A apresentação será composta por Kylderi Domingos - UFRRJ/UERJ
Rosemary Gomes - UERJ
Jéssica Moura - UNIG

Objetivos:
Discutir temas transversais sobre saúde e sexualidade, considerando as escolas do ensino básico como público alvo. Abordar questões de anatomia e de fisiologia, métodos anticoncepcionais, DST.
Breves considerações:  
Atualmente, faz-se necessário falar abertamente sobre saúde, bem-estar e sexualidade aos jovens, abordando temáticas como métodos contraceptivos, HIV, gravidez na adolescência, aborto, ciclo menstrual, profilaxia, pré-exposição (PREP) e profilaxia pós-exposição (PEP), por exemplo. Além disso, é fundamental conhecer o/a parceiro/a e a si mesmo/a, bem como refletir acerca do próprio corpo, o que inclui não apenas questões de saúde pública e coletiva, mas também formas de se desenvolver social e culturalmente, desconstruindo, por vezes, conceitos pré-condicionados ao longo da vida em sociedade.  
Vale salientar que discutir sexualidade não é sinônimo de “ensinar sexo”, mas, sim, de quebrar o tabu sobre esse assunto. Refletir sobre sexualidade, portanto, implica em buscar embasamentos teórico e científico sobre essa temática, com vistas a oportunizar a formação de alunos/as críticos/as, com capacidade de argumentação, assim como crer na possibilidade de formar multiplicadores para as mais diversas realidades sociais. Ou seja, trabalhar questões que, muitas vezes, são ignoradas muitos locais.
Se, por um lado, o processo de educação sexual ocorre durante toda a vida do indivíduo; por outro, temos observado que nem as famílias, nem as escolas parecem atentas às questões sobre sexualidade e acabam, por vezes, negligenciando muitas discussões que seriam ´tanto formativas, quanto saudáveis. Assim, muitas vezes, a internet e a televisão parecem ser as mais recorrentes fontes de informação, levando-nos a defender que a educação sexual precisa, de fato, ser considerada em diferentes espaços.
Quando defendemos o educar para a sexualidade não estamos propondo uma forma intuitiva ou assistemática de se abordar a temática, mas, sim, advogando formas dialógicas de construção de saberes, o que inclui aspectos relacionados à formação do educado para a diversidade que se desvela dia a dia. Na infância, por exemplo, segundo explica Suplicy (1990), a orientação sexual não é feita de forma sistematizada, porque a criança fala sobre suas dúvidas a qualquer hora. Logo, o tema poderia ser abordado sempre que aparecerem situações com conotação sexual ou que possam ser usadas para esclarecimentos. Nesse sentido, como professores, devemos estar preparados para avaliar cada situação e seguros para intervir quando for necessário, pois, ainda conforme defende Suplicy (1990), crianças que têm pais com quem possam conversar, têm maiores chances de assimilar os conceitos de responsabilidade pela própria saúde, higiene e bem-estar. Além disso, a educação sexual dada pelos pais implica não somente em passar informações e transmitir valores, mas também em desenvolver o respeito pelo outro. Todavia, é importante a reflexão de que nem todas as crianças têm fácil acesso ao diálogo no âmbito familiar, cabendo a nós, amparados pelo compromisso social da profissão, agir consciente e criticamente. Contudo, proporcionar o desenvolvimento contínuo das capacidades do indivíduo de agir, pensar e atuar no mundo.

Número de Vagas: 30

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