Buscando dar sequência ao diálogo que foi instaurado nas edições anteriores, almejamos através do II Seminário Internacional Diálogos Interculturais na América Latina (SIDIAL) e do IV Congresso Internacional: Pluralismo Jurídico, Constitucionalismo, Buen Vivir e Justiça ambiental na América Latina ampliar os saberes e conhecimentos entre os povos e culturas que vivem e produzem conhecimento através da sabedoria popular que é tão importante para manter os valores e crenças no cerne de cada comunidade.

A América latina é espaço latente para esse diálogo por ser um lugar de pluralidades e diversidades, o que nos move a pensar em nossas fronteiras, culturas, histórias, memórias e saberes. Estamos localizados em uma região propicia para esse tipo de diálogo, pois o oeste de Santa Catarina se caracteriza por ser um território em que se constituíram os movimentos de diferentes segmentos sociais. Neste anseio, tendo em vista a possibilidade de poder estreitar esse diálogo com a comunidade, com outras vozes, de outros lugares e espaços da América Latina, emergiu o desejo de aproximar, socializar e ampliar a interlocução com os saberes populares.

Os Seminários, além de atender os princípios da visão e da missão da Unochapecó, também contemplou com o objetivo 10 dos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS/ONU), que busca a redução das desigualdades socioeconômicas e o combate às discriminações de todos os tipos, promovendo oportunidades, compreensão, apropriação e construção de diferentes saberes que potencializaram o fortalecimento das culturas e da formação de professores.

A Unochapecó e UFFS, organizadoras do Seminário, com apoio da FAPESC, são instituições de ensino superior do município de Chapecó que buscam aproximar ações para o benefício da região. Neste anseio, mobilizamos 23 universidades brasileiras e 10 internacionais, resultando em 441 inscrições e o recebimento de 192 artigos e resumos.

Assim, nesta publicação, disponibilizamos os trabalhos apresentados por diferentes autores e autoras. Além do contribuir para salvaguardar a memória dos temas debatidos no evento, esperamos que estes Anais possam inspirar novas pesquisas sobre os saberes populares nos/em territórios latino-americanos.

Agradecemos as instituições promotoras e apoiadoras, os membros da Comissão Organizadora e da Comissão Científica, acadêmicos, pesquisadores e docentes de Educação Básica e da Educação Superior e, sobretudo, os líderes e representantes dos movimentos sociais, das populações indígenas, negras, caboclas e migrantes, bem como a todos os participantes, os quais, em conjunto, contribuíram para o diálogo intercultural e o reconhecimento dos saberes populares.

Pensar a interculturalidade é pensar nas diferenças, nas similaridades, é reconhecer a alteridade e a diversidade multifacetada, é compreender o outro a partir do outro, e não a partir de si. É dialogar, aproximar e protagonizar a história de cada unidade na totalidade da vasta diversidade que é, nossa América Latina!

Neste âmago, convidamos para a leitura, acessando aqui.

Claudia Battestin, Elcio Cecchetti, Maria Aparecida Lucca Caovilla e Willian Simões(organizadores).