Simpósios Temáticos
A lista de aprovados para apresentar comunicações nos respectivos STs encontra-se aqui. O cronograma de apresentação será publicizado ao longo da semana e também estará afixado no Hall de entrada do Campus do Sertão na segunda-feira (04/12/2017).
ST01 (PROGRAMAÇÃO NO DIA 05/12)
Problematizações acerca da atualidade do partido revolucionário na estratégia socialista: O “que fazer” no século XXI?
Prof. Magno Francisco da Silva (UFAL)
magno_pcr@hotmail.com
A vitória da Revolução Socialista na Rússia, em 1917, representou para o proletariado mundial um caminho a seguir, uma referência de ação política. Mais do que isso, significou que a conquista do poder político e econômico pela classe trabalhadora é um sonho possível de ser realizado. No terreno da organização política, com a vitória dos bolcheviques e a construção da III Internacional, liderada por Lênin, em 1921, o pensamento leninista se tornou predominante no movimento revolucionário mundial. Dentro desse quadro, também se tornou hegemônico entre os comunistas o modelo leninista de partido, desenvolvido principalmente nos livros Que fazer (1902) e Um passo a frente, dois passos atrás (1904). Todavia, com a crise do movimento comunista, especialmente a partir do XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, em 1956, novas possibilidades de organização política, com novos referenciais teóricos passaram a se consolidar. Os grandes eventos que se seguiram, como o Maio de 1968 na França, também possibilitaram o nascimento da chamada New Left, que trazia na sua natureza, principalmente, o debate de gênero e opressões. Com o fim do bloco socialista no Leste Europeu, o avanço do neoliberalismo, e nesta atual quadra da história, marcada pela maior crise do capitalismo desde o crack de 1929, a disputa do mundo pelos países imperialistas e o avanço do conservadorismo de caráter fascista, novamente é preciso perguntar: “O que fazer?” Em que pese a diversidade de respostas, o centenário da Revolução Russa possibilita acender o debate sobre os acertos e erros, mas principalmente, os ensinamentos desse processo histórico. Desta maneira, compreendendo a importância da disputa da subjetividade como uma tarefa histórica para os revolucionários, o objetivo do presente Simpósio Temático é apresentar contribuições sobre o tema da organização política do proletariado, especialmente acerca da atualidade do partido revolucionário na estratégia socialista.
ST02 (PROGRAMAÇÃO)
Audiovisual e representações do “outro”
Prof. Felipe de Paula Souza (UFSB)
felipedepaula81@gmail.com
A indústria do entretenimento possui significativo papel na construção de imaginários relativos a tudo que está espacialmente e historicamente distante de nossa realidade. Conforme Tororov (2010) "A reviravolta tecnológica atingiu numerosos domínios, mas alguns avanços tiveram um impacto particularmente intenso sobre as relações internacionais. O mais evidente diz respeito à comunicação: tendo se tornado incomparavelmente mais rápida do que ocorria no passado, ela se serve também de uma multiplicidade de novos canais." E considerando uma contemporaneidade na qual a absoluta maioria das informações que recebemos cotidianamente nos chega através de imagens (Bosi, 1995), compreendemos que o audiovisual possui relevante responsabilidade na formação de conceitos a respeito de uma infinidade de culturas, suas representações e os conceitos formados a respeito delas. Sendo a indústria estadunidense do entretenimento a responsável por significativa fatia de público mundo a fora, habitualmente os conceitos a respeito de tradicionais “inimigos” do regime norte-americano – soviéticos e árabes, exemplificando – são formados através desta indústria recoberta de ideologias oferecidas por meio do entretenimento. Entendendo a mídia como personagem central no processo de percepção da realidade e na construção de significados, o presente Simpósio busca compreender como o audiovisual - o cinema, a televisão, as produções distribuídas por streaming - tem sido utilizado como meio de manipulação e aderência a ideologias, mas também servindo para o encantamento com o desconhecido.
