A educação é um direito de todos, garantido mediante a Constituição de 1988. Independente de cor, raça, religião, sexo ou limitações, todos devem usufruir de ensino de qualidade que o possibilite desenvolver-se como cidadão. É preciso, portanto, encontrar meios e metodologias que facilitem o acesso à educação para todos, assim como a manutenção de cada indivíduo no ambiente escolar, e também o estímulo ao prosseguimento da vida estudantil. Não é diferente a condição do ser surdo que, imerso em um mundo de ouvintes, por muitas vezes não tem seu direito à educação cumprido de fato, ficando à margem do processo de ensino­-aprendizagem. A condição primeira para a inclusão de alunos surdos é compreender que a comunicação estabelecida por eles se dá de uma forma diferente a dos ouvintes. Os surdos exploram o mundo principalmente através de sua visão e, aqui no Brasil, fazem uso da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) para se comunicarem. No aspecto educacional, a obrigatoriedade do ensino de LIBRAS nos cursos de licenciatura foi um grande passo para melhor proporcionar uma educação de qualidade. Ainda assim, muitos professores podem não desenvolver metodologias que facilitem a estes estudantes o real aprendizado dos conteúdos ministrados em sala de aula. Por isso, o objetivo do minicurso é apresentar, aos discentes de Licenciatura em Física, metodologias e ferramentas que facilitem na preparação de aulas destinadas a alunos surdos, a fim de garantir uma real aprendizagem destes estudantes. Além do aspecto conceitual, também será trabalhado um exemplo prático de aula de Física destinada para surdos, abordando as características necessárias para um bom andamento do processo de ensino-aprendizagem.

Autores: Diego Lopes Bezerra e Eduardo Silva dos Santos