Resumo: Os rituais religiosos mais antigos da humanidade são os funerários e, no Egito Antigo, eles foram aperfeiçoados principalmente no que diz respeito às técnicas de mumificação, pois os egípcios acreditavam que somente se o corpo fosse devidamente embalsamado e sepultado, partes da sua alma “Ka” poderiam viver na morada de Osíris. Ao longo do processo de mumificação, um bálsamo era aplicado como material antibacteriano, repelente a água, fragrância e talvez por simbolismo religioso associado com plantas diferentes. É possível esclarecer as técnicas utilizadas nos processos funerários e de mumificação egípcios através de investigações químicas dos materiais encontrados em múmias no seu estado de preservação atual. Isto ajuda a proporcionar uma visão nos materiais usados originalmente no antigo Egito em rituais funerários e também ajuda a entender a tecnologia de embalsamamento e seu desenvolvimento no curso da história egípcia, fatores que auxiliam na identificação. A análise química dos materiais de embalsamamento pode responder perguntas relacionadas com a origem geográfica, procedimentos utilizados e preparação dos os materiais encontrados em sítios arqueológicos. Além disso, o diagnóstico químico dos materiais ajuda a estabelecer a extensão e a natureza da degradação, que são importantes fatores em termos de conservação e restauração. A composição de bálsamos pode ser elucidada por várias técnicas analíticas das quais se destacam  espectroscopia de infravermelho e cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas como técnicas complementares e promissoras.

 

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