa.br - projetorondon@ufpa.br

Inscrição: https://doity.com.br/xii-sensibiliza-cultura-patriarcal-formacao-superior-e-violencia--sexismo-misoginia-e-lgbtqiafobia

Transmissão:
https://youtu.be/dihUSJGGUuI
https://youtu.be/dWb6yatc3GI
https://web.facebook.com/104480197563439/posts/621553565856097/?_rdc=1&_rdr

Apoio: FAENF-UFPA, ICB-UFPA, PROEX-UFPA e FNDE-MEC