Moderadora: Raimunda Gomes de Carvalho Belini (IFPI)

Palestrantes: Maria do Socorro Oliveira (UFRN), Júlio Neves Pereira (UFBA), Claudiana Nogueira de Alencar (UECE), Antônio Carlos Xavier (UFPE)

 

 

Resumo

Nesta mesa-redonda, reunimos diferentes estudos que refletem fenômenos de investigação, dimensões teóricas, epistemológicas e abordagens metodológicas, a partir da interrelação entre os estudos de Letramentos e da Linguística Aplicada, em um viés duplamente importante de intersecção e de influências sobre os usos da linguagem. Pretendemos discutir em que medida as investigações científicas realizadas em Linguística Aplicada (LA) podem auxiliar no desenvolvimento do processo de letramentos e quais as perspectivas adotadas para as pesquisas futuras nesta área. Para tanto, com o intuito de contribuir amplamente para essas reflexões serão contempladas diferentes abordagens. Maria do Socorro Oliveira discutirá o agir didático de uma professora formadora no contexto de ensino remoto com vistas à apropriação do gênero discursivo ‘projeto de tese’ por mestrandos vinculados a um Programa de pós-graduação na área de Educação. Claudiana Nogueira de Alencar focalizará letramentos de sobrevivência, letramentos de reexistência e letramentos literários periféricos, em seu potencial emancipatório, com o intuito de analisar, mais especificamente, as práticas de linguagem das coletivas de mulheres da literatura marginal periférica e das bibliotecas livres (bibliotecas de iniciativa popular). Júlio Neves Pereira tratará da relativização da ideia prevalente de que nossos jovens, embora não dominem o letramento vernacular, são multiletrados, mostrando que ser multiletrado é, sobretudo, para além do domínio tecnológico, dominar a linguagem multimidiática, como leitor e produtor de diferentes textos, compreendendo as relações sociossemióticas que se estabelecem entre os modos que as constituem. Antônio Carlos Xavier discutirá que, para o sujeito fruir das vantagens do Letramento Digital, é essencial dominar com proficiência as funções lecto-escritas do letramento alfabético, problematizando: 1. a superficialidade leitora e a 2. subutilização dos recursos hipertextuais presentes no Modo de Enunciação Digital, ambas características da Geração Millenium, acarretando-lhes dificuldade para processar sentidos mais complexos.

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