Camisa do I EBIO
"Quando fui convidado para participar da elaboração da arte da camiseta do I encontro dos estudantes de biologia do estado do Tocantins, logo percebi a importância de se discutir sobre os desafios ambientais, econômicos, sociais e culturais em que estamos envolvidos.
Um encontro que propõe discussões com essas pode significar a ampliação dos horizontes e servir para termos condições de avaliarmos novos e possivelmente melhores rumos tanto para a universidade quanto para a sociedade em geral. E é claro, aceitei.
Produzi o desenho da camiseta procurando ressaltar mais aquilo que estamos colocando a perder e que tem valor inestimável. Qual o sentido de colocarmos em risco ecossistemas, comprometer nossas reservas de água, contaminar o solo e a atmosfera... sendo que existem outras formas de produção que respeitam os ciclos naturais e os limites ecológicos de produção, consumo e regeneração? Da forma como eu vejo, o cerrado, sofre as consequências de um modelo de "desenvolvimento" muito mais comprometido com o lucro imediato do que realmente com uma forma sensata de desenvolvimento, que seja responsável e sustentável. Que respeite as condições das próximas gerações permanecem desfrutando do que infelizmente estamos destruindo hoje é em troca de muito pouco.
Grandes corporações que lucram com tecnologias degradantes exercem enorme pressão para que essas tecnologias não sejam substituídas e continuem lucrando com as coisas como estão.
A lógica do mercado não é capaz de nortear as relações humanas satisfatoriamente e nossas instituições precisam ser Muito, mas muito mais efetivas no controle e regulamentação das práticas produtivas e comerciais.
Aparentemente para o livre comércio nada é sagrado, a não ser as margens de lucro e os interesses daqueles que "lucram". É num cenário como esse que se torna possível por exemplo; a indústria que produz o agrotóxico ser a mesma que comercializa e lucra com o remédio contra o câncer.
Governo, cidadãos, impresas, patrões, empregados, a natureza e tudo que ela nos oferece... todos compomos um complexo quebra cabeças e penso que podemos compor uma sociedade muito melhor quando reconhecemos que existe um bem maior que nos une em um só... a possibilidade de nos sustentarmos e vivermos em equilíbrio".
Luís Otávio
Luis Otávio, nasceu em Belo Horizonte, mas muito novo, ainda bebê foi para Curitiba onde teve o privilégio de conviver ao lado de duas pessoas que desenhavam muito bem, seu tio Neto e sua irmã Lívia, por quem logo foi influenciado.
Na infância entre as brincadeiras com bola e correndo pra lá e pra cá, desenhava junto com seu amigo Ernesto os bonequinhos que não tinha dos Thundercats e dos comandos em ação e brincava com os desenhos recortados. Logo começou a escrever histórias em quadrinhos que dava a seu pai, histórias que contavam expedições ao fundo do oceano e ao espaço, até hoje guardadas em uma caixa de recordações.
Na adolescência mudou-se com a família para Porto Alegre RS e o desenho continuou tomando cada vez mais espaço e importância.
Desenhava os colegas na escola, lia muitas histórias em quadrinhos, assistia a animações em casa e no cinema. Gastou boa parte do dinheiro que ganhou trabalhando de vendedor numa loja de tapetes persa e trabalhando em um cartório da Fazenda pública no fórum, com revistas usadas na banca do seu amigo Manuel. E assim, entre gibis, livros, revistas, discos, ilustrações de Van Gogh, Magrit, Greag Capullo, Frank Miller, Miró e muitas outras influências, foi acumulando conhecimento e referências artísticas.
Em 2007, resolveu fazer o vestibular na UFT e morar com sua avó materna, Maria das Mercês, que morava em Porto Nacional-TO.
