A trajetória de carreira das mulheres é marcada por alguns desafios, entre eles, a dupla jornada de trabalho, a invisibilização do trabalho doméstico, a desigualdade salarial em comparação aos homens e a ausência de mulheres em cargos de tomada de decisão nas organizações. As dificuldades no processo de entrada e manutenção das mulheres no mercado de trabalho estão relacionadas aos estereótipos de gênero, que as associam às demandas da casa e aos cuidados das crianças. A maternidade aparece como um potencial fator de incremento às dificuldades enfrentadas pelas mulheres no que tange ao trabalho. Partindo dessa consideração, torna-se importante a discussão dos conflitos que as mulheres podem enfrentar na execução dos papéis de mãe e trabalhadora. Considerando o contexto da COVID 19, diversas trabalhadoras foram afetadas pela conciliação entre a esfera profissional e o cuidado das crianças, entre elas, encontram-se as mulheres cientistas. A pesquisa realizada pelo grupo “Parent in Science” em 2020 destacou que as cientistas com filhos formaram o grupo que teve a sua produtividade acadêmica mais afetada durante a pandemia. Diante disso, para lidar com as demandas do trabalho e da família, as pessoas farão uso de diferentes estratégias. A literatura apresenta algumas delas, tais como: esforços individuais para conciliar trabalho e família, ajustes na carreira, suporte do cônjuge e outros tipos de apoios, que incluem família de origem, serviços contratados e suporte do local de trabalho. A escolha das estratégias também será influenciada pelos estereótipos de gênero vigentes na sociedade.

 

Gabriela Techio (PUCRS): Conflito entre trabalho e família e estratégias de conciliação.

Ana Carolina Rodríguez Ibarra (PUCRS): Introdução do tema mulher e mercado de trabalho

Fernanda Staniscuaski (UFRGS): Ser mulher, cientista e mãe

Ana Paula Salvador (USF): Como a maternidade influencia as decisões de carreira

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