Aqui estão todas as informações que você necessita para submeter seu relato para o V Encontro Estadual de Educação Social.

1. Quem pode submeter um relato? Qualquer pessoa pode submeter um relato. Não é necessário estar trabalhando na área ou ter alguma formação. Basta ter o desejo de partilhar e produzir saberes sobre Educação Social. IMPORTANTE: Para submeter um relato o(a) autor(a) deve estar inscrito(a) no evento. Não é necessário que tenha pago a sua inscrição, mas deve estar inscrito(a)

2. Existe um limite de autores(as) ou um limite de relatos? Cada relato pode ter até 4 autores(as) e cada autor(a) pode submeter até 2 relatos (um em autoria e outro em coautoria).

3. O que é um relato? Um relato de experiência é uma forma de produção de conhecimento que descreve, de forma detalhada e contextualizada, uma vivência, seja acadêmica, profissional ou pessoal. O objetivo principal é apresentar uma reflexão sobre a experiência, analisando seus aspectos significativos e contribuindo para o aprimoramento da prática.

4. Como deve ser formatado? No link você baixa o template que orienta a formatação. Você deve utilizar esse formato e salvar em DOC antes de enviar o seu relato. De forma breve, o relato deve ter entre 5500 a 15000 caracteres.

5. Os relatos serão publicados? Sim, todos os relatos aprovados pela Comissão de Avaliação serão publicados em edição especial da coletânea Cadernos da Educação Social da Faced/UFRGS.

6. Como serão as apresentações? As apresentações ocorrerão simultaneamente nas 12 rodas de conversas do evento. Em formato de roda de conversa, cada autor(a) terá até 10 minutos para a sua exposição (oral ou em outra forma de expressão que julgar mais apropriada). Após a exposição de todos os relatos na roda de conversa, haverá uma rodada de comentários e reflexões sobre as apresentações. Um(a) relator(a) fará o registro da síntese de cada roda de conversa.

7. Até quando posso enviar o meu relato? As inscrições estão abertas de 04/07/2025 a 08/08/2025.

8. Quando ficarei sabendo se o meu relato foi aprovado? Todos os relatos inscritos serão automaticamente aprovados para apresentação. Apenas para a publicação é que serão analisados e solicitados ajustes, se necessário. Isso ocorrerá após o evento.

 

Eixos temáticos para inscrição dos relatos

Os Grupos de Trabalho são espaços de escuta, partilha e articulação entre educadores(as) sociais, estudantes, docentes e profissionais de diferentes áreas que atuam e/ou pesquisam a Educação Social. A proposta é criar um tempo-tempo de trocas horizontais, no qual as experiências, os desafios cotidianos e os saberes construídos nas práticas ganhem visibilidade e ressonância coletiva.

Cada roda de conversa terá uma mediação cuidadosa, com base na escuta sensível e no reconhecimento da pluralidade das vozes que constroem a Educação Social no Brasil. A participação está aberta a todas as pessoas inscritas no evento, sendo possível compartilhar uma experiência ou apenas participar do diálogo. Ao final, será produzida uma síntese colaborativa dos debates, com o intuito de fortalecer os registros da Educação Social em movimento.

Nota metodológica comum a todas as rodas de conversas:

Todas as rodas de conversas deste evento têm como premissa o reconhecimento das múltiplas opressões e desigualdades que atravessam as experiências de educadoras(es) e sujeitos da Educação Social. Assim, raça, gênero, classe, deficiência, sexualidade, território e outras dimensões da diversidade não serão tratados como temas isolados, mas como eixos estruturantes de análise e prática. O compromisso ético e político com a justiça social exige que essas questões estejam presentes nas apresentações, diálogos e sistematizações de todos as rodas de conversas.

