O ato indisciplinar requer uma disciplina paralela à normativa, assim como todo um arcabouço que legitime a
atuação desviante. Ao analisar a questão da indisciplina na obra de Vigo e Truffaut, percebemos duas variáveis que
legitimam o desvio. Em “0 de conduite”, a crítica ao rigor hierárquico é partilhada por um grupo que não concorda com o
regime atuante, logo, agem de forma a destituir a autoridade. Em “Os incompreendidos”, o desvio atua na forma que a personagem encontra na indisciplina o combustível
legitimador de sua própria autoridade. Este breve resumo, é uma proposta de análise estética da indisciplina em
ambiente escolar enquanto um potencial criativo, capaz de criar e reformular sentidos e formas de viver.

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