Neurofisiologia da dor

Morgana Duarte da Silva possui graduação em Fisioterapia pela Universidade do Sul de Santa Catarina (2005), especialização em acupuntura pelo Centro Integrado de Estudos e Pesquisas do Homem (2006) e mestrado em Neurociências pela Universidade Federal de Santa Catarina (2009). Doutora em Neurociências pela Universidade Federal de Santa Catarina (2013), com estágio sanduíche realizado no laboratório de Neurobiologia da Dor da University of Iowa (IA - EUA). Atualmente é docente na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no Departamento de Ciências Fisiológicas (CFS). Tem experiência na área de Fisioterapia, Fisiologia, Neurociências, Acupuntura e Eletroterapia.
Estima-se que aproximadamente 37% da população brasileira é acometida por dores crônicas (Sociedade Brasileira de Dor), com exorbitantes gastos econômicos, representando um grave problema de saúde. As dores crônicas são aquelas que duram ou são evocadas por mais de três meses e podem ser de formas diferentes como a dor do câncer, a inflamatória e a neuropática. O envolvimento de estruturas do sistema nervoso na manutenção e cronicidade da dor parece ser essencial para o controle e reversão do quadro. Sabe-se que existe atividade neuronal alterada em um processo de neuroinflamação, que inclui a sensibilização de neurônios periféricos e centrais. De fato, a heterogeneidade da dor crônica se reflete na resposta dos indivíduos aos tratamentos disponíveis atualmente, que são apenas parcialmente efetivos e acompanhados de inúmeros efeitos adversos. Portanto, resta clara a necessidade do estudo detalhado dos mecanismos envolvidos nas condições dolorosas, bem como de novas ou aprimoradas terapias analgésicas que sejam mais efetivas, toleráveis e seguras.