 

RODAS DE CONVERSAS

RODA DE CONVERSA?1 – Histórias de trabalho com crianças e adolescentes em diferentes contextos 

O trabalho com crianças e adolescentes ocorre em múltiplos territórios e instituições, atravessado por desafios sociais, políticos e afetivos que exigem escuta sensível, presença crítica e compromisso ético. Esta roda de conversa busca valorizar as memórias, práticas e estratégias construídas coletivamente com os sujeitos infantojuvenis, reconhecendo a potência da Educação Social como campo de ação e transformação.

As infâncias e adolescências não são universais: são marcadas por condições diversas de gênero, raça, classe, território, identidade e deficiência. Assim, esta roda de conversa propõe-se como um espaço de análise crítica e partilha de experiências que enfrentam desigualdades estruturais e constroem práticas emancipatórias.

Serão discutidas experiências, metodologias e desafios presentes no trabalho com crianças e adolescentes em contextos institucionais, comunitários, escolares, culturais ou territoriais. Busca-se fomentar reflexões interseccionais e a construção coletiva de caminhos que fortaleçam a garantia de direitos.

 

RODA DE CONVERSA?2 – Memórias de trabalho com populações em situação de rua 

A Educação Social de Rua é marcada pela complexidade das relações humanas e pela atuação em cenários de profunda vulnerabilidade. Os(As) educadores(as) sociais que atuam com populações em situação de rua enfrentam cotidianamente os efeitos da falta de políticas públicas para atendimento digno, para as pessoas adultas em situação de rua, que assegurem possibilidades reais de superação da condição de rua, assim como, políticas de prevenção ao rompimento dos vínculos familiares, que acabam levando as pessoas à situação de rua), do preconceito social e da desigualdade, construindo práticas que articulam escuta, acolhimento e acesso a direitos. 

Esta roda de conversa propõe a partilha de experiências, memórias e reflexões sobre estas práticas. Serão acolhidas narrativas que evidenciem as potências e os desafios dessa atuação, abordando as intersecções com gênero, raça, classe e território. Pretende-se visibilizar a centralidade dessa prática para a efetivação de políticas públicas e para o fortalecimento da dignidade humana.

 

RODA DE CONVERSA?3 – Histórias de trabalho com juventudes 

Nos últimos anos, a temática das juventudes tem ganhado visibilidade nas políticas sociais, especialmente na intersecção entre juventude, violência e acesso a direitos. Ainda são poucos os espaços que valorizam metodologias específicas voltadas ao trabalho com jovens. Esta roda de conversa pretende ser um espaço de reflexão sobre as práticas de educadores(as) sociais com as juventudes, acolhendo relatos, estudos e experiências significativas.

Serão discutidos temas como o protagonismo juvenil, as concepções de juventude nas políticas públicas e os desafios enfrentados no cotidiano. A roda de conversa busca considerar as dimensões de gênero, raça, classe e território que atravessam as experiências juvenis e suas formas de expressão, resistência e reinvenção.

 

RODA DE CONVERSA?4 – Memórias de trabalho com adolescentes em medidas socioeducativas 

Discutir as medidas socioeducativas exige um olhar sensível e crítico para as práticas que envolvem adolescentes em conflito com a lei. Esta roda de conversa propõe escutar e analisar experiências com adolescentes em cumprimento de medidas, a partir da perspectiva dos direitos humanos e da socioeducação.

Serão acolhidos relatos que expressem as contradições, potências e limites da atuação de educadores(as) sociais, com foco no fortalecimento da rede de garantias de direitos, na articulação com o trabalho social com famílias, executado pelos CRAS e CREAS, no fortalecimento de vínculos familiares e sociais, no reconhecimento da diversidade e na construção de práticas restaurativas e transformadoras.

 

RODA DE CONVERSA?5 – Vozes dos sujeitos da Educação Social: a riqueza da práxis

Esta roda de conversa busca reunir narrativas de sujeitos que vivenciam a Educação Social em seu cotidiano. Crianças, adolescentes, jovens, adultos ou pessoas idosas podem expressar suas percepções, memórias e sentidos atribuídos a essas experiências.

