Resumo: Desde a aurora da ciência linguística e seu adentramento na academia brasileira, especialmente a partir da década de 60/70, intensificaram-se as críticas ao modelo filológico da gramática, a qual, quase ininterruptamente, perseverou no Ocidente desde o séc. II a.C. como, praticamente, o único paradigma de ensino e descrição das línguas naturais. Críticas justas e procedentes, é verdade. Porém, passado mais de meio século, certos posicionamentos ainda recrudescem no seio da formação do professor de português que, calcados em mera repetição do que se disse no passado, esvaem-se em invectivas panfletárias, hoje já sem base empírica. Este minicurso pretende resgatar as fontes e origens da arte, contextualizando e justificando sua estrutura no âmbito de sua formulação prototípica, além de procurar estabelecer parâmetros que a distribuem em diversos modelos que hoje se nos apresentam, seja em sala de aula, seja como proposta epistemológica, a fim de fornecer subsídios para a devida crítica a qualquer que seja o modelo em pauta. Nesse sentido, finalizaremos com a apresentação de elementos que pontuem o lugar e a função da gramática nos dias de hoje.

Prof. Dr. Carlos Renato R. de Jesus (UEA/PPGLA)

Compartilhe!