Contrariando a visão moderna de gestão de áreas protegidas, vem avançando o discurso de que estas áreas seriam entraves ao desenvolvimento e barreiras para a necessária geração de riqueza para o país. Esforços vêm sendo feitos a décadas, consolidando e aprimorando cadeias de valor da biodiversidade e modelos sustentáveis e inovadores de uso dos recursos naturais, muitas vezes desenvolvidos a partir de tecnologias sociais geradas e mantidas pelas populações tradicionais. No entanto, isso não foi suficiente para afastar a ameaça constante que estes espaços sofrem, de degradação por atos ilegais, ou de perda do status de proteção. Se de um lado é necessário ampliar a escala e organização destas cadeias de modo a atender as necessidades de geração de bem estar e qualidade de vida, de outro é importante reconhecer os limites naturais e as condições de controle e monitoramento destas mesmas iniciativas, para que não se comprometa sua sustentabilidade, a simetria de acesso aos benefícios, e a conservação da natureza. É preciso discutir os limites da bioeconomia, principalmente quando esta se instala dentro dos espaços protegidos (mas não somente), e reconhecer as interconexões das cadeias da biodiversidade com as medidas de conservação dos recursos.

Moderadora: Rita Mesquita (INPA)

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Bráulio Dias

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