Durante anos disseram que pessoas com síndromes de Down eram incapazes de aprender, eram pessoas as quais não se deveriam perder tempo porque a presença de um terceiro cromossomo em suas células as deixou incapazes.

Com dedicação, amor, paciência e seguindo o rumo contrário ao que se falava, pais de pessoas com síndrome de Down começaram a mostrar para o mundo que essas definições não eram o ponto final, e começaram a desenhar uma outra história.

Estimulações, oportunidades e amor. Foi assim que pude conquistar meu espaço, estudar, trabalhar, ter a minha vida. Sim, eu tenho Síndrome de Down e amo a minha vida! Agradeço o amor e dedicação da minha mãe que acreditou em mim quando diziam que não era para acreditar. Agradeço a Deus por me dar a chance de mostrar nos lugares por onde vou que consigo fazer bem muitas coisas, que tenho dificuldades em outras, igual a todo mundo, afinal, ninguém consegue fazer muito bem todas as coisas.

Apesar de tudo o que já foi conquistado, graças aos nossos pais, é hora das pessoas com Síndrome de Down serem vistas pela sociedade como pessoas capazes, com limitações sim, mas com muitos talentos que podem contribuir para um mundo melhor. Pessoas com síndrome de Down tem nome, tem sonhos, tem potencial, e tem sim um algo a mais, carisma, afeto e alegria de vida.

Esse congresso tem o objetivo de fazer mudar o olhar de quem se aproxima de nós, modificar conceitos, ampliar ideias e ver que um cromossomo a mais não importa, pois estamos conquistando os nossos sonhos, estudando, trabalhando, casando, tendo filhos, conquistando a autonomia. Nosso mundo não tem fronteiras. Acredite!