ST 1 -  Povos Indígenas, Gêneros e Interculturalidades

Coordenação: Jane Felipe Beltrão (UFPA) / janebeltrao@gmail.com e Paula Faustino Sampaio (UFR/UFGD) / paulafaustinosampaio@hotmail.com

Resumo: A situação colonial e as colonialidades violam sistematicamente os direitos dos povos indígenas, na América Latina e Caribe, há cinco séculos. O fato produz lutas políticas empreendidas pelos coletivos indígenas para se construir como sujeitos históricos, na/em defesa de seus direitos. A luta e a agência dos povos indígenas no Brasil é o foco do Simpósio que se propõe, na expectativa de refletir como o bom combate travado pelos povos indígenas em busca do “bem viver” é atravessado por questões que dizem a gêneros que correspondem às mulheridades, as masculinidades e as pessoas LBGTQIA+, pois na defesa dos territórios os corpos de sujeitos de luta foram e são violados por serem etnicamente diferenciados e considerados pouco importantes e não dignos de luto, dada a escassez e mesmo inexistência de relações interculturais. Abriga-se na proposta discussões relativas ao feminismo comunitário; discussões de gêneros e reflexões sobre interculturalidades.

Palavras-chave: Povos indígenas; Direitos étnicos, Gêneros, Interculturalidades

ST 2 - Práticas educativas e formação de professores e professoras da Educação Profissional para a diversidade

Coordenação: Bernardina Sousa (IFPE) /  bernardina.araujo@belojardim.ifpe.edu.br  e Tatiele Pereira de Souza (IFG) / tatieleufg@gmail.com

Mediação: Robelânia Gemaque (Mestranda ProfEPT/IFPA)

A proeminente produção teórica no campo da educação produzida e publicada no Brasil, sobretudo nas últimas quatro décadas, tem se notabilizado pelo esforço em refletir, discutir e apontar à consolidação de um projeto de educação emancipatória, alicerçado na escola democrática e cidadã. Essa mobilidade epistêmico-pedagógica e, também, social serviu para sinalizar consideráveis alterações nas políticas públicas de educação e consequentemente nas práticas educativas contemporâneas. No tocante à Educação Profissional e Tecnológica, faz-se destacar as tensões, rupturas e descontinuidade que marcaram a dinâmica específica desse campo de formação, entendendo-se a dimensão da categoria trabalho como formação humana, sendo sua realidade apreendida como princípio educativo. Desse modo, o presente Simpósio se propõe a refletir sobre práticas pedagógicas e formação de professoras e professores que, no âmbito da EPT, sejam contemplativas da diversidade humana, na perspectiva das identidades sexuais e de gênero, assentadas nas dimensões do multiculturalismo e da interculturalidade, a fim de socializar o conhecimento produzido acerca da educação profissional, das relações de gênero e a diversidade sexual.

Palavras-chave: Práticas Pedagógicas em EPT; Diversidade Sexual e de Gênero; Multiculturalismo e Interculturalidade

ST 3 - Mulheres, racismo e pobreza: as desigualdades de raça e gênero no brasil da pandemia da Covid-19

Coordenação: Kátia Bárbara da S. Santos(PEBTT/IFPA) / Katias105@gmail.com e Maria Amoras (FASS/ICSA/UFPA)/ mmaria.amoras@gmail.com

Mediação: Shirlene Coelho (Mestranda ProfEPT/IFPA)

Este simpósio objetiva reunir trabalhos fundamentados na interseccionalidade, como procedimento teórico-metodológico de análise, que evidenciem narrativas de resistências diante das opressões vivenciadas por mulheres subalternizadas no contexto da pandemia da Covid-19. A maioria das famílias no Brasil é destituída das condições materiais/econômicas para a sua subsistência e é chefiada por mulheres empobrecidas. Elas estão, em grande parte, nas periferias das cidades, no campo, nos quilombos, nas aldeias, nos assentamentos e outros, ou seja, ocupam os estratos subalternos da estrutura social. As históricas opressões interseccionais de raça, classe social, gênero e sexualidade são impulsionadas, em âmbito global, pelas tramas econômicas e financeiras, políticas e religiosas e suas interfaces com a produção de desigualdades e de subjetividades durante a pandemia. Pergunta-se: como essas mulheres, de múltiplos contextos sociais e culturais, estão sendo impactadas pela pandemia da covid-19, em um país racista e sexista como o Brasil? Que narrativas de resistências produzem essas mulheres no enfrentamento às opressões nesses tempos de pandemia? Espera-se, por fim, análises fundamentadas nos estudos de gênero e raça; nos estudos dos feminismos negros e aqueles que se filiam aos movimentos feministas da América Latina.

