A Física aplicada no campo da física médica e das ciências biomédicas e ambientais é vasta e cheia de possibilidades.

A física médica apresenta três grandes áreas: Radioterapia, radiodiagnóstico e medicina nuclear. Dentro dessas áreas, a física atua na parte clínica de duas formas, uma diretamente no tratamento dos pacientes, planejando os tratamentos, e outra através da instrumentação e técnicas de tratamento e diagnóstico por imagem, que necessitam de controle da qualidade e dosimetria. Essa área exige todo o cuidado de se conhecer bem a física das radiações ionizantes e não ionizantes, da interação da radiação com a matéria e das técnicas analíticas disponíveis para auxiliar todos os campos de atuação de acordo com suas problemáticas clínicas e patológicas. A física aplicada às ciências biomédicas e ambientais vem trazer o olhar mais microscópico para essas problemáticas através de técnicas que fornecem respostas sobre a estrutura e composição química dos elementos a nível traço, fornecendo respostas de importantes estruturas e/ou elementos químicos para uma determinada patologia.

No cenário atual, as patologias envolvidas principalmente em processos oncológicos estão em evidência. O Brasil deverá registrar 704 mil novos casos de câncer para cada ano do triênio 2023-2025, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), com destaque para as regiões sul e sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência.

Sendo assim, torna-se fundamental o conhecimento e estudo da física teórica e prática envolvida nas técnicas de tratamento e diagnóstico de câncer, além do conhecimento aprofundado de doenças associadas ou não com a oncologia, que trazem um cenário acadêmico-científico vasto a ser explorado, tendo sempre como base a metrologia, a dosimetria e diversas técnicas que permitam avaliar elementos e estruturas para se conhecer melhor essas patologias e prevenir outras.