Apresentação

Historicamente, o planejamento urbano no Brasil tem sido negligenciado ou deixado em segundo plano pelos responsáveis pela formulação de política publicas urbanas. Em pouco mais de 50 anos, o Brasil passou de um país rural a urbano, onde 81% da população vive nas cidades (IBGE, 2000; GOUVÊA, 2005), o que justifica, pela rapidez do processo, grande parte dos problemas verificados não só nas grandes metrópoles nacionais, mas também em metrópoles regionais, cidades médias e aquelas em processo de urbanização recente. 

No Sertão central, na sua gênese, os processos de ocupação se deram sobretudo em razão das atividades agropecuárias, tendo no binômio gado-algodão seu principal fator de ocupação e formação do território (ANDRADE, 1991). Hoje, os vetores da urbanização na região são a indústria e o setor de serviços, em especial a indústria calçadista, as instituições de ensino superior, ações do Estado e os serviços públicos em diversos setores. O crescimento dessas atividades tem provocado um aumento populacional expressivo, tanto da população residente como da população flutuante.

Esse incremento da população, juntamente com o crescimento vegetativo da população, tem aumentado a demanda por diversos serviços, como moradia, saúde e transporte intra-urbano. Além disso, o aumento da especulação imobiliária tem aumentado os problemas de acesso ao solo urbano e as desigualdades sociais, processos esses derivados da produção desigual do espaço urbano, conforme aponta Corrêa (1989).

Objetivo Geral

Discutir os aspectos do planejamento urbano no Sertão Central cearense.

Compartilhe!

Patrocinadores