O Grupo de Trabalho Defesa de Direitos das Crianças e das/os Adolescentes, integrante da Comissão de Direitos Humanos do Conselho Regional de Psicologia 3ª Região, é um coletivo de psicólogas/os e estudantes de Psicologia que trabalham, pesquisam e/ou se interessam pela interface entre Psicologia e defesa dos direitos de crianças e adolescentes, com ênfase na visão crítica e reflexiva acerca do tema, principalmente quando relacionado às políticas públicas concernentes a questões das infâncias e juventudes baiana e brasileira.

Novembro marca o mês da consciência negra e este GT deseja aproveitar o ensejo para realizar um debate acerca da temática do racismo. A sociedade contemporânea é permeada por uma lógica de dominação e poder que promove a invisibilização e a criminalização de corpos e sujeitos negras e negros – crianças e adolescentes não escapam a essa lógica. Entendendo que o racismo faz parte da estrutura de nossa sociedade, ele se materializa em inúmeras formas de violência contra o público infanto-juvenil. Condutas e ideologias racialmente discriminatórias comumente significam a vulnerabilização de sujeitos e grupos e, como pessoas em peculiar situação de desenvolvimento, crianças e adolescentes podem experienciar forte impacto provocado por essa violência.

A partir de nosso Código de Ética e de resoluções como a Resolução CFP 018/2002, não há dúvidas sobre o papel da psicologia de construir uma atuação crítica pautada na garantia e efetivação dos direitos humanos básicos, com prioridade de crianças e adolescentes. Enquanto profissionais da subjetividade e das relações, precisamos nos questionar: como fazer com que a psicologia, enquanto práticas, técnicas, ensino e pesquisa, seja espaço de resistência e fortalecimento?

Mediação: Psicóloga Manoela de Oliveira Lainetti (CRP 03/24184)

Palestrantes:

O papel da escola na construção de uma educação antirracista – Maria Cristina Evangelista Magalhães, pedagoga e economista

O impacto do racismo na saúde mental de crianças e adolescentes – Psicóloga Ana Cristina Santos Silva (CRP 03/11015)

A arte como instrumento de luta contra discriminações de raça e gênero – Viviam Caroline de Jesus Queirós, integrante da Didá Banda Feminina