Através de relatos, depoimentos e narrativas, queremos revelar as nuances, desafios, conquistas e os múltiplos significados que a Educação Social assume na prática. Esta roda de conversa ressalta a importância de compreender e refletir sobre a diversidade de experiências e pontos de vista nesse campo, reconhecendo que a riqueza da Educação Social reside justamente na multiplicidade das vivências de seus participantes. O protagonismo dos sujeitos da práxis dos(as) educadores(as) contribui grandemente para uma compreensão mais autêntica e multifacetada da Educação Social.

Educadores(as) sociais são convidados a compartilhar essas vozes, seja por meio de relatos diretos dos sujeitos ou narrativas construídas em conjunto. A roda de conversa reconhece o valor do protagonismo e da escuta como fundamentos da práxis da Educação Social, buscando evidenciar a diversidade de vivências e a potência das relações construídas no cotidiano.

 

RODA DE CONVERSA?6 – Vidas que educam: histórias e memórias dos(as) educadores(as) sociais no RS 

“Nossas costas contam histórias que a lombada de nenhum livro pode carregar” – Rupi Kaur

Esta roda de conversa é um convite para compartilhar memórias, trajetórias e experiências de educadores(as) sociais no Rio Grande do Sul. É um espaço para refletir sobre os caminhos percorridos, os desafios enfrentados, os afetos envolvidos e os sentidos construídos na relação com os sujeitos atendidos.

Na atualidade há uma vasta possibilidade de espaços de trabalho para educadores(as) sociais, em diferentes associações e organizações da sociedade civil e instituições governamentais, atuando em diferentes equipamentos, afirmamos aqui as múltiplas possibilidades de ação, frente a vida, que se faz por entre uma infinita diversidade de relações e atravessamentos.

Buscamos compreender quem são, onde estão e como atuam esses profissionais, reconhecendo suas múltiplas inserções institucionais e territoriais. A proposta é construir, a partir das memórias e histórias compartilhadas, uma identidade coletiva que afirme o papel essencial da Educação Social nas políticas públicas e nos processos de formação humana.

 

RODA DE CONVERSA?7 – Relatos de pesquisas na/sobre Educação Social 

Esta roda de conversa acolhe pesquisas acadêmicas que abordam a Educação Social como campo de estudo, intervenção e formação. Serão aceitos trabalhos que tratem da Educação Social em diferentes dimensões e contextos, tais como territórios educativos, políticas públicas, práticas pedagógicas não escolares, socioeducação, formação de educadores, entre outros.

A roda de conversa pretende reunir estudantes, pesquisadores e profissionais que investigam teorias, metodologias e práticas da Educação Social, fomentando o diálogo entre produção acadêmica e experiências concretas. Busca-se valorizar pesquisas que contribuam para o fortalecimento do campo e para a construção de conhecimento crítico e comprometido com a transformação social.

 

RODA DE CONVERSA?8 – Tecendo memórias, bordando histórias: a Educação Social em caminhos de transformação 

Esta roda de conversa propõe refletir sobre a atuação de fóruns, coletivos, associações e outras formas de organização política e profissional na construção da Educação Social como campo. A partir das histórias e práticas desses espaços, serão discutidos os desafios e as potências do fazer educativo que se move entre os papéis de militância e profissionalização.

A Educação Social se constitui, em muitos contextos, na fronteira entre as lutas sociais e a atuação institucional, exigindo posicionamentos éticos e políticos contínuos. A roda de conversa busca acolher experiências que problematizem essa dualidade e que evidenciem como a ação coletiva tem colaborado na valorização, identidade e articulação da categoria dos(as) educadores(as) sociais.

 

RODA DE CONVERSA?9 – Contar para resistir e reexistir: histórias e memórias das enchentes de maio de 2024 

A enchente de 2024 marcou profundamente a vida de milhares de pessoas no Rio Grande do Sul. Esta roda de conversa é um espaço de memória, escuta e elaboração coletiva das experiências vividas, com atenção especial ao papel desempenhado por educadores(as) sociais em contextos de emergência.

