Minicurso 5: Análise do Comportamento Aplicada ao Transtorno do Espectro Autista: implicações para a inclusão escolar


Princípios de Análise do Comportamento historicamente são aplicados a assuntos de seres humanos. Estudos experimentais têm demonstrado a eficácia de vários procedimentos sobre a promoção de mudanças de impacto social em repertórios de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Este transtorno é caracterizado por prejuízos em repertórios não verbais e verbais importantes para o desenvolvimento, além da presença de padrões de comportamentos repetitivos e indesejáveis. Intervenções da Análise do Comportamento visam estabelecer e fortalecer o que é importante e enfraquecer o que é inadequado. Para certos aprendizes com significativo comprometimento, um formato de ensino individualizado eficaz e eficiente de habilidades se caracteriza por práticas repetidas (tentativas discretas). Em outras palavras, cada programa de intervenção para o ensino de repertórios não verbais e verbais relevantes compreende o fornecimento consistente de instruções em unidades discretas. As respostas de cada aprendiz são constantemente registradas e, dessa forma, os níveis das demandas são sistematicamente ajustados a fim de que os ganhos de repertórios sejam ampliados e os aprendizes possam se aproximar mais dos padrões de desenvolvimento considerados típicos. O objetivo deste minicurso será apresentar características desse formato de intervenção e discutir possíveis implicações para o processo de inclusão de crianças com TEA em contextos educacionais regulares. Defende-se que um formato de ensino individualizado pode promover ganhos de repertórios, que podem favorecer uma melhor aprendizagem em contextos de coletividade, como o ambiente de sala de aula. Sugere-se, portanto, que a Análise do Comportamento pode colaborar para que o manejo de crianças com TEA seja mais viável em escolas regulares.

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