ST03 (PROGRAMAÇÃO)
Memórias e narrativas: cultura, patrimônio e povos tradicionais
Prof. José Adelson Lopes Peixoto (UNEAL)
adelsonlopes@uneal.edu.br
Profa. Francisca Maria Neta (UNEAL)
francisca.neta@uneal.edu.br
Este ST tem por objetivo promover discussões, compartilhar experiências e debater sobre memórias, patrimônios e identidades ligados às áreas de História, Educação, Antropologia e Ensino de História, em pesquisas baseadas tanto em fontes orais quanto em fontes documentais, destacando estudos sobre cultura, com foco especificamente na questão patrimonial, nas memórias e narrativas dos povos tradicionais (quilombolas e Indígenas): temática que tem ganhando relevância na última década. Nessa perspectiva, a histografia vem contribuindo significativamente com a ampliação de discussões sobre patrimônio cultural, ajudado ampliar o debate utilizando todo um cabedal de fontes disponíveis como jornal, fotografias, textos dentre outros, como opção de descrever e compreender as histórias dos protagonismos dos indivíduos e dos temas que foram colocados à margem da grande história oficial.
ST04 (As apresentações ocorrerão SOMENTE no horário designado no dia 05/12, terça-feira)
Cultura e Meio Ambiente: Temas, metodologias e objetos de estudo no campo da História
Profa. Carla Taciane Figueiredo (UFAL)
carlatacyane@hotmail.com
Prof. Luiz Domingos do Nascimento Neto (IFAL)
A emersão e ampliação de temas e objetos outrora marginalizados por uma historiografia metódica se constitui como questão consolidada nos meios acadêmicos, bem como a diversificação de metodologias utilizadas para apreensão dos fenômenos do passado. Primeiramente, a virada conceitual proporcionada pelos Annales foi fundamental para uma intensificação dos estudos culturais; enquanto os debates em torno da questão ambiental a partir da Conferência de Estocolmo (1972) estabeleceram em diversos campos das Humanidades (inclusive na História) a urgência dos estudos da relação entre Sociedade e Meio Ambiente. Desta feita, o presente simpósio é pensando como um espaço de discussão dos trabalhos que versão sobre Cultura e Meio ambiente nas diversas temporalidades, direcionando a atenção sobre aspectos teóricos e metodológicos presente nas pesquisas, permitindo assim, diálogos profícuos entre os participantes.
ST05 (PROGRAMAÇÃO)
Democracias e Crises no Brasil Republicano: os movimentos sociais em debate
Profa. Sara Angélica Bezerra Gomes (UFAL)
sari_gomes@hotmail.com
Prof. Eltern Campina Vale (UFAL/UFPE)
elterncampinavale@hotmail.com
Grande parte da experiência histórica do Brasil Republicano, esteve perpassada por um processo de reorganização dos movimentos sociais deflagrados por partidos políticos, pelo movimento estudantil, por trabalhadores urbanos e rurais e por diferentes coletivos e táticas de luta. Esses movimentos sociais, especificamente, em três marcos de crise nos regimes democráticos do Brasil República, a saber, no período da Ditadura do Estado Novo (1937-1945), do Regime Civil-Militar (1964-1985) e nos interstícios democráticos de 1985 aos dias atuais, apresentaram sentidos políticos distintos. Este simpósio temático, portanto, visa congregar pesquisas que se debruçam sobre a temática dos movimentos sociais no Brasil Republicano, especialmente, pesquisas que analisam esta temática em um dos três marcos supracitados.
