A Arquivologia da UNIRIO, no esforço de sua contribuição para a formação de seus alunos e alunas, e para a consolidação do campo da Arquivologia, em particular no da UNIRIO, que hoje compreende a Escola, o Curso, o Departamento (DEPA), o Programa de Pós-graduação em Gestão de Documentos e Arquivos (PPGARQ), o Arquivo Central (AC) e o Centro Acadêmico de Arquivologia (CAARQ), soma esforços a partir da necessidade de fomentar a discutição sobre uma Arquivologia mais próxima possível das pessoas e de sua inserção social mais pragmática e atualizada.
Nesses termos, somando-se aos temas discutidos em edições anteriores, temos agora a oportunidade de trazer uma proposta de se pensar como as Tecnologias de Comunicação e Informação impactam, não só o fazer arquivístico, em sua dimensão técnica mais evidente, mas também, a partir disso, como os princípios teóricos que têm sustentado a Arquivologia como área de conhecimento? Desses desdobramentos interessa-nos particularmente as discussões sobre como tais temas impactam e são impactados como Direitos Humanos, aqui pensados como direitos sociais mais amplos e indutores de conquistas para uma vida digna.
No centro dessa discussão, e a partir da Arquivologia, as novas tecnologias de comunicação e informação nos impõem a urgência de reforçar a importância dos/das arquivistas, dos arquivos e da Arquivologia como conhecimento técnico capaz de subsidiar não apenas a integridade dos documentos como instrumentos de presunção de verdade administrativa e jurídica do Estado, mas também, como desdobramentos dessa integridade, instrumentalizar as pessoas em seus cotidianos, e os Movimentos Sociais que, como atores mais capazes de traduzir e mediar esses diálogos, assumem a responsabilidade de multiplicadores das percepções das realidades, na busca por uma sociedade mais consciente, justa, fraterna e democrática que, como consequência, nos permitam na efetividade das garantias dos Direitos Humanos. É esse desafio que buscamos discutir para equilibrar as forças de interesses em jogo a partir de uma formação universitária que, sendo tecnicamente competente, seja também social, política e conscientemente comprometida com a garantia dos valores humanos decorrentes dos desdobramentos da qualidade da gestão de documentos que formos capazes de efetivar nas administrações, em especial na Administração Pública.