A construção de hidrelétricas no rio Madeira gerou diversos conflitos desde a propositura da ideia pelo governo federal. Conflitos diversos foram vividos antes e durante a construção. Outros conflitos têm acontecido depois da conclusão das obras e tentativas de negociação tem sido realizadas, porém com um baixo grau de discussão por parte da sociedade. Um desses conflitos pós-construção diz respeito ao uso da área para a garimpagem, atividade existente naquela localidade desde os anos de sessenta. A proposta desta palestra é trazer essa discussão para a comunidade acadêmica e apresentar fatos que estão envolvidos no contexto da discussão entre empresas operadoras das usinas e os garimpeiros. Apresenta um resumo sobre o como a questão vem sendo conduzida para ambas as atividades do ponto de vista político, legal, econômico e ambiental. Neste último caso, em especial no que diz respeito aos fatores hidrológicos. Destaque maior é dado à cheia que afetou fortemente a zona urbana da cidade de Porto Velho no ano de 2014, quando foi ali registrada uma vazão recorde, jamis registrada numa série de dados de mais de 50 anos.