ST06 (PROGRAMAÇÃO NO DIA 05/12)
História, Cultura e Identidade
Profa. Wellcherline Miranda Lima (UNICAP)
wellcherline@yahoo.com.br
Vivenciamos no cenário atual que abrange diariamente assuntos relacionados à diferença, à diversidade, à interculturalidade, às relações étnico-raciais, entre outros favorecidos pelas mídias, de modo que é cada vez maior a importância e a influência que o discurso e as concepções têm exercido na sociedade brasileira. O objetivo do presente ST é reunir estudos e pesquisas a fim de propiciar um espaço de discursão e/ou troca de experiências, assim como, contribuir para uma maior compreensão acerca da temática da história, as expressões socioculturais e identidade dos povos indígenas, afro-brasileiro, grupos religiosos e comunidades tradicionais.
ST07 (PROGRAMAÇÃO OCORRERÁ JUNTO AO ST 11 NOS DIAS 05 e 06)
Organizações comunistas em Alagoas
Prof. Gerson Maciel Guimarães (IFAL)
prof.gerson1@hotmail.com
A proposta é, discutir as organizações comunistas em Alagoas, onde serão apresentados trabalhos elaborados a partir desta temática, para que assim possamos ampliar o conhecimento histórico no Estado sobre o movimento comunista e suas organizações, além de identificar pontos que ainda precisam ser melhor aprofundado os estudos.
ST08 (PROGRAMAÇÃO)
História e manifestações culturais no Sertão Nordeste entre os séculos XIX e XXI
Prof. Pedro Abelardo de Santana (UFAL)
pedro.santana@delmiro.ufal.br
Nos últimos anos aumentaram as pesquisas sobre as diversas experiências históricas e culturais das populações residentes nos sertões do Nordeste. Temáticas referentes aos grupos indígenas, quilombolas, movimentos sociais no campo, festas populares, produção artesanal, entre outras, geraram investigações nos cursos de graduação, mestrado e doutorado das diversas áreas das ciências humanas. Com isso, temas que antes eram silenciados pela historiografia passaram a ter mais visibilidade. Este simpósio tem o objetivo de debater os estudos mais recentes que enfoquem, especialmente, a região fronteiriça entre os estados de Alagoas, Sergipe, Bahia e Pernambuco.
ST09
Teorias, Pesquisas e Experiências em Ensino de História
Prof. Gustavo Gomes (UFAL)
prof.gustavogomes@hotmail.com
Prof. Gustavo Leitão
No atual contexto de perturbações políticas e culturais que se instala no Brasil, torna-se imprescindível pesquisar, refletir e debater sobre as tensas reconfigurações a que está sendo submetido o Ensino de História. As mudanças constantes na legislação educacional brasileira provocam consideráveis instabilidades em relação ao tema, assim sendo, o historiador deve ocupar-se dos espaços de construção científica e política dos debates sobre o Ensino de História. Este Simpósio Temático propõe-se a funcionar como espaço de articulação entre pesquisadores, professores e alunos dos múltiplos espaços e níveis de ensino, a fim de que possam compartilhar reflexões, apontamentos e críticas norteadoras acerca de fontes, saberes, currículos, práticas de pesquisa e de experiências pedagógicas sobre ensino de história.