Foi um tempo de muita alegria morando com sua avó e novamente com seu tio Neto, como uma segunda infância. Para Luís foi muito impactante passar a morar em uma cidade do interior, onde podia aproveitar o Lago, os eventos culturais oferecidos pela ONG COMSAÚDE e começou a dar aulas de desenho para crianças do Ponto de Cultura Dr. Heloísa Helena no setor Parque el Dourado.
Luis passou no vestibular, produziu painéis em tecido para a banda Tambores do Tocantins e para o diretor de teatro Iramar utilizar em suas peças, produziu desenhos em cartolinas com as crianças na Praça do Centenário no centro da cidade e na Feira do Cabaçaco.
Durante esse período passava seus dias bem ocupado andando de bicicleta de um lado para outro, realizando projetos também com seus amigos da Casa dos Artesãos onde foi presidente de 2008 a 2009.
Mas antes disso, pouco antes de ter se mudado para casa de sua avó, para ser mais exato, seis meses depois de ter passado a morar com Dona Maria, ela veio a falecer.
A partir daí Luis Otávio solicitou uma vaga na Casa do Estudante, onde foi acolhido e pode contar também por diversas vezes com a ajuda financeira de sua mãe e do seu irmão mais velho que periodicamente lhe enviava roupas e calçados.
Por muito tempo Otávio complementou sua renda produzindo artesanato, prestando serviço em projetos da universidade, pintando camisetas, quadros, paredes...
Em 2011 foi convidado a realizar uma exposição no Centro de Atividades do Sesc em Palmas-TO, onde realizou a exposição Filhos Feitos de Amor, pintando nas paredes do Sesc uma retrospectiva dos trabalhos que havia realizado com as crianças desde sua chegada ao Tocantins.
Em 2012, com apoio de seus amigos e grande incentivadores Anderson Fonseca (Gaúcho) e a professora Julcéia, diretora do campus de Porto Nacional na época, o artista pintou nas paredes da escadaria que levavam as salas de aula do curso de letras, uma interpretação do poema Degraus do poeta Mário Quintana. Obra que lhe abriu as portas para desenvolver um projeto maior financiado pela reitoria da UFT, viabilizando a pintura no campus do que hoje é o mural que se estende pelo corredor do Bloco III.
Além disso, realizou em Palmas-TO projetos junto a companhia de Teatro 1.2 e compôs a equipe de pesquisadores do laboratório Neocidades coordenado pelas professoras Rosane Balsan e Carolina, reformulando a identidade visual do laboratório produzindo logotipos e folders informativos.
Depois do termino da bolsa com o Neocidades, Luis Otávio trabalhou em projetos paralelos com a professora Rosane, inclusive dando aulas de desenho para sua filha Milena. Projetos que foram de muita ajuda enquanto esperava ser chamado para trabalhar no concurso público ao qual havia sido aprovado.
Hoje Luis assumiu o cargo público de agente penitenciário, mudou-se para Araguacema-TO onde mora com seu pai e tem buscado junto a secretaria de cidadania e justiça, implantar o projeto Arte Liberta, que pretende oferecer ais reeducandos da unidade prisional que trabalha a possibilidade de aprendizado artístico, a qualificação na produção de artigos artesanais como algo a ser comercializado e possa oferecer tanto uma fonte se renda aos apenados, quanto uma diminuição na possibilidade de reincidência em eventuais delitos.
Luis Otávio se mantém ativo no cenário artístico tocantinense e é voluntário nas causas positivas. Observando sua obra é possível perceber a busca por transmitir alguma mensagem, uma disposição para transformar a realidade para melhor e inspirar quem tem contato com sua arte.
Facebook: https://www.facebook.com/luis.otavio.5494
Inicialmente a venda das camisas estavam sendo feitas pelo nosso site. Como o lote inicial se encerrou, as vendas agora são feitas diretamente com a fabricante:
M&M Confecções e Serigrafia
(63) 3363-5165
(63) 99978-87550 (Whats)
(63) 98404-9455 (Whats)
Preço: R$ 22,00
Essa venda não está sob a responsabilidade do I EBIO.
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