"Em 1999, a Universidade Federal do Amazonas criou em Terra Santa, no Pará, com apoio de comunitários locais e do IBAMA, um programa de extensão que tinha por objetivo conservar as populações de tracajás (Podocnemis unifilis), tartarugas (P.expansa) e iaçás (P.sextuberculata) de forma participativa com ajuda das comunidades. Este programa surgido no final do século XX, no meio dos movimentos que buscavam a gestão compartilhada no manejo de lagos e recursos aquáticos na Amazônia, acabou se expandindo e hoje abrange mais de 118 comunidades em 15 municípios do Amazonas e Pará, e já ajudou a devolver para natureza mais de 3,5 milhões de filhotes de quelônios. O programa tem como suporte a capacitação e treinamento dos comunitários e agentes ambientais nas técnicas de proteção e manejo de ninhos e filhotes de quelônios, a sensibilização e conscientização através da educação ambiental nas escolas rurais e a busca de alternativas de geração de renda nas comunidades. Trata-se de um projeto de base comunitária e de voluntariado, tendo envolvido diretamente milhares de voluntários (acadêmicos, técnicos, professores, ribeirinhos) em atividades de conservação deste recurso. Paralelo, as ações de proteção, a UFAM vem desenvolvendo diversas atividades de pesquisa que buscam responder questões sobre a estrutura e dinâmica das populações de quelônios manejadas,  movimentação/migração, sobrevivência, alimentação, fisiologia, genética entre outras informações que possam permitir uma avaliação do sistema e subsidiar a gestão desses recursos. O projeto Pé-de-pincha tem o patrocínio da Petrobras através de seus programas socioambientais e o apoio do IBAMA, SEMA-DEMUC, ICMBio, Secretarias Municipais de Meio Ambiente/Prefeituras, empresas e comunidades."

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