Nos últimos anos, as mudanças climáticas tornaram-se um tema de grande relevância mundial e passaram a ocupar um espaço considerável nas questões ambientais, políticas e sociais. Nesse sentido, as Ciências Climáticas obtiveram enorme articulação e crescimento no entendimento sobre o clima e suas mudanças, destacando-se principalmente a modelagem ambiental, que ganhou maior expressão nas últimas décadas devido aos riscos socioambientais produzidos pela exposição a essas mudanças. A articulação internacional do conhecimento e das políticas sobre o clima e suas mudanças, até então alcançada, se deve ao uso desses modelos. Ou seja, contemporaneamente, a legitimidade desses modelos é tamanha que se torna quase impensável a compreensão das questões climáticas e as ações de mitigação e adaptação das mudanças sem recorrer ao recurso da modelagem. Atualmente o cenário ambiental evidencia a necessidade de avaliação e diagnóstico dos fenômenos meteorológicos diante de um grande aumento populacional e os impactos de suas atividades que afetam substancialmente e negativamente o meio ambiente e atingindo diretamente a população mais vulnerável. O evento, ora proposto, tem os seus objetivos e finalidades e planos de forma a contribuir para trazer à sociedade científica brasileira, novos conceitos e tecnologias, que ajudem a minimizar e prever os efeitos climáticos adversos sobre a população, refletindo sobre a importância dos modelos no diagnostico e tomada de decisões, unindo por fim ciência e políticas com centralidade no clima. Regiões semiáridas são especialmente sensíveis a qualquer mudança ambiental (clima, usos da terra, etc.), como a maioria delas são zonas de transição situadas entre úmidas com áreas densamente vegetadas de um lado, ou seco e desértico no outro. No entanto, estas regiões permanecem bastante povoadas e muitas vezes podem ser vistas como áreas a serem protegidas com um escudo contra uma expansão indesejada de zonas áridas.