Durante o auge da pandemia, período experienciado entre março de 2020 e 2021, os profissionais que atuaram no contexto hospitalar vivenciaram o novo em suas diversas formas, inclusive com o distanciamento entre o paciente hospitalizado e sua rede de apoio. No que tange o fazer da Psicologia Hospitalar, percebeu-se o sofrimento psíquico para além do adoecimento, mas principalmente diante da ausência de visitas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e imprevisibilidade de notícias obtidas através do boletim médico para os familiares, o que por muitas vezes fazia com que os mesmos buscassem o Serviço Social. A partir destas vivências, notou-se a necessidade da atuação em conjunto entre o Serviço Social e o Serviço de Psicologia Hospitalar para a elaboração e execução de um Protocolo Operacional Padrão que regulamenta a realização de videochamadas através das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) viabilizando interações de pacientes em UTI como substitutivos das visitas presenciais de sua rede de apoio, bem como a possibilidade de atendimentos psicológicos virtuais para familiares. A execução da intervenção contava com a realização de avaliação psicológica do estado emocional do paciente e do familiar prévio à efetivação da videochamada, bem como avaliação do quadro clínico do paciente e ponderação junto aos envolvidos e equipe multiprofissional sobre benefício da intervenção. Após a realização da videochamada, era efetuada então nova avaliação observando a necessidade de atendimento psicológico. Desta forma, era garantido a proximidade entre paciente e sua rede de apoio, diminuindo efetivamente a mobilização emocional decorrente do afastamento e do adoecimento. A atuação em conjunto com o Serviço Social durante o cenário pandêmico se destaca pela possibilidade de abranger o contato entre paciente e rede de apoio apesar da distância física, além de ampliar o atendimento humanizado para com o sujeito hospitalizado potencializando a troca na comunicação entre a equipe multidisciplinar.