ST10
Paisagem-Sertão: cartografias, memórias e esquecimentos (CANCELADO)
Prof. Clovis Frederico Ramaiana de Oliveira (UEFS)
Prof. Valter Guimarães Soares (UEFS)
vgsoares@hotmail.com
Ao longo do processo histórico do que veio a se constituir como Brasil, a ideia de sertão ocupa um lugar central na nossa imaginação social, seja enquanto elemento definidor de uma semântica dos espaços ou regiões seja como suporte de memórias e identidades. Questão recorrente na nossa formação sociocultural, o Brasil é algo que se pensa como constituído de litoral e sertão. A despeito dos deslizamentos de sentidos, da diversidade de significados historicamente construídos, é impossível desconsiderar a força do significante sertão enquanto categoria do pensamento social e cultural, bem como a sua essencialidade nas construções que tematizam a nação brasileira, e sua permanência como uma das categorias mais relevantes para pensar o espaço brasileiro, para designar uma ou mais regiões que configuram o território nacional. O processo de urbanização, especialmente a partir do século XX, vai alterar as representações culturais do Brasil como composto de litoral e grandes sertões. Na medida em que a (re)ocupação do interior do país vai se intensificando e as paisagens vão sendo modificadas, ocorrem mudanças na imaginação social, originando outros modos de representação do espaço brasileiro. Um desses modos de representar articula-se em torno da dicotomia cidades e sertões, segundo a proposição do historiador Gilmar Arruda (2000), para quem os sertões deixaram de existir em regiões como o Oeste de São Paulo e o Norte do Paraná. O Nordeste como região, e dentro dele a espacialidade sertão, que passam a ocupar uma posição singular no mapa geográfico e simbólico do Brasil, são representações culturais do século XX, conforme propõe Durval Albuquerque Jr. (1999). Contudo, é interessante pontuar que no repertório de formulações que fizeram emergir a região Nordeste, o sertão, antes representado como fronteira da civilização, passa a ser o coração da nova região, operação que traz um elemento inédito no tocante às representações sertão-cidade. Antes tomado em uma perspectiva dicotômica, o recorte sertão-nordestino passa a englobar o campo e a cidade, o rural e o urbano. Trazer para a cena e problematizar arquivos que configuram maneiras de ver e dizer a paisagem física e social sertão é a proposta deste Simpósio Temático. Interessa-nos colocar em discussão formas de narrativas que cuidaram de desarquivar as tensões entre urbano e rural; o civilizado e o rústico e outras maneiras de representar o sertão em uma contemporaneidade de uniformização da modernização urbanizadora. Pretendemos oferecer um espaço de debates/formações para pesquisadores interessados em explorar os limites entre produções de narrativas imagéticas e escritas, tanto de natureza ficcional quanto científicas.
ST11 (PROGRAMAÇÃO DIA 05 e 06)
A esquerda e as organizações anticapitalistas no mundo contemporâneo
Aruã Silva de Lima (UFAL)
arualima@gmail.com
João Victor Santos Silva (UEFS)
joaovictorh20@gmail.com
O presente Simpósio Temático tem como objetivo absorver propostas cujos focos sejam as experiências organizativas anticapitalistas em todas as plêaides que tiveram forma nos séculos XX e XXI. Desde formações partidárias clássicas às recentes organizações hackers; dos exércitos de libertação nacional aos movimentos de luta por moradia e pela terra. Assim, este ST pretende-se como: 1) espaço de discussão e debate acerca dos métodos específicos utilizados para compreensão das formas de organização e luta dos grupos subalternos; 2) maneira de reunir pesquisadores de modo a partilhar fontes e socialização de informações sobre arquivos; 3) ampliação do leque de debate historiográfico, uma vez que o foco é o conceito de anticapitalista. O nosso foco temporal, como já apontado, é elástico e, caso seja feito esforço de compreensão do nosso próprio tempo, temas do século XIX serão considerados. Nosso marco espacial é plural e amplo já que nosso interesse não obedece a delimitações políticas.
ST12 (PROGRAMAÇÃO OCORRERÁ JUNTO AO ST06)
História das religiões e religiosidades: olhares e percursos
Leon Adan Gutierrez de Carvalho (EADTEC/UFRPE)
leon.agcarvalho@gmail.com
Este Simpósio Temático busca analisar a relação entre História, Cultura e as diversas religiões e religiosidades, refletindo sobre os discursos que as constituem e normatizam suas práticas (evidenciando um lugar social particular), as representações coletivas que produzem sentidos, imagens e conflitos; e sua relação com as fontes históricas e suas respectivas particularidades e necessidades teórico-metodológicas. O Simpósio busca trabalhos que partam de um ponto de vista problematizador, não-eurocêntrico/cristocêntrico do fenômeno religioso e que evidenciem a historicidade das religiões.
Denúncia enviada com sucesso!
Denunciar este evento
Por favor, descreva abaixo a razão da sua denúncia.