Pretende-se reconhecer como esses profissionais atuaram na linha de frente, organizando redes de apoio, fortalecendo vínculos comunitários e promovendo ações de cuidado e reconstrução. Serão acolhidos relatos e reflexões que expressem como os sujeitos e territórios foram impactados, como reagiram, o que reconstruíram e o que permanece como ferida aberta ou semente de transformação. A roda de conversa evidencia a centralidade da Educação Social diante das catástrofes socioambientais.

 

RODA DE CONVERSA?10 – Educação Social transformando pela Arte e Cultura 

Contemplar arte e cultura é reconhecer sua presença imprescindível no trabalho do educador social que se conecta com a identidade dos sujeitos e do coletivo. Se as nossas histórias carregam as potencialidades do nosso trabalho, a arte e cultura as ampliam com a subjetividade que não pode ser descrita, precisa ser manifestada. Emergindo a arte e à cultura, a educação social pode potencializar o protagonismo para a emancipação e resistência dos territórios. 

Esta roda de conversa propõe refletir sobre a arte e a cultura como dimensões fundamentais do trabalho da Educação Social, reconhecendo sua força para mobilizar afetos, identidades e resistências. A partir de experiências envolvendo dança, teatro, grafite, literatura, música e outras expressões artísticas, a roda de conversa discutirá como essas práticas ampliam a escuta, promovem protagonismo e fortalecem laços comunitários.

Serão valorizadas ações realizadas em territórios periféricos, espaços culturais independentes, centros de juventude, ocupações urbanas e equipamentos públicos, nas quais a arte atua como instrumento pedagógico e político de transformação social.

 

RODA DE CONVERSA?11 – Diálogos entre Saúde e Educação Social 

Esta roda de conversa reflete sobre os cruzamentos entre saúde e Educação Social, reconhecendo que o cuidado é um processo relacional, coletivo e interdisciplinar. Compreendendo saúde para além da ausência de doenças — como acesso a direitos, qualidade de vida, equidade e dignidade —, busca-se refletir sobre os papéis dos educadores(as) sociais nesse campo.

Entendemos que saúde não se refere apenas à ausência de doenças, mas sim a um conjunto de fatores individuais e coletivos, como acesso à alimentação, saneamento básico, moradia digna, condições de trabalho, lazer, dentre outros direitos básicos. Questões como raça, gênero, classe social, território e emergência climática também possuem relação direta com os indicadores de saúde e qualidade de vida. Diante desse cenário, o cuidado em saúde demanda intervenções multiprofissionais, agregando ferramentas de diversas áreas do conhecimento para garantir o direito à saúde em sua perspectiva mais ampla.

Serão acolhidos relatos e reflexões de quem atua em serviços como UBS, CAPS, Consultório na Rua, entre outros, ou em práticas comunitárias de cuidado. A proposta é construir um panorama das contribuições da Educação Social aos processos de promoção da saúde, enfrentamento das desigualdades, ampliação do acesso e fortalecimento de vínculos com os “usuários” dos serviços.

 

RODA DE CONVERSA?12 – Regulamentação da Profissão de Educador(a) Social 

Desde 2009, por meio dos PLs nº?5.346 (Câmara dos Deputados) e nº?328 (Senado), as(os) educadoras(es) sociais buscam o reconhecimento da profissão no Brasil. Atualmente, o PLS?328/2015 foi aprovado em comissões do Senado e aguarda designação de relator na CCJ, enquanto o PL?2941/2019 (substitutivo do 5.346/2009) retornou ao Senado após alterações em 2023. O próximo passo é a votação em plenário.

Esta roda de conversa receberá relatos de experiências, reflexões teóricas ou resultados de estudos sobre as características do trabalho dos educadores(as) sociais, suas necessidades de formação, a organização da categoria e práticas internacionais de regulamentação. O objetivo é fomentar o debate sobre o reconhecimento justo deste trabalho essencial às políticas públicas e aos territórios.

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