Palavras-chave: Interseccionalidade. Gênero. Raça. Feminismos

ST 4 - Memórias das minorias políticas na Educação Profissional

Coordenação: Profa. Dra. Francinaide Nascimento (IFRN) / francinaidesilva@gmail.com e Profa. Dra. Natália Cavalcanti (IFPA) / natibarros1@yahoo.com.br

Mediação: Rhayara Souza (Mestranda PPGEP/IFRN)

Onde estavam as mulheres, os sujeitos LGBTQI+, as pessoas com deficiência, os negros e as negras e outros sujeitos considerados “minorias” ou “dissidentes” na trajetória das instituições de Educação Profissional e Tecnológica? Como recolocar as narrativas sobre a história da EPT e dar visibilidade à história e memória dessas pessoas? Que fontes podem ser utilizadas? Os arquivos em seus moldes tradicionais são capazes de garantir a representatividade e visibilidade de suas experiências? Como suas contribuições foram consideradas na historiografia da educação? Que lembranças e esquecimentos são postos em disputas quando esses sujeitos são ouvidos? Partindo da ideia que a memória é um campo de disputa e poder, consideramos relevante garantir um espaço para a circulação e debate das pesquisas e pesquisadores que debruçam-se sobre as problemáticas aqui colocadas. Discutir sobre a participação ou mesmo a negação da participação dos grupos supracitados nos espaços da Educação Profissional, coloca-se como uma questão imprescindível ao entendimento verdadeiramente democrático deste campo. Uma vez que a Educação Profissional coloca-se à sociedade enquanto instrumento de distribuição de renda, ascensão social e ocupação de espaços nas mais variadas áreas do desenvolvimento humano, é crucial lançar luz sobre a forma como deu-se o acesso a ela e sua construção, por quem se deu e para quem se deu. Por essas questões e tantas outras que visam um entendimento mais humano e múltiplo sobre a EPT é que se justifica este simpósio.

Palavras-chaves: Educação Profissional. Políticas para a Educação Profissional. Memórias. História.

ST 5 -  Núcleos de Gênero e Diversidade na Educação Profissional: estratégias e resistências

Coordenação: Daniela Torres (IFPE) / danielatorres@recife.ifpe.edu.br  e Socorro Silva (IFRN) / socorro.silva@ifrn.edu.br

Mediação: Natasha Nogueira (Egressa IFPA)

O objetivo deste Simpósio é favorecer o compartilhamento de experiências entre integrantes do Núcleos de Gênero e Diversidade dos Institutos Federais de Educação do país/norte nordeste e pesquisadores (as) da área de gênero, diversidade e educação. Os NEGEDS são uma estratégia teórica e metodológica importante para mudança dos currículos e de práticas educativas da educação profissional no tocante às questões de gênero, raça, etnia e diversidade. Com isso, pretendemos oportunizar um espaço de partilhas de saberes e conhecimentos e de ideias, a partir das discussões de problemáticas e proposição de soluções produzidas coletivas.

Palavras-chave: NEGED; gênero; EPT; diversidade.

ST 6 - Mundo do trabalho, educação profissional e identidade de gênero

Coordenação: Ilane Cavalcante (IFRN) / ilane.cavalcanti@ifrn.edu.br e Jaqueline Gomes de Jesus (IFRJ) / jaqueline.jesus@ifrj.edu.br

Mediação: Josean Silva (SEDUC/AP)

Este simpósio temático tem a intenção de ampliar as discussões sobre as interrelações entre as categorias trabalho e identidade de gênero no âmbito das instituições de Educação Profissional e Tecnológica. A proposta volta o seu olhar para a diversidade no âmbito da educação profissional, seja na formação seja na interface com o mundo do trabalho, buscando dar visibilidade às experiências de grupos minoritários e movimentos sociais ligados às identidades de gênero. Espera-se receber contribuições acerca das trajetórias profissionais de pessoas LGBTI+, a partir de perspectivas inclusivas, e de homens e mulheres cisgêneros, sob uma perspectiva crítica da cisnormatividade enquanto formadora de privilégios. Estimulamos a referenciação ao conhecimento produzido por pensadoras/es e pesquisadoras/es trans; estudos sobre diversas estratégias de inserção, ascensão e enfrentamento dos obstáculos interpessoais e organizacionais para a empregabilidade de mulheres e da população LGBTI+, reconhecendo sua diversidade sexual, de gênero, etnicorracial, etária e regional, visando a propositura de estratégias organizacionais e políticas públicas para a superação da transfobia institucional. Os artigos serão submetidos a revistas acadêmico-científicas para provável publicação. Os resumos expandidos devem ser enviados para o e-mail das coordenadoras, contendo objeto de pesquisa, metodologia de trabalho, indicação de referencial teórico.

Palavras-chave: Identidade de gênero. Gênero e trabalho. Gênero e Educação Profissional.

 

Normas para redação dos resumos:


O resumo deverá conter no mínimo de 1500 caracteres com espaço e máximo de 3000 caracteres com espaço. Itens solicitados no ato da inscrição: 
a) Título em português; b) Autores: com e-mail(s) e o(s) nome(s) da(s) instituição(ões) a(s) qual(is) se vincula(m); c) Resumo em português: contendo objetivo, metodologia, resultado e conclusão do estudo; d) Palavras-chave em português: de três a cinco palavras-chave.

Será permitido aos inscritos:  No máximo 2  trabalhos como autores e 3 como coautores. Ter o nome como coautor em mais de três trabalhos só será permitido no caso dos orientadores, cuja função deverá estar especificada entre parênteses.


Link para submissão dos resumos: https://forms.gle/WggBo5RUHf367fd69