Autoritarismo e precarização do trabalho docente em Alagoas
Prof. Dr. Jailton de Souza Lira (CEDU/UFAL)
Prof. Mestre Flávio Veiga (IFAL).
Adv. Ana Carolina Pereira (CEDU/UFAL)
Desde o início dos anos de 1990, o estado de Alagoas, a exemplo dos demais estados da federação, atravessa um processo de precarização do trabalho docente, com destaque para a acentuada desvalorização salarial, a não aplicação das diretrizes dos Planos de Carreira existentes, a ausência de condições mínimas de trabalho e a insuficiência dos padrões mínimos de financiamento. Além desses elementos, nos anos mais recentes, se percebe a ampliação das contratações temporárias, tanto na rede estadual quanto nas redes municipais, assim como os questionamentos oriundos de segmentos específicos da sociedade a respeito das práticas pedagógicas docentes em razão de uma percepção autoritária das mesmas, no qual a aprovação da Lei da Escola Livre é um importante exemplo. Por esses motivos, é fundamental refletir, com base em uma perspectiva crítica dos modelos educacionais vigentes, os fundamentos legais e políticos do exercício da carreira docente no estado de Alagoas, centrando no trabalho educacional dos professores da área da História, que atuam em meio a um contexto político e social de crescimento do autoritarismo e do conservadorismo.