No ensino hegemônico da Física, a iniciação às ciências é inteiramente dominada pelas matemáticas voltadas cada vez mais para a abstração. A habilidade manual, a acuidade visual, o senso de observação, o interesse pelo mundo físico que nos cerca são qualidades negligenciadas e pouco consideradas. Julgamos as aptidões de um aluno para se orientar na direção das ciências unicamente por seu gosto pela matemática e pela lógica.  (Alfred Kastler apud De Gennes 1997, p. 176). O prêmio Nobel de Física de 1991 acrescentou há 32 anos atrás: "A constatação continua atual”. E hoje?
"O professor não é um simples transmissor de saberes ou um técnico, mas um ator em interação com outros atores" (Tardif & Gauthier, 1995, p. 11). Esse ator, além dos conteúdos de Física do seu discurso na sala de aula, precisa atuar com sensibilidade, com conhecimento da sua plateia e com cordialidade. Como um ator racional ele precisa saber falar sobre o que faz, como faz, em que teorias se apoia, em que artigos ou livros de pesquisa se inspirou para planejar a sua ação docente. Os conteúdos cordiais promovem a interação entre os conteúdos da Física e a Educação em Direitos Humanos e com isso dão voz aos povos e cidadãos vulnerabilizados, formam cidadãos de direitos e educam pra “nunca mais”. Alunos e alunas do curso de Física da UERJ já estudam e desenvolvem projetos exemplares que serão apresentados na palestra.

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