Ementa: O tema central deste Grupo de Trabalho é a produção de saberes outros e a descolonização do conhecimento hétero-cis-euro-normativo para questionarmos as relações sociais que ainda se baseiam no racismo, sexismo, homofobia, machismo no Brasil, América Latina e entre outros espaços geográficos do mundo. Compreende-se que o conceito raça, gênero, sexualidade e classe se articulam como tema transversal e que merece atenção nos vários campos de estudo – aqui incluídos o Direito num diálogo com as outras áreas do conhecimento. É imprescindível reconhecer que esses conceitos são marcadores estruturantes para compreensão do processo histórico das desigualdades e das exclusões, sobretudo, quando estes marcadores operam de forma imbricada afetando a vida de determinados sujeitos. O objetivo deste Grupo de Trabalho é permitir uma ampla discussão e fortalecer a luta antirracista, antissexista, entre outras posturas de resistência que a partir de uma desobediência epistêmica (MIGNOLO, 2008) frente aos padrões hegemônicos e eurocêntricos na produção do conhecimento e privilegiando os sabres produzidos desde às margens. Um exemplo dessa postura está na construção do pensamento feminista negro ou do feminismo negro como o conhecimento que tem origem na luta das mulheres negras por representatividade e por serem reconhecidas como sujeito político. O feminismo negro constitui-se não enquanto teoria – porque o assumimos como decolonial – mas em novas formas de saberes que se acumulam e se transformam a partir das experiências e do ponto de vista das mulheres negras. (COLLINS, 2018).


Resumen: El tema central de este Grupo de Trabajo es la producción de conocimientos alternativos y la descolonización del conocimiento hetero-cis-euro-normativo para cuestionar las relaciones sociales que aún se basan en el racismo, sexismo, homofobia y machismo en Brasil, América Latina y otros espacios geográficos del mundo. Se comprende que los conceptos de raza, género, sexualidad y clase se articulan como un tema transversal que merece atención en varios campos de estudio, incluido el Derecho en diálogo con otras áreas del conocimiento. Es imprescindible reconocer que estos conceptos son marcadores estructurales para comprender el proceso histórico de las desigualdades y exclusiones, especialmente cuando estos marcadores operan de forma entrelazada, afectando la vida de determinados sujetos. El objetivo de este Grupo de Trabajo es permitir una amplia discusión y fortalecer la lucha antirracista, antisexista, entre otras posturas de resistencia, a partir de una desobediencia epistémica (MIGNOLO, 2008) frente a los estándares hegemónicos y eurocéntricos en la producción del conocimiento, privilegiando los saberes producidos desde los márgenes. Un ejemplo de esta postura es la construcción del pensamiento feminista negro o del feminismo negro como conocimiento que surge de la lucha de las mujeres negras por representatividad y por ser reconocidas como sujetos políticos. El feminismo negro se constituye no como una teoría—porque lo asumimos como decolonial—sino como nuevas formas de saberes que se acumulan y transforman a partir de las experiencias y puntos de vista de las mujeres negras (COLLINS, 2018).


Summary: The central theme of this working group is the production of alternative knowledge and the decolonization of hetero-cis-Euro-normative knowledge to question social relations still based on racism, sexism, homophobia, and machismo in Brazil, Latin America, and other geographical spaces around the world. It is understood that the concepts of race, gender, sexuality, and class intersect as a transversal theme that deserves attention in various fields of study, including Law, in dialogue with other areas of knowledge. It is essential to recognize that these concepts are structuring markers for understanding the historical process of inequalities and exclusions, especially when these markers operate in an intertwined manner, affecting the lives of certain subjects. The objective of this working group is to allow for broad discussion and strengthen the anti-racist and anti-sexist struggle, among other resistance positions, through epistemic disobedience (MIGNOLO, 2008) against hegemonic and Eurocentric standards in knowledge production, privileging knowledge produced from the margins. An example of this stance is the construction of Black feminist thought or Black feminism as knowledge originating from the struggle of Black women for representation and recognition as political subjects. Black feminism constitutes not a theory—as we assume it as decolonial—but as new forms of knowledge that accumulate and transform from the experiences and viewpoints of Black women (COLLINS, 2018).


Coordenadores(as): 

Dr. Edileny Tomé da Mata – UPO - Sevilha/Espanha

Dra. Fernanda da Silva Lima – PPGD/UNESC, REDE ABPN, RBPJDH e REDE EGRUPE

Dra. Joice Nielsson – PPGD/UNIJUÍ

Dra. Megg Rayara Gomes de Oliveira - PPGE/UFPR e REDE ABPN

Compartilhe!

APOIO

ORGANIZADOR

COORGANIZADOR

COLABORADORES