26/08/2021 - 15:00 às 18:00h

Arthur Luhr Melo
http://lattes.cnpq.br/0276424595816784

Com a abolição da escravidão 1888, e a Independência do Brasil em 1889, o Estado e a academia racista brasileira passaram a apoiar teorias eugenistas, que defendiam o branqueamento da população, a fim de tornar a sociedade brasileira mais “civilizada” e parecida com os estados europeus recém formados. Ao longo do século XX, uma parte da academia brasileira passou a criticar essa linha teórica racista. Posteriormente, surgiram os primeiros estudos que não abordavam o racismo como problema do negro, mas algo provocado pelos brancos. Nesse movimento que desloca o olhar da pesquisa para os sujeitos brancos, surgem os primeiros estudos sobre a identidade branca no Brasil, ainda em meados do século XX. A partir dos anos 1990, influenciados pelos Critical Whiteness Studies nos Estados Unidos, a produção acerca do tema no Brasil fica mais abundante, e o termo “branquitude” começa a ser mais utilizado como sinônimo de identidade e privilégio branco. É sobre esses estudos desenvolvidos no Brasil nas últimas décadas que o minicurso irá discutir, a partir da exposição de alguns dos principais trabalhos (teses e dissertações) desenvolvidos até então no país. Convido a todos os interessados pela temática a se inscrever no minicurso, que poderá servir como um ótimo ponto de partida para futuros pesquisadores que desejam produzir pesquisa sobre o tema.

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