A produção de conhecimentos sobre a sexualidade na área da saúde, em especial na Medicina, sempre foi fortemente marcada pela perspectiva biológica. O saber médico produz um corpo controlado em nome da reprodução humana e da normalização das práticas sexuais, e esta norma social é a cisheterossexualidade. Ainda que os estudos feministas, as teorias queer e os disabilities studies tenham tensionado a produção das ciências sociais e humanas em saúde, em especial na Saúde Coletiva, há ainda muito a ser desvelado em termos da sexualidade e construções de gênero. A mesa se propõe a debater os seguintes temas:

  • As pesquisas em saúde conseguem levar em consideração a pluralidade das práticas e orientações sexuais?
  • Há democratização dos resultados das pesquisas? Como estes são capilarizados até a assistência e a prática clínica?
  • De que maneira a construção de pesquisas e da prática de cuidado considera vivências e perspectivas de gênero que fogem à norma do patriarcado?
  • Quem é o sujeito que produz a pesquisa científica?
  • Que metodologias de pesquisa poderiam ser utilizadas com o intuito de ampliar a participação dos atores sociais nesses estudos?
  • No âmbito do SUS, quando se faz pesquisa na/para a APS, como integram os objetos de estudos com os interesses da comunidade?

 

 

Compartilhe!

Organizadores

Apoiadores