Eixo 1 - Estéticas composicionais e modos de escuta:

Historicamente, verifica-se que ao longo dos séculos a população mundial somente cresceu, levando à expansão de povoados a grandes metrópoles. A vida no campo igualmente cedeu lugar à cidade, compactando o espaço urbano. Tais modificações trouxeram sensíveis mutações na constituição do(s) espaço(s) mas, sobretudo, nas formas de sensibilidade das dimensões físicas do espaço: distância, extensão, tempo tornam-se escalas de diferentes padrões. Traçando e percorrendo trajetos, as pessoas se comunicam sonora e musicalmente com suas vozes, passos e máquinas, deixando sua marca (sonora) no caminho. Este eixo pretende reunir trabalhos que se preocupem com a planificação e apropriação poética do espaço físico, possibilitando a composição e reconfiguração de paisagens sonoras e musicais; como a arquitetura das edificações possibilita, limita, conforma a sensibilidade da escuta e sua performance: do palco teatral, ao estádio esportivo; do estúdio de gravação à transmissão por satélites; ainda: como os processos de criação musical se ampliam com artefatos de natureza artística, como jardins sonorizados, instalações urbanas, móbiles e esculturas.

 

Eixo 2 – Música, culturas e territórios:

Este eixo se dedica a reunir e discutir trabalhos que relacionem a música e as práticas musicais às noções de uso e apropriação dos espaços, pensados não só pelas elaborações impostas pelos poderes (ideológicos, políticos, urbanísticos), mas nos seus usos e apropriações pelos sujeitos, configurando territorialidades e produção de sentidos de lugar. (Re)invenção de territórios urbanos, construção de lugares da memória, políticas públicas e espaços, formas de articulação corporalidades/performances/espaços, processos de (des)(re)territorialização, imaginários ligados às espacialidades, usos e disputas pelos lugares da cidade, noções de criatividade/inovação ligadas às urbes, são alguns dos temas que, articulados à música e suas práticas, serão aqui contemplados.

 

Eixo 3 - Projetos urbanísticos, arquitetônicos e poéticas criativas:

Os pontos apresentados acima pleiteiam, além das discussões teóricas, proposições e iniciativas. Este eixo agrega propostas votadas à experimentação e práticas que envolvam as relações entre paisagens e territórios, ambiente e arquitetura, em suas concepções construtivas, sob o aspecto artístico ou funcional: intervenções urbanas, instalações, projetos acústicos etc.