O Oriente Médio é sem dúvida um local com uma história milenar, passando pela ascensão e queda de impérios e governos. 
Do império Persa ao Otomano, a região passou por diversos conflitos e revoluções, abrigando as três principais religiões monoteístas do mundo: o Judaísmo, o Cristianismo e o Islã. O Islã em específico, professada por Maomé no início do século VII na Península Árabe iniciou um movimento religioso que pregava em nome um deus único e onipotente, diante de quem cada ser humano é chamado a se submeter e venerar: a palavra islam (islã, em português) significa exatamente submissão. 

O Islã nasce como movimento religioso em uma região já dominada pelo cristianismo e judaísmo, e com a morte de Maomé em 632 d.C. é colocado em disputa de poder sobre o  Governo do Califado Islâmico, centrada e dois grupos, os xiitas e os sunitas.  Tais grupos entram em conflito em diversas ocasiões com o passar do tempo, porém os conflitos internos são amplificados com as sucessivas intervenções ocidentais desde o fim da Primeira Guerra e os acordos de divisão territorial de Sykes-Picot. A influência ocidental não foi bem recebida por parte da comunidade muçulmana, que teve como resposta a perda de autodeterminação ao ser colonizado, dando origem ao movimento fundamentalista muçulmano.

Os grupos terroristas que atuam no Oriente Médio usam do islamismo para fazer valer sua ideologia e regimento jurídico, a sharia. Aqueles que seguem o islamismo, ou islã político é denominado de islamista, que advoga contra a intervenção Ocidental e o secularismo que separa a Igreja do Estado. O Estado Islâmico, assim como outros grupos tidos como terroristas pelo Ocidente é produto dessas interações durante anos, cada grupo com sua estrutura e burocracia. Seu objetivo é instaurar um califado que controle o Oriente Médio a partir de sua interpretação radical do Alcorão. Seu processo de expansão se inicia no Iraque, controlando postos estratégicos para seu crescimento até ultrapassar a fronteira iraquiana ao oeste, buscando território em um país já desgastado por seus graves problemas internos: Síria.

A Síria de Bashar al-Assad passa por um momento bastante conturbado, principalmente após os efeitos da Primavera Árabe na região. Porém seu governo respondeu as manifestações com mais violência, escalando o conflito interno com dissidentes do governo como o Exército Livre da Síria, aumentando o número de fatalidades civis. Nesse cenário conturbado, a vinda do ISIS torna a resolução do confronto ainda mais complicada, pois além da disputa de poder interna: de um lado, o Estado sírio controlado pelo regime Assad, aliado ao Irã e à Rússia e auxiliado pelo Hezbollah e outras milícias xiitas no campo de batalha; de outro, a oposição síria apoiada por Arábia Saudita, Estados Unidos e Turquia, além de outros países da região.

O objetivo desse comitê é colocar os delegados no papel dos principais atores envolvidos no conflito, cada um com sua política externa, interesses e objetivos regionais. A negociação no âmbito do Conselho de Segurança da ONU leva os delegados a encontrar a melhor solução possível entre os Chefes de Estado e diplomatas presentes, levando em consideração os mecanismos de ação previstos pelo Conselho de Segurança para a resolução do conflito.

Como o comitê será realizado em duplas, o ato de inscrição pode ser efetuado conjuntamente ao escolher "2" na opção Quantidade no menu de Inscrições. Lembramos que os delegados devem atentar-se às regras de admissão para todos os comitês na aba "Critérios de Admissão".

 

Membros Permanentes: China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia 

Membros Não-Permanentes: Angola, Chade, Chile, Espanha, Jordânia, Lituânia, Malásia, Nigéria, Nova Zelândia e Venezuela. 

Membros Observadores: Arábia Saudita, Egito, Líbia, Irã e Turquia.